SUPERVISÃO DE SEGUROS O PRESENTE E O FUTURO

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1 SUPERVISÃO DE SEGUROS O PRESENTE E O FUTURO Intervenção do Presidente da ASF, Professor Doutor José Figueiredo Almaça, na Conferência Internacional Anual do CIRSF Centro de Investigação em Regulação e Supervisão do Sector Financeiro Lisboa, 6 de junho de 2018 Fundação Calouste Gulbenkian Muito bom dia a todos, I Na impossibilidade de cumprimentar pessoalmente e individualizar cada um dos ilustres conferencistas e convidados que estão aqui hoje presentes, dadas as limitações de tempo, não queria deixar de saudar o Centro de Investigação em Regulação e Supervisão do Sector Financeiro, bem como todos os restantes parceiros institucionais que tornaram possível, mais um ano, esta Conferência Internacional de Verão do CIRSF. Permitam-me, em especial, dar as boas vindas à CMVM que, pela primeira vez, se juntou à ASF e ao Banco de Portugal com uma participação ativa nesta conferência, aqui representada pela sua ilustre Presidente. 1 / 7

2 Ano após ano, o CIRSF e as suas iniciativas têm-se afirmado como um fórum preferencial na abordagem dos temas da supervisão e regulação financeira, em especial no contexto da crise internacional, formando, desta forma, um espaço singular, tanto de debate como de crítica, às grandes reformas empreendidas nos últimos anos e ao seu impacto na estabilização do sistema financeiro e na proteção dos consumidores e investidores nos mercados financeiros. II O tema que hoje me ocupa dá pelo título de Supervisão de Seguros O presente e o futuro, mas permitam-me que comece por contornar a sua literalidade em alguns aspetos que me parecem essenciais. A dimensão de supervisão está associada ao eixo regulatório. Estas são, como não poderiam deixar de ser, as atribuições fundamentais da ASF, como, aliás, se expressa nos nossos Estatutos, de acordo com os quais a primeira atribuição da ASF é supervisionar e regular as atividades sob sua alçada. A lei é a morada da supervisão, isto é, a dimensão regulatória é a linguagem através da qual esta atividade se expressa, o seu sistema e a esfera que limita a sua atuação. Mas, ao mesmo tempo, a regulação não sobrevive sem a experiência de supervisão e o seu desenho é, obrigatoriamente, enquadrado pelas necessidades subjacentes a esta dimensão. Quero com tudo isto dizer que para falar do presente e futuro da supervisão do mercado segurador e dos fundos de pensões tenho, necessariamente, de falar sobre o presente e futuro da regulação. E neste sentido, destacam-se, com premência, dois desafios regulatórios, tanto presentes como futuros, na esfera da ASF: 2 / 7

3 O anteprojeto de transposição da Diretiva sobre a distribuição de seguros; e Os trabalhos relativos à transposição da Diretiva relativa às atividades e à supervisão das instituições de realização de planos de pensões profissionais. O primeiro terá como consequência a revisão do regime jurídico de acesso e exercício da atividade de mediação de seguros. Esta revisão implicará, por exemplo, um alargamento substancial do âmbito de aplicação do atual regime, por forma a incluir todas as atividades de distribuição (venda direta) de produtos de seguros, e não apenas a mediação de seguros. Consequentemente, as empresas de seguros e respetivos empregados ficarão sujeitos a requisitos próprios ao abrigo deste novo regime, designadamente em matéria de qualificação profissional, idoneidade e deveres de conduta. Quanto à Diretiva relativa às atividades e à supervisão das instituições de realização de planos de pensões profissionais, pretende-se reforçar a boa governação, a prestação de informações aos participantes dos planos e a transparência e segurança dos planos de pensões profissionais. Entre os aspetos mais significativos, o novo enquadramento jurídico visa facilitar as atividades transfronteiriças e as transferências transfronteiriças de planos de pensões, mediante a clarificação dos procedimentos relevantes e a eliminação de obstáculos desnecessários. III Outro aspeto que marca significativamente o presente e futuro da supervisão nestes setores é o debate acerca da reforma da supervisão financeira, tanto a nível europeu, como a nível nacional. O tema da reforma das autoridades europeias de supervisão financeira preocupa-nos e, também por isso, será certamente comentado nos diversos painéis desta Conferência. Contudo, e enquanto presidente do Conselho de Administração da ASF, ser-me-ia impossível 3 / 7

4 falar sobre o futuro da supervisão sem refletir, ainda que sucintamente, sobre a reforma da supervisão financeira em Portugal. Começo por referir que a ASF, longe de se resguardar no status quo, considera de relevância fundamental a discussão sobre o futuro da regulação e supervisão do setor financeiro em Portugal, tendo em vista a adoção das soluções que permitam a prossecução dos seus objetivos máximos que são, em igual medida, a promoção da estabilidade e solidez financeira e a proteção dos consumidores nos mercados financeiros. Neste sentido, e no cenário de reflexão motivado pela consulta pública sobre o Relatório do Grupo de Trabalho para a Reforma da Supervisão Financeira, a ASF apresentou um contributo que constitui a sua visão sobre a reforma da supervisão financeira, o qual materializa também as posições oficiais expressas pela ASF num passado recente sobre este tema. Em diversos aspetos, aliás, as soluções defendidas pela ASF convergem com as constantes do Relatório. Isso acontece, por exemplo, relativamente à necessidade de manutenção quer dos três supervisores setoriais existentes, quer do núcleo essencial das respetivas áreas de atribuições. O mesmo acontece com a proposta de designação de uma autoridade responsável pela supervisão macroprudencial de composição paritária alargada às três autoridades de supervisão financeira e autonomizada de autoridade simultaneamente responsável pela supervisão microprudencial de um dos setores financeiros. Noutro aspeto, a ASF considera como fundamental, na senda do proposto pelo Relatório, a paridade de regimes estatutários entre as três autoridades de supervisão financeira. Não obstante, a ASF formulou, igualmente, um conjunto de reservas ao documento, suscitadas tanto pelas conclusões da análise como pelo modelo proposto. 4 / 7

5 Em concreto, a ASF sustentou que a supervisão do setor segurador e dos fundos de pensões carece da independência institucional do seu supervisor, sendo este o modelo que melhor se adequa às necessidades do setor. Com efeito, é estéril falarmos sobre presente e futuro sem ponderar o passado, isto é, a história e, neste aspeto, o que o passado nos testemunha é que a estabilidade do atual modelo institucional da supervisão de seguros o qual, com ligeiras mudanças, se mantém desde 1982 tem-se revelado uma mais-valia e, até prova em contrário, uma melhor solução. A nosso ver, um foco de análise mais centrado na discussão sobre a articulação da supervisão (micro)prudencial, nomeadamente numa ponderação global que tivesse igualmente em consideração o setor segurador e dos fundos de pensões certamente teria reforçado esta perspetiva. Mais uma vez, a ASF não pretende, de forma alguma, contribuir para um debate estéril e infrutífero. A Autoridade a que presido está ciente de que os modelos institucionais devem ser constantemente questionados e a sua viabilidade ponderada. Nesse sentido, e procurando contribuir para um enriquecimento do debate acerca da reforma da supervisão financeiro, a ASF não deixou também de apresentar um conjunto de soluções que, a constituir, contribuiriam para um reforço significativo do atual modelo. Defendemos, por isso, o reforço das atribuições e das competências, bem como dos instrumentos e dos meios do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e a garantia da independência, da paridade e da flexibilidade de gestão dos recursos pelas autoridades de supervisão financeira. Não deixamos, contudo, de reconhecer ao esforço de síntese e de solução empreendido pelo Relatório do Grupo de Trabalho para a Reforma da Supervisão Financeira o mérito que 5 / 7

6 lhe é devido. E não deixamos também de saudar os esforços do Governo em melhorar o sistema de supervisão do setor financeiro. Neste, como em muitos outros âmbitos, a ASF permanecerá sempre disponível para colaborar e prestar o seu contributo e enriquecer, assim, a necessária reflexão que estes temas nos devem suscitar. IV Como se pode concluir de tudo aquilo que tenho vindo a referir, o futuro da supervisão nos setores segurador e dos fundos de pensões tem uma distinta tonalidade regulatória. Tanto a nível europeu como a nível nacional, a experiência da crise financeira e da regulação em contexto de crise financeira parecem anunciar agora novos rumos. O próprio modelo Solvência II, cuja implementação nacional aconteceu num passado bem recente, começa já a ser ponderado com perspetivas de futura reforma. Permitam-me que invoque mais uma vez a experiência institucional da ASF, já que, a meu ver, ela demonstra as vantagens e os ganhos de um modelo orgânico estável e maturado. Qualquer reforma, seja dos modelos institucionais de supervisão, seja do enquadramento jurídico que, em cada atividade, essa mesma supervisão adota, beneficiará tanto da estabilidade com que os decisores políticos a perspetivem, como de uma ponderação séria e fundamentada dos custos e benefícios de abandonar cada um dos enquadramentos que atualmente enformam a supervisão financeira. Só neste enquadramento será possível estudar e propor soluções que contribuam para o equilíbrio entre os direitos dos consumidores, a proteção da mutualidade, a inovação e competitividade do mercado, bem como a estabilidade a nível macroeconómico 6 / 7

7 De qualquer forma, nunca é de menos reafirmar que continua a ser missão fundamental da ASF acompanhar os desenvolvimentos macroeconómicos e financeiros globais, antecipando e atuando de forma adequada perante os riscos emergentes com potencial para afetar a solidez e a estabilidade financeira do setor, em especial no domínio das novas tecnologias e do seu impacto no setor financeiro. Por outro lado, procuraremos aperfeiçoar e aprofundar os processos de supervisão baseados nos riscos assumidos pelos operadores, quer na sua vertente prudencial, quer na sua componente comportamental. Termino afirmando que, em certa perspetiva, as encruzilhadas suscitadas pelos desafios da supervisão e regulação são semelhantes a qualquer outra encruzilhada. E, nesse sentido, devemos ter sempre presente o célebre poema de Robert Frost sobre os dois caminhos que divergiam no final de uma estrada, um desimpedido e muito viajado, outro mais sinuoso, difícil e menos frequentado. A procura de um equilíbrio entre a estabilidade dos modelos e a necessidade de responder a desafios constantemente novos é esse caminho mais difícil. Mas, tal como ao poeta, cumpre-nos escolhê-lo, porque no final isso fará toda a diferença. Muito obrigado. 7 / 7

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