Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso"

Transcrição

1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso ESTUDO DO NARCISISMO NA PERSONAGEM NINA DO LEGISLAÇÃO DOS PAÍSES EM RELAÇÃO A MATERNIDADE FILME CISNE NEGRO NA PRISÃO Autor: Camila Siebert Altavini Autor: Roselaine Leal Farias dos Santos Orientador: Luciano Espírito Santo Orientador: Prof.ª Drª. Julia Sursis Nobre Ferro Bucher- Maluschke Brasília - DF 2011 Brasília - DF 2016

2 ROSELAINE LEAL FARIAS DOS SANTOS LEGISLAÇÃO DOS PAÍSES EM RELAÇÃO A MATERNIDADE NA PRISÃO Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília - UCB, como requisito parcial para obtenção do título de psicólogo. Orientadora: Prof. Dra. Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher- Maluschke. Brasília 2016

3 Monografia de Autoria de Roselaine Leal Farias dos Santos, intitulada LEGISLAÇÃO DOS PAÍSES EM RELAÇÃO A MATERNIDADE NA PRISÃO, apresentada como requisito parcial para obtenção do título de psicólogo pela Universidade Católica de Brasília - UCB, em junho de 2016, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. Dra. Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke Universidade Católica de Brasília Prof. DR. Agnaldo Garcia- Universidade Federal do Espírito Santo Brasília 2016

4 Dedico a família e amigos que tanto me apoiaram e incentivaram, a minha mãe que sempre lutou para que eu fizesse esse curso, ao meu esposo Wilton e minhas filhas Sarah e Bianca.

5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me concedido essa oportunidade, pois sei que foi através de muitas lutas e orações que consegui chegar ao final. Orações essas, que minha mãe, Miss. Solange Leal, fez todos os dias, além de me incentivar e não me deixar desistir nos momentos mais difíceis. Mesmo morando na África, fez-se presente todos os dias em minha vida. Ao meu esposo Wilton, que tanto me apoiou e me incentivou, as minhas filhas Sarah e Bianca, que tanto foram compreensivas, a minha família, que é meu porto seguro. Aos meus irmãos, que mesmo eu estando distante, devido o tempo dedicado ao curso, sempre me apoiaram e me amaram. As psicoamigas, amigas essas que sempre se fizeram presentes em todos os momentos de aflição, desabafos, choros e alegrias. Aprendi muito com vocês. Enfim, a todos que fizeram parte da minha formação, direta ou indiretamente, muito obrigada. Agradeço a minha orientadora Prof. Dra. Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher- Maluschke, pela oportunidade e mérito de ter seu nome em meu trabalho.

6 RESUMO SANTOS, R. L. F. Legislação dos Países em relação a Maternidade na Prisão: revisão de literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Psicologia). Brasília: Universidade Católica de Brasília UCB Este estudo tem como objetivo descrever e comparar a legislação brasileira com a legislação vigente em países Ibero-Americanos a luz das resoluções da ONU, concernente a mulheres grávidas e com bebês/ filhos, encarceradas cumprindo pena por delito cometido. Para tal objetivo utilizaram-se pesquisas bibliográficas sobre esta realidade, uma revisão de literatura nas bases SCIELO, CAPES, GOOGLE ACADÊMICO, ORGÃOS GOVERNAMENTAIS, e artigos publicados no período de 2005 a Foram identificadas Leis quanto a prazos e condições de permanência das crianças no sistema penitenciário, a garantia constitucional do direito a amamentação e a infraestrutura específicas para acolher essas mulheres e seus filhos. Porém, apesar do Brasil ser membro da ONU, e participar das negociações para elaborar as regras de Bangkok se comprometendo em cumpri-las, essas leis ainda não foram contempladas em políticas públicas efetivas em nosso país e devido à falta de aspectos relacionados a maternidade, a penalidade também se estende aos filhos dessas mulheres. Palavras-chave: Maternidade na prisão, legislação para mulheres presas, prisão, mulheres encarceradas.

7 ABSTRACT Thais study aims to describe and compare the Brazilian legislation with current legislation in Latin American countries in light of the UN resolutions concerning pregnant women and babies / children incarcerated serving a sentence for the offense. For this purpose we used bibliographical research on this fact, a literature review on SCIELO bases, CAPES, GOOGLE SCHOLAR, GOVERNMENTAL BODIES, and articles published from 2005 to Laws were identified as the terms and conditions of stay of children in the prison system, the constitutional guarantee of the right to breastfeeding and specific infrastructure to accommodate these women and their children. But despite Brazil being a UN member, and participate in the negotiations to draft the rules of Bangkok committing to meet them, these laws have not yet been addressed in effective public policies in our country and due to lack of aspects related to maternity, the penalty also extends to the children of those women. Keywords: Motherhood in prison legislation for female prisoners, prison, incarcerated women.

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...8 CÁRCERE FEMININO NO BRASIL JUSTIFICATIVA OBJETIVOS...14 GERAL ESPECÍFICOS MÉTODO...15 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO EXCLUSÃO...15 PROCEDIMENTOS DE BUSCA E SELEÇÃO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS RESULTADO E DISCUSSÃO LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM RELAÇÃO A MULHER/ MÃE NO CÁRCERE.17 MATERNIDADE NA PRISÃO BRASILEIRA LEGISLAÇÃO EM OUTROS PAÍSES...20 ONU - REGRAS DE BANGKOK BRASIL E IBERO-AMÉRICA: UMA ANÁLISE COMPARADA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...32

9 8 LEGISLAÇÃO DOS PAÍSES IBERO- AMERICANOS EM RELAÇÃO A MATERNIDADE NA PRISÃO: REVISÃO DA LITERATURA INTRODUÇÃO Falar do sistema prisional brasileiro não é uma tarefa fácil, algo que se torna mais difícil, quando se trata de mulheres que estão dentro do sistema prisional grávidas ou que convivem com seus filhos nesse ambiente. Nas últimas décadas houve um aumento significativo de mulheres que ingressaram no sistema prisional brasileiro (INFOPEN, 2014). Portanto torna-se necessário pesquisas relevantes sobre esse tema, relacionadas ao atendimento oferecido a essas mulheres, aos seus filhos, ao tipo de estabelecimento onde essas mulheres são colocadas juntamente com suas crianças. Através de publicação, o Centro de Direitos do Homem das Nações Unidas, a ONU prevê regras mínimas em relação ao tratamento dado as pessoas em privação de liberdade (MORAES; SMANIO, 2002, p. 156). Devido a esta realidade, na qual se destaca o aumento de mulheres em privação de liberdade, o presente estudo se propõe a realizar uma revisão de literatura, a fim de, analisar e comparar as legislações dos países Ibero-Americanos, em relação as mulheres encarceradas grávidas sob as vivências da maternidade no sistema prisional. Os dados a seguir foram disponibilizados pelo Sistema Integrado de Informações Penitenciárias no ano de 2014 (Infopen Mulheres). Segundo o Ministério da Justiça (2011), o Infopen foi criado com o objetivo de construir um banco de dados, onde fossem agregados tanto dados federais quanto estaduais, sobre a população carcerária e seus estabelecimentos.. Nos últimos anos houve um aumento significativo de mulheres em privação de liberdade conforme relata o Infopen Mulheres (2014), no período de 2000 a 2014 o aumento foi de 567,4%. De acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- Ipea (2015), no ano 2000 a população carcerária feminina era de mulheres, em 2012 esse número subiu para , já no ano de 2014 esse número aumentou para mulheres em situação de prisão.

10 9 A pesquisa realizada pelo Infopen Mulheres (2014) mostra que em média 68% dessas mulheres estão envolvidas com o tráfico de drogas, são mulheres jovens, em sua grande maioria são mães e responsáveis pela provisão do sustento familiar, exerciam trabalho informal antes do aprisionamento e possuem baixa escolaridade. Segundo Ventura, Simac e Laurouzé (2015), [...] as presas provisórias constituem 40% do total da população feminina carcerária e a maioria responde por condutas menos gravosas relacionadas ao tráfico de drogas. De acordo com informações do Departamento Penitenciário Nacional (2008) as prisões destinadas para essas mulheres não são apropriadas, uma vez que as mesmas, em sua maioria, foram construídas para homens, sendo posteriormente adaptadas para receber as mulheres em privação de liberdade. Conforme a legislação brasileira, respeito das leis do contexto prisional, observase que as leis estabelecidas constituem proposições públicas que envolvem obrigações para com o sujeito e garantias pessoais contra o descumprimento destas. Esse conjunto de normas nacionais e internacionais tem sido um instrumento importante na garantia desses direitos. As mulheres com privação de liberdade no Brasil, deveriam sofrer limitações ao seu direito de ir e vir de acordo com a lei de Execução penal (Lei nº de 1984) e através da Lei nº /2009 de 28 de maio de 2009, que deu nova redação aos artigos 14,83 e 89 da Lei de 1984, sendo esta, responsável por uma extensa enumeração de direitos. Takemiya (2015), afirma que durante o processo de cumprimento da pena não pode ser abstraído o direito constitucional, que abrange a todo ser humano, mesmo que seus ideais ou atitudes sejam adversas. Todos devem ter sua integridade física e moral respeitada, como garante a Contituição Federal. CÁRCERE FEMININO NO BRASIL A mulher ao longo do tempo vem ampliando a sua participação na sociedade, inclusive no mundo do crime (LIMA, 2006, p. 11). Durante séculos, o baixo índice de criminalidade cometido por mulheres, contribuiu para descaso do Estado quanto a iniciativas que se preocupassem com a situação das infratoras. (FREITAS, 2012 p. 2) Freitas ainda afirma que somente a partir do séc. XX que o Estado se preocupou com a situação das mulheres em privação de liberdade, devido ao considerável aumento de prisões.

11 10 De acordo com Silva (2014); Somente a partir da década de 1930, na intenção de executar amplas reformas relacionadas ao modo de organização e regulamentação das prisões brasileiras, o governo federal instituiu várias medidas. Aplicou em 1930, o Regime das Correções com pretensão de reorganizar o regime carcerário, em 1934, criou o fundo e o Selo Penitenciário, com o objetivo de promover arrecadação de fundos para investir nos estabelecimentos prisionais; em 1935, editou o Código Penitenciário da República, que por sua vez, passou então a legislar sobre o ordenamento das atividades dos infratores condenados pela justiça penal, e em 1941, instaurou o Código Penal. (SILVA, 2014) Segundo dados do Infopen Mulheres de 2014, a população carcerária feminina apresentou um crescimento maior do que a masculina, mantendo percentuais elevados, No período de 2000 a 2014 o aumento da população feminina foi de 567,4%, enquanto a média de crescimento masculino, no mesmo período, foi de 220,20%, [...] o Brasil tinha em 2014 a quinta maior população de mulheres encarceradas do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos ( mulheres presas), China ( ), Rússia (53.304) e Tailândia (44.751). (INFOPEN 2014 p. 5) De acordo com essa mesma pesquisa, se fossemos calcular a taxa de aprisionamento de mulheres brasileiras somente entre a população de mulheres, teríamos uma taxa de 36,4 mulheres presas para cada 100 mil mulheres em Além do aumento de mulheres em privação de liberdade, segundo Antonini (2015), o Estado brasileiro não tem garantido condições adequadas para o cumprimento de pena de privação de liberdade nas instituições e que isso se agrava quando os estabelecimentos são destinados às mulheres, parte dessas instituições são adaptadas para receber essa população. [...] constatou-se que as prisões que hoje abrigam mulheres, originalmente, foram construídas para o ingresso de presos do sexo masculino, portanto, posteriormente, foram adequadas para receber presidiárias, entretanto, essas adequações não contemplaram as características do feminino. (ANTONINI, 2015 p. 112) Quase todas as penitenciárias femininas existentes estão localizadas em prédios reformados, ou eram penitenciárias masculinas, ou cadeias públicas, ou, ainda prédios públicos desativados. (RELATÓRIO, 2007). No Distrito Federal, por exemplo, a penitenciária feminina

12 11 é um antigo Centro de Reeducação de Menores, que ainda mantém as mesmas instalações e estruturas da época de sua construção. Existem sim algumas instalações construídas especificamente para a população carcerária feminina, alguns dos poucos estabelecimentos originalmente construídos para essa população estão localizados, no Rio Grande do Sul, Penitenciária Feminina Madre Pelletier, na Bahia, no Amapá, a qual foi construída em setembro de 2005, no Rio de Janeiro a Penitenciária Talavera Bruce, dentre outras existentes, segundo os dados do Infopen (2014), em junho desse mesmo ano, existiam unidades prisionais no sistema penitenciário estadual, sendo que a maior parte era voltada para a população masculina, sendo apenas 7% voltada para a população feminina e 17% mistos, podendo ter uma sala ou ala especifica para as mulheres dentro do estabelecimento que anteriormente era só masculino. (INFOPEN, 2014 p. 15) Destinação do estabelecimento por gênero. Brasil. Junho 2014 Fonte: INFOPEN 2014 Masculino Feminino Misto Sem informação No entanto isso não é o suficiente, é preciso considerar que a prisão por si só, já é um ambiente propicio a violação de direitos. O cárcere é uma instituição totalizante e despersonalizadora (ESPINOZA, 2004, p. 78) Como já mencionado na introdução desse estudo, existe uma omissão e negligência por parte do Estado, onde não só o direito dessas mulheres são violados e desrespeitados, como também, o fato dessas mulheres se encontrarem presas, vivendo sob o domínio de uma forma cruel de poder, pode acarretar na perda da dignidade e da individualidade das mesmas. (MINZON, DANNER & BARRETO, 2010 p.76) Segundo Moura e Frota (2006 apud Minzon et.al 2010), os que exercem esse poder justificam suas atitudes pautados na crença de que as pessoas que se encontram em privação de

13 12 liberdade, são delinquentes e culpados, por isso devem ser maltratados e humilhados. A justiça penal utiliza-se do abuso de poder para punir os detentos e oferece aos mesmos uma forma de vida indigna, pois além das estruturas físicas das instituições, essas pessoas que são isoladas em celas e seus direitos humanos são desrespeitados, também são submetidos a castigos corporais, exposição ao uso de drogas e ao contágio a várias enfermidades. Segundo Foucault (2003) são esses fatores que podem contribuir para o aumento da criminalidade. Foucault ainda fala com clareza sobre as instâncias de poder que se instalam nas instituições, assim se reporta: O que é fascinante nas prisões é que nelas o poder não se esconde, não se mascara cinicamente, se mostra como tirania levada aos mais íntimos detalhes, e, ao mesmo tempo, é puro, é inteiramente justificado, visto que pode inteiramente se formular no interior de uma moral que serve de adorno a seu exercício: sua tirania brutal aparece então como dominação serena do bem sobre o mal, da ordem sobre a desordem. (1997, p. 73) Sendo assim, no que se refere no aprisionamento durante o período de gestação e maternidade, surge a preocupação em relação a leis existentes no Brasil, considerando que o ato de gerar um filho neste período pode acarretar possíveis efeitos nocivos tanto a mulher em sua subjetividade, quanto a criança que está sendo gerada e inserida nesse contexto. Paralelamente a esta observação, uma pesquisa bibliográfica acerca do mesmo tema foi realizada com o objetivo de comparar e analisar as legislações brasileiras com a de outros países como veremos a seguir.

14 13 JUSTIFICATIVA O aumento significativo de mulheres que se encontram em privação de liberdade tem despertado preocupação, principalmente no que se refere ao sofrimento gerado devido as condições em que se encontram os presídios femininos, as consequências de seu funcionamento e/ou a falta de planejamento para essa população. Diante dos dados já informados na introdução e a escassez de artigos que nos permitam fazer uma comparação de nossa legislação brasileira com a de outros países, em relação as vivências da maternidade no sistema prisional, percebe-se a necessidade de reflexões sobre essa temática. Almejando melhorias nas produções de políticas públicas que contemplem ações pensadas para resoluções das questões relacionadas as legislações brasileiras, em comparação com outros países, em relação a maternidade na prisão, faz-se necessário, um levantamento de informações que possam contribuir com esse objetivo.

15 14 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Descrever e comparar a legislação vigente em países Ibero-Americanos, concernente a mulheres grávidas e com bebês/ filhos, encarceradas cumprindo pena por delito cometido. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever a situação no Brasil; Descrever a situação em países da Ibero-América (Brasil, Argentina, Portugal e Espanha) Comparar a situação no Brasil com a de países ibero-americanos à luz das resoluções da ONU

16 15 MÉTODO Para (Gil, 2008) a pesquisa bibliográfica se desenvolve a partir de materiais já elaborados se formando especialmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. (GIL, 2008 p. 50) A pesquisa bibliográfica é o método que procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos científicos. Para o presente estudo foi necessário realizar uma revisão de literatura nas bases SCIELO, CAPES, GOOGLE ACADÊMICO e ORGÃOS GOVERNAMENTAIS, de artigos publicados no período de 2005 a 2015 sobre o tema legislação dos países Ibero- Americanos em relação a maternidade na prisão. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Para realizar a revisão de literatura foi necessário localizar os artigos científicos através de descritores. Para o critério de inclusão, os artigos científicos deveriam apresentar conteúdos relacionados com os descritores: maternidade na prisão, legislação para mulheres presas, prisão e maternidade, mulheres encarceradas. Para o critério de exclusão, os artigos científicos deveriam apresentar temas como: mulheres encarceradas e uso de drogas, mulher encarcerada e homossexualidade, mulher encarcerada e religiosidade, ou qualquer outro contexto que não estivesse relacionado as legislações existentes para as mulheres grávidas ou que já estão com seus filhos dentro do sistema prisional. PROCEDIMENTOS DE BUSCA E SELEÇÃO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS Para a realização da busca de artigos científicos nas bases de dados SCIELO, PERIÓDICOS CAPES, GOOGLE ACADÊMICO e os ORGÃOS GOVERNAMENTAIS, como: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, DEPEN, CAMARA DOS DEPUTADOS E LIBRARY OF CONGRESS, antes foi necessário ler alguns artigos e textos sobre revisão sistemática, presidio feminino, mulheres encarceradas. Foi utilizado o relatório sobre mulheres encarceradas no Brasil, grupo de estudos e trabalho Mulheres encarceradas/ Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL) e Mulheres encarceradas Diagnóstico Nacional. Após a familiarização

17 16 com o tema, foram realizadas as buscas nas bases de dados Scielo, Capes e Google Acadêmico. Foram utilizados descritores como: maternidade na prisão, legislação para mulheres presas, prisão e maternidade, mulheres encarceradas, sistema penitenciário brasileiro, para encontrar textos em inglês, foram utilizados esses mesmos descritores na língua inglesa. Um dos artigos analisados nesse estudo, foi uma tese de doutorado encontrado no Portal de Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), onde acesso só foi possível através do preenchimento de um formulário e o pagamento do mesmo, via UCB. O Portal Capes, é uma biblioteca virtual que reúne e disponibiliza a instituições de ensino e de pesquisa nacional e internacionalmente. Após a busca dos artigos ler os títulos e resumos dos artigos para seleciona-los de acordo com o critério de inclusão, assim como retirar os artigos referentes ao critério de exclusão. Os artigos encontrados foram organizados em um quadro de informações de leitura para revisão de literatura, tal quadro foi construído pela tabela do programa Microsoft Word. O quadro foi constituído pelos seguintes itens: ano, autor, título do artigo, objetivo do estudo, tipo/método/instrumentos de coleta, participantes, principais resultados, conclusão.

18 17 RESULTADOS E DISCUSSÃO LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM RELAÇÃO A MULHER/ MÃE NO CÁRCERE A legislação brasileira assegura o direito das mulheres em situação de prisão, dentre as principais leis estão: - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, garante os direitos fundamentais das presidiárias a estabelecimento adequado à sua condição feminina, à amamentação de seus filhos (Art. 5º. XLVIII, L), e convivência familiar (Art.227). -Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal- diz que o cumprimento da pena deve ser em estabelecimento apropriado às mulheres (Art. 37). -Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal- dá o direito de substituição de prisão preventiva pela domiciliar (Art.318). -Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, institui a lei de Execução Penal- Acompanhamento médico à mulher e ao recém-nascido (Art. 14 3º). Obrigatoriedade de berçário, local para amamentação, no mínimo, até 6 meses de idade (Art.83. 2º). Obrigatoriedade de local para a gestante e parturiente, e creche para as crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos (Art. 89). Benefício do regime aberto em residência particular para a mulher presa com filho menor ou deficiente físico ou mental; condenada gestante (Art. 117). -Lei nº , de janeiro de Institui o Código Civil- Possibilidades de suspensão do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão (Art.1.583, 5º; art e 1.638) -Lei nº 8.069, de 13 de julho de Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, condições adequadas ao aleitamento e convivência com a mãe presa (Art. 9º). Condições dignas e proteção integral à criança (Art. 3º, 4º, 5º e 7º). Liberdade e convivência da criança com a mãe (Art.16 e 19). Poder familiar e condenação criminal (Art.23). Oitiva dos pais nos processos de adoção e guarda de filhos (Art. 158).

19 18 - A Lei da Execução Penal Lei nº , de 28 de maio de 2009, as mulheres têm o direito de cuidar e amamentar seus filhos, no mínimo, até os seis meses de idade. Segundo essa mesma lei, as prisões femininas devem ter locais específicos como: seções para as gestantes ou parturientes e creche para as crianças de seis meses até sete anos (caso esta esteja desamparada). Segundo Angotti, Braga (2015), houve recentemente importantes modificações legislativas em relação a maternidade na prisão no âmbito nacional. A Lei nº /14, regulamenta o convívio entre pais em situação de prisão e seus filhos, a Lei nº /09, assegura que essas mulheres/mães, e os recém-nascidos, tenham condições mínimas de assistência no que diz respeito a maternidade, e a Lei nº /11, permitiu as mulheres/mães e gestantes o direito a prisão domiciliar. MATERNIDADE NA PRISÃO BRASILEIRA No Brasil a lei , de 28 de maio de 2009, faz algumas alterações na lei de execução penal (LEP), assegurando as mães presas e aos recém-nascidos condições mínimas de assistência, dentre essas condições estão os estabelecimentos destinados a mulheres dotados de berçários, onde elas possam cuidar de seus filhos e amamenta-los no mínimo até os seis meses de idade. O que de certa forma garante a essas mães um local diferenciado do estabelecimento feminino normal, digamos assim, para um local onde essas mulheres tenham uma sensação de mais liberdade, uma vez que esse local diferenciado de acordo com a Resolução número 3 de 15 de julho de 2009, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o art. 5, relata que para a brigar as crianças de até dois anos, os estabelecimentos penais femininos devem garantir espaço de berçário com até quatro leitos por quatro mães e para suas respectivas crianças, com banheiros que comportem banheiras infantis, espaço para área de lazer e abertura pata área coberta. Vale ressaltar que essa Resolução é de 2009, o que ainda é um processo, diferenciando o ideal do real. No entanto, Mello (2014), relata que as mães brasileiras são submetidas a um regime disciplinar que regula a permanência da criança na prisão, ou seja, essas mães passam por uma dupla penalização, pois além de serem submetidas as punições impostas pelo regime penitenciário, se desrespeitarem o regulamento interno, dependendo da gravidade, como em

20 19 caso de brigas com agressões físicas, seus filhos são afastados, sofrendo também as consequências. Essas mães focam em seus filhos e utilizam estratégias de contenção de seus impulsos para não se envolverem em atritos e ser separadas de suas crianças. (MELLO, 2014 p. 215) Segundo a Política Nacional de atenção as mulheres, formulada pelo Ministério da Justiça na versão final (2014), nas visitas institucionais da Comissão especial- Projeto Mulheres/DEPEN/MJ, observou-se que as práticas institucionais, em geral, são omissas, desde a gestação, o parto, a inserção das crianças dentro do ambiente prisional, além da falta de estratégias e abordagens especificas de aproximação entre mãe e filho, direcionadas aos filhos dessas mulheres que estão fora do ambiente prisional. Em virtude de que na hora da prisão materna os filhos acabam perdendo o contato com suas mães, e sentem-se desamparados, lembrando que a maioria dessas mulheres são jovens negras, com baixa escolaridade e sem renda. No Brasil o tempo de permanência com a mãe na prisão varia entre 6 meses a 7 anos de idade. A maior parte das prisões 58% autoriza a permanência de crianças até os 6 meses de vida, 12% até os 4 meses de idade, 9,7% enquanto amamentar e 6,5% até os dois anos de idade. Como vimos anteriormente as instituições que possuem berçários ou um local separado para acolher essas mães com seus filhos, não são suficientes, 51,61% das prisões possuem locais improvisados para atendimento as crianças, em sua maioria, esses espaços são a própria cela da mãe. A grande parte dessas mães passam o período integral com os filhos. Kurowsky (1990) diz que o espaço designado para acolher mãe e filho dentro do sistema prisional, surgiu para que essas mães pudessem permanecer com seus filhos durante o período de amamentação, visto que é uma fase de grande importância para o desenvolvimento. Diante de alguns conflitos que surgem entre essas mulheres, Mello (2014) mostra em sua pesquisa que de acordo com as reclusas, o ambiente se torna hostil, o que acaba atingindo as crianças por fazerem parte dessa convivência. Também relatam sobre a falta de atividades e brinquedos, falta de apoio material para as crianças, no que se refere a fraldas e produtos de higiene, os quais não são fornecidos pelo estabelecimento. A Pastoral Cárceraria (2012), em seu relatório Penitenciárias são feitas por Homens e para Homens, expõe algumas preocupações com relação a mulher brasileira dentro do sistema prisional, como: A falta de assistência médica e acesso á assistência de saúde mental, problemas relacionados aos seus filhos- quem esta cuidando das crianças,

21 20 como ser mãe a distância, risco de perder a guarda e questões relativas à gravidez e amamentação, superlotação nas unidades prisionais, unidades mistas- com homens e mulheres, e a falta de opções e alternativas para mulheres que cometem delitos; e falta de acesso a justiça. Ao relatar sobre a falta de assistência médica, o relatótio da Pastoral Cárceraria (2012), assim se reporta: A falta de pré- natal adequado é um grave problema: várias mulheres presas se recusam a comparecer ao atendimento médico agendado em razão do tratamento que recebem nestas ocasiões. Várias mulheres relataram que passam o dia inteiro mal acomodadas em um hospital e o médico mal as examina. É comum também que tenham sangramentos e sejam examinadas apenas pela enfermeira de plantão na Penitenciária, que as libera sem maiores cuidados- ainda que estejam no 8º ou 9º mês de gravidez. (PASTORAL CÁRCERARIA, 2012 p. 3) Também a Psicóloga, Psicanalista e Doutora em Psicologia Isabel da Silva Kahn Marin, supervisora de estagiários que realizam um trabalho junto a grávidas e mães que aleitam seus bebês em penitenciárias brasileiras, em seu relatório, Tornar-se mãe num presídio: a criação de um espaço potencial, afirma que A experiencia dentro de um presídio com mães e bebês traz radicalmente a vivência da violência e as dificuldades e desafios de se buscar significações para rupturas e faltas, dentro de um sistema legítimo, ético e que resgate laços de solidariedade e respeito humano.(marin, 2012 p. 2). Nessa mesma pesquisa relata que De acordo com o art. 89 da Lei Nº 7210/84, as penitenciárias femininas teriam que ser dotadas de seções para gestantes e parturientes, porém, na prática, o que se vê é que a grande maioria das penitenciárias carece desse tipo de ambiente. (MARIN, 2012 p.2) LEGISLAÇÃO EM OUTROS PAÍSES: Há uma grande diversidade internacional sobre legislação em relação a maternidade na prisão. Segundo Gros Colas (2012), alguns países adotam posturas diferentes em relação ao tema, na Suécia por exemplo, acredita-se que as crianças não devem viver em um ambiente como a prisão.

22 21 A Lei Francesa permite que as mães encarceradas convivam com seus filhos até eles atingirem dezoito meses de idade. Para essa mãe conseguir manter o seu filho com ela após os dezoito meses, o diretor regional de serviços penitenciários consulta uma comissão especial. Esta comissão inclui um psiquiatra, um pediatra, um psicólogo e um oficial de justiça. Um relatório de 2013 pela Controladoria Geral encarregado pelo Sistema penitenciário francês declarou que, de lugares destinados as mulheres no Sistema prisional, dezesseis (4,3%) foram reservados para as mulheres que mantêm uma criança, o número de lugares é suficiente para attender esta demanda específica. Em Cuba, de acordo com um relatório Quaker Escritório das Nações Unidas, a partir de 2010, o limite de idade para as crianças que vivem na prisão com suas mães encarceradas em Cuba era geralmente de um ano. Nenhuma informação estatística relevante sobre o número de crianças encarceradas com suas mães pode ser localizada. No Egito, O artigo 20 da Lei nº 396, de 1956, sobre a Organização de Prisões, alterada pela Lei nº 20, de 1973, prevê que um recém-nascido no Egito pode permanecer com sua mãe presa até que a criança complete a idade de dois anos. Se a mãe não está disposta a ficar a com a criança, esta deve viver com seu pai ou a qualquer parente a escolha da mãe. Se a criança não tem um pai ou quaisquer outros parentes, o diretor da prisão deve notificar o governador para colocar a criança em um orfanato. O diretor irá notificar a mãe presa da localização do orfanato para que ela possa visitar a criança, de acordo com os regulamentos. Artigo 31-bis da Lei nº 12, de 1996 promulgação da Lei da Criança, alterada pela Lei nº 126, de 2008, afirma que o viveiro, (local onde a mãe possa viver com sua criança), deve ser estabelecido em todas as prisões para as mulheres, de acordo com as especificações para berçários, onde as crianças de prisioneiros do sexo feminino podem ser colocadas até que atinjam a idade de quatro anos. Na China, a lei chinesa não parece permitir que as crianças vivem em prisões com as mães de prisioneiros. Em vez disso, a Lei de Processo Penal prevê que uma mulher condenada à prisão ou detenção criminal pode ser permitida para servir temporariamente sua sentença fora da prisão quando ela está grávida ou com seu bebê no período de amamentação. Austrália- em cada estado da Austrália e seus territórios, aplicam os seus próprios quadros legislativos em relação aos estabelecimentos prisionais que eles gerenciam. É previsto nas legislações de todos os estados e territórios, o alojamento das crianças com sua mãe na prisão. Porém em toda Austrália, há políticas e programas que devem ser desenvolvidos para essas mães e principalmente voltados para o interesse das crianças.

23 22 As crianças e bebês são autorizados a residir com a sua mãe na prisão somente depois que o Departamento de Administração considerar que é o melhor para a criança, se não houver nenhuma outra opção para essa mãe, como completar sua sentença na comunidade ou através prisão domiciliar. O alojamento para essas mulheres e seus filhos devem, sempre que possível, ser domiciliar ao invés da prisão. Enquanto essas mães são responsáveis pelo cuidado de seus filhos na prisão, o Departamento administrativo fica responsável em tomar as medidas necessárias para garantir um ambiente seguro. Na Capital Australiana as crianças podem permanecer com suas mães até os quatro anos de idade. As que estão grávidas participam de um programa voltado para as elas e para as crianças. Essas mães podem ser inseridas com suas crianças em casas com até cinco quartos, com uma sala de estar, sala de jantar, cozinha, lavanderia e patio. Os países Ibero-Americanos como Espanha, Argentina, Portugal, México, Brasil, Guatemala e os outros países que compõe a Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), assim como nos outros países, quando se reporta a legislação em relação a maternidade na prisão, também tem sua legislação, sua forma de lidar com a prisão, principalmente quando o assunto é voltado para mulheres e crianças dentro do cárcere. Na Espanha, segundo Almeda (2005), a pena privativa de liberdade é mais dura para as mulheres do que para os homens. A autora relata em seu artigo, La política penal/penitenciaria en relación com la mujer: um enfoque de gênero, que essas mulheres são divididas em 3 tipos de penitenciárias, em pequenas celas em estabelecimentos masculinos, ou em algumas alas nos grandes complexos masculinos, ou em unidades exclusivamente femininas. Almeda (2005), ainda traz que é desvantajoso abrigar detentas em presídios masculinos, pois a infraestrutura não é adequada para atender as necessidades das mulheres, e que além disso existe apenas um diretor no estabelecimento, que toma as decisões baseado na maioria, esquecendo, por vezes, das mulheres e seus filhos que estão inseridos naquele contexto. Já quando o assunto é a mulher/ mãe dentro do cárcere, segundo o Ministerio Del Interior e o Gobierno de España, encontrado no site ( a

24 23 lei espanhola prevê o direito a mulher de permanecer com seu filho, dentro do sistema prisional, até os 3 anos de idade, conforme o art. 38 da Lei Orgânica Geral Penitenciária. Os estabelecimentos, contam com uma infraestrutura especifica para acolher essas mulheres e seus filhos, conhecidos como unidades mães ou unidades dependentes, são pequenas casas liberadas para o interno durante o dia. De acordo com o art , podem ser transferidas as mulheres e seus filhos, se for aprovada a proposta pelo centro de coordenação. As unidades mães, são módulos específicos dentro das prisões, mas separados arquitetonicamente. Contém pré-escolas equipadas, com programação educacional especifica para as crianças, creches com aulas psicomotoras, sala de aula, sala de jantar e áreas de jardim para jogos ao ar livre. Os funcionários são permanentes e programam as atividades como qualquer outra escola maternal. Além de fornecer materiais de necessidades básicas a criança, caso a mãe não tenha condições. De acordo com o Código Penitenciário da Espanha (Art. 209), as penitenciárias para Mulheres também terão os serviços de um ginecologista e quando as crianças vivem junto com a mãe, um pediatra. No Art. 213, diz que, nas instituições femininas deve ter um centro obstétrico para atendimento as mulheres que se encontram em trabalho de parto. Ainda de acordo com o Código Penitenciário da Espanha, foram estabelecidos acordos entre as penitenciárias e entidades públicas e privadas, a fim de fortalecer o desenvolvimento da relação mãe-filho, o que é primordial para o desenvolvimento infantil. Com base nesses artigos, não é permitido que a mulher em privação de liberdade seja algemada durante a gravidez e durante os seis meses de amamentação. É permitido que a criança permaneça com sua genitora até os três anos de idade, período essencial para o desenvolvimento e vínculo familiar. As informações a seguir, foram extraídas do LIBRARY OF CONGRESS. Na Argentina, a lei nº 24660, sobre à Execução de Privação de Liberdade, de acordo com a Biblioteca do Congresso Americano, prevê que uma mãe presa pode manter suas crianças menores de quatro anos de idade com ela na prisão, através de um programa denominado co-residence program segundo o relatório Women in Prison Argentina (2013). A prisão deve fornecer serviços de cuidados infantis e instalações com pessoal especialmente treinado (Art.195). A partir de 2011 apenas uma prisão para as mulheres tinham uma creche, no entanto. A partir de 2008, oitenta e seis crianças estavam vivendo com suas mães na prisão,

25 24 de acordo com o Fundo de Emergência (UNICEF) um relatório Children International da Organização das Nações Unidas. Em Portugal, o Decreto-Lei 265/79, diz que será assegurada às reclusas uma assistência adequada que respondam às situações particulares que a execução possa envolver e, aos filhos destas, uma assistência especializada e cuidados que se tornem exigíveis ao seu normal desenvolvimento físico e psíquico. Especifica também como devem ser os estabelecimentos femininos. Durante a execução das penas privativas de Liberdade e medidas em Portugal, é garantido o direito da mulher presa, manter o seu filho até ele atingir a idade de 3 anos, ou em circunstancias excepcionais, até os 5 anos, com o consentimento de outro parente responsável, desde que seja de interesse da criança e se tenha condições necessárias. Para tal propósito, a criança deve ter cuidados medicos apropriados, atividades educativas e de entretenimento de acordo com suas necessidades de desenvolvimento. Um relatório de 2013 elaborado pela Direção Geral dos Serviços Prisionais e de Reabilitação, afirmou que em 31 de dezembro de 2013, havia 597 mulheres condenadas na prisão. Não foram fornecidas informações em relação a quantas crianças estavam em companhia de suas mães. O México, estabelece os Padrões Mínimos para a Reabilitação das Pessoas encarceradas prevê que as crianças possam viver com suas mães até seis anos de idade, desde que seja aprovado por especialistas qualificados como sendo do melhor interesse das crianças. Estimase que cerca de duas mil crianças vivem atualmente com suas mães encarceradas. Já na Guatemala, a legislação guatemalteca prevê que os centros de detenção para mulheres devem ter unidades ou seções para mulheres grávidas. Além disso, esses centros devem ter condições que permitam essas mulheres presas a viver com os seus filhos até os quatro anos de idade e deve proporcionar locais adequados para cuidar das crianças dotadas de pessoal qualificado. A legislação dispõe que a Secretaria de Assistência Social da Primeira Dama (Secretaría de Obras Sociales de la Esposa del Presidente) deve criar abrigos fora da prisão e se preocupar com a educação de crianças, com mais de quatro anos, cujas mães estão presas e cujos parentes próximos não podem cuidar em condições que garantam o seu desenvolvimento e educação integral.

26 25 ONU- REGRAS DE BANGKOK Após a segunda Guerra mundial algumas comunidades internacionais se uniram a fim de manter a Paz mundial entre os países, surgindo assim a ONU- Organização das Nações Unidas, uma organização mundial criada em 1945, com o objetivo de manter a paz e a segurança internacionais, estabelecer relações cordiais entre as nações do mundo, obedecendo aos princípios da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos; e incentivar a cooperação internacional na resolução de problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários. (ONUBR, 2016) Segundo o Ministério da Justiça (2009), a ONU trabalha na promoção de princípios reconhecidos internacionalmente sobre a prevenção ao crime a justiça criminal [...] os sistemas de justiça criminal diferem de uma país para o outro [...] entretanto, ao longo dos anos, os padrões e normas das Nações Unidas para a prevenção ao crime e justiça criminal tem proporcionado uma visão coletiva de como o sistema de justiça criminal deve ser estruturado. Em dezembro de 2010, a Assembleia Geral da ONU aprovou as regras mínimas para o tratamento de mulheres encarceradas e medidas não privativas de liberdade para as mulheres que se encontravam em conflitos com a lei, conhecidas como Regras de Bangkok (Regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras), essas regras servem para orientar sobre o tratamento que deve ser dado a pessoa em privação de liberdade. Levando em consideração, a realidade da mulher em situação de prisão. Vale ressaltar que as Regras de Bangkok, complementam as regras mínimas para o tratamento do preso estabelecida em 1955, e as regras Mínimas para a Elaboração de Medidas não Privativas de Liberdade (Regras de Tóquio). Os países que são membros da ONU, recebem essas orientações e como podemos observar no quadro acima, mesmo assim existem grandes diferenças, o que deve ser levado em consideração devido a cultura e ao contexto de cada país. No entanto a preocupação com a estrutura dos estabelecimentos, com o atendimento dado a essas mulheres e com o desenvolvimento das crianças nesse contexto é notável em quase todas as legislações pesquisadas. No entanto podemos destacar algumas das principais regras de Bangkok. As informações a seguir podem ser encontradas no site

27 26 Ingresso Regra 2 Atenção adequada deve ser dedicada aos procedimentos de ingresso de mulheres e crianças, devido a sua especial vulnerabilidade nesse momento. Deverão ser oferecidas as recém-ingressas condições para contatar parentes [...] antes ou no momento de seu ingresso, deverá ser permitido as mulheres responsáveis pela guarda de crianças, tomar as providencias necessárias em relação a elas, incluindo a possibilidade de suspender por um período razoável a detenção, levando em consideração o melhor interesse das crianças. Registro Regra 3 No momento do ingresso, deverão ser registrados os dados pessoais e o número de filhos das mulheres que ingressaram nas prisões. Os registros deverão incluir, sem prejudicar os direitos da mãe, ao menos os nomes das crianças, suas idades e, quando não acompanharem a mãe, a sua localização e custódia ou situação da guarda. Alocação Regra 4 Mulheres presas deverão permanecer, na medida do possível, em prisões próximas ao seu meio familiar ou local de reabilitação social, considerando suas responsabilidades maternas, assim como sua preferência pessoal e a disponibilidade de programas e serviços apropriados. Regime prisional Regra 42 Mulheres presas deverão ter acesso a um programa amplo e equilibrado de atividades que considerem as necessidades especificas de gênero. O regime prisional deverá ser flexível o suficiente para a tender ás necessidades de mulheres grávidas, lactantes e mulheres com filhos. Nas prisões serão oferecidos serviços e instalações para o

28 27 cuidado das crianças a fim de possibilitar ás presas a participação em atividades prisionais. Haverá especial empenho na elaboração de programas apropriados para mulheres grávidas, lactantes e com filhos na prisão. Haverá especial empenho na prestação de serviços adequados para presas que necessitem de apoio psicológico, especialmente aquelas submetidas a abusos físicos, mentais e sexuais. BRASIL E IBERO-AMÉRICA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA A presente pesquisa buscou abarcar os objetivos deste trabalho através do levantamento de informações em vários locais incluindo sites governamentais, devido à dificuldade em encontrar artigos relacionados ao tema. Foi gerado um quadro que ilustra categorias comparativas entre algumas realidades como Brasil, Portugal, Argentina e Espanha. Não sendo possível a comparação de todos os países aqui mencionados por falta de informação disponível. As categorias são: Infraestrutura física, tempo de permanência das crianças dentro do sistema prisional e Regime Jurídico. Brasil (Unidade Materno- Infantil- Rio Grande do Sul) Portugal (Casa das mães) Infraestrutura física Argentina Jardim Maternal (Unidad nª 31) - Ezeiza- Província de Buenos Aires Espanha Características das Características das Características das Características das celas: Alojamentos celas: celas celas: celas: Alojamentos comunitário, para até individuais ou em Alojamentos planejados, planejados, conhecidos 10 mulheres com seus dupla, permite as mulheres vivem em como unidades mães, ou filhos; alojamento de espaço razoável, alguns unidades dependentes, - Construção adaptada; famílias; com ar condicionado, são pequenas casas -Capacidade: 23 - Construção tem livre acesso a área separados mulheres com filhos e planejada; social, com televisão, arquitetonicamente. 10 gestantes; - Capacidade para até geladeira, copa e Contém pré-escolas - Não possui 70 mulheres, entre telefones públicos, equipadas, com instalações externas. mães e gestantes; oportunidades de estudo programação educacional (MELLO, 2014) - Possui creche e a e trabalho. Os quartos especifica para as casa da criança; são equipados, arejados e crianças, creches com (MELLO, 2014) limpos. Algumas contem aulas psicomotoras, sala

29 28 oficinas pedagógicas, esportes e até pilates para as puérperas e gestantes. (ANGOTTI, BRAGA, 2015, p. 58) de aula, sala de jantar e áreas de jardim para jogos ao ar livre. (Ministerio Del Interior e o Gobierno de España) Na Argentina as mulheres e suas crianças contam com excelente estrutura maternoinfantil, a qual pode inspirar políticas na área. Como aponta a pesquisa de Women in Prision in Argentina (2013, p. 27), o programa argentino[...], em muitos aspectos pode ser um modelo para os governos que estão interessados em instituir tais programas. Foram estabelecimentos preparados para receber essas mulheres, com programas voltados para a reinserção social, e cuidados para com as crianças. No Brasil embora esteja na Lei sobre os estabelecimentos apropriados para essas mulheres, o que foi constatado segundo Mello (2014), foi que muitas prisões que abrigam essas mulheres foram adaptadas, porém essas adaptações não contemplaram as características do feminino. Em Portugal, tanto o estabelecimento prisional, quanto a Casa das mães, foram projetadas para esse fim, abrigar mulheres, mães e crianças (MELLO, 2014). A casa das mães é localizada como um anexo do estabelecimento prisional, porem em um prédio afastado. Mesmo o Art. 89 da LEP e a Resolução nº3 de 15 de julho de 2009, permitam a permanência das crianças acima de um ano, em algumas penitenciarias se torna impossível, devido a infraestrutura e ao quadro de funcionários não ser treinado e nem destinado a essa população. Tempo de Permanência da criança na Prisão Brasil Portugal Argentina Espanha Até os 7 anos de idade incompletos: Até os 5 anos de idade: É direito do recluso manter Até os 4 anos de idade: Lei nº Legislação: Os consigo filho até os 3 anos A prisão deve fornecer Até os 3 anos de idade, estabelecimentos de idade, ou serviços de cuidados conforme o art. 38 da prisionais serão dotados excepcionalmente, até os 5 infantis e instalações Lei Orgânica Geral de berçários para as anos, com autorização do com pessoal Penitenciária, com reclusas cuidar dos pai, desde que tal seja especialmente treinado pré-escolas equipadas, filhos até 6 meses e considerado do interesse (Art.195). programação creche para abrigar do menor e existam as educacional especifica para as crianças e

30 29 crianças de 6 meses e menores de 7 anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada (art.82 e 89 da LEP-Lei nº. 11,942 de 28 de maio de 2009) condições necessárias (Lei nº 115/2009) creches com aulas psicomotoras. Em relação a cuidar dos filhos na prisão há divergências e uma complexidade quando se trata até que idade a criança deve permanecer na prisão. Segundo Mello (2014), as brasileiras justificam suas escolhas de permanecer com o filho na prisão em função de já estarem longe dos outros, e outras alegam que é porque não conseguiram cuidar dos outros filhos antes do aprisionamento. Levando a entender que agora elas podem cuidar de seus filhos, o que antes não era possível devido a vida que levavam. Outras mulheres segundo Mello (2014), trazem que os filhos é um apoio emocional dando forças para enfrentar o aprisionamento. Já as mulheres portuguesas justificam devido a importância dos cuidados maternos para o filho, ou mesmo por não ter com quem deixa-lo após a saída da criança. No Brasil, os espaços específicos para exercício da maternidade são excepcionais e localizados somente em algumas capitais, não atingindo a população de forma geral [...] os estabelecimentos considerados modelos tem falhas estruturais e conjunturais que nos permitem afirmar que o exercício da maternidade de mulheres presas nos diversos contextos brasileiros é precário. (ANGOTTI, BRAGA, 2015 p. 78) A maioria dos países como podemos ver, permite que as crianças permaneçam com suas mães no mínimo até aos 3 anos de idade. Essas crianças têm direito em relação a amamentação, assim como ao vínculo afetivo com sua mãe. Levando em consideração que o ministério da Saúde, orienta que o ideal seria amamentar o filho até os dois anos de idade. Como vimos acima, para que essas crianças permaneçam com suas mães, o sistema penitenciário deve fornecer serviços de cuidados infantis, com pessoal treinado, como é realizado na Argentina e na Espanha. Infelizmente no Brasil, existe a lei, mas a prática ainda deixa a desejar.

31 30 Regime Jurídico Brasil Portugal Espanha Objetivo: Prevenir o crime e orientar o retorno a convivência em sociedade (art. 10, LEP) Procedimentos: Os condenados serão classificados segundo seus antecedentes e personalidade para orientar a individualização da pena: Programa individualizador (assistência material, saúde, educacional, jurídica, social e religiosa (art. 5-10, LEP) Objetivo: Reinserção do agente na sociedade, preparando-o para conduzir sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes, a proteção de bens jurídicos e a defesa da sociedade. (Art. 2, Lei nº. 115/2009) Procedimentos: A execução das penas orienta-se pelo princípio da individualização do tratamento prisional, baseado na avaliação das necessidades e riscos próprios de cada um (art. 5 Lei nº 115/2009) Objetivo: reabilitação e reintegração social de acordo com o mandato constitucional no art.25.2 penas privativas de liberdade e as medidas de segurança serão destinadas a reeducação e reinserção social Programa de tratamento individualizado (PIT), fornecido pela administração da penitenciária para a promoção e crescimento pessoal, melhorar as competências e as aptidões sócias e de trabalho, superação fatores ou exclusão de comportamento que levaram ao crime. ( - Plano individual de reabilitação (ensino, formação, trabalho e programas) (Art. 3, Lei nº 115/2009) CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar do Brasil ser membro da ONU, e participar das negociações para elaborar as regras de Bangkok se comprometendo em cumpri-las, essas leis ainda não foram contempladas em políticas públicas efetivas em nosso país. Sendo necessários estudos que promovam e incentivem a publicidade dessas leis, para que se tornem visíveis, para que se impulsione a criação de políticas eficazes. No Brasil muitas mulheres cumprem pena longe de seus lares, de seus filhos, sem visitas devido à distância, ou a falta de condição das famílias em pagar uma condução devido à distância. Embora, como vimos muitas mulheres são presas por tráfico de drogas, são

Prof. (a) Naiama Cabral

Prof. (a) Naiama Cabral Prof. (a) Naiama Cabral DIREITOS HUMANOS @naiamacabral @monster.concursos Olá pessoal me chamo Naiama Cabral, Sou advogada e professora no Monster Concursos, e há algum tempo tenho ajudado diversos alunos

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Aula 3 Direitos Fundamentais I Prof. Diego Vale de Medeiros 3.1 Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direitoaproteçãoà vida e à saúde, mediante

Leia mais

A FRAGILIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE GENÊRO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO: UMA BREVE ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO 1

A FRAGILIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE GENÊRO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO: UMA BREVE ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO 1 A FRAGILIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE GENÊRO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO: UMA BREVE ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO 1 Tassiana Borcheidt 2, Laís Bassani 3, Lurdes Aparecida Grosmann 4, Ester Eliana Hauser 5.

Leia mais

Pró-Reitoria Acadêmica. Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso AMIZADE: ANTES E DURANTE A PRISÃO

Pró-Reitoria Acadêmica. Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso AMIZADE: ANTES E DURANTE A PRISÃO 1 Pró-Reitoria Acadêmica PETERSON PEREIRA DE OLIVEIRA Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso REPERCUSSÕES DO APRISIONAMENTO DE PAIS OU MÃES NOS FILHOS AMIZADE: ANTES E DURANTE A PRISÃO Trabalho

Leia mais

DIREITO À MATERNAGEM: APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL À REALIDADE DO CENTRO DE REEDUCAÇÃO FEMININA MARIA JÚLIA MARANHÃO

DIREITO À MATERNAGEM: APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL À REALIDADE DO CENTRO DE REEDUCAÇÃO FEMININA MARIA JÚLIA MARANHÃO DIREITO À MATERNAGEM: APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL À REALIDADE DO CENTRO DE REEDUCAÇÃO FEMININA MARIA JÚLIA MARANHÃO RESUMO Autoras CAMPOS 1, Larissa de França CAVALCANTI 2, Priscila Thaís Diniz

Leia mais

A 1. Princípios e Valores Fundamentais de Uma Política Penitenciária. Fonte: FALCONI, 1996.

A 1. Princípios e Valores Fundamentais de Uma Política Penitenciária. Fonte: FALCONI, 1996. ANEXOS I A 1 Princípios e Valores Fundamentais de Uma Política Penitenciária Fonte: FALCONI, 1996. II 1. Respeito à dignidade do homem, aos seus direitos individuais e coletivos e à crença no potencial

Leia mais

MULHERES NO CÁRCERE: UMA BREVE ANÁLISE DA SITUAÇÃO BRASILEIRA 1 WOMEN IN PRISON: A BRIEF ANALYSIS OF THE BRAZILIAN SITUATION

MULHERES NO CÁRCERE: UMA BREVE ANÁLISE DA SITUAÇÃO BRASILEIRA 1 WOMEN IN PRISON: A BRIEF ANALYSIS OF THE BRAZILIAN SITUATION MULHERES NO CÁRCERE: UMA BREVE ANÁLISE DA SITUAÇÃO BRASILEIRA 1 WOMEN IN PRISON: A BRIEF ANALYSIS OF THE BRAZILIAN SITUATION Laís Bassani 2, Doglas Cesar Lucas 3 1 Pesquisa desenvolvida no Projeto de Iniciação

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da liberdade provisória Parte 6 Prof. Thiago Almeida . Atenção para as Súmulas do STJ:. Súmula 21 Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal

Leia mais

ENCARCERAMENTO FEMININO

ENCARCERAMENTO FEMININO Policy Paper - Segurança e Cidadania ENCARCERAMENTO FEMININO Rio de Janeiro FGV DAPP 2018 Policy Paper Encarceramento Feminino 1 Mulheres e Prisão O crime de tráfico de drogas é, atualmente, o principal

Leia mais

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS Relatório Dezembro 2014 Visitas Íntimas Observatório dos Direitos Humanos http://www.observatoriodireitoshumanos.net/ dh.observatorio@gmail.com 1 I. Apresentação do caso

Leia mais

No cadeião não tem nada disso não : a percepção da saúde para as internas do Centro de Referência a Gestante Privada de Liberdade

No cadeião não tem nada disso não : a percepção da saúde para as internas do Centro de Referência a Gestante Privada de Liberdade No cadeião não tem nada disso não : a percepção da saúde para as internas do Centro de Referência a Gestante Privada de Liberdade Isabela Cristina Alves de Araújo Mestranda em Sociologia Pesquisadora do

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Regras Mínimas para o Tratamento de Presos Parte 1

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Regras Mínimas para o Tratamento de Presos Parte 1 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Regras Mínimas para o Tratamento de Presos Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Regras mínimas são resoluções da Assembleia

Leia mais

PRINCIPAIS VIOLAÇÕES ÀS REGRAS DE MANDELA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 1.

PRINCIPAIS VIOLAÇÕES ÀS REGRAS DE MANDELA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 1. PRINCIPAIS VIOLAÇÕES ÀS REGRAS DE MANDELA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 1. Por Ana Lucia Castro de Oliveira. Defensora Pública Federal titular do 2º Ofício Criminal da Defensoria Pública da União

Leia mais

Excelentíssimo Secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo Sr. Lourival Gomes

Excelentíssimo Secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo Sr. Lourival Gomes São Paulo, 16 de maio de 2012. Excelentíssimo Secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo Sr. Lourival Gomes Ref.: Pedido de acesso a informações relativas às condições de saúde e

Leia mais

A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO NA SOCIEDADE 1

A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO NA SOCIEDADE 1 A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO NA SOCIEDADE 1 Cátia Da Silva 2, Milena Marques Da Cruz 3, Marjana Souza 4, Eloísa Nair De Andrade Argerich 5. 1 Trabalho de pesquisa elaborada

Leia mais

Provimento n 17/2008

Provimento n 17/2008 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA Provimento n 17/2008 Ementa: Regulamenta o procedimento referente às inspeções nos estabelecimentos penais pelos juízes responsáveis

Leia mais

1. Introdução. 2. O sistema carcerário brasileiro

1. Introdução. 2. O sistema carcerário brasileiro 1. Introdução O crescimento da população carcerária brasileira aumenta consideravelmente e uma constatação preocupante é também o aumento do número de presidiárias. Este fato se dá devido ao crime de tráfico

Leia mais

1 Acadêmica do 3º Semestre do Curso de Direito Faculdade Metodista de Santa Maria.

1 Acadêmica do 3º Semestre do Curso de Direito Faculdade Metodista de Santa Maria. A AMAMENTAÇÃO NO SISTEMA CARCERÁRIO DIANTE DO DIREITO AO ALEITAMENTO MATERNO Taiani Silva- Autora 1 Alfredo Martins Rodrigues Junior- Co-autor 2 Vilcemar Chaves da Rosa- Co-autor 3 1 INTRODUÇÃO O presente

Leia mais

Lei de Execução Penal Lei 7.210/84. Prof. Gladson Miranda

Lei de Execução Penal Lei 7.210/84. Prof. Gladson Miranda Lei de Execução Penal Lei 7.210/84 Prof. Gladson Miranda Legendas: - Já cobrado de 01 a 04 vezes em provas; - Já cobrado de 05 a 09 vezes em provas; - Já cobrado em Concursos da Banca ou do Cargo; Aplicação

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE DE DEZEMBRO DE 2010

PROJETO DE LEI Nº, DE DE DEZEMBRO DE 2010 PROJETO DE LEI Nº, DE DE DEZEMBRO DE 2010 Dispõe sobre a reserva de vagas para apenados em regime semi-aberto e egressos do Sistema Penitenciário nas contratações de mão-de-obra à Administração Pública

Leia mais

AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04

AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04 AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04 CAPÍTULO VII DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO

Leia mais

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À SAÚDE MATERNO-INFANTIL EM UNIDADE PRISIONAL

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À SAÚDE MATERNO-INFANTIL EM UNIDADE PRISIONAL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À SAÚDE MATERNO-INFANTIL EM UNIDADE PRISIONAL Daiany Maria Castro Nogueira 1, Ana Cláudia Rodrigues Ferreira 2, Rebecca Silveira Maia 3, Lilian Raquel Alexandre Uchoa 4, Emília

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 558, DE 29 DE MAIO DE 2015

RESOLUÇÃO Nº 558, DE 29 DE MAIO DE 2015 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria Estadual de Administração Penitenciária RESOLUÇÃO Nº 558, DE 29 DE MAIO DE 2015 Estabelece diretrizes e normativas para o tratamento da população LGBT no

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Após a decisão de suspensão ou perda do poder familiar, surge a questão de se definir quem vai receber a criança

Leia mais

PALAVRAS CHAVES: PRESAS; CRIANÇAS; DIREITOS HUMANOS

PALAVRAS CHAVES: PRESAS; CRIANÇAS; DIREITOS HUMANOS MÃES APENADAS VERSUS FILHOS PENALIZADOS: considerações acerca do aprisionamento infantil Bianca Cavalcante Oliveira (UEMS) 1 ; Acelino Rodrigues Carvalho (UEMS) 2 ¹ Bianca Cavalcante Oliveira, Aluna 4ª

Leia mais

TÍTULO: GRAVIDEZ E SEPARAÇÃO DO BEBÊ: ESTUDO SOBRE O IMPACTO PSICOLÓGICO EM MULHERES QUE SE SEPARARAM DE SEUS BEBÊS NA PRISÃO

TÍTULO: GRAVIDEZ E SEPARAÇÃO DO BEBÊ: ESTUDO SOBRE O IMPACTO PSICOLÓGICO EM MULHERES QUE SE SEPARARAM DE SEUS BEBÊS NA PRISÃO TÍTULO: GRAVIDEZ E SEPARAÇÃO DO BEBÊ: ESTUDO SOBRE O IMPACTO PSICOLÓGICO EM MULHERES QUE SE SEPARARAM DE SEUS BEBÊS NA PRISÃO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: Psicologia

Leia mais

SUMÁRIO 1. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) LEI 8.069/ Introdução 2. Direitos fundamentais 2.1 Direito à vida e à saúde 2.2 Direito à

SUMÁRIO 1. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) LEI 8.069/ Introdução 2. Direitos fundamentais 2.1 Direito à vida e à saúde 2.2 Direito à SUMÁRIO 1. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) LEI 8.069/1990 2. Direitos fundamentais 2.1 Direito à vida e à saúde 2.2 Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 2.3 Direito à convivência familiar

Leia mais

EDUCADOR SOCIAL SITE: FACEBOOK: CARITAS ARQUIDIOCESANA DE PORTO ALEGRE SAS FACEBOOK: MENSAGEIRO DA CARIDADE

EDUCADOR SOCIAL SITE:  FACEBOOK: CARITAS ARQUIDIOCESANA DE PORTO ALEGRE SAS FACEBOOK: MENSAGEIRO DA CARIDADE EDUCADOR SOCIAL SITE: WWW.CARITASPORTOALEGRE.ORG FACEBOOK: CARITAS ARQUIDIOCESANA DE PORTO ALEGRE SAS FACEBOOK: MENSAGEIRO DA CARIDADE ATUAÇÃO PROFISSIONAL CRIANÇAS ADOLESCENTES ADULTOS IDOSOS ÁREAS DE

Leia mais

Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso.

Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso. Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso. Cretella Júnior e Cretella Neto Direito Constitucional III Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com Base da ordem social

Leia mais

Recibo de cadastro de inspeção

Recibo de cadastro de inspeção PASSO 1 Dados gerais de cadastro Responsável USU4BF3D6BC4377B Data da Informação 29/07/2019 Mês/Ano referência Julho / 2019 Orgão ALTAMIRA Estabelecimento CENTRO DE RECUPERAÇÃO DE ALTAMIRA PASSO 2 Administração

Leia mais

SISTEMA PENITENCIÁRIO

SISTEMA PENITENCIÁRIO Avante Instituto Brasil SISTEMA PENITENCIÁRIO Natália Macedo Sanzovo Coordenadora e Pesquisadora do Instituto Avante Brasil Data: 31/12/2013 Evolução da População Carcerária (1990-2012*) 2 Evolução da

Leia mais

Educação no Sistema Prisional

Educação no Sistema Prisional Educação no Sistema Prisional Pacto Federativo Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece.

Leia mais

A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO. Diversos fatores levaram à situação atual

A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO. Diversos fatores levaram à situação atual A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO Diversos fatores levaram à situação atual O problema foi tratado com uma série de OUs Natureza ou policial ou social Responsabilidade ou Federal

Leia mais

CONHECIMENTO E PRÁTICA DE NUTRIZES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO

CONHECIMENTO E PRÁTICA DE NUTRIZES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO CONHECIMENTO E PRÁTICA DE NUTRIZES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO Rayssa Conceição Chaves de Souza 1 ; Francisca Márcia Pereira Linhares 2 1 Estudante do Curso de Enfermagem - CCS

Leia mais

Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01

Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01 Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01 Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal Monster Guerreiros, a execução penal é um procedimento destinado à efetiva aplicação da pena ou da medida de segurança

Leia mais

Nathália Dallabrida Montagner 2, Luana Aline De Quadros 3, Tainá Gabriele Hameyer 4, Daiane Raquel Steiernagel 5, Carolina Baldissera Gross 6

Nathália Dallabrida Montagner 2, Luana Aline De Quadros 3, Tainá Gabriele Hameyer 4, Daiane Raquel Steiernagel 5, Carolina Baldissera Gross 6 A SITUAÇÃO DAS GRÁVIDAS E A CONSTRUÇÃO DO VÍNCULO MÃE E BEBÊ DENTRO DO SISTEMA PRISIONAL 1 THE PREGNANTS SITUATION AND THE LINK BUILDING BETWEEN MOTHER AND BABY INSIDE THE PRISION SYSTEM Nathália Dallabrida

Leia mais

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica SUMÁRIO 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de execução penal 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1.2 Pena 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Propostas para reduzir a superlotação e melhorar o sistema penitenciário I D D D - I N S T I T U T O D E D E F E S A D O D I R E I T O D E D E F E S A

Propostas para reduzir a superlotação e melhorar o sistema penitenciário I D D D - I N S T I T U T O D E D E F E S A D O D I R E I T O D E D E F E S A Propostas para reduzir a superlotação e melhorar o sistema penitenciário IDDD - INSTITUTO DE DEFESA DO DIREITO DE DEFESA O IDDD Organização da sociedade civil de interesse público, fundada em julho de

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA RESOLUÇÃO Nº 1, DE 24 DE JUNHO DE 2016

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA RESOLUÇÃO Nº 1, DE 24 DE JUNHO DE 2016 Aprova as diretrizes nacionais para a criação, implantação e manutenção de programa e políticas de atenção à saúde e qualidade de vida dos servidores em serviços penais e dar outras providencias. RESOLUÇÃO

Leia mais

TEMA: SISTEMA PENITENCIÁRIO ANGOLANO. Luanda, Fevereiro de 2016

TEMA: SISTEMA PENITENCIÁRIO ANGOLANO. Luanda, Fevereiro de 2016 1 TEMA: SISTEMA PENITENCIÁRIO ANGOLANO Luanda, Fevereiro de 2016 2 OBJECTIVO Prestar informação sobre a situação do Sistema Penitenciário Angolano. 3 SISTEMA PRISIONAL ANGOLANO O Sistema Penitenciário

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Direito à vida e à saúde Profª. Liz Rodrigues - A partir do art. 7º, a Lei n. 8.069/90 indica um rol de direitos que devem ser assegurados à criança

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale EXECUÇÃO PENAL 1. LEP - Estrutura A LEP Lei das Execuções Penais é estruturada da seguinte forma: - Do objeto e aplicação da LEP - Do condenado e do internado - Dos órgãos

Leia mais

Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária

Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária O Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária tem como objetivo principal proteger e amparar

Leia mais

O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1

O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1 O idoso dependente: de quem é a responsabilidade do cuidado? Lívia A. Callegari 15/06/2018 1 Lívia Callegari Advogada inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil e de Portugal militante, exclusivamente,

Leia mais

HISTÓRIA DE MARIA ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: O QUE PENSAR DESSA REALIDADE?

HISTÓRIA DE MARIA ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: O QUE PENSAR DESSA REALIDADE? HISTÓRIA DE MARIA HISTÓRIA DE MARIA ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: O QUE PENSAR DESSA REALIDADE? Angela Torma Pietro* Maria Angela Mattar Yunes** *Doutora em Educação Ambiental pela Universidade Federal

Leia mais

SUBJETIVIDADE E DIREITOS HUMANOS: APOIO PSICOSSOCIAL E MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DO CÁRCERE NA PARAÍBA

SUBJETIVIDADE E DIREITOS HUMANOS: APOIO PSICOSSOCIAL E MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DO CÁRCERE NA PARAÍBA SUBJETIVIDADE E DIREITOS HUMANOS: APOIO PSICOSSOCIAL E MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DO CÁRCERE NA PARAÍBA D ANDREA, Isadora Grego ¹ SILVA JUNIOR, Nelson Gomes de Sant ana 2 TANNUSS, Rebecka Wanderley 3

Leia mais

FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO

FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO Estabelecimento Prisional Nome: CADEIA PUBLICA DE SANTOS DO 5 DISTRITO POLICIAL Endereço: Rua Comandante Bucão Vianna, 811, Areia Branca-Jardim Bom Retiro, Santos -SP Fone: 013-3299-3889

Leia mais

A EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO

A EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO A EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO Selson Garutti 1 ; Rita de Cássia da Silva Oliveira 2. RESUMO: Este trabalho apresenta um estudo qualiquantitativo exploratório que tem por objetivo

Leia mais

TRABALHO INFANTIL E TRABALHO DO MENOR

TRABALHO INFANTIL E TRABALHO DO MENOR TRABALHO INFANTIL E TRABALHO DO MENOR www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.4 Criança, Adolescente e Menor...4 Vulnerabilidade... 5 2. TRABALHO DO MENOR

Leia mais

Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para crianças afastadas das famílias de origem

Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para crianças afastadas das famílias de origem Cuidados Alternativos para Crianças: Práticas para além do Acolhimento. Como Garantir a Convivência Familiar e Comunitária? Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para crianças afastadas

Leia mais

PORTAL DE TRANSPARÊNCIA CARCERÁRIA

PORTAL DE TRANSPARÊNCIA CARCERÁRIA PORTAL DE TRANSPARÊNCIA CARCERÁRIA Atendendo-se os Princípios Constitucionais que regem a Administração Pública no Brasil, as diretrizes de Transparência em Gestão Pública contempladas na Lei n.º 12.527,

Leia mais

Sumário. Capítulo II Direitos dos condenados Punição e direitos gerais Cooperação da comunidade... 16

Sumário. Capítulo II Direitos dos condenados Punição e direitos gerais Cooperação da comunidade... 16 Sumário Capítulo I Noções gerais... 1 1. Fundamentos constitucionais... 1 2. Conceito de execução penal... 3 2.1. Sentença e decisão criminal... 3 3. Natureza jurídica da execução penal... 3 4. Autonomia

Leia mais

TÍTULO: A GESTAÇÃO NO CARCERE CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE DIADEMA

TÍTULO: A GESTAÇÃO NO CARCERE CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE DIADEMA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: A GESTAÇÃO NO CARCERE CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO

Leia mais

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ; Pós-graduado em Direito Processual Civil pelo Instituto Romeu Bacellar; LLM em Contratos Internacionais e Resolução

Leia mais

O Direito da Criança e Adolescente de Viver em Família

O Direito da Criança e Adolescente de Viver em Família O Direito da Criança e Adolescente de Viver em Família de crianças e adolescentes com a sua mães Patrick J. Reason de crianças e adolescentes com a sua mães Importância da Afetividade no Desenvolvimento

Leia mais

REDAÇÃO População Carcerária No Brasil

REDAÇÃO População Carcerária No Brasil REDAÇÃO População Carcerária No Brasil INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo

Leia mais

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora ÂNGELA PORTELA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora ÂNGELA PORTELA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E DE CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 75, de 2012, da Senadora Maria do Carmo Alves, que altera os arts. 14 e 199 da Lei nº 7.210,

Leia mais

ANEXO II A. APRESENTAÇÃO

ANEXO II A. APRESENTAÇÃO ANEXO II PROJETO DE AGENDA COMENTADA DA PRIMEIRA REUNIÃO DE AUTORIDADES RESPONSÁVEIS PELAS POLÍTICAS PENITENCIÁRIAS E CARCERÁRIAS DOS ESTADOS MEMBROS DA OEA A. APRESENTAÇÃO A fim de facilitar o processo

Leia mais

Nome: Instituto de Defensores de Direitos Humanos DDH Endereço: Avenida Presidente Vargas nº: 446

Nome: Instituto de Defensores de Direitos Humanos DDH Endereço: Avenida Presidente Vargas nº: 446 ORGANIZAÇÃO OU INDIVÍDUO PROPONENTE DO PROJETO Nome: Instituto de Defensores de Direitos Humanos DDH Endereço: Avenida Presidente Vargas nº: 446 Complemento: Sala 1205 Bairro: Centro Cidade: Rio de Janeiro

Leia mais

LEI DISTRITAL Nº 4.568, DE 16 DE MAIO DE 2011 LEI FERNANDO COTTA

LEI DISTRITAL Nº 4.568, DE 16 DE MAIO DE 2011 LEI FERNANDO COTTA 03 1 LEI DISTRITAL Nº 4.568, DE 16 DE MAIO DE 2011 Institui a obrigatoriedade de o Poder Executivo proporcionar tratamento especializado, educação e assistência específicas a todos os autistas, independentemente

Leia mais

ESTADO DO PARÁ DEFENSORIA PÚBLICA RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM ESTABELECIMENTO PENAL MUNICÍPIO: DEFENSOR PÚBLICO? DATA: 1 DADOS ADMINISTRATIVOS

ESTADO DO PARÁ DEFENSORIA PÚBLICA RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM ESTABELECIMENTO PENAL MUNICÍPIO: DEFENSOR PÚBLICO? DATA: 1 DADOS ADMINISTRATIVOS RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM ESTABELECIMENTO PENAL MUNICÍPIO: DEFENSOR PÚBLICO: DATA: 1 DADOS ADMINISTRATIVOS 1.1. NOME DA UNIDADE: 1.2. SIGLA: 1.3. TIPO: PENITENCIÁRIA CADEIA PÚBLICA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL

Leia mais

INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA. Material de Base para Seminários PNASII

INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA. Material de Base para Seminários PNASII INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA Material de Base para Seminários PNASII IHAC Elaborada em 1990 pela OMS e UNICEF OBJETIVOS: o reduzir as taxas de Morbi e Mortalidade Infantil Como? o Incentivando

Leia mais

PSICOLOGIA. Conheça mais sobre o curso

PSICOLOGIA. Conheça mais sobre o curso PSICOLOGIA Conheça mais sobre o curso MITOS VERDADES 1 Profissional que bate papo. 1 Elabora e planeja com uma finalidade. 2 Adivinha e descobre tudo. 2 Estuda e faz ciência. 3 Analisa e dá conselhos.

Leia mais

LEI N /1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

LEI N /1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Noções iniciais A primeira previsão normativa, no sentido de se proporcionar uma proteção especial às crianças e adolescentes, foi encontrada na Convenção de Genebra,

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Conceito de Criança e Adolescente e Doutrina da Proteção Integral parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Art. 3º, ECA: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais

Leia mais

20. Número de agentes condenados por atos indicados no número anterior nos últimos cinco anos. 21. Há lugares de reclusão separados para presos LGBT?

20. Número de agentes condenados por atos indicados no número anterior nos últimos cinco anos. 21. Há lugares de reclusão separados para presos LGBT? 5. Não obstante isso, e em atenção à complexidade dos quatro assuntos, a Corte considera conveniente uma prévia contextualização geral dos fatos, como uma perspectiva ampla que permita uma melhor e mais

Leia mais

Resolução de Questões Legislação Especial Profª Mônica Pires

Resolução de Questões Legislação Especial Profª Mônica Pires Resolução de Questões Legislação Especial Profª Mônica Pires Legislação Especial 1. (La Salle SUSEPE 2012 TÉCNICO SUPERIOR PENITENCIÁRIO ESPECIALIDADE PSICOLO- GIA) O regime de plantão dos servidores

Leia mais

Elionaldo Fernandes Julião A RESSOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ESTUDO E DO TRABALHO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO

Elionaldo Fernandes Julião A RESSOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ESTUDO E DO TRABALHO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Elionaldo Fernandes Julião A RESSOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ESTUDO E DO TRABALHO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br (Artigos) redução da idade penal Maiana Vaz do Amaral Barbosa 1 INTRODUÇÃO Tramitam na Câmara Federal diversos Projetos de Emenda Constitucional pretendendo a redução da imputabilidade

Leia mais

Direito à Saúde da Criança e do Adolescente

Direito à Saúde da Criança e do Adolescente Direito à Saúde da Criança e do Adolescente Constituição Federal de 1988 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade,

Leia mais

Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3)

Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3) Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3) EIXO ORIENTADOR III - UNIVERSALIZAR DIREITOS EM CONTEXTO DE DESIGUALDADES Diretriz

Leia mais

Dourados-MS. Dourados-MS.

Dourados-MS.   Dourados-MS. RESUMO EXPANDIDO DIREITO PENAL MÍNIMO E A APLICAÇÃO DAS REGRAS DE BANGKOK EM FACE DO ENCARCERAMENTO DE MULHERES LIMA, Luana Rodrigues de 1 ; OLIVEIRA, Adriel Seródio de 2 RESUMO: O presente trabalho visa

Leia mais

Revisão Sistemática de Literatura Científica. Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil ( )

Revisão Sistemática de Literatura Científica. Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil ( ) Revisão Sistemática de Literatura Científica Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil (2005-2012) Anna Lucia Cunha UNFPA Brasil Brasília, 16 de outubro de 2013 Informações Gerais

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Teoria da Pena Parte 2 Prof. Pablo Cruz Pena até dois anos imposta a militar Teoria da Pena Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida

Leia mais

PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos)

PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos) LEGALE PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos) As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão) As penas restritivas de direitos

Leia mais

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal

O que são Direitos Humanos? DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro Tavares. Principal instrumento legal O que são Direitos Humanos? Direitos essenciais a todos os seres humanos, sem discriminação por raça, cor, gênero, idioma, nacionalidade, religião e opinião política. DIREITOS HUMANOS Profa. Rosana Carneiro

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE SURSIS Sursis é a suspensão condicional da pena Sursis Não se confunde com a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95) Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão,

Leia mais

GT 4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO

GT 4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO GT 4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO EDUCAÇÃO PRISIONAL: levantamento e análise das teses e dissertações publicadas na BDTD, no período de 1992 a 2012 Gabriela Pereira da Silva 1 RESUMO: O Direito

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Há uma divergência doutrinária sobre a natureza jurídica da DUDH: 1) Parte da doutrina entende que, por não ser tratado/convenção/acordo/ pacto, ela não gera obrigação.

Leia mais

TINS MAR A DOR TO: FO

TINS MAR A DOR TO: FO FOTO: DORA MARTINS Entenda a medida que substitui a prisão preventiva pela prisão domiciliar para gestantes, puérperas, mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência Habeas Corpus Coletivo

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E AS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-JUGOSLÁVIA A República Portuguesa, doravante denominada "Portugal", e As Nações

Leia mais

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Daniela Leal

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Daniela Leal SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Daniela Leal - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO - NORMAS INTERNACIONAIS DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO OIT. Convenção n. 81 da OIT.. trata da inspeção do trabalho -

Leia mais

HABEAS CORPUS ÀS MULHERES PRESAS GRÁVIDAS OU QUE SÃO MÃES DE FILHO COM ATÉ 12 ANOS: GARANTIA CONSTITUCIONAL OU IMPUNIDADE?

HABEAS CORPUS ÀS MULHERES PRESAS GRÁVIDAS OU QUE SÃO MÃES DE FILHO COM ATÉ 12 ANOS: GARANTIA CONSTITUCIONAL OU IMPUNIDADE? ISSN 2178-3314 Ano: 2018 HABEAS CORPUS ÀS MULHERES PRESAS GRÁVIDAS OU QUE SÃO MÃES DE FILHO COM ATÉ 12 ANOS: GARANTIA CONSTITUCIONAL OU IMPUNIDADE? Giovana Quadros dos Santos (UEPG) (giovanaqs@hotmail.com)

Leia mais

Seminário Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio

Seminário Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio Seminário Educação Básica no Brasil: Desafios e possibilidades dos ensinos infantil e médio O desafio da universalização da educação básica ainda não está superado 2005-11% da população dessa faixa etária

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar

Leia mais

Pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Penal, Direito Civil e em Educação à Distância;

Pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Penal, Direito Civil e em Educação à Distância; Sou o Professor EDUARDO GALANTE; Mestre em Direito Internacional. Mestrando em Direito Público; Pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Penal, Direito Civil e em Educação

Leia mais

ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS PREÂMBULO

ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS PREÂMBULO ACORDO TIPO SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE RECLUSOS ESTRANGEIROS E RECOMENDAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE RECLUSOS ESTRANGEIROS Adotado pelo Sétimo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE LIMITE DE PENA Penas Privativas de Liberdade Limite * A pena aplicada poderá ser superior, mas o condenado somente cumprirá 30 anos. PRESÍDIOS PRIVADOS Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados

Leia mais

Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência Direitos da Pessoa com Deficiência A constitucionalização dos direitos das pessoas com deficiência. A política nacional para a integração das pessoas com deficiência; diretrizes, objetivos e instrumentos

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Crise do Sistema Penitenciário versus Direito Penal Mínimo As penas restritivas de direitos são: Prestação pecuniária Perda de bens e valores Limitação de fim de semana.

Leia mais

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO (1948) 1) Objetivo:

Leia mais

Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática.

Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática. Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática. Legislativo Propor PEC para incluir a garantia do direito à livre orientação

Leia mais

Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e

Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e participar de suas comunidades em igualdade de condições com

Leia mais

DGRSP. Síntese Estatística da Atividade Operativa relativa à Vigilância Eletrónica 2012

DGRSP. Síntese Estatística da Atividade Operativa relativa à Vigilância Eletrónica 2012 DGRSP Síntese Estatística da Atividade Operativa relativa à Vigilância Eletrónica 2012 Direção de Serviços Estudos e Planeamento março 2013 ÍNDICE Nota Introdutória... 3 1. Pedidos de informação recebidos

Leia mais

Mandato Alexandre Padilha

Mandato Alexandre Padilha Mandato Alexandre Padilha Análise do Pacote de Moro O ex-juiz Sergio Moro apresentou essa semana um documento com propostas de alterações legislativas em 12 leis e nos códigos Penal e de Processo Penal,

Leia mais

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

ISSN ÁREA TEMÁTICA: 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA DURAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

Leia mais

em 455% no Brasil. No mesmo período, a Rússia diminuiu em 2% o encarceramento deste grupo populacional.

em 455% no Brasil. No mesmo período, a Rússia diminuiu em 2% o encarceramento deste grupo populacional. 14 em 455% no Brasil. No mesmo período, a Rússia diminuiu em 2% o encarceramento deste grupo populacional. Gráfico 1. Variação da taxa de aprisionamento entre 2000 e 2016 nos 5 países com maior população

Leia mais

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I aplicada

Leia mais

Coordenador: Prof. Dr. Martinho Braga Batista e Silva Co-coordenadora: Profa. Dra. Maria Célia Delduque

Coordenador: Prof. Dr. Martinho Braga Batista e Silva Co-coordenadora: Profa. Dra. Maria Célia Delduque Relatório do Projeto de Pesquisa Do Plano à Política: garantindo o direito à saúde para todas as pessoas do sistema prisional Etapa 1: 01.01.2012 a 31.03.2012 Coordenador: Prof. Dr. Martinho Braga Batista

Leia mais