OS DIREITOS HUMANOS APLICADOS AO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

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1 79 OS DIREITOS HUMANOS APLICADOS AO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO Bruna Caroline Cardoso Machado - Acadêmica do curso de Direito da Estácio Uniseb Guilherme Guerrera de Almeida - Acadêmico do curso de Direito da Estácio Uniseb Isadora Silva Merege Vieira - Acadêmica do curso de Direito da Estácio Uniseb Rafael Costa Freiria - Professor da disciplina Teoria Geral dos Direitos Humanos e responsável pela correção e seleção dos Trabalhos de Conclusão de Referida Disciplina, dentre os quais o presente artigo é resultado. Resumo O trabalho a seguir tem o objetivo de analisar a atual situação do Sistema Carcerário Brasileiro, discutindo como os Direitos Humanos deveriam fazer parte da construção, do tratamento dos presos, da ressocialização deles e de todos os outros aspectos que envolvem essa questão. Tratase de uma pesquisa teórica expondo fatos, levantando dados e mostrando conjuntamente situações que já ocorreram dentro desse sistema. Palavras-Chave: Sistema Carcerário Brasileiro; Superlotação; Abuso de Poder; Direitos Humanos; Ressocialização; Constituição Federal; Dignidade Humana 1. Introdução Desde sempre, o sistema carcerário brasileiro foi um problema tanto para o desenvolvimento do país quanto para o resto da população. Não é nada incomum, atualmente, as pessoas ouvirem que quando um preso sai da penitenciária, volta de uma maneira mais agravada e suas chances de ressocialização são ainda menores devido ao rótulo pregado no detento. Nesse contexto, qual seria função do sistema carcerário, se ele piora a situação do detento? O sistema carcerário no Brasil surgiu com o objetivo de humanizar as penas dadas, fazendo com que o detento não seja punido de forma tão injusta e nociva. Ele se manifesta como uma fonte alternativa à pena de morte, buscando substitui-la por algo mais decente. As penitenciárias, casas de detenção e manicômios jurídicos, em tese, têm como finalidade principal realocar o criminoso novamente na sociedade, após este cumprir sua pena por determinado crime ou delito. Baseado nos Direitos Humanos, para um presídio dar essa nova chance ao preso, devem haver programas sociais, condições básicas para a convivência entre detentos e, o mais

2 80 importante, a possibilidade da reeducação. Porém, em muitos casos, essa finalidade não tem sido alcançada. No Brasil, há diversas falhas no sistema carcerário. Tais falhas levam esse sistema à ruína e, consequentemente, atingem diretamente tanto quem está dentro dele, quanto quem está fora e quem depende dele. Essas disfunções influenciam no fracasso de sua finalidade. E, se ao menos elas fossem poucas ou até mínimas, seria possível o Estado tentar minimizá-las para, gradativamente, chegar ao ideal. Porém, o problema é mais profundo do que se imagina, indo além da criação de programas sociais, entrando na estrutura e nos conceitos morais da população. O descaso com os presos é algo lamentável. Estes, muitas vezes, são tratados como o mais baixo escalão da sociedade, pois, na visão de muitos, não existem novas chances para eles. Na maioria esmagadora das vezes, quando são colocados em liberdade, são extremamente martirizados, pois carregarão rótulos a vida inteira, dificultando sua reintegração na sociedade, somada à falta de investimento a qual eles são submetidos. Neste trabalho, busca-se retratar como os problemas desumanos desse sistema afetam o seu desempenho, e quais os fatores que levam ao oposto da real finalidade do sistema carcerário brasileiro. 2. Situação Dentro do Sistema Carcerário Brasileiro Em muitos casos, como é de conhecimento popular, a vida de um interno do sistema carcerário brasileiro é considerada péssima, tanto em aspectos como higiene, bem como na própria segurança do presidiário. Atualmente, o Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de presos, com mais de meio milhão de pessoas encarceradas. Isso significa que, com um número tão elevado como esse, piores são as condições que os internos são submetidos e maiores serão as chances deles terem seus direitos, inerentes a qualquer um, cerceados. Raros não são os casos de superlotação nos presídios brasileiros, fato que os distancia de unidades prisionais estrangeiras que são consideradas modelo, em países como Áustria e Noruega, que possuem uma infraestrutura invejável se comparada à dos presídios do Brasil. Lá, a vida atrás das grades se torna algo palatável, principalmente pelo fato dos presos, mesmo cumprindo pena por um determinado delito, terem seus direitos respeitados. Apesar das condições que alguns detentos são submetidos, existem dispositivos legais que servem para assegurar os direitos que todos cidadãos devem ter, inclusive os presos. O

3 81 artigo 5º da Constituição Federal Brasileira (1988), por exemplo, em seu inciso XLIX, prevê que o cidadão que se encontra detido tem garantida sua integridade física e moral. O mesmo artigo ainda diz que, em seu inciso XLVII, que fica proibida a imputação de penas cruéis a qualquer cidadão. Pode parecer perfeito e uma boa garantia de que os direitos de todos serão respeitados, mas na prática não é isso o que ocorre. A aplicação da pena pode não ser considerada cruel, mas durante seu cumprimento, os detentos, muitas vezes, são vítimas do abuso proveniente de agentes penitenciários, seja ele físico ou psicológico. Há muitos anos, têm-se episódios de abuso de poder policial, onde esses direitos que, em tese, eram para ser respeitados, são muitas vezes ignorados. O Massacre de Carandiru, ocorrido em outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo (popularmente conhecida como Carandiru), ilustra bem esse fato. Foi a partir de uma briga de detentos, culminando com a presença da Polícia Militar, que 111 presos foram mortos por força policial. Episódios como esse não são raros, rebeliões acontecem em grandes proporções nos presídios brasileiros, em parte motivadas por brigas entre facções rivais que são criadas atrás das grades. Um fato mais recente alerta que esse problema ainda não foi superado: em Santa Catarina, segundo relatos de Cynthia Pinto da Luz, advogada e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Joinville, há tortura frequente de detentos por parte dos agentes penitenciários em presídios de todo o Estado. As vítimas sofreram humilhações e agressões, mas são raros os casos em que os responsáveis são punidos. Acontecimentos como esses são provas do desrespeito dos direitos dos detentos, que muitas vezes vistos como vilões e selvagens pela sociedade, acabam ignorados. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) afirma, em seu artigo 7º, que todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Vale salientar que esses direitos, bem como todos os outros, devem ser assegurados a todo cidadão brasileiro, a fim de que sejam, de fato, cumpridos. Com isso, cria-se o debate sobre a real finalidade do cumprimento de pena no sistema carcerário brasileiro e surge a dúvida: será que o detento se reestabelece ou apenas regride na cadeia? 2.1. A Superlotação Motivo recorrente de rebeliões por parte dos presos, a superlotação nos presídios é desencadeadora de atrocidades, como a ocorrida no final de 2013, no Complexo Prisional de Pedrinhas, em São Luís (MA). Estima-se que mais de sessenta presos tenham sido mortos

4 82 muitos decapitados no curto período de um ano. Celas superlotadas, apertadas e sem o mínimo exigido de limpeza ainda fazem parte do cotidiano de uma grande parcela de detentos no Brasil, nos atuais dias. Em uma tentativa de diminuir esse índice, em 1994, foi criado o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), cujo principal objetivo é financiar a modernização e aprimoramento do sistema penitenciário brasileiro, reformando as unidades prisionais defasadas e construindo novas, com tecnologia de ponta. Há muita demanda por parte dos presos para pouco serviço que o Estado consegue fornecer. Como dispõe a Constituição Federal Brasileira, em seu artigo 5 º, inciso XLIX, é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. Logo, é dever do Estado garantir essa integridade moral e física, através de bom trato e de boas condições. O fato de os detentos não terem seus direitos respeitados e nem de serem vistos como cidadãos em fase de recuperação, faz o governo e a sociedade terem uma percepção com certo desprezo em relação a eles e tratando-os como entulho social, que destoam de uma sociedade de pessoas normais. Consequentemente, esses detentos não têm o tratamento ideal, vivendo em prisões com o número de internos acima de sua capacidade. O sistema carcerário brasileiro, conforme dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen) disponibilizava, em 2012, vagas para mais de 550 mil presos. Sendo assim, tem-se em média 1,6 presos por vaga, mostrando uma realidade inevitável de superlotação nas penitenciárias, realidade social esta que é inaceitável, e dizendo-se melhor, atinge níveis absurdos, segundo a LEP (Lei de Execução Penal), lei 7210/84. Se comparada a efetiva situação dos carcerários ao artigo 88 da Lei de Execução Penal, no qual está positivado em seu texto que o condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório se chega a infeliz conclusão de que o detento não goza do mínimo ético irredutível para a sua recuperação. A superlotação tem como consequência instantânea a violação das regras e princípios constitucionais, trazendo como resultante para aquele que foi subordinado a uma condenação privativa de liberdade uma "sobrepena", uma vez que o próprio convívio no presídio trará uma ansiedade maior do que a própria penalidade coagida. Esta característica da falha do sistema carcerário é um dos fatores que mais tem peso na reintegração dos presos. A sobrepena é uma forma de tortura a eles, que desrespeita grande parte dos direitos que são impostos. A dignidade humana, neste caso, é colocada de lado, observando-se que os detentos são considerados um tipo de patologia social e que não precisam de atenção e, muito menos, de condições dignas. Ora sendo tratado como o mais baixo escalão da sociedade, ora sendo visto como uma pessoa sem cura e sem perspectiva de uma volta à vida na sociedade, o

5 83 ex-detento sente-se intimidado ao voltar para ela, tendo em vista que suas chances de reintegração serão mínimas, devido a cultura que se instalou na estrutura social, marginalizando para sempre os detentos. A situação do sistema carcerário é precária e desumana de uma forma absurda que, no Estado do Espírito Santo chegaram a ser utilizados contêineres como celas, tendo em vista a superpopulação do presídio. Tal fato ocorreu no município de Serra, região metropolitana de Vitória. A unidade prisional tinha capacidade para abrigar 144 presos, mas encontrava-se com 306 presos. Esse tipo de acontecimento quando ocorre só piora o que já está bem delimitado. Esses 162 presos a mais deveriam ser encaminhados para uma outra penitenciária e receberem um tratamento de reeducação, assim como os 144 que ficaram na penitenciária. Mas, no pensamento de muitos, eles são uma deformação para o ideal corpo da sociedade, e devem ser tratados como tal, sem a devida atenção e colocados todos juntos. Tal alegação é, definitivamente, desprovida de qualquer noção básica de dignidade humana e de respeito aos direitos conquistados pelos cidadãos no transcorrer do tempo. Defectivo, insalubre e sobrecarregado, o Sistema Carcerário no Brasil possui um elevado número extra de internos, estado definitivamente saturado. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Avante, em 2012, o número de presidiários supera, em muito, o número ideal de vagas em presídios, casas de custódia e manicômios jurídicos. Tal dado, assegura uma desumana permanência do interno na unidade do sistema carcerário brasileiro. Outro grande fator que leva à superlotação dos presídios é o alto número de presos provisórios. Ainda de acordo com o relatório do Instituto Avante Brasil, dentre os presos em 2012, eram presos provisórios, ou seja, aqueles que aguardam julgamento. Isso equivale a 37% do total. Em 1990, diz o levantamento, quando o sistema tinha encarcerados, o índice de provisórios era de 18% do total (16.200). Presos que ainda não foram julgados, na prática não podem ficar reclusos dentro das penitenciárias. Porém, não há outro lugar para deixá-los, não existe a possibilidade de o Estado criar um lugar especialmente para presos que ainda não foram julgados e ainda não estão condenados. Todavia, abandona-los junto aos outros presos seria como colocá-los em uma jaula junto de leões e apostar para que eles não saiam mais corrompidos do que entraram. Um curioso fato é que, mesmo com o problema da superlotação retendo todos os detentos, a quantidade de crimes diários no Brasil não cede. Cada vez mais, mais pessoas são presas e o país permanece com a velha e conhecida sensação de insegurança. O Estado Brasileiro é incapaz de reduzir os índices de criminalidade, pois há uma grande relação com a

6 84 questão da reeducação dos detentos. Chega-se à conclusão de que eles saem piores do que entram pois não são devidamente reeducados, tornando-se ainda mais revoltados e com o anseio da prática de atos violentos, devido aos maus tratos aos quais foram submetidos. 3. Direitos do Detento Toda e qualquer pessoa inserida no contexto de sociedade, torna-se titular de direitos e obrigações, em relação ao Estado. Diante disso, um cidadão é portador de direitos inerentes à condição humana, os chamados direitos fundamentais. Tal fato independe da condição social e financeira dos indivíduos, pois concebe-se o conceito de igualdade no Estado de Direito. Portanto, os detentos, assim como as pessoas que estão em liberdade, são portadores desses direitos. Com a existência de diversos dispositivos legais que resguardam esses direitos historicamente conquistados pela sociedade, a Constituição Federal Brasileira assegura em seu artigo 5º, inciso XLIX, o respeito à integridade física e moral do preso. A Lei de Execução Penal elenca, também, obrigações do Estado perante o preso, como as descritas a seguir: i. Assistência Material: fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas; ii. Assistência Saúde: atendimento médico, farmacêutico e odontológico, tanto preventivo, quanto curativo; iii. Assistência Jurídica: destinada àqueles que não possuem recursos para contratar de um Advogado; iv. Assistência Educacional: o ensino do primeiro grau é obrigatório e é recomendada a existência de ensino profissional e a presença de bibliotecas nas unidades prisionais; v. Assistência Social: deve amparar o preso conhecendo seus exames, acompanhando e auxiliando em seus problemas, promovendo sua recreação, providenciando a obtenção de documentos e amparando a família do preso. A assistência social também deve preparar o preso para retorno à liberdade; vi. Assistência Religiosa: os presos devem ter liberdade de culto e os estabelecimentos deverão ter locais apropriados para as manifestações religiosas. No entanto, nenhum interno será obrigado a participar de nenhuma atividade religiosa; vii. Assistência ao egresso: orientação para reintegração em sociedade, concessão (quando necessário) de alojamento e alimentação por um prazo de dois meses e auxílio para a obtenção de um trabalho. Além dessa série de direitos que são destinados aos presos, existem outros como: Ser chamado pelo próprio nome; Receber visita da família e amigos em dias determinados; Escrever e receber cartas e ter acesso a meios de informações Ter acesso a trabalho remunerado (no mínimo ¾ do salário mínimo); Contribuir e ser protegido pela Previdência Social; Ter acesso à reserva de dinheiro resultado de seu trabalho (este dinheiro fica depositado em caderneta de poupança e é resgatado quando o preso sai da prisão); Ser submetido a uma distribuição adequada de tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;

7 85 Ser protegido contra qualquer forma de sensacionalismo; Ter conversas pessoais reservadas com seu advogado; Ter igualdade de tratamento, a não ser no que se refere às exigências de individualização da pena; Ter audiência especial com o diretor do estabelecimento prisional; Poder se comunicar e enviar representação ou petição a qualquer autoridade, em defesa de seus direitos; Receber anualmente da autoridade judiciária competente um atestado de pena a cumprir. Assim, frisa-se a importância da efetivação desses direitos, para que detentos possam tê-los assegurados durante o período de cumprimento da pena. Tendo como princípio que, para Flávia Piovesan, doutora em Direito Constitucional e ex-atuante da comissão da ONU para o desenvolvimento, High Level Task Force, a dignidade humana é o fundamento dos direitos humanos, serão ratificadas as conquistas históricas destes, bem como o aperfeiçoamento que sofreram durante o transcorrer do tempo. Por isso, zela-se para que todos os direitos dos presos sejam cumpridos, reconhecendo a dignidade humana como elemento fundamental (GUIA DE DIREITOS.ORG). 4. Ressocialização O principal objetivo das penitenciárias é a ressocialização. O preso, de maneira utópica, tende a aprender dentro do cárcere como se relacionar novamente com as pessoas através de programas sociais, por iniciativas do Estado. Segundo Miguel Reale (2002, p. 83): "pune-se para prevenir novos crimes, ou para castigo do delinquente? Tem a pena por fim recuperar o criminoso, para devolvê-lo ao convívio social, ou o que deve prevalecer são os objetivos de prevenção social?" Claramente, Reale aborda uma questão de ambiguidade que as penitenciárias deixam transpassar: cadeia serve para punir ou para reeducar? Certamente, para um futuro convívio social pacífico, elas deveriam reeducar. Entretanto, elas acabam punindo e não oferecendo nada de útil para a integração do preso, que necessita de ferramentas para tal ação. Ele deve obter os instrumentos certos para poder agilizar o processo de recuperação e ter conjuntamente todo o apoio emocional possível para obter sucesso, o que inclui essencialmente o tipo de tratamento que ele recebe. O detento não pode adentrar a prisão e ser esquecido, ignorado ou rejeitado, muito menos não ser devidamente tratado. Deve-se mostrar a ele que, assim como todas as outras pessoas, ele é também um ser humano de Direito, ratificando o que está positivado no artigo 5º da Constituição Federal

8 86 Brasileira. Conforme cita Francesco Carnelutti, advogado e jurista italiano, "basta tratar o delinquente como um ser humano, e não como uma besta, para se descobrir nele a chama incerta do pavio fumegante que a pena, em vez de extinguir, deve reavivar." (CARNELUTTI, 2002). O detento precisa de incentivo vindo da sociedade, bem como do Estado para poder novamente conseguir se socializar. Contudo, ele carrega um estigma, um rótulo que está estampado em seu corpo que o faz ser, em tempo integral, um criminoso, sofrendo diversos preconceitos e não recebendo o apoio que ele necessita. A real situação dentro do sistema carcerário é algo lastimável. Todos os detentos têm grande contato entre si e compartilham experiências delituosas, aprendendo e ensinando com e aos outros, respectivamente, maneiras diferentes e criativas de cometer crimes. Isso distorce completamente o sentido do presídio do sistema carcerário brasileiro e se torna um tanto irônico, tendo em mente que ele serve para colocar novamente o preso dentro da sociedade, ele vira uma das melhores Universidade de Crimes, uma espécie de escola de marginais, que é um lugar onde se é possível o refinamento da delinquência. Na teoria, o Estado deve oferecer tipos de mecanismos e de instrumentos para a ressocialização dos presos, tipos de atividades sociais e integrações coletivas. Esse modelo teórico é um excelente modo de colocar os presos novamente na sociedade. Um fator de evidência que ajuda a não integração dos presos é a perda de identidade. Dentro do cárcere, além do preso ser mais um criminoso que foi detido, ele vira uma parte de uma máquina. Como cita Erving Goffman (2008, p. 19)... geralmente, o processo de inserção leva a um processo de perda, a qual se inicia com os procedimentos de admissão: tirar fotografia, pesar, tirar impressões digitais, atribuir números, procurar e enumerar bens pessoais para que sejam guardados, despir, dar banho, desinfetar, cortar os cabelos, receber instruções quanto às regras, dirigir-se a um local designado. Todos os detentos se submetem a processos minunciosamente iguais, os quais se repetem diariamente. Isso torna a rotina extremamente monótona e repetitiva, levando em consideração que esse tipo de tratamento deteriora o comportamento e causa um efeito de despersonificação. O preso depois de um certo tempo não sabe mais quem ele é, nem suas convicções pessoais. Sua autodescrição é fruto de uma massa marginalizada com valores distorcidos. O Estado é extremamente ineficaz quanto aos presos, no que diz respeito à reeducação. Eles são submetidos a tais ambientes degradantes, fazendo com que sua ressocialização se torne algo quase impossível e de difícil alcance. Os presídios, portanto, não conseguem cumprir sua

9 87 finalidade, considerando-se que eles infelizmente executam a tarefa oposta, que é segregar o delinquente da sociedade e tendem a fazê-lo cair no ciclo da Teoria do Labeling Aproach (rotulação social), surgida na década de 1960, o qual o indivíduo que vai para o cárcere, é segregado, rotulado, divide experiências e quando obtém a sua liberdade, volta ao mundo do crime, sem ter o almejado sucesso de reintegração social proposta desde o início pelo governo. Outra aposta do governo para a ressocialização dos detentos é a contribuição de entidades religiosas para ressocializar os detentos. Certas igrejas realizam projetos para fazer com que os detentos mudem de vida, realizando atividades focadas em conceitos dogmáticos. Conceitos estes que se chocam com a realidade inserida no cotidiano dos detentos, transformando desde o jeito que eles gozam de sua existência, até no modo que pensam. Nesse aspecto, tal trabalho pode ser considerado um formidável negócio, tanto para as religiões, por ganhar novos fiéis, quanto para o Estado, que enxerga uma forma de esperança na ressocialização dos egrégios, através do trabalho com estes. Tecnicamente, é uma maneira que pode ser considerada eficaz, uma vez que se o detento adere a uma religião, ele poderá diminuir as chances de cometer crimes, já que estará focado em uma nova função. Entretanto, não são todos os presos que adotam esse novo modelo de vida, mas sim uma pequena parte. A outra parcela fica sujeita ao círculo vicioso criminal quantas vezes mais for possível, dificultando cada vez mais sua integração social. 5. Conclusão Como deveria se esperar, os detentos deveriam deixar o sistema carcerário de uma maneira totalmente diferente da qual entraram nele, mudados e prontos para ter uma notável participação na sociedade, além de poderem finalmente ser úteis a ela. Essa é a verdadeira finalidade do cárcere, que em países desenvolvidos como Suíça, torna-se real. Porém, em países emergentes, a realidade é outra, totalmente oposta ao seu objetivo, como ocorre no Brasil. Os presídios, manicômios jurídicos e as casas de detenção, os quais constituem o sistema carcerário brasileiro, transformaram-se em um ninho de pessoas sem esperança de justiça e sem expectativas de ressocialização. São indivíduos ignorados pela sociedade, resguardados em celas obscuras, imundas e esquecido da consciência coletiva, rejeitados socialmente e banidos, indo para as prisões que, em muitos casos, mais se aproximam de masmorras da Idade Média do que um centro de reeducação.

10 88 Como se pode notar na Constituição Federal Brasileira, os detentos possuem diversos direitos que, em tese, possuem a faculdade de usufruir. Direitos esses que lhe garantem uma vida com dignidade e respeito perante a todos. No entanto, esses direitos são distorcidos e ignorados, fazendo com que eles vivam como animais dentro de suas jaulas do que como seres humanos. Essa violação aos Direitos dos Cárceres tem consequências nocivas no aspecto da forma com a qual eles irão reagir ao se chocarem com a sociedade. Esses resultados permanecerão como sequelas a mera tentativa de ressocialização. Se relaciona a um tipo de ciclo delinquente. Do mesmo modo que as penitenciárias não são capazes de reintegra-los a sociedade, elas são capazes de distanciá-los ainda mais dela, excluindo-os e martirizandoos, chegando ao ponto de não ter mais volta e, desse modo, os ex-detentos não conseguirão se tornar cidadãos encaixados no contexto de uma sociedade regular. Com o presente trabalho, chega-se à conclusão de que não é de se estranhar o enraizamento do preconceito em relação ao egrégio, visto que estes são rotulados como sendo pessoas perigosas e, de certa forma, com alguma espécie de débito com a sociedade, mesmo que já tenham cumprido com suas respectivas penas. Levando esse argumento como base, um papel efetivo para a ressocialização do ex-detento por parte do Estado e da sociedade, torna-se indispensável tanto para a própria segurança, quanto para a dignidade do mesmo, que estará adentrando novamente a estrutura e o convívio sociais, mas não mais atrás das grades. Referências BBC BRASIL, de 14 de maio de Abusos em presídios de SC são recorrentes. Disponível em: CARNELUTTI, Francesco. As Misérias do Processo Penal. Campinas: Edicamp, GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos, 8ª ed. São Paulo: Perspectivas, GREGO, Rogério. Sistema Prisional e Alternativas à privação de Liberdade, 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011 GUIA DE DIREITOS.ORG, de 26 de maio de Direitos dos presidiários. Disponível em: d=200 LENGRUBER, Julita e PAIVA Anabela. A dona das Chaves, 1ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010

11 89 PALÁCIO DO PLANALTO, de 21 de maio de Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: PIOVESAN, Flavia. Temas de Direitos Humanos, 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009 REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito, ajustada ao novo código civil. São Paulo: Saraiva, ÚLTIMO SEGUNDO, de 13 de maio de Sistema prisional brasileiro tem quase 240 mil pessoas além da capacidade. Disponível em: 03/sistema-prisional-brasileiro-tem-quase-240-mil-pessoas-alem-da-capacidade.html

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