PROJETO DE RELATÓRIO

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1 ASAMBLEA PARLAMENTARIA EURO-LATINOAMERICANA EURO-LATIN AMERICAN PARLIAMENTARY ASSEMBLY ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA ASSEMBLÉE PARLEMENTAIRE EURO-LATINO- AMÉRICAINE PARLAMENTARISCHE VERSAMMLUNG EUROPA-LATEINAMERIKA Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura PROJETO DE RELATÓRIO sobre a responsabilidade social das empresas na UE e nos países da América Latina e das Caraíbas Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura Correlatores: Gabriel Mato (Parlamento Europeu, Espanha) Ricardo Rincón (CPM UE-Chile, Chile) DR\ doc AP v01-00

2 DR_Assemblies ÍNDICE Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO... 3 PROCESSO AP v /10 DR\ doc

3 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO sobre a responsabilidade social das empresas na UE e nos países da América Latina e das Caraíbas A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, - Tendo em conta a Resolução do Parlamento Europeu sobre a responsabilidade social das empresas: comportamento responsável e transparente das empresas e crescimento sustentável, de 28 de janeiro de 2013, - Tendo em conta a Resolução do Parlamento Europeu sobre a responsabilidade social das empresas: promoção dos interesses da sociedade e via para uma retoma sustentável e inclusiva, de 6 de fevereiro de 2013, - Tendo em conta a Diretiva relativa à divulgação de informações não financeiras e de informações sobre a diversidade, de 29 de setembro de 2014, - Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões: Responsabilidade social das empresas: uma nova estratégia da UE para o período de , - Tendo em conta a Declaração de Santiago da I Cimeira CELAC, de 2013, - Tendo em conta a Declaração de Havana da CELAC, em 2014, - Tendo em conta a Resolução 70/1 da Assembleia-Geral da OEA: Promoção e proteção dos direitos humanos, de junho de 2016, - Tendo em conta a Declaração de Santiago da I Cimeira UE-CELAC, de 2013, - Tendo em conta a Declaração de Bruxelas da II Cimeira UE-CELAC, de 2015, - Tendo em conta o Relatório Anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos; Melhorar a responsabilização e a possibilidade de acesso à reparação para as vítimas de violações dos direitos humanos ligadas às atividades empresariais, de 10 de maio de 2016, - Tendo em conta o relatório do Grupo de Trabalho sobre a questão dos direitos humanos e das sociedades transnacionais e outras empresas, de 30 de julho de 2015, - Tendo em conta os Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, de 2011, DR\ doc 3/10 AP v01-00

4 - Tendo em conta o Relatório ISO 26000: Apresentação geral do projeto da Organização Internacional de Normalização, de 2010, A. Considerando que o conceito de responsabilidade social das empresas (RSE) registou uma evolução importante ao longo da última década em consequência da globalização, da massificação do uso dos meios de comunicação e do rápido crescimento das economias emergentes, acompanhado por uma intensificação da produção de bens e serviços; B. Considerando que a recente crise económica mundial revelou os erros cometidos no passado relativamente à transparência, à prestação de contas por parte das empresas e a uma regulamentação insuficiente por parte dos Estados, demonstrando que o desenvolvimento sustentável dos nossos países e sociedades dependerá, em grande medida, do nosso comportamento económico, ambiental e social, da nossa ética e dos nossos valores, tendo também aumentado a consciência, por parte dos Estados e da sociedade civil, do caráter limitado e não renovável dos recursos naturais e a necessidade de gerir a sua exploração de forma mais responsável e sustentável; C. Considerando que as empresas nacionais, estrangeiras e multinacionais têm uma considerável influência e impacto nas sociedades globalizadas e nas políticas nacionais e internacionais através de projetos de investimento que promovam o desenvolvimento; D. Considerando que, graças às suas atividades ou relações comerciais, as empresas podem ver-se envolvidas em violações dos direitos humanos e ser a causa de importantes e irreversíveis danos ambientais; E. Considerando que as Linhas Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais se tornaram a pedra angular das estratégias no domínio da RSE a nível mundial, ao incorporarem um capítulo sobre os direitos humanos, bem como os conceitos do dever de diligência, da responsabilidade na cadeia de abastecimento e uma definição mais proativa do papel dos pontos de contacto nacionais; F. Considerando que o objetivo das Linhas Diretrizes consiste em assegurar que as atividades das empresas multinacionais se desenvolvam em harmonia com as políticas públicas, contribuindo assim para o reforço da confiança mútua entre as empresas e as sociedades e melhorando o clima para o investimento estrangeiro; G. Considerando que, no setor privado se adotou, em 2010, a norma ISO sobre responsabilidade social como guia geral para os organismos públicos e privados, com base num consenso internacional sobre o que significa a responsabilidade social, que define o conceito de RSE como «a responsabilidade de uma organização pelo impacto das suas decisões e atividades na sociedade e no ambiente, através de um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bemestar da sociedade»; H. Considerando que, em 2011, a ONU adotou o relatório «Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos», destinado a melhorar as normas e as práticas relacionadas com as empresas e os direitos humanos, através de um guia de conduta para todos os Estados e empresas a nível mundial, independentemente da sua dimensão, setor, localização, AP v /10 DR\ doc

5 proprietário ou estrutura; I. Considerando que os Princípios Orientadores se baseiam em três pilares: o dever de os Estados respeitarem os direitos humanos e fazerem face às violações dos mesmos por parte de terceiros, incluindo as empresas; a obrigação de as empresas respeitarem os direitos humanos; a necessidade de melhorar o acesso das vítimas de violações aos seus direitos e a uma reparação efetiva; e criam um Grupo de Trabalho para a promoção e a aplicação dos Princípios Orientadores e um Fórum anual sobre Empresas e Direitos Humanos; J. Considerando que os Estados têm a obrigação de garantir a responsabilidade jurídica das empresas e o acesso efetivo das pessoas afetadas pela violação dos direitos humanos por parte das empresas aos mecanismos de reparação; K. Considerando que nenhuma medida de RSE, nem obrigatória nem voluntária, terá os resultados esperados se não se resolverem primeiro as questões de governação local, como a corrupção, o clientelismo político e a abordagem de curto prazo; L. Considerando que, na UE, a responsabilidade social das empresas é «a responsabilidade das empresas pelo impacto que têm na sociedade», sendo assim a RSE vista como um instrumento em prol de um desenvolvimento sustentável e de uma economia social de mercado altamente competitiva; M. Considerando que o plano de ação que acompanha a estratégia renovada da UE para o período de relativa à responsabilidade social das empresas está articulado em torno de oito pontos, destinados, em particular, a melhorar a visibilidade da RSE e a difusão de boas práticas; melhorar a confiança nas empresas; aperfeiçoar os processos de autorregulação e corregulação; aumentar a recompensa do mercado pela RSE (consumo, contratação pública e investimento), melhorar a divulgação da informação social e ambiental por parte das empresas; integrar melhor a RSE na educação, na formação e na investigação; insistir na importância das políticas nacionais e infranacionais em matéria de responsabilidade das empresas; e, por fim, melhorar a harmonização da abordagem europeia e mundial em matéria de RSE; N. Considerando que a responsabilidade social das empresas é um fator que pode contribuir para estabelecer um equilíbrio entre o dinamismo económico, o desempenho ambiental e a inclusão social como base para fomentar o crescimento sustentável em ambas as regiões e reforçar os laços entre os operadores económicos de ambas as regiões; O. Considerando que durante a primeira cimeira UE-CELAC, em 2013, foi realizado um debate sobre o papel da PSE nas relações comerciais entre as duas regiões, tendo-se salientado o compromisso dos países da UE e da ALC em matéria de RSE, tendo em consideração o papel das empresas multinacionais no desenvolvimento sustentável dos principais setores económicos, como a exploração mineira, e o seu impacto nas comunidades locais e no seu ambiente; P. Considerando os progressos alcançados em matéria de RSE na segunda Cimeira UE- CELAC, em 2015, durante a qual os governos se comprometeram a aumentar os esforços conjuntos na matéria e a promover a aplicação de políticas, planos de ação nacionais e outras DR\ doc 5/10 AP v01-00

6 iniciativas destinadas a promover e reforçar o cumprimento das disposições, dos princípios e dos processos de responsabilidade social das empresas, no âmbito das instâncias internacionais competentes, através da inclusão de orientações e princípios internacionalmente reconhecidos em matéria de RSE na definição de políticas e planos nacionais para fomentar as boas práticas empresariais; Q. Considerando que as principais diferenças entre a UE e a CELAC resultam, em especial, dos seus diferentes níveis de institucionalização; o nível de estrutura institucional na UE tem sido decisivo, por um lado, para a criação dos PNA e, por outro, para a aproximação ao tema dos países em que o debate sobre a RSE não era uma prioridade política; R. Considerando que a dificuldade em fazer uma generalização atual relativamente à RSE na CELAC decorre do caráter muito heterogéneo da região, com diferentes níveis de aplicação nos vários países, ausência de uma decisão comum sobre RSE, diversidade de prioridades e abordagens, ausência de liderança na região e falta de fóruns regionais; 1. Recorda que a responsabilidade social das empresas (RSE) é um conceito que inclui o cumprimento da legislação em vigor e, em especial, das normas internacionais, tendo impacto sobre todas as áreas de atividade da empresa, bem como sobre todas as áreas geográficas em que a empresa desenvolve a sua atividade, prestação de serviços ou produção de bens; 2. Considera que, embora os governos continuem a ser entendidos como «facilitadores da RSE», são as empresas que devem agir como «agentes da RSE», procurando maximizar os efeitos positivos das suas ações em todas as partes interessadas, e identificar e evitar potenciais impactos adversos; 3. Realça que a adesão das empresas aos princípios da RSE constitui um instrumento fundamental para a consecução de um desenvolvimento sustentável, baseado na sustentabilidade ambiental, no crescimento económico e na equidade social; a RSE representa também uma oportunidade para as próprias empresas aumentarem as receitas, melhorando a sua imagem junto dos investidores e consumidores e valorizando a sua própria marca; 4. Aprecia o contributo das Linhas Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais como um instrumento que permite, em particular, coordenar as legislações nacionais dos diferentes países com as normas e regulamentações dos grandes intervenientes empresariais, a fim de harmonizar as normas de conduta a nível mundial; recorda que, embora as Linhas Diretrizes tenham um caráter voluntário, as disposições relativas aos Estados são vinculativas; felicita os governos aderentes às Linhas Diretrizes pelos seus esforços para incentivarem as empresas a respeitarem as recomendações incluídas nas mesmas; 5. Salienta o papel da norma ISO como instrumento destinado a promover as melhores práticas estabelecidas no domínio da RSE e que procura traduzir os princípios em ações efetivas; congratula-se com as orientações voluntárias contidas na norma sobre conceitos e definições relacionados com a responsabilidade social, princípios e práticas respeitantes à responsabilidade social e a integração, aplicação e promoção de um comportamento socialmente responsável; 6. Realça que a política fiscal das empresas é considerada como parte da RSE e, por AP v /10 DR\ doc

7 conseguinte, as empresas devem tomar as medidas necessárias, no âmbito dos quadros legislativos em vigor em matéria de contabilidade e auditoria, no intuito de impedir a realização de operações fora de balanço ou insuficientemente identificadas, registos de custos inexistentes, utilização de documentos falsos, bem como qualquer outro tipo de atividade que procure a evasão fiscal; 7. Destaca a importância da RSE ambiental que abrange considerações que vão além da regulamentação jurídica para ter em conta todos os impactos ecológicos gerados pelas atividades da empresa; considera que entre os benefícios da RSE ambiental contam-se o aumento do desempenho económico e financeiro, a redução dos custos de produção através do controlo da eficiência energética, entre outros, melhor qualidade dos produtos e melhores condições de produção, bem como um maior grau de inovação em matéria de desenvolvimento de novos produtos e serviços respeitadores do ambiente; 8. Assinala os importantes benefícios que podem resultar para as empresas que procuram estabelecer uma ligação entre a atividade comercial e o relacionamento com o consumidor, como a proteção e o reforço da reputação da empresa, a atração de novos consumidores, o reforço da lealdade dos consumidores à marca, o aumento das vendas, a motivação do pessoal e melhor imagem junto dos fornecedores e acionistas, entre outros; 9. Salienta o caráter especial das PME que operam, sobretudo, a nível local e em setores específicos; considera, por conseguinte, importante que os governos, na elaboração das políticas e estratégias nacionais e dos PAN, tenham em conta a natureza e as necessidades específicas das PME e que as envolvam mais no processo da RSE, abstendo-se de iniciativas que possam aumentar os seus encargos administrativos e financeiros; os governos deveriam também dar um maior apoio às PME para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores; 10. Solicita aos governos que identifiquem estratégias e medidas destinadas a fomentar o intercâmbio de boas práticas em matéria de RSE entre as PME e que investiguem métodos para aumentar a adesão destas à RSE e o impacto económico, social e ambiental que podem gerar, a nível local, as PME que apliquem os princípios da RSE; 11. Insta os governos a garantirem que todas as empresas que operam no seu território, incluindo as empresas transnacionais, cumpram todas as suas obrigações legais, nacionais, bilaterais ou internacionais, nomeadamente em matéria de direitos humanos, trabalho e ambiente, mostrem um empenho genuíno nos direitos, na proteção e no bem-estar dos seus trabalhadores e respeitem a liberdade de associação e os direitos de negociação coletiva; 12. Regista as conclusões do relatório do Grupo de Trabalho sobre a questão dos direitos humanos e das empresas transnacionais, de julho de 2015, centrado na questão da medição e iniciativas de medição existentes relativamente à aplicação dos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos como a principal prioridade do seu mandato, tendo em conta a falta de dados fiáveis sobre a natureza, a dimensão e o alcance dos efeitos adversos que as empresas podem ter sobre os direitos humanos; 13. Realça que as pessoas que recorrem a mecanismos judiciais para obterem reparação enfrentam numerosos desafios recorrentes, como regimes jurídicos fragmentados ou DR\ doc 7/10 AP v01-00

8 incompletos, falta de informação sobre o funcionamento dos regimes, financiamento das reclamações de Direito Privado, estruturas complexas no seio das empresas, entre outros; os casos transfronteiriços apresentam desafios específicos devido à falta de clareza sobre as responsabilidades e funções dos diferentes Estados, o que constitui um obstáculo adicional à reparação das vítimas; 14. Solicita, neste contexto, aos governos que considerem a possibilidade de criar um sistema de cooperação jurídica transnacional entre a UE e os países terceiros signatários de acordos bilaterais, para garantir o acesso à justiça às vítimas de violação dos direitos humanos, da legislação nacional ou ambiental por parte das multinacionais ou suas filiais, no país em que ocorreu a violação da legislação; 15. Recorda, a este respeito, que vários instrumentos internacionais incluem disposições destinadas a facilitar o intercâmbio de informações entre os organismos nacionais e os órgãos jurisdicionais que podem contribuir para responder aos desafios relacionados com a obtenção de reparação para as pessoas afetadas pela violação dos direitos humanos nos casos transfronteiriços; 16. Assinala a importância que os diferentes grupos de interesses atribuem à nova estratégia de RSE da UE, considerando que a Comissão desempenhou um papel determinante na sua conceção e aplicação em estreita colaboração com o setor empresarial e as ONG; através desta estratégia, a CE convida os Estados-Membros a elaborarem os seus planos de ação nacionais (PAN) e presta-lhes apoio e acompanhamento na elaboração dos mesmos por meio de diferentes mecanismos; 17. Congratula-se vivamente com os resultados apresentados pela diretiva europeia sobre a divulgação de informações não financeiras, considerada pelos diferentes grupos de interesses como uma das iniciativas mais bem-sucedidas da CE, tendo contribuído para um aumento da visibilidade da RSE, a divulgação de boas práticas e a melhoria da harmonização da abordagem da UE com as abordagens globais; 18. Considera que a nova estratégia da CE deveria articular-se em torno de três linhas de ação: melhoria da transparência através de relatórios de sustentabilidade e investimento socialmente responsável; atividades em questões internacionais como trabalho multilateral, diplomacia com países terceiros ou RSE a nível global; iniciativas destinadas a aumentar a sensibilização; reforço da ligação entre a RSE, a competitividade e os cidadãos; considera fundamental, na futura estratégia europeia da RSE, reforçar a liderança da UE com uma abordagem coerente e coordenada, conceber e aplicar um quadro jurídico eficaz para a RSE, estabelecer a obrigação de as empresas exercerem o dever de diligência em matéria de direitos humanos, bem como abordar a questão da eliminação dos obstáculos ao acesso às soluções; 19. Congratula-se com o facto de o conceito de RSE começar a ser incluído nos acordos comerciais da UE; considera que, tendo em conta o papel desempenhado pelas empresas e, em particular, as suas filiais e cadeias de aprovisionamento no comércio internacional, a responsabilidade social e ambiental deveria tornar-se parte integrante do capítulo sobre o desenvolvimento sustentável dos acordos comerciais concluídos com países terceiros; solicita que este conceito seja incluído em todos os acordos que estão a ser negociados ou a negociar no futuro entre os países da América Latina e a União Europeia; AP v /10 DR\ doc

9 20. Salienta que, na região ALC, a promoção da RSE poderia trazer inúmeros benefícios, como, por exemplo, diminuir as diferenças sociais, económicas e ambientais existentes entre os diferentes países, aumentar o desempenho das economias latino-americanas e o bem-estar das respetivas sociedades e, por último, promover o intercâmbio comercial através de normas harmonizadas e internacionalmente reconhecidas; 21. Recomenda aos governos da CELAC que estabeleçam mecanismos de cooperação na região, a fim de transferir e partilhar conhecimentos e boas práticas, como um primeiro passo para um maior progresso no âmbito do tema da RSE na CELAC; considera também fundamental a transferência de conhecimentos e apoio técnico para a conceção das estratégias nacionais; considera que o Comité Jurídico Interamericano poderia desempenhar um papel de relevo, efetuando uma compilação de boas práticas, iniciativas, legislação, jurisprudência e desafios; 22. Considera que uma futura cooperação em matéria de RSE no âmbito da CELAC deveria integrar elementos como o reforço das organizações interprofissionais de empresas, a capacitação dos consumidores, o reforço dos sistemas de controlo e supervisão das empresas no desenvolvimento das suas atividades; para esse efeito, considera útil desenvolver a cooperação entre ministérios e organismos responsáveis pela elaboração dos planos de ação nacionais em matéria de RSE; 23. Exorta os governos a que, ao desenvolverem a cooperação birregional no domínio da RSE, abordem esta como uma questão transversal nas políticas públicas, incluindo diversos ministérios, agências de promoção da inovação, representantes do setor empresarial e da sociedade civil, e tomem medidas para promover a capacitação da sociedade civil e dos consumidores; considera também que os novos programas de cooperação deveriam integrar aspetos relativos ao papel das empresas; 24. Assinala que uma futura cooperação deveria igualmente incluir a transferência de conhecimentos sobre os mecanismos de consulta e incentivos para uma aplicação eficaz dos PAN, incluindo o desenvolvimento de estratégias de sensibilização e comunicação, especialmente destinadas às PME; * * * 25. Encarrega os seus copresidentes de transmitir a presente Resolução ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia, aos Parlamentos dos Estados-Membros da União Europeia e de todos os países da América Latina e Caraíbas, ao Parlamento Latino- Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento Andino e ao Parlamento do Mercosul, ao Secretariado da Comunidade Andina, à Comissão dos Representantes Permanentes do Mercosul, à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, ao Secretariado Permanente do Sistema Económico Latino-Americano e aos Secretários-Gerais da Organização dos Estados Americanos, da União de Nações Sul-Americanas e das Nações Unidas. DR\ doc 9/10 AP v01-00

10 PROCESSO Título Órgão competente Correlatores sobre a responsabilidade social das empresas na UE e nos países da América Latina e das Caraíbas Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura Gabriel Mato (Parlamento Europeu, Espanha) Ricardo Rincón (CPM UE-Chile, Chile) Exame em comissão Primeiro semestre de 2017] Data de aprovação Deputados presentes no momento da votação final Exame em sessão plenária AP v /10 DR\ doc