Envelhecimento saudável: uma arte

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1 XXIV AGE - ASSEMBLEIA GERAL ELETIVA «Eis que eu estou fazendo uma coisa nova» (Is 43,19) 05 DE JUNHO DE BOLETIM Nº 10 Envelhecimento saudável: uma arte Irmã Maria de Fátima Alves de Morais No processo de desenvolvimento humano, é preciso se preparar para vivenciar e envelhecer com sabedoria. Emerge deste posicionamento a responsabilidade pessoal da formação ao longo da vida, ou seja, é preciso ter consciência de que a vida se sucede em etapas, e as respostas e opções pessoais formam cada jeito de experienciar as fases da vida. Pensar no envelhecimento saudável para a Vida Religiosa Consagrada compreende refletir sobre a força da vida comunitária na construção de vínculos afetivos saudáveis e duradouros. Viver é uma aventura muito desafiadora. Ela requer uma série de fatores e conhecimentos para facilitar a vida própria e a dos demais. Cada etapa tem suas características próprias e estabelece as regras em relação a si e aos demais. Mas cada etapa está sujeita a mudanças oriundas do interior e/ou do exterior (Morais, 2015).

2 O cultivo da espiritualidade para a/o religiosa/o consagrada/o assegura a sua identidade e originalidade, e uma boa estrutura pessoal e institucional favorece a vivência desta etapa de vida de forma leve, saudável e alegre. Há um salto qualitativo no entendimento do termo envelhecer em duas direções: como estado de vida e como idade cronológica de seus atuais integrantes. Morais (2015) insiste que "podese viver sempre melhor este processo de fidelidade e ir reavaliando formas concretas históricas da Vida Religiosa Consagrada para que responda melhor às necessidades de cada época". À medida que o envelhecimento se estende, é possível constatar que o envelhecimento biológico e o psíquico fazem parte do desenvolvimento humano, somados aos hábitos culturais e ao contexto sócio-econômico-cultural. Assim as limitações próprias desta etapa da vida vão aparecendo e, muitas vezes, as/os idosas/os se veem às voltas com possíveis ameaças em torno de s o f r i m e n tos c a u s a d o s p e l o desconhecido. O medo do novo não é verdadeiramente do novo, mas da vida passada. Uma verdade se impõe: é preciso enfrentar com humildade e abertura de espírito esta nova condição. Todos nós precisamos c o m p r e e n d e r q u e h á a l g o

3 quantitativo e algo qualitativo novos em cada etapa da vida, incluindo a terceira idade. No processo de envelhecimento em que as/os religiosas/os idosas/os se deparam com dificuldade de continuarem na vida ativa, surge a necessidade da criação de novas formas de missão através de um novo projeto de vida. A ressignificação da missão, nesta etapa da VRC, é fundamental como possibilidade de integração e comunhão com a Instituição. As instituições religiosas, com certas iniciativas, têm melhorado seu esmero no cuidado daqueles que deram sua vida por Deus e pelas pessoas atingidas pelo carisma congregacional. Isto indica também certo agradecimento porque existem e porque são significativos para a humanidade. São expressivas as pesquisas realizadas pelo Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE) em convênio com o Centro Cultural Missionário (CCM) e parceria com outras Congregações Religiosas. Além disso, em parceria com a CRB e CCM, o IFIBE tem desenvolvido cursos sobre envelhecimento humano e vida religiosa e envelhecimento humano e espiritualidade.

4 Diante dessas reflexões, algumas questões precisam ser respondidas, individual e/ou comunitariamente: 1. No processo de desenvolvimento humano, é preciso se preparar para vivenciar e envelhecer com sabedoria. Tenho consciência de minha resposta no processo formativo para a realização desta etapa da vida? 2. Como a espiritualidade assegura a identidade e originalidade de cada religiosa/o consagrada/o? 3. Qual a força da vida comunitária na construção de vínculos afetivos saudáveis e duradouros? 4. Sabendo que uma boa estrutura pessoal e institucional favorecem a vivência desta etapa de vida de forma leve, saudável e alegre, qual a nossa preparação individual e congregacional para esta arte de envelhecimento saudável? XXIV AGE 11a 15 de julho 2016 Colégio Madre Carmem Sales - Brasília, DF SDS Bl. H nº 26 5º andar Ed. Venâncio II - Brasília, DF Fone: (61) crb@crbnacional.org.br

5 TEMAS DAS MESAS TEMÁTICAS 1- Afetividade e sexualidade na Vida Religiosa Consagrada 2- Mística e Espiritualidade 3- Novas Tecnologias Redes sociais e Novas Relações na Vida Religiosa Consagrada 4- Modelos de Gestão na Vida Consagrada 5- Comunidade Relações x Poder 6- Missão hoje e Vida Religiosa Consagrada 7- Cuidado da Casa Comum e Profetismo 8- Novas Gerações 9- Interculturalidade: Vivência e Missão 10- Parceria com Leigos: Carisma, Espiritualidade e Missão 11- Envelhecimento e missão na Vida Consagrada 12- A Mulher na VRC e na Igreja 13- Missão Profética e saúde holística na Vida Consagrada 14- Novas formas de Vida Religiosa Consagrada Novas Comunidades ASSESSORES DAS MESAS TEMÁTICAS DA AGE Fr. José Fernandes Alves, op Fr. Luiz Augusto de Mattos, osa Fr. Luiz Carlos Susin. OFMCap Fr. Moacir Casagrande, OFMCap Fr. Rubens Nunes da Mota, OFMCap Ir. Fátima Alves de Morais, ascj Ir. Graciema Terezinha Tamanho, iic Ir. Jardelino Menegat, fsc Ir. Juciêda Araújo Meneses, cssf Ir. Kátia Sassi, sjc Ir. Leonarda da Veiga, fma Ir. Maria de Fátima Kapp, mssp Ir. Maria José de Oliveira, cmstmj Ir. Rita Romio, stj Ir. Salete Verônica Dal Mago, cifa Ir. Simone Lopes, sx Ir. Susana Maria Rocca, mcr Ir. Vanézia Silva Pereira, mst Ir. Zenilda Luiza Petry, ifsj Laudelino dos S. Azeved Pe. Joachim Andrade, svd Pe. Rafael Lopez Villasenor, sx Pe. Stefano Raschietti, sx Pe. Thomaz Hughes, svd Pe. Valentim Fagundes Meneses, msc Fraternidade a Caminho (representante) Shalom - Joyce Toca de Assis (representante) SDS Bl. H nº 26 5º andar Ed. Venâncio II - Brasília, DF Fone: (61) crb@crbnacional.org.br