A Vida Religiosa Consagrada e os seus atuais desafios

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1 XXIV AGE - ASSEMBLEIA GERAL ELETIVA «Eis que eu estou fazendo uma coisa nova» (Is 43,19) 19 DE MAIO DE BOLETIM Nº 08 A Vida Religiosa Consagrada e os seus atuais desafios Frei Luiz Augusto de Mattos, OSA A Vida Religiosa Consagrada (VRC) só pode ser compreendida a partir da visão de que ela é mistério e complexidade, e, ao mesmo tempo, é experiência concreta a partir do contexto no qual se encontra. Apesar de que a inserção no contexto se dá de várias formas. Um setor da VRC está sintonizado com a ordem estabelecida, no que diz respeito à lógica de se viver de acordo com a ideologia hegemônica. Outro setor, minoritário, encontra dificuldade em se sintonizar com um modelo de vida mais contextualizado. E, por fim, um setor da VRC busca um permanente processo de inculturação com a realidade. É à luz dessa pluralidade que se deve procurar compreender a dinâmica dos religiosos.

2 Não há dúvida de que as grandes mudanças (culturais, científico-tecnológicas, econômicas, religiosas) influenciam muito os religiosos e as religiosas, enquanto indivíduos, comunidade religiosa, compromisso na sociedade, etc. A VRC continuamente é provocada a ser resposta diante das transformações que ocorrem na sociedade. Caso contrário, não será luz, sal ou fermento para a atual humanidade. Importante destacar algumas características que devem permear o testemunho da VRC. A mística: importante a experiência relacional e apaixonada por Deus. O que significa viver e missionar pela causa do Reino. A mística dá vigor, coragem, profundidade e luz diante dos desafios. O que é fundamental diante de uma sociedade atravessada por poderosos ídolos.

3 A liberdade radical: diante de poderes constituídos que sangram ou excluem as vidas vulneráveis e pobres, a VRC há que tomar partido desde a liberdade. Não se pode aceitar cumplicidades, alianças ou conveniências com aqueles que continuam crucificando o Povo de Deus. Há que testemunhar uma vocação à liberdade, a exemplo de Jesus, que foi livre diante das autoridades e poderes constituídos. A profecia: a vida da VRC deverá ser experiência de protesto e denúncia. Ou seja, ser denúncia de tudo que atrapalha a humanização da vida, e, ao mesmo tempo, ser anúncio do sonho de Deus para toda a humanidade. Enquanto existir alguma vida gritando por justiça, cabe um compromisso profético de liberação por parte da vida dos religiosos e das religiosas.

4 A utopia: cultivar a utopia é uma exigência fundamental. Diante de tanto sofrimento do povo e da natureza não se pode perder a esperança de uma nova civilização mais bela, justa e feliz. A ética e a política: não existe neutralidade vivendo numa sociedade. Importante se posicionar, ética e politicamente, do lado dos pequenos do Pai esses são: o sobrante, o excluído, o migrante, o discriminado, etc. Também há que trabalhar pela defesa, garantia e promoção da Casa Comum. A comunidade: diante de um mundo individualista, privatista, alheio ao outro que sofre... é imprescindível a experiência comunitária focada na solidariedade e misericórdia com os sempre abandonados da história. SDS Bl. H nº 26 5º andar Ed. Venâncio II - Brasília, DF Fone: (61) crb@crbnacional.org.br

5 Por fim, que na atual Civilização, a VRC possa ser sinal e compromisso por vidas mais humanizadas. E que jamais deixemos a mediocridade, o medo, a covardia, a indiferença arrancar dos religiosos e das religiosas a opção corajosa, determinada e esperançosa por um mundo onde caibam todos : as filhas e os filhos do Pai. Perguntas para refletir a) O que significa na atualidade vivenciar uma VRC de acordo com as grandes mudanças? b) Como a VRC poderá viver a liberdade radical, a profecia e a utopia na atual globalização? c) A VRC, na atual conjuntura de Igreja e sociedade, está sendo fermento e luz em que experiências? XXIV AGE 11a 15 de julho 2016 Colégio Madre Carmem Sales - Brasília, DF SDS Bl. H nº 26 5º andar Ed. Venâncio II - Brasília, DF Fone: (61) crb@crbnacional.org.br

6 TEMAS DAS MESAS TEMÁTICAS 1- Afetividade e sexualidade na Vida Religiosa Consagrada 2- Mística e Espiritualidade 3- Novas Tecnologias Redes sociais e Novas Relações na Vida Religiosa Consagrada 4- Modelos de Gestão na Vida Consagrada 5- Comunidade Relações x Poder 6- Missão hoje e Vida Religiosa Consagrada 7- Cuidado da Casa Comum e Profetismo 8- Novas Gerações 9- Interculturalidade: Vivência e Missão 10- Parceria com Leigos: Carisma, Espiritualidade e Missão 11- Envelhecimento e missão na Vida Consagrada 12- A Mulher na VRC e na Igreja 13- Missão Profética e saúde holística na Vida Consagrada 14- Novas formas de Vida Religiosa Consagrada Novas Comunidades ASSESSORES DAS MESAS TEMÁTICAS DA AGE Fr. José Fernandes Alves, op Fr. Luiz Augusto de Mattos, osa Fr. Luiz Carlos Susin. OFMCap Fr. Moacir Casagrande, OFMCap Fr. Rubens Nunes da Mota, OFMCap Ir. Fátima Alves de Morais, ascj Ir. Graciema Terezinha Tamanho, iic Ir. Jardelino Menegat, fsc Ir. Juciêda Araújo Meneses, cssf Ir. Kátia Sassi, sjc Ir. Leonarda da Veiga, fma Ir. Maria de Fátima Kapp, mssp Ir. Maria José de Oliveira, cmstmj Ir. Rita Romio, stj Ir. Salete Verônica Dal Mago, cifa Ir. Simone Lopes, sx Ir. Susana Maria Rocca, mcr Ir. Vanézia Silva Pereira, mst Ir. Zenilda Luiza Petry, ifsj Laudelino dos S. Azeved Pe. Joachim Andrade, svd Pe. Rafael Lopez Villasenor, sx Pe. Stefano Raschietti, sx Pe. Thomaz Hughes, svd Pe. Valentim Fagundes Meneses, msc Fraternidade a Caminho (representante) Com. Católica Shalom - (representante) Toca de Assis (representante) SDS Bl. H nº 26 5º andar Ed. Venâncio II - Brasília, DF Fone: (61) crb@crbnacional.org.br