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- Tomás Moreira das Neves
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2 APRESENTAÇÃO Seguro, um instrumento que traz conforto às famílias Nesta publicação, preparada pelo Sindicato das Empresas de Seguros, dos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, em conjunto com a Escola Nacional de Seguros Funenseg - procuramos desmistificar a comunicação global equivocada de que o mercado segurador é complexo e difícil de entender. Nas páginas deste documento, os leitores terão uma noção geral sobre os fundamentos do seguro, além de informações sobre as modalidades e tipos de seguro, como, por exemplo, seguro de vida, seguro saúde, seguro de automóveis, previdência complementar, seguro residencial e muitos outros. São ao todo, 95 ramos de seguros, todos bem detalhados. Você também encontrará dicas sobre seguros não habituais como as mãos de um pianista, uma bailarina e suas pernas, e também seguro para proteger quem fica desempregado. Hoje existe seguro para praticamente tudo, porque o seguro é o lastro da vida da pessoa, de sua família, sua empresa e seu patrimônio físico. Relatamos também um pequeno histórico sobre o seguro no mundo e no Brasil. Tudo começou alguns séculos antes da era cristã, quando comerciantes que levavam mercadorias pelo deserto, sofriam com perdas de alguns camelos. Eles se cotizavam (faziam uma vaquinha) e cobriam a perda do cameleiro. Depois vieram os navegantes Fenícios e assim por diante. No Brasil, a atividade seguradora teve início em 1808, com a abertura dos portos ao mercado internacional. O mercado de seguros do Brasil vem crescendo a passos largos e já é responsável por perto de 4% do PIB Nacional. A credibilidade do mercado está sedimentada, ressaltando que, somente no ano passado (2013), foram retornados bilhões de reais sob a forma de indenizações, resgates de títulos de capitalização e previdência privada, possibilitando que famílias e empresas continuassem sua caminhada. No entanto, nesse montante de dinheiro, milhões de reais foram pagos com eventos de suspeição de fraudes, ou seja, má fé, cujo reflexo recai direto no custo do seguro. Este informativo, que comemora os 90 anos da criação da primeira entidade de seguro do Paraná, é de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros, de Previdência Complementar e de Capitalização nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Colaborou para a realização deste trabalho, a Escola Nacional de Seguros, através do portal Tudo Sobre Seguros ( e a Seguradora Líder DPVAT. Edição Pedro Ribeiro (MT 017/PR). (Rua Monsenhor Celso, 225 7º andar fone (41) Curitiba- -PR. Tiragem desta edição: 50 mil exemplares. Gráfica Idealiza Londrina. 2
3 SEGURO Lastro da vida Um simples tropeço na rua, uma doença inesperada, o desvio de atenção no trânsito, um curto circuito na casa ou na empresa e a ocorrência de temporais. São fatos reais que fazem parte do cotidiano da vida das pessoas, porém, imprevisíveis. O tropeço pode necessitar de atendimento médico, o mesmo acontecendo com a doença que, em muitas vezes não avisa quando chega, batidas de carro, as chuvas, seguidas de cheias e alagamentos, e um incêndio que pode destruir tudo em poucos minutos. Não apenas um bem patrimonial, como a própria vida. Por trás dessas emblemáticas situações, existe uma simples palavra que pode amenizar o drama e o trauma de muitas pessoas: Seguro. Criado há três séculos, o seguro, infelizmente, ainda continua sendo um desconhecido no mundo moderno, embora a sociedade já vem se conscientizando de sua importância, como um bem necessário. O estadista inglês, Winston Churchill, dizia, na década de 40: Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no umbral de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis. Mais recentemente, o compositor Martinho da Vila foi bastante feliz em sua obra Segure Tudo onde, claramente, chama a atenção das pessoas para a importância de se proteger aquilo que possui. Qualquer coisa. Em um dos trechos da música, o sambista diz: segure tudo o que for conquistado. Segure tudo que não for demais. Portanto, o seguro, que vem ganhando espaço e importância no mercado nacional, inclusive contribuindo com aproximadamente 4% do PIB nacional, merece ser visto com olhos de águia e não como um simples negócio, pois representa, na ponta da linha, tranquilidade presente e futuro da família e das empresas. Haverá um dia, não muito distante, que cada pessoa ou família terá, na ponta da língua, a resposta sobre o que significa e representa o seguro, ou seja, proteção à vida, preservação da saúde, garantia de rendas e reposição de bens. 3
4 4 João Elisio Ferraz de Campos Presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização Fenaseg * Artigo publicado no dia 19 de maio de 2005, no Jornal do Brasil, na página Opinião. Um dia sem seguro O mercado de seguros comemorou no último dia 14 de maio o Dia Continental do Seguro. A data, instituída há mais de cinqüenta anos para estimular a aproximação entre os profissionais de seguros das Américas, deve servir também - particularmente quando se intensificam as relações entre os países do nosso continente - para fazermos uma reflexão sobre o papel do seguro na sociedade. O setor de seguros, previdência complementar e capitalização, é responsável pelo dinamismo de diversos segmentos da economia que os números, por si só, nem sempre revelam. O que significam os R$ 29,4 bilhões de indenizações e benefícios pagos no ano passado? Se analisarmos, por exemplo, o ramo de automóveis, vamos constatar que o valor de R$ 6,9 bilhões pago em cerca de 1,8 milhão de sinistros equivale à metade do faturamento de uma montadora como a Volkswagen, que produz cerca de 570 mil veículos por ano e tem 24 mil empregados. E as 170 mil indenizações anuais (média de R$ 22 mil) por óbitos representam cerca de 30% dos falecimentos ocorridos na faixa etária da população economicamente ativa (entre 20 e 74 anos). Meu sentimento é que as pessoas, embora suas vidas estejam marcadas individual e coletivamente pela proteção dos seguros, não têm consciência da sua importância. E não têm porque é muito difícil imaginar como seria um dia sem seguro, ou seja, um dia em que os riscos de todas as atividades humanas deixariam de estar cobertos por seguros. Se isso acontecesse, os aviões não levantariam vôo, os navios não deixariam os portos e o transporte de pessoas em geral não funcionaria pela falta da proteção do seguro de vida e acidentes pessoais. Milhares de atendimentos médico-hospitalares não se realizariam sem seguro saúde. Milhares de veículos provavelmente não circulariam porque seus proprietários não correriam o risco de acidentes sem o seguro de automóveis. Conseqüentemente, milhares de oficinas e seus empregados não teriam trabalho e poucos carros novos seriam vendidos porque muito pouca gente se arriscaria a retirar um veículo das concessionárias sem antes fazer o seguro. As grandes plantas industriais parariam de produzir porque os empresários, certamente, não admitiriam que seus investimentos e seus empregados ficassem expostos aos riscos sem a cobertura do seguro. O comércio sofreria um impacto sem precedentes, com os produtos presos em seus depósitos e impedidos de chegar a seus destinos, dentro dos países e no exte rior, por falta da cobertura do seguro, e o desenvolvimento tecnológico ficaria estagnado porque nenhum avanço acontece, nenhum satélite é lançado ao espaço sem a proteção do seguro. De um modo geral, todas as pessoas e atividades seriam afetadas em suas vidas e seus negócios se houvesse um dia sem seguro. Os prejuízos sócio-econômicos equivaleriam aos de uma imensa greve geral sem piquetes e passeatas, mas com seqüelas que permaneceriam indefinidamente no inconsciente das pessoas. Se acontecesse um dia sem seguro e se esse dia fosse o dia 11 de setembro de 2001, por exemplo, as vítimas do atentado de Nova Iorque não receberiam as indenizações, calculadas entre 70 e 100 bilhões de dólares, por morte, danos materiais, lucros cessantes etc. O papel do seguro, em seu conceito mais abrangente, é esse: dar às pessoas tranqüilidade para sonhar, ousar e realizar com a certeza de que os riscos de viver e trabalhar têm a proteção de uma instituição: a instituição seguro. Um fato narrado pelo escritor italiano Giovanni Pappini em uma de suas histórias sobre uma visita a Nova Iorque retrata bem essa questão. Diz ele que, muito impressionado com a grandiosidade da cidade vista dos últimos andares do Empire State Building, comentou que lhe parecia impossível que os homens tivessem sido capazes de construir tudo aquilo. O empresário Henry Ford, também presente, ao ouvir o comentário de Pappini, teria argumentado: O senhor se engana quando pensa que essa cidade foi feita pelos homens. Quem a fez foram os seguros. Sem seguro não teríamos os edifícios, porque nenhum homem se atreveria a trabalhar nessas alturas com o risco de cair e morrer, deixando sua família na miséria; sem seguro, nenhum empresário investiria milhões em uma construção como esta sabendo que uma simples fagulha poderia reduzir tudo a cinzas; sem seguro, nada circularia pelas ruas porque ninguém correria o risco de, a qualquer momento, sofrer um acidente sem cobertura. E isso não acontece só nos Estados Unidos, mas em todo mundo, cuja tranqüilidade repousa sobre a base dos seguros.
5 SAIBA TUDO SOBRE SEGURO Risco à nossa frente Na abertura deste trabalho, que trata dos fundamentos do mercado de seguros, ou seja, como ele opera, optamos por começar pelo fator risco. Como todos sabem, o risco é uma possibilidade real de perigo, que ameaça com danos a pessoa ou seu patrimônio. E a vida é cheia de riscos, desde que acordamos e saímos para o trabalho, para a escola ou mesmo para uma caminhada. Há uma barreira invisível em nossa frente, a qual não podemos prever os próximos passos ou minutos. Como existe à nossa frente o fator risco, devemos, também, pensar na prevenção para amenizar ou reduzir seu impacto. Uma perda financeira decorrente de um evento danoso, por exemplo, pode atingir uma grande soma de dinheiro à empresa ou ao patrimônio da pessoa. Pode começar, a partir daí, uma série de problemas com consequências até para a saúde. É justamente para evitar esses transtornos que existe o seguro. Esse risco pode ser transferido para a seguradora. 5 5
6 VOLUME DE PERDAS (SINISTRO) O que é isso? 6 Agora, vamos orientar sobre o volume de perdas (sinistro), consequência de um risco e como podemos trabalhar, previamente, esse fator, ou seja, como gerenciar o risco. Sinistro é o termo utilizado para definir, em qualquer ramo de seguro, o acontecimento do evento incerto previsto (uma perda) e coberto no contrato. O termo tem origem do latim sinistra que significa esquerda, como em mão esquerda ou lado esquerdo, e que era associado na Antiguidade com situações ou coisas negativas, maliciosas, danosas, ignominiosas etc. Como administrar o risco? Reduzir o risco parece ser, hoje, uma ordem universal. A palavra chave é evitar surpresas. Portanto, o que devemos fazer é tentar reduzir a probabilidade de ocorrência de um risco ou, pelo menos, se preparar para o caso de ocorrer. Em alguns casos, veja como fazer para administrar o risco: Evitar o risco - puro e simples, é o caso de um indivíduo que, após ter planejado uma viagem de automóvel, resolve observar os equipamentos de segurança de seu carro, como pneus, suspensão e outros itens, e chega à conclusão de que não é prudente viajar e desiste. Reduzir o risco - o mesmo cidadão acima resolve encarar a viagem, porém, a uma velocidade baixa, de modo a ter que evitar frear bruscamente para não ocorrer uma derrapagem. Engrena marcha nas curvas e durante a chuva. Correr o risco - já o indivíduo que decide correr o risco tem, por sua vez, três possibilidades de gerenciá-lo ou administrá-lo: 1) Autosseguro: Trata-se do método pelo qual o indivíduo separa ou acumula uma determinada quantia em dinheiro para compensar determinada perda potencial que poderá sofrer no futuro. Neste caso, a pessoa, família ou empresa, optam por uma poupança, sujeita às regras do mercado financeiro, para cobrir eventual sinistro. 2) Mutualismo: Nesta modalidade, os parceiros ou grupos dividem as perdas entre si. Historicamente, esse foi o começo do seguro, quando comerciantes e navegadores se reuniam e estimavam as perdas anuais no patrimônio conjunto (embarcações e suas cargas). A partir daí, repartiam essa perda estimada entre eles, segundo a participação de cada um no patrimônio total. 3) Seguro: A própria palavra nos indica segurança, fora de risco e até mesmo conforto. O seguro é a forma mais indicada das pessoas lidarem com o risco. Por quê? Quando alguém sofre um roubo, ou um incêndio, ou um assalto, o seguro tem o objetivo de fazer com que essa pessoa seja ressarcida para que ela não fique desamparada financeiramente por causa desta sua perda. Isto é feito através de um contrato, em que uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado ou seu beneficiário) a compensá-lo com um valor, restabelecendo o equilíbrio econômico abalado. É a maneira mais barata para garantir as conseqüências danosas de um sinistro. Papel da seguradora A empresa responsável pelo contrato do seguro (seguradora) tem a obrigação de honrar o compromisso assumido, portanto, arcar com os valores (indenizações) e ressarcir o segurado para um evento coberto pelas condições gerais, especiais e particulares. Para isso, as seguradoras constituem reservas técnicas específicas para indenizarem eventuais sinistros.
7 Dicas para entender o custo do seguro O custo do seguro é calculado considerando os fatores de risco, como a exposição do bem segurado (se tem ou não sistemas protecionais) e atividade. No caso de bens patrimoniais, o tipo de construção e a localização também influenciam. Para cada modalidade de seguro há uma espécie de perfil, através do qual é possível estabelecer o custo mais adequado para cada risco. As seguradoras, ao avaliarem um risco para estabelecer o custo, tomam como base a experiência de sinistros (volume de perdas) ao longo do tempo para cada tipo de seguro. O automóvel, cuja frota segurada corresponde a aproximadamente a 30% da frota circulante, tem na sua formação de custo do seguro, diversos pontos, entre os quais destacam-se: Região de circulação Utilização (laser, trabalho, escola, etc) Existência ou não de garagem Idade dos condutores Instalação de sistemas de rastreamento ou bloqueadores. Como funcionam? O seguro é um contrato firmado entre um cidadão ou uma empresa (segurado) e uma seguradora. O segurado contribui com um valor chamado no mercado de prêmio e a companhia seguradora, em contrapartida, compromete-se a pagar eventual perda financeira (indenização) correspondente, durante o período de vigência da apólice. O risco é transferido do segurado para a seguradora e o documento que formaliza esse contrato se chama apólice. O que é Apólice? Apólice é um documento emitido pela seguradora, que formaliza a aceitação do risco, objeto do contrato de seguro. A apólice retrata totalmente o que foi estabelecido na proposta de seguro. Nela, devem estar discriminadas todas as condições contratuais, o bem ou a pessoa segurada, as coberturas de risco e as garantias contratadas, os estipulantes e beneficiários, o valor do prêmio, o prazo do contrato e as exclusões isto é, as situações (ou danos) em que a indenização é devida ou não. A apólice será enviada posteriormente e ao recebê-la, é importante que o segurado verifique se as condições ali contidas são as mesmas que informou ao corretor de seguros quando assinou a proposta de seguro. 7 7
8 CLASSIFICAÇÃO Tipos de seguros à disposição no mercado Existem no Brasil, classificados oficialmente, 95 ramos de seguros que apresentam grande variedade de detalhamento. Por exemplo, o seguro de responsabilidade civil tem 12 ramos diferentes, os seguros ligados à agricultura contam com 13 ramos distintos, etc. Por essa razão, utiliza-se frequentemente um nível mais agregado de análise derivado da Circular 455, de 2012, da Superintendência de Seguros Privados (Susep autarquia fiscalizadora e reguladora do setor, que trabalha com 16 grupos. A eles deve-se acrescentar o 17 grupo agregado relativo aos seguros de saúde, que são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS - org.br). A tabela abaixo resume esses níveis. Um quadro mais preciso dos grupos de seguros o leitor encontra no site da Susep, em Atos normativos. Seguros Obrigatórios Responsabilidade Civil dos Proprietários de Veículos Automotores de Via Terrestre; Responsabilidade Civil dos Proprietários de Veículos Automotores Hidroviários; Responsabilidade Civil dos Transportadores em Geral; Responsabilidade Civil do Construtor de Imóveis em Zonas Urbanas por Danos a Pessoas ou Coisas; Transporte de Bens Pertencentes a Pessoas Jurídicas; Danos Pessoais a Passageiros de Aeronaves Comerciais. Responsabilidade Civil do Transportador Aeronáutico; Seguro Rural; Incêndio de Bens Pertencentes a Pessoas Jurídicas; Existe ainda um nível maior de agregação que divide o mercado em seguros de vida, seguros de saúde e seguros elementares. Os seguros de vida incluem as apólices contra risco de morte e acidentes pessoais bem como os planos de previdência privada aberta. Já os seguros elementares são os que têm por finalidade a garantia de perdas, danos ou responsabilidades sobre objetos ou pessoas. No Brasil, o Decreto , de 23 de outubro de 1967 classificou separadamente o seguro saúde, mas, no exterior, costumase incluí-lo com os seguros elementares, formando o chamado ramo não vida. Garantia do Cumprimento das Obrigações do Incorporador e Construtor de Imóveis. Garantia do Pagamento à Cargo do Mutuário; Bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de instituições financeiras Públicas; Edifícios Divididos em Unidades Autônomas; Crédito à Exportação. Os seguros acima estão listados no artigo 20 do Decreto Lei 73/66, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados (em vigência). A eles, juntaram-se com o tempo outros seguros obrigatórios por lei, como: 8 Seguros facultativos e obrigatórios Os seguros podem ser ainda facultativos ou obrigatórios. A maioria dos seguros vendidos no Brasil tem contratação facultativa, mas a lei determina a contratação de uma série de seguros que passam a ser obrigatórios. Muita gente não sabe disso! Veja a lista abaixo: Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de via Terrestre (DPVAT). Tem como objetivo amparar as vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores e/ou por suas cargas, em todo o território nacional, independente de quem seja a culpa desses acidentes. Seguro de Danos Pessoais de Embarcações ou suas Cargas (DPEM). Tem por finalidade dar cobertura de vida e acidentes pessoais a pessoas, transportadas ou não, inclusive aos proprietários, tripulantes e condutores das embarcações, e a seus respectivos beneficiários ou dependentes, sem importar que a embarcação esteja ou não em operação. Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT). O objetivo é garantir ao empregado segurado do regime de previdência social um seguro contra acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante pagamento de um adicional sobre a folha de salários, garantido atualmente pela Previdência Social. Seguro Habitacional do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).. Ele cobre morte e invalidez do mutuário e danos físicos ao imóvel financiado no âmbito do SFH. Seguro de Responsabilidade Civil dos Transportadores relativo aos danos pessoais provocados aos usuários dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional Visa a indenizar as vítimas de acidentes no transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, sem prejuízo da cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT). Seguro Carta Verde - É o seguro obrigatório para automóveis quando em viagem para países do Mercosul e cobre responsabilidade civil por danos pessoais e materiais causados a terceiros não transportados pelo veículo segurado. Foi criado pela Resolução 120, de 1994, do Grupo Mercado Comum, do Mercosul. Durante muitos anos, as dificuldades de fiscalização do pagamento dessas apólices fizeram com que a maioria fosse deixada de lado pela população, esquecendo- -se de que são de contratação obrigatória. Enquanto a lei não impunha sanção contra o inadimplemento da obrigação, o esquecimento teve pouca ou nenhuma consequência. Isso mudou em 2007! De fato, com a edição da Lei Complementar 126, de 2007, o governo impôs multas pesadas para quem não contratar os seguros legalmente obrigatórios. A Lei alterou o artigo 112 do Decreto-Lei 73, de 1966, que passou a ter o seguinte teor: às pessoas que deixarem de contratar os seguros legalmente obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de: I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação aplicável; e II - nos demais casos, o que for maior entre 10% da importância segurável ou R$ 1.000,00.
9 Seguros em grupo e individuais Os seguros podem ser também classificados em seguros individuais ou em grupo. O seguro individual é uma relação entre uma pessoa ou uma família e uma seguradora. A seguradora, evidentemente, terá de aferir corretamente o risco segurado e pulverizá-lo colocando-o numa carteira onde existem diversos riscos semelhantes, mas independentes entre si. O seguro em grupo é o seguro de um conjunto de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece uma relação triangular entre a seguradora, o segurado e o grupo a que ele pertence. O grupo pode ser constituído por uma empresa, por uma organização sem fins lucrativos, por uma associação profissional, ou por uma pessoa física. Os seguros contratados por empresas são chamados de empresariais ou corporativos. É um seguro em grupo, formalizado por uma única apólice que garante coberturas estabelecidas de acordo com um critério objetivo e uniforme, não dependente exclusivamente da vontade do segurado. A seguradora, com base nos contratos de adesão ao seguro, emite para cada segurado um documento que comprova a inclusão no grupo (Certificado de Seguro). Nesse documento constam a identificação do segurado e a designação dos seus beneficiários e os valores segurados. A diferença está bem marcada na previdência privada complementar onde existem os seguintes segmentos: O segmento fechado, constituído pelas instituições chamadas fundos de pensão que operam no seio de uma empresa ou grupo de empresas, com planos de grupo para a prestação de benefícios complementares e assemelhados aos da Previdência Social; O segmento aberto à participação pública para a prestação de benefícios opcionais, de caráter mais individual, e constituído pelas seguradoras e entidades abertas de previdência privada. Nos seguros de vida e saúde também são marcantes as diferenças entre planos individuais e coletivos. No ramo saúde, houve recentemente forte redução da oferta de planos individuais. A razão foi a limitação de reajustes de preços por parte dos órgãos reguladores acarretando seleção adversa de segurados. O resultado foi que as carteiras de seguros de saúde individual passaram a dar prejuízo e desestimularam a oferta de novos planos pelas empresas. Tal não ocorreu no seguro em grupo, pois o problema da seleção adversa é minimizado desde o início pela provável existência de riscos variados misturados na mesma carteira. Fique atento Algumas seguradoras, tendo decidido mudar o foco de seus negócios, venderam para outra seguradora carteiras inteiras de seguros de saúde individuais. Se você tem uma apólice desse tipo e isso ocorreu com você, a mantenha vigente, pois muitas são consideradas de grande valor conforme os benefícios incluídos no plano inicial. Sobretudo, se a idade do segurado for avançada. Trocar de apólice de seguro individual num momento em que as seguradoras reduziram o interesse nesse segmento deve ficar muito caro. Beneficiário É a pessoa física ou jurídica que tem direito a receber a indenização de um seguro, podendo ser, também, uma ou mais pessoas. O beneficiário pode ser certo (determinado) quando constituído nominalmente na apólice e incerto (indeterminado) quando desconhecido na formação do contrato. Estipulante Estipulante é o terceiro interveniente ao contrato de seguro que representa um grupo segurado. Pode ser de pessoa física ou jurídica que contrata seguro por conta de terceiros. Em certos casos, pode assumir a condição de beneficiário, equiparar-se ao segurado nos seguros obrigatórios ou de mandatário do segurado nos seguros facultativos. 9
10 Preocupação dos brasileiros em relação a seguro de vida Recente pesquisa sobre o mercado segurador, realizada na América Latina, revela que uma das maiores preocupações dos brasileiros é a ameaça de não receber o tratamento de saúde necessária em caso de doença grave. No levantamento, 43% dos entrevistados se sentem altamente vulneráveis em relação a esta questão. Esta preocupação e também a de faltar recursos para cuidados de longo prazo é comum a todos os países da América Latina, porém, maior que na Europa. Perguntados se comprariam um produto de proteção para doenças graves, 73% dos brasileiros se mostraram interessados, o que revela o potencial do seguro de vida no Brasil. Na pesquisa sobre seguro de vida, o Brasil, dentre os demais países pesquisados na América Latina (México, Chile, Colômbia, Peru e Porto Rico), é o que apresenta maior lacuna de proteção contra mortalidade (US$ 2,5 trilhões). Os dados apurados mostram que 44% dos brasileiros não tem nenhuma cobertura de vida ou saúde e que a lacuna de proteção per capita é de US$ A pesquisa detectou que boa parte dos brasileiros está vulnerável em matéria de proteção securitária. Dos entrevistados, 44% declararam que não possuem nenhum tipo de seguro de vida, invalidez ou doença. Destes 44% desprotegidos, 58% consideram a possibilidade de comprar uma cobertura. Sobre as fontes de informações que utilizam para saber sobre seguro, no Brasil e nos demais países, a Internet conquistou a preferência de 60%, porém, a maioria indicou os amigos e a família como a fonte mais confiável. Ou seja, os brasileiros pesquisam o produto na Internet e depois perguntam aos amigos e à família. 10
11 TUDO SOBRE SEGURO PARA PESSOAS Por que preciso de um seguro? Estamos diante de um mundo moderno e de uma sociedade em constante mutação, onde observamos as coisas mudarem a uma velocidade impressionante. Isto faz com que as pessoas busquem alternativas e acompanhem esse giro, não ficando paradas, vendo o tempo passar. É claro que isso exige sacrifícios e esforços, porque, por exemplo, não podemos ficar passivos tendo, à nossa volta, imprevistos por consequências de variações climáticas e dos perigos da vida, como acidentes de trânsito, doenças e até mesmo problemas com a empresa, emprego e autoestima. São por motivos como esses e outros, que devemos providenciar medidas para minimizar suas consequências. Uma das medidas mais tradicionais e garantidas para isso é fazer um seguro, afinal, nada como proteger nossos bens para ficarmos tranquilos diante de algo inesperado. O seguro desempenha um papel vital ao permitir que as pessoas se protejam contra tais riscos ou ao propiciar via planos de previdência uma renda adicional para você e sua família na fase da aposentadoria. Com sorte você nunca precisará requisitar uma indenização, mas se algo der errado, o seguro lhe poderá poupar milhares de reais. Embora apólices de seguro possam parecer complicadas, a base é simples. Você paga para se proteger contra algo que possa acontecer com você ou com seu patrimônio. Se o pior acontecer, a companhia de seguros paga o custo para a reparação ou de substituição dos bens danificados ou uma quantia acordada. Com base na experiência, as companhias de seguros podem calcular a probabilidade de acontecer um sinistro e o custo para elas cobrirem qualquer prejuízo ou lesão. O custo do seguro está diretamente relacionado com o volume de perdas em determinada modalidade e com o grau de exposição do risco. Normalmente, muitos segurados não terão qualquer perda e não requisitarão indenização, de modo que as seguradoras podem formar reservas que lhes permitem indenizar os segurados que sofreram perdas e, ao mesmo tempo, pagar as despesas operacionais
12 Quando e como comprar um Seguro de vida Se tiver uma família que dependa de você, analise como ficará a situação dela, financeiramente, no caso de sua morte. O seguro de vida pode ajudar a eliminar essa preocupação. A escolha da apólice de seguro de vida certa para suas circunstâncias individuais é importante e deve ser feita com cuidado. Também é vital revisar sua cobertura regularmente. Surpreendentemente, pesquisas mostram que a maioria das pessoas não têm nenhum seguro de vida. As que têm não atualizam os capitais segurados. seguro? Alguns tipos de seguro são obrigatórios. Você tem que fazer seguro contra danos pessoais por acidentes para licenciar um carro (DPVAT). Quando uma instituição financeira lhe conceder um empréstimo imobiliário para comprar uma residência, você é obrigado a contratar seguro de vida e invalidez e seguro de danos físicos ao imóvel. Em outros casos, a escolha é sua. Previdência complementar As companhias de seguro também podem ajudá-lo a guardar dinheiro para a sua aposentadoria. A pensão básica do Estado oferece apenas uma renda limitada. Por isso, se quiser coisa melhor, você precisa economizar desde cedo. É essencial escolher o plano de previdência certo e se certificar de que esteja economizando dinheiro suficiente para atender às suas necessidades. Existem muitas informações para ajudá-lo a tomar a decisão certa. No sítio na internet ( você encontra diversas informações sobre planos de previdência complementar aberta e os seguros mais importantes para famílias e individuais Seguro de automóveis O seguro de veículos automotores tem como objetivo reparar os danos decorrentes dos riscos cobertos, do próprio veículo (colisão, incêndio e roubo). Na mesma apólice do automóvel, ou em apólice específica de responsabilidade civil facultativa de veículos, é possível contratar a garantia de danos corporais e materiais causados a terceiros. Essa cobertura é garantida, também, se o segurado for o causador do acidente.
13 Seguro viagem e doença As pessoas interessadas também podem se segurar contra doenças que venha a ter no Brasil e no exterior, se tiver bagagem extraviada e se houver a necessidade de translado. Você pode contratar proteção para lhe prover renda, no caso de perder seu emprego ou por problemas de saúde. Resumindo, existe grande diversidade de apólices de seguro disponíveis para cobrir ampla gama de riscos. Seguro saúde Contratar um seguro ou plano de saúde é cada vez mais uma necessidade, especialmente devido aos altos custos dos tratamentos médicos de qualidade e à precariedade de atendimento na rede pública. Assim, a maioria das pessoas compra este tipo de seguro para se tranquilizar, sabendo que um bom tratamento estará disponível rapidamente se ficarem doentes ou se ferirem. Outra motivação é poder escolher sobre quando o tratamento ocorrerá, o médico que será o responsável e o hospital. Muitos planos de saúde garantem ainda a privacidade de um quarto bem estruturado com tevê e outros confortos que melhoram o repouso. Seguro residencial Preste atenção nos objetos que tem dentro da moradia. Quanto você acha que custaria substituir esses objetos se forem roubados ou destruídos em um incêndio ou por outro risco coberto? Você teria imediatamente os recursos para substituí-los? O seguro residencial pode cobrir quase tudo que você levaria caso se mudasse de moradia. Não obstante, as apólices limi- tarão normalmente a quantidade máxima de indenização que a seguradora pagará por evento ou por item segurado. Assim, qualquer dano que cause prejuízos além desses limites máximos não estará coberto. Daí a importância da correta avaliação do valor dos objetos a serem segurados. O Corretor de Seguros é uma figura importante na contratação para orientar o proponente. Onde compro seguro? Conforme a Lei n 4594/64, as sociedades de seguros só podem receber proposta de contrato de seguros por intermédio de Corretor de Seguros devidamente habilitado ou diretamente dos proponentes ou seus legítimos representantes. Nesse caso, a comissão é recolhida ao Fundo de Desenvolvimento Educacional do Seguro, administrado pela Escola Nacional de Seguros Funenseg. Assim, os produtos de seguro podem ser comprados de diversas maneiras: Através de corretores de seguros, legalmente habilitados, que podem dar orientação sobre quais os produtos que melhor atendem às suas necessidades e circunstâncias; Em uma instituição financeira que possua uma seguradora, principalmente, no caso dos produtos de previdência complementar e vida; Em uma loja de departamentos, no caso de seguro de garantia estendida eletros, ou numa agência de automóveis caso de seguro de garantia estendida automóveis; Juntamente com outro produto, por exemplo, comprando seguro de viagem através de um agente de viagens ou comprando um seguro de vida quando abre uma conta bancária, desde que a venda do seguro não seja obrigatória, o que é considerada operação casada, proibida pela legislação. Em todos os casos o Corretor de Seguros deve ter ativa participação, pois é ele quem orienta o proponente do seguro. 13
14 Tire sua dúvida na cobertura do seguro Seguro se baseia em risco. As seguradoras apresentam termos e condições nos quais oferecem cobertura, com base na avaliação que fazem do risco. Alguns clientes têm necessidades ou características particulares que exigem maior atenção das empresas como, por exemplo, no caso de pessoas com históricos médicos complexos. Algumas seguradoras podem exigir informações adicionais sobre esses clientes antes de oferecer cobertura, enquanto outras podem optar por não oferecer cobertura de nenhuma forma ou excluir da apólice os riscos indesejáveis que ficam, assim, não cobertos. Se você está tendo dificuldades em encontrar cobertura, tente entrar em contato com um corretor de seguros especializado. A Federação Nacional de Corretores de Seguros Privados (FENACOR - tem um serviço de atendimento Corretor Responde que pode tirar suas dúvidas e ajudá-lo a resolver esse problema. Leia mais em: tudosobreseguros.org.br/ swsportal/pagina.php?l= Contrato de seguro O contrato de seguro é formado por um conjunto de documentos relativamente independentes: Proposta Apólice Endosso Proposta A Proposta contém a descrição completa e detalhada do bem a ser segurado, a caracterização legal do futuro segurado (proponente) e as condições financeiras do seguro. A Proposta caracteriza a intenção objetiva do proponente, de efetivar o contrato de seguro com uma determinada seguradora. Essa intenção deve ser sempre por escrito e a Proposta deve ser protocolada na seguradora fazendo constar desse protocolo a data e o horário de recebimento. O modelo de Proposta varia conforme a empresa de seguros, mas o preenchimento deve ser efetuado com todo o rigor. Qualquer declaração inexata ou omissão de fatos ou circunstâncias que agravem o risco pode tornar o seguro nulo, desobrigando a seguradora de pagar qualquer indenização. Através da Proposta, a seguradora faz uma primeira análise do risco, podendo decidir de imediato pela sua aceitação. A seguradora pode solicitar informações adicionais se os elementos que constam da proposta não forem suficientes para a avaliação do risco. As condições de contratação do seguro (Condições Gerais, Especiais e/ou Particulares - ver significado no item Apólice) devem estar obrigatoriamente à disposição do futuro segurado previamente à assinatura da Proposta. Este, seu representante legal ou seu corretor de seguros deve assinar declaração, que pode constar da Proposta, de que tomou ciência de tais condições. Assim, é importante que o proponente solicite ao corretor de seguros acesso prévio e plena compreensão das condições de contratação. Idem para a veracidade das informações: na Proposta, o futuro segurado assina termo de que assume inteira responsabilidade pelos dados informados. Apólice A Apólice é o documento que formaliza o contrato de seguro, estabelecendo os direitos e as obrigações da seguradora e do segurado. A Apólice de seguro caracteriza a aceitação dos itens discriminados na Proposta e o compromisso formal da seguradora em atender todas as obrigações advindas das cláusulas contidas na mesma. Condições gerais Contém de forma abrangente as definições de uma modalidade de seguro, desde o nascedouro da proposta, até a finalização do contrato. Informa sobre riscos cobertos, riscos excluídos, franquias, limites de cobertura, vigência etc. Condições especiais/particulares Dão às determinadas apólices uma condição personalizada daquele risco. Essas condições tem que serem previamente aprovadas pelo órgão segurador Endosso É o documento emitido para, eventualmente, modificar as condições da apólice.
15 Fraude, um baita tiro no pé O que preocupa as companhias de seguros é, sem dúvida, a fraude. Existem tentativas de todo tipo e as estatísticas revelam que cerca de 20% dos sinistros comunicados às seguradoras são fraudulentos. Isso acaba sendo um tiro no pé. Explicamos: o princípio do mutualismo no qual se baseia o seguro implica o compartilhamento de perdas e ganhos, o que significa que todos são prejudicados pela fraude todos nós pagamos por ela. Ao fraudar, por exemplo, o INSS, o fraudador está diminuindo sua capacidade de atendimento à enorme demanda por assistência social e previdenciária. Ao fraudar o seguro o fraudador está tornando o seguro mais caro para todos os seus contratantes e assim por diante. Lembramos que, fraude em seguros é crime e traz impactos significativos para o bom segurado e a sociedade. O preço do Seguro é formado de acordo com o número de ocorrências (sinistros, eventos). O aumento de ocorrências fraudulentas acarreta elevação de custos (perícias, análises e pagamentos de benefícios). Corretor de seguros, um profissional especializado que representa o cliente O corretor de seguros é o especialista do setor que, além de oferecer o melhor produto, também acompanha o segurado em todas as suas dúvidas e dificuldades presentes e futuras. O corretor ou sua empresa são autorizados pela SUSEP a comercializar os produtos das seguradoras e seu principal papel é analisar os riscos aos quais o segurado está exposto e buscar o produto mais adequado às suas necessidades, considerando o melhor custo/benefício. Como o seguro é um contrato, a existência de um profissional qualificado para intermediar essa negociação é obrigatória. O corretor é, por definição e até por lei, o representante do segurado junto à Seguradora e o mais capacitado para um atendimento personalizado e eficiente. É ele quem conhece melhor os produtos de seguros e, portanto, quem pode aconselhar melhor o cliente. Cabe a ele cuidar dessa relação, agindo não apenas como vendedor, mas principalmente como consultor na indicação dos riscos a serem cobertos e defensor do segurado após a ocorrência do sinistro. Os corretores estão, cada vez mais, se especializando para atender melhor. Hoje estão registrados na Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), mais de 70 mil profissionais, entre pessoas físicas e jurídicas. Os corretores estão presentes em todas as regiões do País, atendendo às mais variadas necessidades dos consumidores. Esses profissionais e as corretoras são fiscalizados pela SUSEP
16 UM POUCO DA HISTÓRIA 16 O Seguro começou com caravanas de comerciantes nos desertos A história do seguro remonta a séculos antes de Cristo, quando as caravanas atravessavam os desertos do Oriente e como alguns animais sempre morriam no caminho, os cameleiros firmaram um acordo no qual pagariam para substituir o camelo de quem o perdesse. No ramo da navegação, também foi adotado o princípio de seguro entre os fenícios, cujos barcos navegavam através dos mares Egeu e Mediterrâneo. Existia, entre os navegadores, um acordo que garantia a quem perdesse um navio a construção de outro, pago pelos demais participantes da mesma viagem. A preocupação com transporte marítimo tinha como causa interesses econômicos, pois o comércio exterior dos países se dava apenas por mar. A ideia de garantir o funcionamento da economia por meio do seguro prevalece até hoje. A forma de seguro é que mudou, e se aperfeiçoa cada vez mais. O primeiro contrato de seguro nos moldes atuais foi firmado em 1347, em Gênova, com a emissão da primeira apólice. Era um contrato de seguro de transporte marítimo. Daí pra frente, o seguro foi ainda mais impulsionado pelas Grandes Navegações do século XVI, pela Revolução Industrial e pelo desenvolvimento da teoria das probabilidades associada à estatística. Seguros no Brasil A atividade seguradora no Brasil teve início com a abertura dos portos ao comércio internacional, em A primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a Companhia de Seguros BOA-FÉ, em 24 de fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo. Com o advento da Lei n 556, de 1850 (Código Comercial Brasileiro), começaram apare- cer inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas também com o seguro terrestre e o seguro de vida, este proibido antes por razões religiosas. Por volta de 1862, surgem as primeiras sucursais de seguradoras sediadas no exterior. Ocorre que tais empresas transferiam para suas matrizes os prêmios cobrados, provocando indesejável evasão de divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do país, foi promulgada, em 1895, a Lei n 294, determinando que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos. Contrato de seguro Em 1916 foi sancionada a Lei n 3.071, que promulgou o Código Civil Brasileiro, com um capítulo específico dedicado ao contrato de seguro. Os preceitos formulados pelo Código Civil e pelo Código Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se chama Direito Privado do Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes, de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro. Criação dos seguros obrigatórios com a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), quando foi estabelecido o Princípio de Nacionalização do Seguro. Em consequência, por meio do Decreto n 5.901, de 1940, foram criados os seguros obrigatórios para comerciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas físicas ou jurídicas, contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre), e em 1939, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), através do Decreto-Lei n Capital brasileiro As sociedades seguradoras ficaram obrigadas a ressegurar no IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria. O IRB adotou, desde o início de suas operações, duas providências eficazes, visando criar condições de competitividade para o surgimento e o desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro: o estabelecimento de baixos limites de retenção e a criação do chamado excedente único. Com a adoção de baixos limites de retenção e do mecanismo do excedente único, empresas pouco capitalizadas e menos instrumentadas tecnicamente como era o caso das empresas de capital nacional passaram a ter condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, uma vez que tinham assegurada a cobertura automática de resseguro. Com o passar do tempo, entretanto, o modelo monopolista e centralizador começou a dar mostras de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do mercado. Idealizado para ser fundamentalmente uma instituição ocupada com o resseguro, o IRB vinha ultrapassando os limites de suas funções originárias e assumindo um caráter de órgão fiscalizador. Poder da Susep Em 1966, com a edição do Decreto-Lei nº 73, o governo instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, criando o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão controlador e fiscalizador da constituição e funcionamento das sociedades seguradoras e entidades abertas de previdência privada.
17 Ações de saúde Em 2000, através da Lei nº 9.961, foi criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e definidas a sua finalidade, estrutura, atribuições e receita, bem como a vinculação ao Ministério da Saúde. A ANS tem por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. Tal criação se deveu ao entendimento do governo de que, devido à sensibilidade e complexidade do produto, que lida com a manutenção da vida humana, o setor de saúde suplementar carecia de um órgão regulador próprio. Mercado A abertura do mercado brasileiro às seguradoras e resseguradoras estrangeiras mantém estreita sintonia com a tendência de globalização dos diversos mercados. Trata- se de um processo que, por sua abrangência, potencializa as relações produtivas como estamos vendo nos casos bem-sucedidos de países que se desenvolveram de modo extraordinário recentemente, com o apoio de capitais e mercados externos. E o Brasil, pelo porte de sua economia, desponta com irresistível apelo aos capitais externos e precisa aproveitar essa vantagem estrutural que possui. Leia mais em: tudosobreseguros.org.br/ sws/portal/pagina.php?l=382 17
18 O que saber sobre planos seguro e saúde Como os planos seguro e saúde aqueles fora do Sistema Único de Saúde - vêm crescendo a cada dia no Brasil, onde, inclusive, projeções para 2025 apontam que o setor privado será responsável pelo atendimento de 89,9 milhões de pessoas em todo o país, apresentamos, aqui, alguns dados do setor e informações dirigidas ao consumidor. Em 2013, os beneficiários de planos e seguros de saúde atingiram 71 milhões de pessoas e a entrega de serviços médicos pela saúde suplementar representou R$ 92 bilhões. Hoje, perto de 25% da população brasileira tem planos de saúde. São mais de 50 milhões de beneficiários dos serviços de assistência médica e 21 milhões são clientes exclusivos de planos odontológicos. O plano de saúde, médico e odontológico, é administrado como um fundo mútuo. A função da operadora é organizar a prestação de serviços de assistência à saúde e as contribuições, ou seja, administrar os valores pagos mensalmente pelas pessoas que compõem o fundo. As mensalidades são a única fonte de recursos do plano de saúde. Quando o beneficiário do plano precisa de atendimento e faz uso de procedimentos como exames, cirurgias, entre outros, a operadora de saúde providencia o pagamento destas despesas aos prestadores de serviços ou reembolsa o beneficiário. Veja os exemplos de despesas: Honorários dos profissionais de saúde como médicos, dentistas, psicólogos, nutricionistas e outros; Exames de laboratórios; Diárias em clínicas e hospitais; Medicamentos administrados na internação; Uso de materiais; Alimentação; Taxas por uso de salas e equipamentos Todas essas despesas são saldadas com recursos do fundo mútuo. É fundamental saber identificar se a rede credenciada é adequada às necessidades do beneficiário e o que acontece em caso de urgência ou emergência, se ele estiver em prazo de carências. É importante também saber sobre as diferenças entre planos individuais (para uma pessoa ou família) e planos coletivos (como os oferecidos a funcionários como benefício). É importante também conhecer o papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, que regula e fiscaliza os planos de saúde. Fonte: Guia do Consumidor (FenaSaúde) 18 18
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20 SEGURO DPVAT Um seguro que protege todos os brasileiros 20 No Brasil, toda a pessoa que sofre um acidente de trânsito, seja pedestre, passageiro ou motorista, tem direito ao Seguro DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes causados por veículos automotores que circulam por via terrestre, como carros, caminhões, ônibus e motocicletas. As situações cobertas por esse seguro de cunho social são os casos de Morte (beneficiando os herdeiros legais), Invalidez Permanente e DAMS (reembolso de despesas médicas e hospitalares) sendo que esses dois últimos a própria vítima do acidente é o beneficiário. O processo para o recebimento do Seguro DPVAT é gratuito e o próprio acidentado ou beneficiário pode dar entrada no pedido de indenização e reembolso, não sendo necessário o auxílio ou a contratação de intermediários. O Seguro DPVAT foi criado em 1974 completando, portanto, 40 anos agora. A partir de 2008, a administração desse seguro vem sendo feita pela Seguradora Líder dos Consórcios de Seguro DPVAT (Seguradora Líder-DPVAT). A Seguradora Líder-DPVAT foi criada para liderar e fazer a gestão dos Consórcios de Operação do Seguro DPVAT, de forma transparente para toda a sociedade. Os Consórcios hoje envolvem a participação das maiores Seguradoras do País, que garantem a solidez da operação. Para atender cada vez melhor a população brasileira e cumprir com sua missão de dar aos cidadãos acesso irrestrito a este seguro, a Seguradora Líder-DPVAT não mede esforços para facilitar cada vez mais a vida dos que mais necessitam do seguro, principalmente num momento em que as pessoas estão mais fragilizadas, devido à perda de um ente querido ou acidente de trânsito que deixe sequelas. O Seguro DPVAT também desempenha hoje um importante papel no sistema de Seguridade Social do País, tendo em vista que 45% de sua arrecadação vai para o Sistema Único de Saúde SUS, administrado pelo governo federal, para custeio do atendimento médico-hospitalar das vítimas de trânsito. Contribui, também, para a melhoria do trânsito, uma vez que 5% do valor arrecadado deve ser aplicado em programas e ações educativas pelo órgão nacional executivo do trânsito o DENATRAN. Só em 2013, foram transferidos mais de R$ 3,6 bilhões para o SUS e mais de R$ 400 milhões para o DENATRAN. Os outros 50% são utilizados para formação de reservas, pagamento das indenizações e custeio de sua operação.
A IMPORTÂNCIA DO SEGURO (cultura do seguro) www.sindsegsc.org.br A história do seguro remonta a séculos antes de Cristo, quando as caravanas atravessavam os desertos do Oriente para comercializar camelos.
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