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Danilo Weber Coimbra
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1 CARROS ELÉTRICOS: PREÇOS COMEÇAM A CAIRO Renault Twizy vai ser posto à venda em Portugal já em abril por Atualmente há 4,5 postos de carregamento por cada carro ainda só foram vendidos 231 E23

2 Tantas tomadas para... carros tão poucos Para já, Portugal tem 4,5 pontos de carregamento por cada carro. Mas quase ninguém usa VÍTOR ANDRADE expresso.impresa.pt Sempre que o preço do barril do petróleo sobe, os vendedores de automóveis ganham um novo ânimo e pensam: "É desta. É agora que vamos começar a vender carros elétricos a sério". Oscilam os preços do petróleo, engrossa o rol de queixas junto às bombas de gasolina, mas eles lá estão como é habitual. Embora em menor número do que há um ano, os consumidores lá estão, muitas vezes em fila de espera para abastecer o depósito de combustível. Sem clientes continuam os postos de carregamento para carros elétricos instalados por todo o país, mas com grande abundância em Lisboa (serão 600 em breve). Estão mal sinalizados, abandonados, alvo de vandalismo de circunstância e local quase obrigatório para as necessidades dos cães que deambulam por perto. Mas com uma tomada de eletricidade e um fio ligado a um carro para recarregar a bateria, nada, é coisa rara. Até pela simples razão de que a maior parte das pessoas que têm carro elétrico recarregam normalmente em casa, durante a noite. Também há alguns casos de pessoas que tentaram usar os postos públicos e não conseguiram, por questões técnicas. Os números dizem quase tudo: 1020 postos de carregamento já instalados em todo o país (mais de metade só em Lisboa), e 231 carros elétricos vendidos até agora. Muito entusiasmo, mas muito pouca adesão. Uma média de 4,5 postos de carregamento por carro. Terá sido um esforço em vão? Alguém equacionou mal o cenário da mobilidade elétrica em Portugal? Foi dinheiro mal gasto neste projeto ( 8 milhões, repartido entre privados e fundos públicos)? O Expresso falou com construtores do sector automóvel, proprietários de carros elétricos, fontes ligadas ao Governo e com o consórcio que gere o projeto Mobi.E. Todos são unânimes: foi uma excelente aposta, visionária, que colocou Portugal nas bocas do mundo e, não menos importante, deu alguma segurança a quem já tem carro elétrico, pois sabe que pode recarregar em vários sítios. A crise, porém, acabou por travar o crescimento deste segmento automóvel em Portugal. Este minicluster que já envolve 12 empresas (algumas multinacionais), vai gerar um volume de negócios de 65 milhões até 2015 em Portugal e o conceito já está a ser exportado para vários países. VEJA FOTOGALERIAS EM elétrico; eletrico+vendido O estacionamento nestes pontos é prioritário, mas aqui, junto ao Ministério da Defesa, não parece foto josé ventura

Oscilam os preços do petróleo, engrossa o rol de queixas junto às bombas de gasolina, mas eles lá estão como é habitual.

3 6 HÍBRIDOS PRIMEIRO 9414 é o número de carros híbridos vendidos em Portugal. Os registos começam em 2000 e, segundo a ACAP (Associação Automóvel de Portugal), o ano de maior sucesso em vendas terá sido 2008, com 1692 unidades comercializadas. Quanto a marcas, as preferências dos portugueses são bem claras: Honda Civic IMA, com 4466 unidades vendidas, seguido do Toyota Prius (2084) e do Honda Insight (1223). O menos vendido neste segmento é o BMW X 4X4, que ainda só transacionou uma unidade. Esta supremacia dos híbridos sobre os elétricos tem uma explicação: não têm problemas de autonomia. DOIS ANOS A TENTAR CONVENCER OS AUTOMOBILISTAS Janeiro de 2010 É lançada a primeira rede de postos de carregamento de veículos elétricos (seis, a título experimental) em Lisboa Dezembro de 2010 Venda do primeiro Nissan Leaf em Portugal, o primeiro país europeu a conhecer a nova proposta da Nissan Março de 2011 A moda dos elétricos chega ao segmento de luxo, com a Rol Is Royce a anunciar o lançamento do Phantom 102 EX. Um ano depois abandona o projeto por falta de clientes Julho de 2011 Opel Amperafaza apresentação mundial (Chevy Volt nos EUA). Auxiliado por um pequeno motor a combustão, que gera eletricidade, é o primeiro elétrico a ultrapassar a difícil barreira da autonomia, podendo fazer 500 quilómetros sem abastecer Novembro de 2011 Renault Fluence é apresentado em Portugal. Este é o primeiro de quatro modelos elétricos que a marca francesa anuncia para os meses que se seguem. É também o primeiro elétrico em que se pode alugar a bateria, o que torna o preço final do carro mais barato Dezembro de 2011 A Tesla, considerada a Ferrari dos carros elétricos, anunciou a venda de 2100 unidades em 31 países. O Tesla Roadsters pode ser comprado na Europa a partir de 84 mil Janeiro de 2012 A consultora Gartner estima que até final deste ano sejam vendidos 100 mil carros elétricos nos Estados Unidos. Em 2011 foram vendidos 18 mil com o Nissan Leaf a liderar (9674 unidades) Janeiro de 2012 Fim dos incentivos de 5 mil à compra de carros elétricos em Portugal. O governo de José Sócrates tinha instituído esse apoio para os primeiros 5 mil carros vendidos no mercado nacional Março de 2012 A consultora Global Industry Analysts divulga um estudo err que se estima que haja 2,6 milhões de carros elétricos vendidos até 2015

Quanto a marcas, as preferências dos portugueses são bem claras: Honda Civic IMA, com 4466 unidades vendidas, seguido do Toyota Prius (2084) e do Honda Insight (1223).

4 NÚMERO DE CARROS VENDIDOS EM PORTUGAL... E MAIS UM QUE VEM AÍ RENAULT TWIZY Promete dar que falar. Quanto mais não seja pelo preço: 6990 (com IVA incluído). Começa a ser comercializado em Portugal já a partir de segunda-feira. É um 'bicho' urbano por excelência. 100% elétrico, pequeno (2,34 metros de comprimento por 1,2 de altura), fácil de conduzir, fácil de estacionar e acelera dos 0 aos 45 quilómetros por hora em seis segundos. Pode transportar uma ou duas pessoas. Quanto à autonomia, em circuito urbano pode ser de 100 quilómetros e, em estrada, 80 km. Os preços das várias versões disponíveis variam entre os 6990 e os 8490, mas estes valores não incluem o aluguer da bateria que pode variar entre os 50 e os 72 por mês. O tempo de carregamento da bateria é inferior a três horas, numa tomada doméstica de 220 volts.

100% elétrico, pequeno (2,34 metros de comprimento por 1,2 de altura), fácil de conduzir, fácil de estacionar e acelera dos 0 aos 45 quilómetros por hora em seis segundos.

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