ATRATIVIDADE DO BRASIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 2011 /# 1

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3 4 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS PREFÁCIO A ascensão brasileira como potência econômica global é hoje inegável, tendo o Brasil superado a fase de ser apenas a promessa de país do futuro. Entretanto, para a plena concretização desta promessa, é necessário garantir o reconhecimento internacional da transformação do Brasil em um país de serviços e em um polo de investimentos e negócios. Este documento é a segunda publicação da in (Brasil Investimentos e Negócios) e continua o mapeamento iniciado no relatório lançado em dezembro de 2010, O Brasil como um dos polos na nova rede de negócios da América Latina. O presente relatório busca lançar uma nova luz sobre o tema da atratividade de um polo de investimentos e negócios, identificando iniciativas que tornem o País ainda mais atrativo para empresários, investidores e todos os públicos envolvidos em transações de investimentos e negócios. Para preparar este material, a in realizou, com o apoio do The Boston Consulting Group, um trabalho de extensa pesquisa e análise, assim como entrevistas e workshops com experts e formadores de opinião dos setores público e privado. As conclusões iniciais deste estudo foram então apresentadas a empresas, entidades de classe, economistas e técnicos de renome, bem como a autarquias e representantes das esferas de governo federal, estaduais e municipais. O resultado do trabalho acima descrito é este documento que detalha a atratividade do Brasil como polo de investimentos e negócios na América Latina, define indicadores para o acompanhamento dinâmico da posição do País e identifica possíveis próximos passos e iniciativas para fomentar este posicionamento. Criada em 2010, a in tem como objetivo assegurar a materialização de uma visão multissetorial da América Latina como uma rede regional de negócios fortemente interconectada, na qual o Brasil deve atuar como um dos polos proeminentes. A in almeja gerar consenso e ação nos diversos setores da economia ao redor dessa ideia e conta, para isso, com 13 associados atualmente: ANBIMA, BM&FBOVESPA, FEBAN, Fecomercio, Banco Bradesco, Banco do Brasil, Banco Santander, Banco Votorantim, BTG Pactual, CETIP, Citibank, HSBC e Itaú-Unibanco. Mais informações sobre a in e sua visão se encontram no site

4 6 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 7 ÍNDICE Sumário executivo 08 A atual situação da atratividade brasileira Ambiente macroeconômico 24 Ambiente institucional 38 Talentos e capital humano 60 Infraestrutura física 74 Infraestrutura financeira 88 Conectividade Imagem do país 130 Painel de indicadores da atratividade brasileira como polo internacional de investimentos e negócios 142 Conclusão 150 Apêndice 1: metodologia 152 Apêndice 2: detalhamento dos indicadores 156

5 8 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 9 DIAGRAMA 1 Pré-requisitos e diferenciais dos principais polos mundiais SUMário executivo Principais lições aprendidas dos estudos de caso: PRÉ-REQUISITOS Intensidade de comércio e estabilidade macroeconômica NYC LON SGP HKG DUB PAR O ponto de partida do presente trabalho foi a observação, durante a preparação da primeira publicação da in, O Brasil como um dos polos na nova rede de negócios da América Latina, de que todos os grandes centros de negócios de referência contam com traços comuns (veja Diagrama 1). A partir desta base, uma nova etapa de trabalho da in complementou a lista preliminar e identificou os pilares indispensáveis para definir a atratividade de um polo. Para atingir esse objetivo, foi realizado um trabalho de extensa pesquisa e análise de dados, assim como entrevistas e workshops com especialistas e formadores de opinião dos setores público e privado, objetivando a definição e mensuração da atratividade brasileira como polo de investimentos e negócios. Este trabalho contou com a participação e a validação de empresas, entidades de classe, economistas e técnicos de renome, assim como autarquias e representantes das esferas de governo federal, estaduais e municipais. O resultado destes esforços foi a definição de sete pilares que constituem a visão in dos pré-requisitos fundamentais para a formação e a excelência de um polo atrativo de investimentos e negócios (veja Diagrama 2): ambiente macroeconômico, ambiente institucional, talentos e capital humano, infraestrutura física, infraestrutura financeira, conectividade e imagem do país. 1) Ambiente macroeconômico: Um crescimento econômico contínuo e regular e uma baixa incerteza sobre os níveis de taxa de juros ou sobre a taxa de câmbio são exemplos das condições que alicerçam o desenvolvimento de investimentos e negócios em um país. Com relação a esta dimensão, podemos destacar positivamente que o Brasil: É hoje a 7ª economia do mundo, com expectativa de subir à 5ª posição até 2030, e em alguns cenários, como o de uma reportagem da revista britânica The Economist 1, espera-se que isso aconteça até 2025; Infraestrutura desenvolvida Talentos, tanto internos quanto do exterior Fluência em línguas, particularmente inglês Alinhamento público/privado para desenvolver o polo Proatividade governamental DIFERENCIAIS Regulação favorável aos negócios Impostos: simples, idealmente limitados Um porto seguro em uma região arriscada Foco em inovação como vantagem competitiva Excelência em sua região ou nicho Taxa de crescimento do mercado interno A taxa média anual de crescimento saltou de 2%, entre 1996 e 2000, para 4,4%, entre 2006 e 2010, mesmo considerando o impacto da crise econômica global. 1 Edição de 12 de novembro de Criação de uma zona offshore

6 10 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 11 DIAGRAMA 2 Sete componentes que fundamentam a formação e excelência de um polo de investimentos e negócios Em comparação, o crescimento chinês subiu de 8,6% para 11,2%, enquanto o dos Estados Unidos cedeu de 4,3% para 1%; O mercado interno tem se fortalecido pelo aumento na participação de classes econômicas com poder de compra: as classes A, B e C respondiam por 55% da população em 2002 e hoje representam 69% 2 ; 7. IMAGEM DO PAÍS 6. CONECTIVIDADE 5. INFRAESTRUTURA FÍSICA 4. INFRAESTRUTURA FINANCEIRA A taxa de inflação que, no passado, chegou a cerca de 2.50 ao ano (1993), reduziu-se significativamente desde 1994 e vem se mantendo no patamar de um dígito desde 2003; A dívida líquida do setor público diminuiu de 60,6% do PIB, em 2002, para 40,4%, em Além disso, desde 2007, o Brasil é credor externo líquido, com as reservas e créditos brasileiros no exterior superando a dívida externa 3 ; O risco-país caiu de mais de pontos no índice EMBI+ em 2002, para cerca de 200 pontos em Adicionalmente, em 2008, o País obteve a nota de grau de investimento das principais agências globais de classificação de risco. A despeito dos avanços observados nesta dimensão, ainda existem oportunidades de melhoria para a consolidação da atratividade do País, manifestadas, por exemplo, em: Aumentar, racionalmente, o nível de investimentos, que foi de apenas 16,7% do PIB, em média entre 2000 e 2009, enquanto países como China, Índia e Cingapura investiram 39,1%, 28,4% e 24,9%, respectivamente 4 ; Manter a inflação sob controle e reduzir seu patamar: a expectativa de inflação brasileira para os próximos cinco anos é de 4,8% ao ano enquanto que, para a economia chinesa, mesmo aquecida, este valor está em 4% ao ano; Elevar o nível da poupança doméstica para além dos atuais 19%; 3. TALENTOS E CAPITAL HUMANO Aplicar plenamente a Lei de Responsabilidade Fiscal (do ano 2000), completar suas lacunas e garantir adequada interpretação, em especial em relação às práticas fiscais da União. 2. AMBIENTE INSTITUCIONAL 1. AMBIENTE MACROECONÔMICO 2 Fonte: Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. 3 Fonte: Banco Central do Brasil. 4 Fonte: World Bank Data. 5 Fonte: Worldwide Governance Indicators World Bank. Indicador: Estabilidade política e ausência de violência (política), de 0 a 100. Pontuações: Brasil: 56; Grã-Bretanha: 56; Estados Unidos: 58; França: 61. 2) Ambiente institucional: A capacitação de um país como polo, principalmente em relação a outros centros, também reside em um Estado de Direito sólido, na possibilidade dada aos agentes econômicos de cumprirem rapidamente suas obrigações, e na transparência e eficiência dos processos administrativos. Aqui, o Brasil destaca-se com: Uma democracia consolidada há mais de 20 anos, reconhecida inclusive por estar em patamar semelhante ao dos Estados Unidos, da França e da Grã-Bretanha, de acordo com ranking do Banco Mundial 5 sobre estabilidade política;

7 12 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 13 A ausência de conflitos internos étnicos ou religiosos e também a inexistência de conflitos atuais ou potenciais com países vizinhos na região. Os marcos institucionais que definem as fronteiras nacionais são sólidos e estabelecidos pacificamente; O recente avanço normativo para diminuir o número de casos esperando julgamento no Judiciário, por meio de medidas como a aplicação de súmulas vinculantes, o princípio de repercussão geral, a limitação dos recursos especiais repetitivos, e o maior uso de juizados especiais e de câmaras de arbitragem. Além disso, o Conselho Nacional de Justiça e o processo de informatização das cortes contribuem para aumentar a transparência e a eficiência deste Poder. As áreas desta dimensão em que o Brasil apresenta oportunidades de melhoria são: A ainda grande influência política nas decisões que se referem à estrutura do Estado, refletida em exemplos como mandatos sem duração fixa para a Presidência do Banco Central, o critério de nomeação e a influência política das agências reguladoras, o excessivo número de ministérios e sua volatilidade; A complexidade e o longo prazo para se abrir e fechar uma empresa; Uma elevada proliferação de leis: em 2009, foram editadas 317 novas leis por mês, enquanto Estados Unidos e França editaram apenas 159 e 24, respectivamente; A morosidade judicial, refletida numa avaliação do Banco Mundial que estimou em 616 dias o prazo para se concluir uma disputa comercial no Brasil, enquanto Hong Kong e Cingapura levam somente 280 e 150 dias, respectivamente, em disputa similar; O alto impacto negativo da burocracia sobre os negócios (nota 9 de 10) em avaliação do IMD 6, ao passo que Hong Kong e Cingapura obtiveram notas 5,9 e 4, respectivamente; A alta quantidade de impostos, com constante alteração normativa, principalmente nos níveis estadual e federal 7 e o alto número de obrigações acessórias 8, implicando em falta de clareza sobre a aplicabilidade e altos custos de compliance 9. 3) Talentos e capital humano: Um conjunto de talentos suficiente tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, um forte alinhamento entre as capacidades acadêmicas e as necessidades do mercado de trabalho e a possibilidade de se atrair especialistas de fora do país são alguns dos requisitos a serem cumpridos por um postulante a polo internacional. Aqui, o Brasil se destaca positivamente ainda em poucos pontos: Disponibilidade demográfica de população economicamente ativa (PEA): o Brasil é a maior economia em que o crescimento esperado da PEA é suficiente para atender ao crescimento previsto para a demanda por pessoas para o trabalho; Evolução na quantidade de matrículas no ensino fundamental, colocando este nível de ensino no Brasil próximo à universalização (93%) International Institute for Management Development novas normas tributárias por estado e 117 federais, em média, por mês desde Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. 8 Apenas o ICMS possui sete livros de escrituração obrigatórios. Fonte: Clóvis Panzarini Consultores Associados. 9 Estudo comparativo do Banco Mundial entre 183 países considerando uma mesma empresa modelo coloca o Brasil como o país que tem o maior número de horas necessárias para cálculo e pagamento de tributos (2.600 horas/ ano). Fonte: Banco Mundial. 10 Fonte: Unesco dados de 2007.

8 14 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 15 Aqui, as lacunas ainda são consideráveis, manifestadas em casos como: Os investimentos em infraestrutura decaíram de 5,4% do PIB na década de 1970 para 2,1% nos anos 2000, o que, na visão de vários economistas, é suficiente apenas para manter a infraestrutura existente, sem prover expansão; OS PILARES DA ATRATIVIDADE SÃO: AMBIENTES MACROECONÔMICO E INSTITUCIONAL, TALENTOS E CAPITAL HUMANO, INFRAESTRUTURAS FÍSICA E FINANCEIRA, CONECTIVIDADE E IMAGEM DO PAÍS A infraestrutura brasileira é classificada somente em 28ª entre os 59 países avaliados pelo EIU 13, e as deficiências nessa frente comprometem a eficiência logística no País; Os principais aeroportos do País operam acima da capacidade ideal; O custo de telecomunicações é três vezes maior que a média global; São Paulo apresenta o sexto pior índice de congestionamento entre as grandes cidades do mundo e, ainda assim, são previstos apenas 8 km de metrô por milhão de pessoas em 2015 (Pequim espera ter 56 km); São vários os pontos que precisam ser melhorados nesta dimensão, como: Falta um marco regulatório mais robusto e claro para as parcerias público-privadas (PPPs). Taxa de matrícula no ensino médio de 77% 10, longe da universalização; Taxa de matrícula do ensino superior de apenas 3 10, inferior à média global; Baixa qualidade do ensino, refletida em notas fracas no exame internacional PISA 11 ; 5) Infraestrutura financeira: A presença de intermediários financeiros capacitados, o acesso contínuo a diversas fontes de financiamento e a existência de instrumentos para a mitigação de riscos ajudam diretamente o desenvolvimento de um polo de investimentos e de negócios. Baixo alinhamento entre o ensino de idiomas e as necessidades do mercado de trabalho (nota 3,1 na escala de 0 a 10); Baixa atratividade de talentos internacionais como ferramenta para formação local; Falta de políticas para a gestão coordenada dos 3 milhões de brasileiros expatriados; O Brasil apresenta diversas fortalezas nesta dimensão: A regulação do sistema financeiro é mundialmente reconhecida como referência; A disponibilidade de recursos financeiros para as empresas, tipicamente por intermédio do uso de crédito PJ e do mercado de capitais; Baixo alinhamento da produção acadêmica às necessidades dos setores industrial, de serviços e financeiro. Um modelo de negociação e registro centralizado de operações de derivativos de referência internacional; 4) Infraestrutura física: Opções de transporte multimodais que permitam a entrada e a saída do polo, bem como a movimentação interna e o acesso a uma rede de telecomunicações competitiva em desempenho e em custos são elementos evidentes entre os fatores de sucesso de um polo. Nesta dimensão, o Brasil aparece positivamente em alguns quesitos: Ampla cobertura de telecomunicações, principalmente nos centros urbanos; O nível de acesso à água e ao saneamento básico em regiões urbanas é comparável ao de outras nações desenvolvidas, de acordo com estudo do IMD; O PAC 12, que prevê acelerar investimentos para suprir muitas necessidades existentes. 11 Programme for International Student Assessment: prova periodicamente aplicada pela OCDE a estudantes de 15 anos de 65 países. 12 Programa de Aceleração do Crescimento. 13 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU). O sistema financeiro é forte e rentável, apresentando, nos últimos cinco anos, uma das maiores criações de valor aos acionistas no mundo. E pode se desenvolver ainda mais focando em: Aumentar a utilização de debêntures tanto como meio de financiamento quanto para expandir a liquidez do mercado secundário deste instrumento; Atrair mais empresas de pequeno e médio portes para o mercado de capitais; Incentivar o desenvolvimento dos mercados de seguros, resseguros e derivativos de commodities; Desenvolver ainda mais a capacidade de inovação em novos produtos financeiros.

9 16 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 17 6) Conectividade: Um intenso fluxo de comércio de bens e serviços, de movimentação de capitais e de pessoas constitui um elemento vital para nutrir continuamente um polo de investimentos e negócios. O Brasil já apresenta imagem positiva de destaque em: Múltiplos rankings de aspectos culturais, turísticos e de hospitalidade; Como destaques positivos do estágio atual da conectividade internacional do Brasil e da América Latina, podem ser citados: Ranking das melhores cidades para se fazer negócios na América Latina aponta São Paulo e Rio de Janeiro em 3º e 5º lugares, respectivamente 16 ; O País lidera a atração de investimentos estrangeiros diretos na América Latina; Já existe acordo de livre residência envolvendo Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia, podendo, inclusive, ser expandido para outros países. E, como exemplos de áreas que podem ser mais bem desenvolvidas, elencam-se: A América Latina ainda tem pequena participação nas exportações globais de bens (5%) e serviços (4%) 14. Em particular, maior atenção deve ser dada a serviços, setor mais relevante para polos de investimentos e negócios; Apesar de crescentes, as multilatinas ainda têm posição limitada no mundo. No caso do Brasil, a Vale, que é a primeira empresa brasileira por valor de ativos no exterior, não aparece no ranking das 100 maiores empresas do mundo com mais ativos fora do país de origem 15 ; Tem aumentado a atratividade do País para a realização de congressos e convenções internacionais, de 62, em 2003, para 293, em ; Terceira colocação mundial em número de empresas que publicam anualmente relatórios de sustentabilidade. Como oportunidades de melhoria, podem-se citar: O Brasil apresenta imagem abaixo da média com relação à qualidade dos produtos nacionais; O País tem apenas três empresas entre as 100 mais sustentáveis em ranking internacional 18 ; São Paulo e Rio de Janeiro são mal avaliadas como cidades para se morar, empatando em 92º lugar; O número de turistas que visitam o País é pequeno em relação a outros polos. Baixo alinhamento da regulação e pouca integração de sistemas e registros entre os países latinos dificultam a operação internacional de empresas na América Latina; Mesmo tendo recebido muitos imigrantes no passado e contando com colônias representativas de descendentes, o número de estrangeiros atualmente no Brasil, seja da América Latina ou de qualquer outra localidade, é pequeno se comparado com o tamanho da população; O Brasil tem malha aérea pouco conectada com o restante da América Latina e do mundo quando comparado com outros países. 16 Fonte: Revista América Economia. A in definiu para cada pilar um painel de indicadores que permite a fácil comparação da situação brasileira com a de outros polos, assim como o monitoramento contínuo ao longo do tempo. Os painéis resultantes podem ser observados ao longo dos capítulos de cada um dos pilares e na conclusão final deste documento. Também a partir das análises da situação atual do Brasil em cada pilar, a in se propôs, através de sessões de trabalho com seus associados e de entrevistas com especialistas e formadores de opinião, a compilar um plano de ação contemplando iniciativas a serem executadas para elevar o Brasil à condição de polo com o mesmo nível de excelência de outras referências mundiais. Como resultado deste exercício, os primeiros grupos de trabalho já foram formados e espera-se colher resultados positivos concretos num futuro bastante próximo. 7) Imagem do país: A percepção positiva externa sobre as condições gerais de um país representa um ativo importante para a consolidação de um polo, em particular para atrair talentos e empresas. 14 Fonte: UNCTAD Stat. 15 Fonte: World Investment Report 2010 UNCTAD. Dados referentes a Fonte: International Congress and Convention Association. 18 Fonte: Corporate Knights The World s Most Sustainable Companies A in convida todos os representantes e membros da sociedade que tenham interesse em participar destes diálogos estratégicos, bem como dos grupos de trabalho para aprimorar a atratividade do Brasil como polo de investimentos e negócios, a entrar em contato pelo contato@brainbrasil.org.

10 18 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 19 A atual situação da atratividade brasileira O Brasil parte de base sólida nos diversos componentes importantes para um polo de investimentos e negócios. Não obstante, a consolidação como um polo diferenciado demanda atenção em diversas áreas O Brasil passa por um momento ímpar. O forte e contínuo crescimento econômico, a relativa resistência aos efeitos da crise econômica mundial, a ocupação dos primeiros postos globais em produção e exportação de matérias-primas, o aumento da qualidade de vida da população e, consequentemente, a evolução do mercado interno, são indicadores positivos que ilustram o atual momento da Nação. Como consequência deste progresso, os olhos do mundo se voltam para o País. Seu crescimento econômico e sua resiliência à crise têm sido destaques nos principais foros e periódicos de economia do planeta. Também tem se destacado o cenário político, com a eleição da primeira presidente mulher. Adicionalmente, o mundo esportivo também reconhece o momento brasileiro, ao eleger o País para hospedar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos nos próximos cinco anos. Por despontar no cenário mundial, o Brasil tem também obtido, consequentemente, posição relevante na América Latina. Com 4 de todo o território e 35% da população, o País responde por cerca de 4 do PIB regional e se sobressai também na participação dos fluxos comerciais, de capitais e de negócios, sendo já reconhecido como um dos polos mais relevantes da região. O País necessita tirar proveito deste momento positivo, consolidando sua posição ao reconhecer e divulgar suas fortalezas, identificar e tratar suas deficiências e promover uma maior integração econômica na região e no mundo.

11 20 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 21 Sendo bem-sucedido nessa tarefa, a consolidação brasileira como um polo gerará benefícios diretos significativos para a economia e para a população. A maior conectividade com os vizinhos também beneficiará os demais países: um polo forte, que concentra recursos e atenção do restante do mundo, acaba por irradiar sua pujança aos parceiros regionais por meio dos próprios fluxos comerciais, de capitais e de negócios. As consequências desse processo, portanto, causarão impactos positivos a serem notados em toda a região. O conceito de atratividade usado neste relatório O fator-chave que determina se um país tem potencial para ser um polo regional e internacional é sua atratividade, sob a ótica regional e internacional dos agentes que com ele interagem investidores, empresas ou intermediários, regionais ou internacionais. CARACTERÍSTICAS INTRÍNSECAS Economia forte Infraestruturas População capacitada DIAGRAMA 3 Conceito geral de atratividade de um polo ATRATIVIDADE como polo internacional de investimentos e negócios CONECTIVIDADE Intrarregional Extrarregional A atratividade de um país pode se referir à capacidade de atração exercida por seu modelo social, cultural ou por suas características geográficas; por seu dinamismo econômico, diversificação ou estabilidade; ou até por elementos mais específicos, como a presença de um grupo de empresas privadas competentes, um nível mais elevado de inovação e, não menos importante, um regime tributário amigável e convidativo ao capital. COMPETITIVIDADE vis-à-vis outros polos de outras regiões A definição e o escopo do conceito de atratividade podem ter diferentes sentidos para distintos agentes econômicos. Pode ser relativo a pessoas físicas, a empresas, a instituições ou, em diferentes proporções, a várias delas. Também pode ser relativo à perspectiva interna ou externa ao país. Por exemplo, investidores financeiros diretos ou indiretos, grupos internacionais industriais ou de serviços e entidades financeiras intermediárias podem avaliar de forma diferente as características do país sob a luz dos benefícios potenciais de seu interesse específico. Para este relatório, a definição utilizada foi restrita à atratividade como um polo de investimentos e negócios e abrangente quanto aos tipos de agentes envolvidos nas relações com o polo. Com este escopo, para melhor entendimento, o conceito de atratividade foi decomposto em duas principais vertentes: (a) as características intrínsecas do país, que o definem como atrativo por si só; e (b) a conectividade do país, ou seja, seus fluxos, que definem a atratividade da rede à qual pertence. Fazem parte das características intrínsecas: uma economia forte, suas infraestruturas física, financeira, jurídica e regulatória e uma população capacitada. Por outro lado, o que define a força da conectividade de um país são a qualidade e a quantidade das conexões intrarregionais e, ao mesmo tempo, a qualidade e a quantidade de suas conexões com outros polos relevantes do mundo. Juntas, estas vertentes compõem a atratividade do país como polo e permitem que a nação possa competir pela atração de recursos, para si e para sua região de influência, diante de outros polos mundiais (veja Diagrama 3). A visão in sobre os determinantes da atratividade de um polo Desde a primeira publicação da in, em dezembro de 2010, O Brasil como um dos polos na nova rede de negócios da América Latina, foram ilustrados alguns traços comuns existentes em todos os grandes polos de negócios de referência, assim como algumas características diferenciais que reforçam o papel de cada centro como um polo internacional (veja Diagrama 1, na página 9). A partir dessa base, esta nova etapa de trabalho da in complementou tal lista preliminar e identificou os pilares indispensáveis para definir a atratividade de um polo. O resultado dessa identificação e do posterior agrupamento levou ao desenvolvimento de uma visão de sete pilares que constituem a lista dos pré-requisitos fundamentais para a formação e a excelência de um polo de investimentos e negócios (veja Diagrama 2, na página 10): Ambiente macroeconômico: Um crescimento econômico contínuo e regular e uma baixa incerteza sobre os níveis de taxa de juros ou sobre a taxa de câmbio são exemplos das condições que alicerçam o desenvolvimento de investimentos e negócios em um país; Ambiente institucional: A capacitação de um país como polo, principalmente em relação a outros centros, também reside em um Estado de Direito sólido, na possibilidade dada aos agentes econômicos de cumprirem rapidamente suas obrigações, e na transparência e eficiência dos processos administrativos; Talentos e capital humano: Um conjunto de talentos suficiente tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, um forte alinhamento entre as capacidades acadêmicas e as necessidades do mercado de trabalho, e a possibilidade de se atrair especialistas de fora do país são alguns dos requisitos a serem cumpridos por um postulante a polo internacional; Infraestrutura física: Opções de transporte multimodais que permitam a entrada e a saída do polo, bem como a movimentação interna, e o acesso a uma rede de teleco-

12 22 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 23 municações competitiva em desempenho e em custos são elementos evidentes entre os fatores de sucesso de um polo; Infraestrutura financeira: A presença de intermediários financeiros capacitados, o acesso contínuo a diversas fontes de financiamento e a existência de instrumentos para a mitigação de riscos ajudam diretamente o desenvolvimento de um polo de investimentos e de negócios; Conectividade: Um intenso fluxo de comércio de bens e serviços, de movimentação de capitais e de pessoas constitui um elemento vital para nutrir continuamente um polo de investimentos e negócios; Imagem do país: A percepção positiva externa sobre as condições gerais de um país representa um ativo importante para a consolidação de um polo, em particular para atrair talentos e empresas. Medição da atratividade Além do entendimento abrangente e detalhado da situação do Brasil em cada um destes sete pilares por meio de análises a serem apresentadas, o trabalho realizado também criou um painel de indicadores para permitir a fácil comparação da situação brasileira com a de outros polos. Para tanto, em cada um destes pilares, foram elencadas dimensões que podem ser usadas para avaliar a situação do País diante de outros polos selecionados. A seleção dos indicadores baseou-se nas análises realizadas e em discussões entre os associados da in com autoridades e formadores de opinião dos setores público e privado. Foram criadas também métricas para essas dimensões com o objetivo de, além de avaliar a situação atual, acompanhar ao longo do tempo a evolução da atratividade do Brasil como polo de investimentos e negócios. As métricas usadas para medir cada um dos indicadores levaram em consideração a qualidade das fontes, a disponibilidade de dados para diferentes países e a possibilidade de monitoramento contínuo ao longo dos anos. A cesta de países para comparação foi definida a partir da busca por exemplos relevantes. Foram incluídos países desenvolvidos de referência, países que já operam como polos reconhecidos de investimentos e negócios e outros países pertinentes para a comparação. Cada um dos sete pilares de atratividade brasileira passa a ser analisado a seguir, com o objetivo de apontar a base de desenvolvimento da qual parte o Brasil e as áreas onde o País deve investir para se consolidar como polo de investimentos e negócios atrativo. ATRATIVIDADE TEM DUAS VERTENTES: AS CARACTERÍSTICAS INTRÍNSECAS DO PAÍS, QUE O DEFINEM COMO ATRATIVO POR SI SÓ, E A SUA CONECTIVIDADE, QUE DEFINE A ATRATIVIDADE DE SUA REDE

13 24 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS Ambiente Macroeconômico Alguns fatores recentes justificam esta previsão: apesar de crescer a taxas menores do que potências como a China, o País tem elevado sua taxa média de crescimento. Saiu de 2% ao ano, entre 1996 e 2000, e chegou a 4,4% ao ano, no período (veja Diagrama 4). A baixa variabilidade de expansão da atividade econômica, o que indica maior previsibilidade e, portanto, melhores condições de planejamento para se operar nesta economia, é um ponto relevante a ser notado. Para continuar essa trajetória positiva, um dos principais desafios que se apresenta ao Brasil é aumentar sua capacidade de investimento. O volume sobre o PIB, traduzido na formação bruta de capital fixo, é crucial para garantir a continuidade e a aceleração do crescimento em longo prazo. Segundo vários economistas, o Brasil tem pouca chance de crescer mais do que 4% a 4,5% ao ano de forma contínua se a taxa de investimento não chegar a um nível As condições macroeconômicas do país representam um dos pilares para a determinação da atratividade de um polo de investimentos e negócios. Aqueles países que conseguem manter um crescimento sustentado, promover estabilidade e baixos níveis de risco e ainda gerar condições adequadas de financiamento aumentam a força dos negócios, estabelecendo um círculo virtuoso sobre a economia como um todo. O Brasil avançou muito nas últimas décadas na gestão de sua política macroeconômica. Este amadurecimento é reconhecido não apenas internacionalmente, como vivenciado internamente pelos cidadãos e pelas empresas que desenvolvem negócios no País. O Produto Interno Bruto (PIB) se projeta em ascensão mundialmente e cresce de maneira consistente, ao mesmo tempo em que a taxa de inflação se mantém controlada, garantindo e assegurando, portanto, condições de estabilidade, redução de desigualdades e aumento da demanda interna. A evolução das condições de financiamento da economia mostra, ainda, uma trajetória extremamente positiva, deixando o Brasil muito bem posicionado quando comparado a algumas das maiores economias globais. A seguir, o desempenho brasileiro é analisado em três aspectos crescimento, previsibilidade e financiamento e serão apontadas oportunidades que o País deve aproveitar para se transformar em referência como polo internacional Brasil volta a ganhar posição, com previsão de ser a 5 a maior economia do mundo em 2030 DIAGRAMA 4 Além disto, tem crescido a taxas satisfatórias e está acelerando este movimento RANKING MUNDIAL DE PIB (US$) 1 CRESCIMENTO DE PAÍSES SELECIONADOS, TACC por período % 8,63 Crescimento brasileiro é, além disto, estável: Coeficiente de variação ( ) Brasil: 0,71 China: 0,19 : 2,43 9,76 11,18 Crescimento O tamanho da economia de um país e as condições para garantir seu crescimento de longo prazo são fundamentais para a expansão de negócios e a melhoria de vida para a população. O Brasil tem sido destaque na economia global nas últimas décadas. Mesmo durante a chamada década perdida (anos 1980), o País não deixou de ocupar seu lugar entre as dez maiores economias do mundo 19 (veja Diagrama 4). Hoje, o Brasil é a sétima maior economia global e, mais importante, as expectativas são de que ascenda duas posições até 2030, possivelmente deixando para trás países de alta relevância no cenário mundial, como França, Reino Unido e Alemanha. Essa expectativa foi apontada, por exemplo, ao final de 2009, em reportagem especial publicada pela The Economist, que indicava que o Brasil poderia se consolidar como a quinta economia global ainda até Fonte: The Economist Intelligence Unit Countrydata. 20 Edição de 12 de novembro de Ranking realizado com base no PIB Nominal dos países calculado em dólares com base na cotação de câmbio média do ano. Nota: Ranking de 2010 com base em PPP (EIU): Estados Unidos, China, Japão, Índia, Alemanha, Rússia, Brasil, Reino Unido, França, Itália, México, Coreia do Sul, Espanha, Canadá e Indonésia. Fonte: EIU CountryData; análise BCG ,02 4,30 CHN ,78 2,40 CHN ,37 0,96 CHN

14 26 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 27 aproximado de 22% do PIB. De 2000 a 2009, a taxa média brasileira de investimento ficou em 16,7% 21, bem abaixo do valor necessário para garantir tal manutenção do crescimento. Este ponto merece atenção não apenas pelo patamar da taxa em si, mas também pelo fato de que a mesma vem caindo: nas décadas de 1980 e 1990, as médias ficavam em torno de 21% e 18,2%, respectivamente. O Brasil também se mostra abaixo de países de crescimento significativo e destaque internacional: China e Índia aumentaram o nível de investimento ao longo das últimas décadas e, entre 2000 e 2009, ficaram com média de 39,1% e 28,4% do PIB, respectivamente. Além do nível de investimento, outros pontos que estão relacionados com o crescimento de longo prazo de um país são a qualidade de vida e a distribuição de renda de sua população. É evidente que países que crescem mais têm maior facilidade de distribuir renda ao longo do período, mas estudos revelam que a lógica inversa também é verdadeira: países com renda mais bem distribuída e com nível de vida melhor têm melhores condições de manter seu crescimento estável no longo prazo. A análise do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Brasil mostra que, apesar de estar avançando, o país ainda o faz mais lentamente do que o restante do mundo e que, entre 169 nações, ainda ocupa a 73ª posição 22. Além disto, em relação à distribuição de renda, o Brasil tem hoje uma pontuação de 0,55 no índice Gini, que varia de 0 a 1, sendo a maior pontuação a pior, por indicar mais desigualdade. Países como Alemanha e França, mais desenvolvidos, ou até outros, em desenvolvimento, como China e Índia, contam com pontuações bem mais baixas: 0,28; 0,33; 0,37 e 0,42, respectivamente Fonte: World Bank Data. 22 Fonte: United Nations Development Program Human Development Reports. 23 Fonte: Worldwide Competitiveness Yearbook IMD. 24 Famílias que ganham mais de R$ por mês. 25 Famílias que ganham entre R$ e R$ por mês. 26 Fonte: Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Estudo: A Pequena Grande Década: Crises Cenários e a Nova Classe Média, Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Fonte: IBGE. Apesar de ainda ser uma lacuna brasileira, a distribuição de renda no país tem melhorado e incorrido também no aumento do potencial de consumo da população. O fortalecimento do mercado interno pode ser evidenciado pela expansão da participação das classes A, B e C no total populacional. Em dezembro de 2002, as classes A/B 24 respondiam por 12% dos brasileiros e a classe C 25 por 43,2%. Hoje, 15,6% e 53,6% da população estão em cada um destes grupos de classes, respectivamente, demonstrando melhora do poder de compra e, portanto, aumento do mercado interno 26. Sem dúvida, o Brasil é um dos grandes destaques da economia mundial e as perspectivas mostram que essa posição tende a se solidificar. Para avançar ainda mais é, no entanto, importante que o País fomente as condições necessárias para expandir sua taxa de investimento e solucionar questões ligadas ao desenvolvimento e à qualidade de vida da população. Previsibilidade Além do crescimento, outros fatores macroeconômicos são importantes para garantir a atratividade de um país como polo de investimentos e negócios. A previsibilidade é crítica para gerar confiança e, assim, assegurar a materialização de investimentos pelos agentes econômicos, facilitando a operação dos negócios. No Brasil, a implantação formal do sistema de metas de inflação, em 1999, resultado de um processo longo de esforços para garantir a estabilidade monetária, foi um grande marco que mostra o comprometimento do País com a previsibilidade. Desde 2003, a inflação, medida pelo IPCA 27, se mantém abaixo de dois dígitos. Mesmo com acelerações em função do

15 28 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 29 AS DIMENSÕES DO AMBIENTE MACROECONÔMICO SÃO CRESCIMENTO ECONÔMICO, ESTABILIDADE MONETÁRIA, SOLIDEZ FISCAL, VULNERABILIDADE EXTERNA, VOLATILIDADE ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO HUMANO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA aquecimento da economia, o Banco Central segue de perto esses movimentos, utilizando a taxa básica de juros da economia (Selic) como instrumento de controle. 30 Corresponde ao saldo líquido do endividamento do setor público não financeiro e do Banco Central com o sistema financeiro (público e privado), o setor privado não financeiro e o restante do mundo. 31 Posição no final do ano. 32 Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI). de dívida pública no Brasil, há uma evolução contínua e positiva ao longo dos últimos anos. O nível total da dívida líquida do setor público 30 como porcentual do PIB cedeu significativamente de 2002 a 2010, saindo de 60,6% para 40,4% 31. Além disto, a partir de 2006, o Brasil saldou sua dívida líquida externa, passando, desde então, a ser um credor líquido ante o resto do mundo (veja Diagrama 5). A dívida pública bruta do País também evoluiu ao longo da última década. Depois de passar por um pico em 2002, quando atingiu 79,9% do PIB, o indicador vem caindo e fechou 2010 em 66,8%. Na previsão para os próximos anos 32, o Brasil segue trajetória positiva, ficando mais bem colocado do que outros países desenvolvidos e sedes de centros de negócios. Enquanto espera- -se que o Brasil encerre o ano de 2015 com este indicador em 64,8%, para Reino Unido, França e Cingapura a previsão fica em torno de 8 e para Estados Unidos atinge 110,7% do PIB. Outro ponto adicional sobre a saúde das finanças públicas e que impacta o ambiente macroeconômico é o déficit do setor público. A comparação do resultado de 2010 com os do início da Prognósticos 28 mostram que o Brasil deve ter uma taxa de inflação média de 4,8% ao ano nos próximos anos, ficando mais bem posicionado do que outros grandes emergentes como a Índia e a Rússia, com previsão de 5,3% e 6,7% ao ano, respectivamente. Existe, contudo, espaço para melhoria do Brasil na relação crescimento-estabilidade. A China, por exemplo, um país de alto crescimento, conta com previsão inflacionária em torno de 4% ao ano neste mesmo período. Ainda no que tange à previsibilidade, é interessante destacar que no Brasil, mesmo com um sistema de câmbio flutuante, a faixa de variabilidade do câmbio diminuiu ao longo dos últimos cinco anos. Durante este período, o valor máximo 29 atingido pela moeda norte-americana foi de R$ 2,39 (durante a crise econômica mundial) e o valor mínimo foi de R$ 1,57, não tendo voltado a níveis elevados como os atingidos em 2002, quando alcançou R$ 3,81. O Brasil tem mostrado avanços e maturidade na gestão macroeconômica que refletem o que se deseja para a estabilidade de um polo de investimentos e negócios. Afinal, a falta de previsibilidade não apenas inibe a entrada de novos agentes na economia, como é capaz de desorganizar mercados já existentes e tornar a operação de empresas e a realização de negócios uma tarefa mais árdua e com riscos mais acentuados. É fundamental que o País mantenha a trajetória positiva e garanta que estes avanços já conquistados não se percam, e sim continuem a evoluir. % PIB 1 60, Dívida pública caiu de patamar nos últimos dez anos como % do PIB... Dívida líquida do setor público 47,0 DIAGRAMA 5 O financiamento do País evolui positivamente 40,4 5,0 2,5 % PIB 4,6...assim como o déficit e espera-se que a trajetória positiva continue Déficit Público 5,1 Não há como cortar as taxas de juros a menos que você reduza seu déficit fiscal. [...] Temos um objetivo em mente: que as nossas taxas de juros sejam convergentes com as taxas de juros internacionais. Dilma Rousseff - Presidente do Brasil 3 2,7 3,5 3,3 Condições de financiamento A saúde financeira do país tem grande relevância para a manutenção de um ambiente macroeconômico saudável e, por consequência, para a atratividade de um polo de negócios. Um balanço mal equacionado das contas públicas e uma má gestão das receitas e dos gastos do Estado, por exemplo, contribuem para o aumento dos custos de captação de investimentos da economia como um todo, afetando o custo operacional. Assim, serão analisadas nesta seção tanto as condições macroeconômicas de demanda quanto de oferta de recursos que garantam o crescimento saudável da economia. A demanda por financiamento do setor público é uma das alavancas que mais afeta as condições de financiamento da economia como um todo. No que diz respeito ao estoque 28 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Countrydata. 29 Considerando as médias das taxas diárias do mês de referência, calculadas para compra, ponderadas pelos dias úteis. Fonte: Banco Central do Brasil Externa/total % Interna Externa Total Posição no final do ano. Corresponde ao saldo líquido do endividamento do setor público não financeiro e do Banco Central com o sistema financeiro (público e privado), o setor privado não financeiro e o restante do mundo. 2. Dados estimados pelo FMI apenas para este ano. 3. Entrevista publicada no site do Senado Federal em: asp?codigo=88795 / Fonte: BACEN; FMI. 1,9 1,7 10 2

16 30 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 31 década mostra um movimento de queda deste indicador, saindo de um patamar em torno de 4,6% do PIB para 1,7% (veja Diagrama 5). Além de registrar avanços importantes por meio da Lei de Responsabilidade Fiscal aplicada a estados e municípios (veja Quadro A), este tema tem sido ressaltado pelo governo da presidente Dilma Rousseff: as declarações recentes da presidente apontam para uma volta a medidas de maior controle da política fiscal, depois de passada a última crise econômica global que demandou estímulos por parte do governo Notam-se aqui os empréstimos do tesouro direcionados ao BNDES para a concessão de empréstimos ao setor privado, entre outros. QUADRO A A contribuição da Lei de Responsabilidade Fiscal para a saúde financeira brasileira Em 4 de maio de 2000, o Brasil foi o primeiro país emergente a aprovar uma lei de responsabilidade fiscal (Lei Complementar nº 101) com o objetivo de tornar transparentes os gastos públicos de estados e municípios e de limitá-los às suas capacidades de arrecadação. A lei veio para garantir maior transparência nas finanças públicas e para colocar fim à prática que havia sido cultivada entre os gestores públicos de realizarem grandes obras ao final de seus mandatos e deixarem dívidas significativas para os sucessores. A Lei de Responsabilidade Fiscal brasileira foi construída de acordo com a realidade do País, mas baseou-se em algumas referências internacionais importantes: O Tratado de Maastricht da Comunidade Econômica Europeia forneceu referências sobre a manutenção da independência dos estados combinada com metas e punições referentes a déficits; O Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual o Brasil é membro, contribuiu com direcionamentos sobre a transparência de atos públicos, o planejamento de gastos e a publicidade e a prestação de contas do orçamento; O Budget Enforcement Act dos Estados Unidos ilustrou a colocação de metas de superávit para os estados e os mecanismos de controle de gastos como o sequestration (limitação de gastos) e o pay as you go (compensação orçamentária); O Fiscal Responsibility Act da Nova Zelândia contribuiu com exemplos sobre gerenciamento das contas estaduais com o objetivo de manter as contas da União saudáveis e com certa flexibilidade no cumprimento de metas no curto prazo se as metas de longo prazo forem respeitadas. Apoiada em quatro principais eixos (planejamento, transparência, controle e responsabilização), a Lei de Responsabilidade Fiscal definiu parâmetros para a organização fiscal brasileira e, apesar de ainda não ser completamente cumprida por todos os estados, eleva significativamente o nível de maturidade do País sobre este assunto. Apesar de grandes evoluções, dez anos após a criação da lei, alguns passos adicionais são necessários, a exemplo da aprovação no Congresso das leis complementares necessárias à sua aplicação, como a criação do Conselho de Gestão Fiscal e a imposição de limites à dívida pública federal. Outro ponto de atenção sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal a ser aprimorado é o risco de o equilíbrio fiscal do curto prazo, exigido pela lei, resultar em maiores deficiências de longo prazo, como a não realização de investimentos em infraestrutura para bater metas orçamentárias de curto prazo. Fonte: Lei de Responsabilidade Fiscal; Receita Federal; FGV Projetos.

17 32 ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS ATRATIVIDADE DO SIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS 33 A melhoria das finanças públicas permitiu que o Brasil atingisse melhores níveis de classificação de risco. Depois de atingir mais de pontos no EMBI+ em meados de 2002, o Brasil teve quedas consistentes na sua classificação de risco, atingindo a nota grau de investimento (investment grade), em maio de É importante notar que, mesmo tendo passado por esses níveis de pontuação em 2002, o Brasil, ao longo de mais de dez anos, não atingiu níveis tão altos de risco quanto Argentina e Rússia. As crises enfrentadas por estes países levaram suas classificações a patamares de pontos, cerca de três vezes o máximo atingido pelo Brasil na última década. O bom posicionamento do Brasil nesse indicador melhora a percepção externa sobre o País como um todo e torna mais fácil a obtenção de recursos estrangeiros no caso da falta de fontes de financiamento adequadas internamente. Este ponto é especialmente relevante no caso do Brasil, dada a sua taxa de poupança interna: o nível brasileiro é um dos menores do mundo, em parte por causa do déficit público nominal gerado pelas contas públicas. Os 19% da poupança doméstica bruta sobre o PIB ficam muito aquém da taxa de outros países em desenvolvimento, como China (51%), Índia (31%), Rússia (31%), Chile (3) e México (23%) (veja Diagrama 6). Esta característica é importante, pois países com baixo nível de poupança têm mais dificuldade de financiar seu crescimento com recursos próprios. Poupança doméstica bruta / PIB (%) 1 51% 48% 31% DIAGRAMA 6 A taxa de poupança brasileira está entre as menores do mundo 31% 31% % 23% 23% 19% 19% Países em desenvolvimento Brasil Países desenvolvidos 13% 13% Em resumo, assim como em todos os outros aspectos macroeconômicos, o Brasil apresenta avanços significativos na gestão das contas do setor público. Ainda assim, revela-se importante garantir que a direção positiva continue sendo seguida e que não haja retrocessos, principalmente na questão fiscal e no déficit público, que podem ter efeitos significativos sobre o custo de captação de investimentos geral da economia, se mal gerenciados. Indicadores Para o caso específico do pilar de ambiente macroeconômico, as dimensões selecionadas para acompanhamento contínuo foram: Crescimento econômico: Quanto maior o crescimento esperado para um país, maior sua atratividade para agentes estrangeiros. Dificilmente um polo consegue atrair investimentos e negócios sem uma projeção positiva quando comparado a seus concorrentes diretos pela atração de capital; Estabilidade monetária: A estabilidade monetária ajuda a definir a previsibilidade econômica dos investimentos e negócios no polo considerado. Quando a projeção é de inflação alta, um país perde atratividade, pois os agentes externos ficam temerosos com a perspectiva de seus investimentos e negócios se deteriorarem junto com o valor da moeda local; Solidez fiscal: Quando um país possui política fiscal inadequada, sobem os custos de captação de investimentos da economia como um todo, elevando, obviamente, o custo operacional. Portanto, quanto maior a solidez fiscal, maior a atratividade do país; Vulnerabilidade externa: A disponibilidade de reservas para realizar os pagamentos externos de um país mede a dependência a recursos estrangeiros e oferece indícios da sua autonomia para garantir credibilidade financeira mundial; Volatilidade econômica: As taxas de juros de curto prazo dos títulos emitidos por governos são um bom indicador da volatilidade econômica e da frequência de necessidade de ajustes. Economias com menor nível de volatilidade oferecem um horizonte de planejamento mais seguro para empresas e famílias, elevando o nível de investimento e de crescimento; Desenvolvimento humano: Quanto maior o nível de desenvolvimento humano, maior a atratividade do país como polo, já que maior desenvolvimento se traduz em maiores disponibilidade de talentos, mercado interno consumidor e qualidade de vida; CHINA CINGAPURA RÚSSIA ÍNDIA HONG KONG 1. Média Últimos anos disponíveis. / Fonte: World Bank. COREIA DO SUL CHILE ALEMANHA MÉXICO JAPÃO FRANÇA SIL REINO UNIDO Distribuição de renda: A distribuição de renda em um país influencia aspectos- -chave para a formação de um polo, como a disponibilidade de talentos, o tamanho e o perfil do mercado consumidor, o nível de inovação e qualidade de vida. Quanto melhor a distribuição de renda, melhores esses aspectos para o polo de negócios.

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