ESTUDO DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA PARA USO RESIDENCIAL NÃO POTÁVEL
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1 UNIARA UNIVERSIDADE DE ARARAQUARA - SP 1 ESTUDO DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA PARA USO RESIDENCIAL NÃO POTÁVEL Autor: Renan Franciscatto Graduando em Engenharia Civil pela Universidade de Araraquara UNIARA SP- renan_izique@hotmail.com Orientador: José Eduardo de Mendonça Docente e Orientador do Curdo de Engenharia Civil UNIARA Graduado em Química josedu.mendonca@yahoo.com.br RESUMO: Este trabalho teve como objetivo estudar o potencial de captação e aproveitamento da água da chuva, para uso não potável, em uma residência. O uso inadequado dos recursos hídricos e os agentes poluentes de uma forma geral estão tornando aos poucos, uma parte considerável de toda a água doce disponível, imprópria para o consumo humano. Os fatores mais agravantes que contribuem para a escassez, são o crescimento demográfico e econômico das populações, que aumentam a demanda de água para todos os fins. Sendo assim, o aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis, vem crescendo consideravelmente para ser utilizada cada vez mais por todas as classes da população mundial, pois houve uma redução considerável nos custos de implantação dos sistemas de captação e armazenamento. Além da economia da água potável, este recurso pode contribuir também, para a prevenção de enchentes causadas nos períodos chuvosos, aliadas ao crescimento demográfico que não preserva as áreas permeáveis. Palavras-chave: Aproveitamento da água de chuva; Uso não potável; Economia de Água; Conscientização. STUDY OF RAINWATER COLLECTION FOR NON-POTABLE USE Abstract: The objective of this work was to study the potential of rainwater harvesting and use for non - potable use in a household. Inadequate use of water resources and pollutants in general are gradually becoming a significant part of all freshwater available, unfit for human consumption. The most aggravating factors for the scarcity factor are the demographic and economic growth of populations, which increase the demand for water for all purposes. Thus, the use of rainwater for non-potable purposes has been growing considerably to be used more and more by all classes of the world population, since there was a considerable reduction in the costs of implementing the capture and storage systems. In addition to the economics of drinking water, this resource can also contribute to the prevention of floods caused in the rainy season, combined with population growth that does not preserve permeable areas.
2 2 Keywords: Utilization of rainwater; Non-potable use; Water economy; Awareness. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação e delimitação do tema A água é um recurso natural de extrema importância para os seres vivos. A falta desta é um dos mais graves problemas mundiais, pois afeta diretamente a sobrevivência dos seres humanos. O crescimento da população, o uso desordenado, o desperdício e o crescimento da demanda, são alguns dos fatores que mais contribuem para intensificar a escassez de água potável no planeta (TOMAZ,2010). Portanto, a água é considerada um recurso essencial para a manutenção da vida de todos os seres vivos, sendo direito e obrigação do cidadão: o acesso, o armazenamento, o tratamento e o destino correto da mesma. Desde há alguns anos o aproveitamento de água vem sendo praticado cada vez mais pela população em diversos países e a crescente demanda pela água, tem feito esse tema se tornar atual e sua importância é o objetivo de muitos estudos pela comunidade cientifica que também participa da divulgação destes trabalhos. Neste mesmo seguimento, deve-se levar em consideração a utilização, como parte das atividades mais abrangentes: o uso racional da água que abrange o controle no desperdício que causam perdas consideráveis e a redução dos elevados índices de produção de efluentes não tratados. Deste modo, tornam-se necessários programas de políticas publicas para conscientização das populações usuárias, como também o estudo e a utilização de técnicas que empreguem o uso sustentável da água, uma vez que deve ser de forma racional. Nesse contexto destacou-se o uso de sistemas que utilizam a água de fontes alternativas como os que utilizam o aproveitamento da água da chuva que foi o tema deste estudo. O aproveitamento da água da chuva para consumo não potável, é um dos assuntos que vem aumentando ano a ano, por diversas razões técnicas e praticas, dando ênfase à conservação de água disponível no planeta. Além de proporcionar economia da água potável, poderá contribuir para a prevenção de enchentes causadas por chuvas torrenciais nas grandes cidades, onde a superfície de infiltração disponível tornou-se impermeável devido a ocupação do solo. As superfícies mais utilizadas para captação de água de chuva são os telhados, tanto para áreas residenciais como industriais. Para tal, é necessário incluir nos projetos, a instalação de calhas, condutores verticais e coletores horizontais como também os
3 3 reservatórios para receber a água da chuva, que poderão ser apoiados sobre o solo ou enterrados. (TOMAZ 2010, p. 7) 1.2 Objetivo Neste trabalho estudei e demonstrei como um reservatório ou cisterna para o aproveitamento de água de chuva contribuiu para diminuir o consumo de água potável em uma residência, além de determinar como o sistema deve ser projetado e construída e dada a manutenção necessária. Esse estudo foi realizado em uma residência no Município de Américo Brasiliense SP. A área de captação do telhado foi de 18,66m². 1.3 Justificativa Para a metade do século XXI, a previsão é que falte água para 1/3 da população mundial, portando a idéia de poupar antes que falte deve ser uma constante preocupação de todos, pois a água é um recurso finito e praticamente constante nestes últimos 500 milhões de anos. (TOMAZ, 2010, p.17). Figura 1: Distribuição da Água no mundo. Fonte: Distribuição Quantitativa da água na Terra, 2018
4 4 Conforme mostra a figura 1, podemos verificar que a água disponível para o consumo tem um dos menores índices, cerca de 3%. Por isso devemos ter cada vez mais a consciência do uso adequado da mesma. 1.4 Problema e hipótese da pesquisa A água é um recurso finito e atualmente com os avanços tecnológicos e o crescimento populacional é exigido cada vez maior demanda do seu uso. Em alguns locais já apresenta escassez, desperdícios e até contaminação deste recurso, assim já é considerado finito, pois acaba tendo menor oferta frente ao consumo. Outro aspecto que convivemos hoje é o de que com o crescimento da população que habita as cidades, surge o aumento crescente de áreas impermeáveis que em dias de chuvas intensas, toda água que não permeou no solo acaba sendo lançada na rede de águas pluviais, fazendo com que atinja o limite dos projetos, ocasionando enchentes e alagamentos. (TOMAZ, 2010). Para que os sistemas de captação sejam viáveis, devem contar com um sistema de armazenamento e abastecimento, para que no período de seca ele funcione para alimentar as residências, porque o mesmo é necessário para todas as épocas do ano. Outro aspecto fundamental e o de que o custo para execução destes projetos é ser acessível financeiramente para atrair cada vez mais o interesse da população. 1.5 Metodologia O tema desse trabalho foi escolhido a partir da idéia de como economizar na conta mensal de água e poder contribuir para o uso racional deste líquido tão importante e necessário para o dia a dia das populações. Neste estudo foram utilizados materiais de autores indicados pelo Orientador e em sites confiáveis. Para o embasamento pratico foram feitas coletas do volume de chuva médio durante 6 meses e os dados estão apresentados na tabela 3. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Sistema de captação de água de chuva
5 5 Conforme a NBR (ABNT, 2007) o projeto do sistema de uso da água de chuva deve atender às normas ABNT NBR e a ABNT NBR A ABNT NBR trata de recomendações de separação atmosférica, dos materiais de construção, da retrossifonagem, dos dispositivos de prevenção de refluxo, proteção contra interligação entre água potável e não potável dimensionamento das tubulações, limpeza e desinfecção dos reservatórios, controle de ruídos e vibrações, as tubulações e demais componentes deve ser diferentes das tubulações de água potável. E no caso a ABNT NBR refere-se a exigências e critérios necessários aos projetos das instalações de drenagem de águas pluviais. Nos projetos devem constar: o alcance do projeto, a população que utiliza a água de chuva e a determinação da demanda a ser definida pelo projetista do sistema. Incluir também as séries históricas das precipitações da região da implantação Área de captação Os telhados das edificações geralmente são usados como áreas de captação, podendo se apresentar com telhas cerâmicas, concreto, amianto, metálicas, ecológicas, etc. O telhado pode ser inclinado, pouco inclinado ou plano (TOMAZ, 2011). Para a definição de como deve ser dimensionado um sistema de aproveitamento de água de chuva, podemos observar a colocação de TOMAZ (2010, p.13). A superfície para captação de água de chuva considerada é o telhado, o qual já está pronto. Às vezes serão necessárias a colocação de calhas, condutores verticais e coletores horizontais, a construção do reservatório de autolimpeza e do reservatório de acumulação da água de chuva, que poderá ser apoiado sobre o solo ou enterrado. Em se tratando de áreas urbanas, supomos que o reservatório será enterrado Calhas e condutores Segundo Philippi et al. (2006, apud, COUTO 2012) para a utilização da água de chuva, é preciso que a cobertura tenha calhas e condutores verticais para o envio da água da chuva captada no telhado, para o reservatório. O dimensionamento e instalação adequados das calhas e condutores verticais são importantes para o funcionamento do sistema. Conforme a NBR (ABNT, 2007), deve-se utilizar como referência para o dimensionamento desses componentes a NBR /89 (ABNT), que trata das instalações prediais de águas pluviais.
6 6 De acordo com NBR (ABNT, 1989) as calhas, condutores verticais e condutores horizontais podem ser feitas de diversos materiais, como por exemplo: aço galvanizado, cobre, aço inoxidável, alumínio, fibrocimento, PVC rígido, concreto ou alvenaria. Conforme Tomaz (2012) as calhas e condutores horizontais e verticais devem atender dimensionamentos baseados nas vazões do projeto e que dependam de fatores meteorológicos e do período de retorno escolhido. A declividade mínima de uma calha deve ser de 0,5%, sendo necessário dividir a calha em diferentes condutores verticais em alguns casos, pois quando uma calha é muito extensa pode existir o risco de entupimento. Não existe uma recomendação da norma da ABNT sobre o comprimento do trecho da calha entre dois coletores. Como recomendação prática é necessário colocar intervalos menores entre os condutores e usar o diâmetro mínimo do coletor vertical de 100 mm. É recomendável não se colocar condutores verticais nos cantos (TOMAZ, 2010). Segundo a NBR (ABNT, 1989) o período de retorno (Tr é o intervalo de tempo em anos estimado, esperado para a ocorrência de um determinado evento) deve ser seguido segundo as características da área a ser drenada, conforme estabelecido: Tr = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados; Tr = 5 anos, para coberturas e áreas e/ou terraços; Tr = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser tolerado. No Brasil devido aos problemas ocasionados por ilhas de calor, o período de retorno deve ser igual ou maior que Tr = 25 anos (TOMAZ, 2010). A duração da precipitação em telhados no mundo inteiro é fixada em t=5min (NBR /89). Segundo a NBR (ABNT, 1989), a vazão na calha é dada pela seguinte equação: Q (1) Sendo: Q = vazão de pico (L/min) I = intensidade pluviométrica (mm/h) A = área de contribuição (m²)
7 7 Para dimensionamento de calhas a NBR (ABNT, 1989) adota a fórmula de Manning para calculo da vazão: Q (2) Sendo: Q = Vazão de projeto, em L/min S = área da seção molhada, em m 2 n = coeficiente de rugosidade (Ver Tabela ) RH = raio hidráulico, em m i = declividade da calha, em m/m K = DESENVOLVIMENTO Para realização do presente trabalho, além da pesquisa bibliográfica, foi apresentado um estudo de caso, para o reuso da água para fins não potável em uma residência onde foi realizado o estudo para a previsão de consumo de água através de dados pluviométricos e dimensionamento do reservatório. 3.1 Local do Estudo O estudo foi realizado na Rua Padre Francisco Culturato, no município de Américo Brasiliense. Segundo o IBGE (2017) o município de Américo Brasiliense tem o clima tropical de altitude, com características de chuva no verão e seca no inverno, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22 C. População estimada em pessoas e densidade demográfica de 280,91 hab/km² Dimensionamento de um sistema de captação De acordo com a ABNT NBR , para se propor sistemas de captação, devem ser feitas algumas analises previas das séries históricas das precipitações da região onde será desenvolvido o projeto. Já nas calhas e condutores devem ser instalados dispositivos para remoção de resíduos, como grades e telas que atendam a ABNT NBR
8 8 Na imagem abaixo, mostra-se o sistema de captação de água de chuva. Figura 2: Sistema de captação de água de chuva Fonte: Sistema de captação de água de chuva, Reservatório Considerando o projeto mostrado anteriormente, de acordo com o artigo 2 do acordo do Decreto Estadual de 02 de janeiro de 2007 o calculo do volume do reservatório segue a equação de acordo com método de Azevedo Neto: V = 0,042 x Pa x A x T/1000 Onde: V Volume do reservatório ( m 3 ); Pa Precipitação pluviométrica anual média (mm/ano) A Área de captação (m²) T Número de meses de pouca chuva ou seca (adimensional) 3.2 Volume a ser Reservado
9 9 Levando em consideração a residência estudada com 3 moradores com uma média de consumo diário de 120 litros por dia por pessoa, temos que, o consumo médio diário estimado foi de: 120 litros/hab x 3 hab = 360 litros Serão utilizado 2 reservatório de Litros 3.3 Instalações Segundo a ABNT NBR , as tubulações e seus componentes deverão ser diferenciados de forma clara, das tubulações de água fria. O sistema de aproveitamento de água de chuva também deve ser totalmente independente do sistema de água potável, onde não é permitida a conexão cruzada. O sistema atenderá as torneiras do jardim (utilizada para fins não potáveis como: lavagem de quintal, lavagem de carros, limpeza, irrigação de jardim entre outros) e o vaso sanitário. 3.4 Bombeamento Uma moto bomba Submersa foi instalada dentro da cisterna, para recalcar a água para um segundo reservatório superior com uma menor dimensão. 3.5 Manutenção De acordo com a ABNT NBR 15527, todo sistema de aproveitamento de água de chuva deverá ter a seguinte manutenção conforme tabela abaixo: Tabela 1: Frequência de Manuntenção
10 10 Fonte: ABNT NBR MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Qualidade da Água A idéia desse sistema é basicamente captar água da chuva numa superfície limpa, antes que caia no chão, e direcioná-la para um reservatório. A forma utilizada é a água sendo captada por telhados e conduzida através do sistema de calha a um tubo com filtro seletor, onde separa os resíduos e impurezas acumuladas na captação no telhado e nas calhas, e em seguida transferida a para a cisterna. Após isso terá uma bomba que levará a água para um reservatório superior e, dali, será distribuída para os locais de uso Cuidados importantes Sempre manter as calhas e reservatórios limpos, evitando o acúmulo de sujeira que possa compreender a qualidade da água; O reservatório deve ser protegido da luz solar, além de permanecer sempre coberto para evitar o mosquito da dengue; Despreze as primeiras chuvas, pois são nelas quem ficam armazenados os poluentes presentes no ar. As recomendações técnicas indicam um descarte em torno de um litro de água para cada metro quadrado do telhado. Assim nesse projeto como a área de captação é de 83m², é necessário desconsiderar um volume de 83 litros; Toda água coletada deve passar por um processo de filtragem e purificação, que será feito com o uso de cloro em formato granulado, pastilha ou líquido Tipo do filtro Será utilizado um filtro compacto, desenvolvido para instalação dentro do reservatório de água; indicados para telhados até de 100m², ideal para projetos em terrenos planos onde a diferença de cota entre a entrada e a saída da cisterna é muito pequena e com o miolo separador de sólidos em aço inox Características do Filtro - Todas as conexões DN 110
11 11 - Trama da Tela: 0,7 x 1,7mm - Declive entre entrada e saída: 0mm - Peso: 1,4kg Figura 4: Filtro Fonte Global Filtros Reservatório Vertical Outra opção que pode ser utilizada é o modelo de cisterna vertical. Esse reservatório não precisa ser enterrado e adapta-se perfeitamente em corredores, terraços, garagens e até mesmo com uma decoração a mais para o jardim como ilustrado na figura 5. É uma cisterna totalmente vedada, aditivo UV14 e proteção antimicrobiana podendo ser configurada na versão Smart filtro. Tudo isso, garante a segurança da água armazenada, impedindo a entrada e proliferação de fungos, bactérias e insetos no interior do reservatório. Um reservatório de água atóxico e 100% reciclável que ajuda na economia de água potável, garantido o uso consciente e redução de até 50% na conta. Figura 5: Modelo Cisterna Vertical
12 12 Fonte: Cisterna Vertical Modular, Comparação entre os Dois Sistemas Nesse trabalho foram abordados dois sistema para o armazenamento de água, onde um é o modelo que temos um reservatório enterrado, onde coleta a água captada da chuva e envia para um reservatório superior fazendo a distribuição para os pontos onde serão utilizados. Já o sistema de cisterna vertical é um sistema um pouco mais caro conforme orçamento no item 4.2.3, porém é um sistema prático e evita mão de obra para sua instalação e manutenção. 4.2 Dados Meteorológicos Foram obtidos dados pluviométricos através da medição iniciada em Dezembro de 2017 até Junho de 2018, para coletar esses dados foi utilizado um pluviômetro instalado no local do estudo. Após a coleta dos dados foi montada uma tabela com os volumes de chuva durante esse período. Tabela 2: Dados pluviométricos
13 13 MEDIDAS DA PRECIPITAÇÃO DA CHUVA COM PLUVIÔMETRO MAPA DE ANOTAÇÕES PROPRIEDADE: RESIDÊNCIA ANO: 2017/2018 DIA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 32, , , , , , , , , , , TOTAL: 341,5 232, , ,3 MÉDIA: 17,97 25,83 23,33 2,17 5,50 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 22,03 Fonte: Autor Conforme a tabela 2, temos os meses de Janeiro e Fevereiro como os mais chuvosos, e os meses entre Abril e Maio como os meses de menores índices pluviométrico Volume Calculado de Chuva De acordo com a tabela, vamos calcular o volume médio de chuva estudado no período de 6 meses entre, Dezembro de 2017 até Maio de 2018 Onde: Vmd = Cm / T Vmd Volume Médio de chuva - mm Cm Chuva Mensal mm T Total de meses
14 14 Vmd = 220,3+341,5+232, ,5+11/6 Vmd = 158,63mm De acordo com os dados pluviométricos captado em 6 meses temos que a média mensal de chuva foi de 158,63mm. Abaixo mostra-se o gráfico de chuva mensal média para o município de Américo Brasiliense SP, com a chuva anual de 1355mm, e a chuva comparada aos 6 meses de analise teve uma média de 156,33mm referente ao ano de 2016/2017, onde teve os seguintes resultados: Dezembro mm Janeiro mm Fevereiro mm Março mm Abril mm Maio mm Em análise podemos comparar que no período de 6 meses sendo de Dezembro de 2016 a Maio de 2017 tivemos uma média de 156,33mm de chuva e na pratica calculado entre Dezembro de 2017 a Maio de 2018 tivemos uma média de 158,63mm de chuva, podemos considerar que a média de 1355mm anual está em concordância com os dados obtidos na pratica e serão utilizados nos cálculos deste projeto. Será considero também que as perdas por descarte das primeiras águas das precipitações estão na ordem de 30% Volume do Reservatório Vários autores apresentam cálculos para o volume do reservatório cada uma com sua incorreção. Utilizando o método de Azevedo Neto, obtém- se o volume do reservatório de água pluvial por meio da equação: V = 0,042 x Pa x A x T /1000 (m 3 ) Onde: Van Volume do reservatório ( m 3 ); Pa Precipitação pluviométrica anual média (mm/ano) A Área de captação (m²) - 100,0 m mm
15 15 T Número de meses de pouca chuva ou seca (adimensional) - 2 V = 0,042 x 1355 x 120 x 4 /1000 Van = 11,38 m Custo Beneficio e o Tempo de Retorno Na tabela 3 abaixo mostramos o orçamento para realizar o sistema pelo método tradicional: ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE UNIDADE VALOR UNITÁRIO R$ TOTAL R$ 1 RESERVATÓRIO LITROS 1 PEÇA 279,00 279,00 2 MOTO BOMBA SUBMERSA 1 PEÇA 296,00 296,00 3 TUBULAÇÃO DN BARRA 6 METROS 5 BARRAS 55,75 278,75 4 Filtro 1 PEÇA 120,00 120,00 5 CONEXÕES TUBO DN PEÇAS 15,00 90,00 6 CALHA 25 METROS 11,15 278,75 7 INSTALAÇÃO / MÃO DE OBRA 1 PEÇA 800,00 800,00 8 TOTAL R$ 2.139,50 Na tabela 4 abaixo o orçamento pelo método da cisterna vertical: ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE UNIDADE VALOR UNITÁRIO R$ TOTAL R$ CISTERNA LITROS, ACOMPANHADA DOS ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS PARA INSTALAÇÃO( TORNEIRA, ENGATE RÁPIDO, NIPLES, ANÉL DE VEDAÇÃO, TELA PROTETORA ANTI MOSQUITO) - MAIS 4 FILTROS DE TRATAMENTO BOMBA DE ÁGUA PERIFÉRICA TUBULAÇÃO DN BARRA 6 METROS CONEXÕES TUBO DN PEÇA 1.482, ,00 1 PEÇA 113,90 113,90 2 BARRAS 55,75 111,50 2 PEÇAS 15,00 30,00 5 CALHA 25 METROS 11,15 278,75 6 INSTALAÇÃO / MÃO DE OBRA 1 PEÇA 500,00 500,00 7 TOTAL 2.516, Período de Retorno
16 16 Calculo da Economia gerada com a Captação Area Captação 100 m2 Volume Chuva 1355 mm/ano 113 mm/mês 113 l/m2 /mês Volume Captado l /mês Area 100 m2 11,29 m3/mês 100% captado Volume Util Utilizado 7,90 m3/mês 70% do captado 94,85 m3/ano Volume Usado Residencia 20 m3/mês 240,00 m3/ano Economia 145,15 m3/ano 60 Custo m3 fornecedora 10,2 R$ Economia 80,6 R$/mês 967,5 R$/ano A equação abaixo mostrou o retorno do capital investido: Calculo do Periodo de Retorno - PR PR = I/E I Custo do Projeto E Retorno Anual Reservatorio Cisterna I 2139,5 E 967,5 PR = 2,2 anos Reservatorio Externo I 2516,15 E 967,5 PR = 2,6 anos 5 CONCLUSÃO A proposta de instalar um sistema de reuso de água da chuva vem da necessidade de preservar o meio em que vivemos e demonstrar que em um período estimável, pode gerar uma economia no orçamento domestico de uma residência. Para a captação, serão utilizado 2 reservatórios de litros tanto para o sistema tradicional, como para a cisterna vertical.
17 17 O retorno financeiro para os sistema estudos estão na ordem de retorno de 2,2 e 2,6 anos, o que pode ser considerado um investimento de curto prazo e vai substituir 60% da água consumida para as atividades de rega de plantas e hortas, lavagem de carro e outras que não necessitam de água potável uma economia considerável para a conta de água. Além das vantagens econômicas que a implantação desse sistema pode trazer existem as vantagens ao meio ambiente, pois toda a água captada ajuda a minimizar a ocorrências de enchentes e falta de água, sem falar do consumo indevido de água tratada, a qual possui um custo relativo elevado. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 5.626: Instalação Predial de Água Fria. Rio de Janeiro, Acesso em 01 Fev.2018 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR : Instalação prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, Acesso em 01 fev ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR : Água de chuva: aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Rio de Janeiro, Acesso em 01 fev ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 12213: Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público. Rio de Janeiro, Acesso em 07 mai ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei Nº Edição html. Acesso em 07 mai CISTERNA MODULAR VERTICAL Disponível em: Acesso em 24 Ago CLIMA CARACTÉRISTICO EM AMÉRICO BRASILIENSE Disponível em: Janeiro de Disponível em: Brasiliense-Brasil-durante-o-ano. Acesso em 23 jul INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA IBGE. Disponível em: 08 mar. 2018
18 18 DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO MUNDO Disponível em: Acesso em 15 fev SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA Disponível em: Acesso em 23 Ago TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva em telhados em áreas urbanas para fins não potáveis. Disponível em: Acesso em 15 fev TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva em telhados em áreas urbanas para fins não potáveis. Capitulo 109 Disponível em: Acesso em 23 de jul TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva de cobertura em área urbana para fins não potáveis. Edição Disponível em: Acesso em 07 mar TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis. Capitulo 3 previsão de consumo de água não potável. Edição Disponível em: Acesso 07 mar. 2018
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