Instalações Hidráulicas/Sanitárias Água Pluvial
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- Gabriela de Barros Canela
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1 Instalações Hidráulicas/Sanitárias Água Pluvial
2 INTRODUÇÃO A água da chuva causa danos: à durabilidade das construções; à boa aparência das construções. A água de chuva deve ser coletada e transportada à rede pública de drenagem, pelo trajeto mais curto e menor tempo possível. No Brasil, utiliza-se o Sistema Separador Absoluto, ou seja, rede de esgoto sanitário separada da rede de águas pluviais. Pois as vazões pluviais são bastante superiores às dos esgotos sanitários.
3 Objetivos As instalações prediais de águas pluviais devem apresentar: Eficiência e estanqueidade; Fácil desobstrução e limpeza; Resistência às intempéries; Resistência aos esforços; Capacidade de evitar riscos de penetração de gases se for este o caso.
4 Aplicação A norma brasileira que trata das instalações prediais de águas pluviais é a NBR 10844/89: Aplica-se à drenagem de águas pluviais em coberturas e demais áreas associadas ao edifício. Não se aplica a casos onde as vazões de projeto e as características da área exijam a utilização de bocas de lobo e galerias.
5 Projeto - Objetivos - previsão da tomada das águas, através dos ralos na cobertura e nas áreas abertas; - passagem da tubulação em todos os pavimentos (horizontal e/ou vertical te.); - ligação dos condutores verticais de água pluvial às caixas de areia ou pátio; - ligação do ramal predial à rede pública de drenagem urbana.
6 Dimensionamento As coberturas horizontais de laje deverão impedir o empoçamento, exceto durante as tempestades, pois neste caso o mesmo será temporário. Para tanto estas coberturas deverão ser impermeáveis. A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não houver risco de obstrução. As superfícies horizontais de laje devem ter uma declividade mínima de 0,5%. Quando necessário, a cobertura dever ser subdividida em áreas menores com caimentos de orientações diferentes.
7 Dimensionamento Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas na cobertura (escadas, claraboias, etc) que possam receber água em virtude do caimento, devem ser dotados de platibanda ou calha. A vazão que a chuva provoca pode ser calculada por: onde: Q CI A 60 Q: vazão de projeto, em L/min; C: coeficiente de escoamento superficial (adotado= 1,0); I: intensidade de chuva, em mm/h; A: área de contribuição em m 2. NBR 10844/89
8 Dimensionamento A intensidade da chuva depende do período de Retorno que, no caso de drenagem de águas pluviais em edifícios, é: T = 1 ano para áreas pavimentadas, com tolerância para empoçamentos; T = 5 anos para coberturas e/ou terraços; T = 25 anos para coberturas e áreas onde não são permitidos empoçamentos ou extravasamentos. Obs.: a) Pela Norma, adota-se a duração da precipitação igual a 5 min; b) Para construções até 100 m 2 de área de projeção horizontal, salvo casos especiais, pode-se adotar: I = 150 mm/h; c) Para diversas cidades do Brasil, a NBR apresenta as intensidades pluviométricas, com duração de 5 min., para TR = 1, 5 e 25 anos (dados de Otto Pfafstetter Chuvas Intensas no Brasil). NBR 10844/89
9 Dimensionamento/Calhas A área de contribuição depende da direção do vento e dos incrementos devidos à inclinação do telhado, bem como as paredes eventualmente existentes capazes de interceptar a água de chuva. A inclinação nos casos de calha tipo beiral ou platibanda deve ser de no mínimo 0,5%. No caso de calha tipo água furtada a inclinação deverá ser definida pelo projeto da cobertura. Seções usuais das calhas e suas disposições nas coberturas. Circular U V Retangular Quadrada Beiral Água Furtada Platibanda com muro
10 Dimensionamento/Calhas Utiliza-se a fórmula de Manning-Strickler: 1 n Q H 0 A R I Q: Vazão na seção final da calha, em m 3 /s ; A: área molhada, em m 2 ; R H : raio hidráulico, em m; I 0 : declividade da calha, em m/m; n: coeficiente rugosidade de Manning.
11 Dimensionamento/Calhas A Norma ainda nos diz que: Se a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de projeto (calhas de beiral ou platibanda) deve ser correspondente à maior das áreas de contribuição; quando não se pode tolerar transbordamento extravasores devem descarregar em locais adequados; calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes coeficientes:
12 Dimensionamento/Condutores Verticais Podem ser instalados interna ou externamente ao edifício e devem ser projetados sempre que possível em uma só prumada; Desvio curvas de 90 de raio longo ou curvas de 45 ; Seção circular D min de 70 mm; A NBR não indica fórmulas hidráulicas para o seu dimensionamento já que há uma mistura de ar e água escoando nestes condutos; Dimensionamento dos condutores verticais (diâmetro interno) utilizam-se ábacos (CSTC Bélgica, 1975), dados: Q = Vazão de projeto (L/min); H = Altura da lâmina de água (mm); L = Comprimento condutor vertical (m).
13 Dimensionamento/Condutores Verticais
14 Dimensionamento/Condutores Verticais
15 Dimensionamento/Condutores Verticais
16 Dimensionamento/Condutores Verticais
17 Dimensionamento/Condutores Horizontais declividade pequena: não inferior a 0,5% e uniforme; tubulações aparentes inspeções sempre que houver conexões, mudança de declividade, mudança de direção; inspeções a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos; tubulações enterradas caixas de areia nas mesmas condições anteriores; ligação entre os condutos verticais e horizontais curva de raio longo com inspeção ou caixa de areia, sendo o condutor horizontal aparente ou enterrado; lâmina de água máxima: 2/3 do diâmetro interno do tubo.
18 Dimensionamento/Condutores Horizontais Avançar
19 Sarjeta Passeio Alinhamento Partes Constituintes Caixa de areia Caixa de ralo Condutor de águas pluviais Condutor de águas pluviais Rua Ralo 0,40 m Caixa de areia Coletor público Planta Coletor público Corte Caixa de ralo Coletor de águas pluviais Volta
20 Dimensionamento Acréscimos às Áreas de Contribuição a) Superfície plana horizontal: A= axb b a b) Superfície inclinada h A= (a + h/2).b a b c) Superfície plana vertical única: a b A axb 2 d) Duas superfícies planas verticais opostas a b A axb 2 e) Duas superfícies planas verticais opostas a b a.b < c.d A= (c.d-a.b)/2 a.b > c.d A= (a.b-cd)/2 d c f) Duas superfícies planas verticais adjacentes e perpendiculares A1 A= (A1 2 + A2 2 )/2 A2 g) Três superfícies planas verticais adjacentes e perpendiculares, sendo as duas opostas idênticas A axb 2 b a h) Quatro superfícies planas verticais, sendo uma com maior altura a b A axb 2 Volta
21 Dimensionamento/Calhas Coeficientes de rugosidade de Manning. Material plástico, fibrocimento, aço, metais não ferrosos. ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida. cerâmica, concreto não alisado. alvenaria de tijolos não revestida n 0,011 0,012 0,013 0,015 Fonte: NBR 10844/89 Volta
22 Dimensionamento/Calhas Capacidade em L/min de calhas semicirculares (Obs: Y/D = 0,50), com n = 0,011. Diâmetro interno (mm) Declividades 0,5% 1% 2% Fonte: NBR 10844/89 Volta
23 Dimensionamento/Calhas Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto Tipo de Curva curva a menos de 2 m da saída da calha curva entre 2 e 4 m da saída da calha canto reto 1,2 1,1 canto arredondado 1,1 1,05 Fonte: NBR 10844/89 Volta
24 Dimensionamento/Aplicação Dimensionar o sistema de águas pluviais para o imóvel apresentado nas figuras, aplicando-se a NBR-10844/89 e considerando-se que será executado em Goiânia e a descida das calhas se conectem em aresta viva. Figuras: Vistas em planta e corte longitudinal.
25 Dimensionamento/Aplicação Figura: Vista em planta com área lateral pavimentada.
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