GUIA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC
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- Ana Luiza de Sá Arantes
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1 11ª Edição, 2012 GUIA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC Questões atuais e emergentes para empresas e legisladores
2 11ª Edição, 2012 GUIA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC Questões atuais e emergentes para empresas e legisladores Direitos Autorais para a versão original em inglês 2012 International Chamber of Commerce Todos os direitos reservados Essa publicação foi traduzida e impressa com a autorização da International Chamber of Commerce (ICC) que não se responsabiliza pela exatidão da tradução.
3 Os patrocinadores do Guia da Propriedade Intelectual da ICC A tradução e impressão da versão em português é uma cortesia de Dannemann Siemsen Bigler & Ipanema Moreira
4 2012 Índice Índice Prefácio Créditos Links Fundamentos de propriedade intelectual...1 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual A globalização da economia O desenvolvimento de novas tecnologias A disseminação da conexão pela Internet e a penetração da banda larga A Importância econômica de inovações não-tecnológicas nas empresas, recursos genéticos e conhecimento tradicional A politização da propriedade intelectual Mudanças na metodologia operacional das empresas...19 Guia A. Questões referentes a direitos específicos de propriedade intelectual I. Patentes Harmonização substantiva de patentes e cooperação com repartições de patentes Base para concessão de direitos de patentes: primeiro a inventar x primeiro a depositar Diferenças nacionais em patenteabilidade (por exemplo, biotecnologia e software de computador) A patenteabilidade de novos usos para compostos conhecidos Trabalho sobre um sistema unificado de patentes na Europa Considerações quanto a idiomas Licenciamento compulsório e uso pelo governo Patentes e normas técnicas...30 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
5 Índice 2012 II. Marcas Marcas famosas e notórias Buscas Uso de marcas na Internet Nomes de domínio...36 III. Desenhos Harmonização internacional substantiva e procedimental Falta de plenas possibilidades de busca de desenhos...41 IV. Direitos Autorais Administração e licenciamento coletivos Proteção legal a medidas tecnológicas que ajudam na proteção e licenciamento de obras Direitos morais Proteção de executantes/intérpretes audiovisuais Proteção de difusoras de rádio e televisão...45 V. Indicações geográficas...46 VI. Direitos de variedades de plantas (PVR)...47 VII. VIII. Proteção de informações não-divulgadas (segredos comerciais) e exclusividade de dados...48 Outras formas de propriedade intelectual e tecnologias Produtos de informação, por exemplo, bancos de dados Direitos indígenas/ comunitários/ tradicionais Biotecnologia e novos avanços da genética...53 B. Questões comuns a vários direitos de propriedade intelectual I. Prioridades na exigência de observância Litígio quanto a direitos de PI Exigência de observância na Internet...58 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
6 2012 Índice II. Solução de controvérsias de propriedade intelectual por arbitragem ou mediação Arbitragem Mediação...63 III. IV. Contrafação e pirataria...65 Exaustão dos direitos de propriedade intelectual...69 V. Avaliação, negociação e securitização de direitos de propriedade intelectual...70 VI. Desvio das taxas de registro de propriedade intelectual...72 VII. Privilégio do cliente e assessores profissionais de PI...73 C. Interação entre política de propriedade intelectual e de outras áreas I. Uso apropriado dos direitos de propriedade intelectual para o desenvolvimento econômico...77 II. Meio ambiente Diversidade biológica Mudança climática...81 III. Desenvolvimento e transferência de tecnologia...82 IV. Política de Concorrência Questões gerais Situações especiais...88 V. A sociedade da informação...89 VI. Privacidade de dados...91 Notes ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
7 Prefácio 2012 Prefácio A propriedade industrial (PI) continua sendo um campo em constante evolução, não raro atrelado a mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais. Essa mudança acentuada no quadro geoeconômico, por sua vez, tem gerado um interesse crescente nas utilizações da PI como ferramenta na alavancagem de um crescimento econômico sustentável. O seu alcance é inegável, tanto em países emergentes que objetivam fortalecer seus fundamentos econômicos, como em países de sólida estrutura que visam manter sua posição estratégica no mercado global. O comércio em si exerce um papel significativo no âmbito governamental, familiarizando-o com os modelos de infraestrutura necessários para o crescimento de indústrias de ponta, além do inestimável estímulo a mudanças tecnológicas. O processo acelerado, inerente à tecnologia da informação também exerce um papel de peso na utilização, licenciamento e proteção da PI. A emergência da mídia social, a reboque de uma crescente presença de dispositivos móveis e suas múltiplas aplicações, a presença maciça da banda larga, aliados à mudança de gostos e preferências do consumidor, têm levado proprietários de PI a repensar seus modelos e estratégias de distribuição, comercialização e controle da PI na esfera da eletrônica. O inegável avanço nas comunicações e viagens tem contribuído para um incremento de negócios internacionais nas transações e trocas de PI. Isto gera uma necessidade premente de adoção de regras coerentes e abrangentes em escala global. A edição de 2012 da principal publicação da ICC, O Guia ICC de Propriedade Intelectual: Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Legisladores realça os diversos progressos alcançados nos últimos dois anos como resultado direto dessas mudanças. Essas mudanças incluem a decisão de abrir o genérico espaço de nome de Domínio de Alto Nível. Também incluem medidas para controlar violações de direitos autorais e marcas na Internet, bem como coibir os altos custos e reduzir o longo período exigido para a obtenção de patentes em múltiplas jurisdições (exemplo: uma cooperação mais estreita entre repartições de patente; medidas adicionais na iniciativa da EU de criar uma plataforma única de registro e litígio de patentes; e uma recomposição geral atrelando o sistema dos Estados Unidos a outros sistemas mundiais. Outros desenvolvimentos, com implicações na esfera científica, incluem a conclusão do Protocolo de Nagoya sobre Acesso e Compartilhamento de Benefícios relativo a recursos genéticos, além da proteção de medicamentos biossimilares encontrados na União Européia e nos Estados Unidos. O Guia de PI de 2012 retém a mesma estrutura das edições anteriores. Um capítulo de apresentação descrevendo os progressos relativos à proteção da PI é seguido por diversas seções detalhando assuntos tais como temas relativos aos direitos da PI, bem como temas interligados aos vários direitos da PI, culminando com a interação entre PI e demais políticas do setor. Cada seção descreve novos desenvolvimentos assim como medidas e posicionamentos de empresas e governos sobre questões específicas. A maior parte das seções foi amplamente atualizada para essa nova edição, incluindo seções sobre exclusividade de dados, direitos de variedade de plantas, indicadores geográficos, desenhos, bancos de dados, avaliação, além de arbitragem e mediação de disputas relativas à PI. ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
8 2012 Prefácio Esperamos que o Guia de PI da ICC continue a ser uma valiosa base de referência para todos que trabalham no setor ou que necessitem compreender a política de propriedade intelectual. Estamos abertos a informações e opiniões dos leitores, as quais, com certeza, nos auxiliarão na tarefa de ampliar e aprimorar esta publicação. Jean-Guy Carrier Secretário Geral ICC David Koris Presidente Comissão da ICC sobre Propriedade Intelectual Esta é a décima primeira edição de O Guia ICC de Propriedade Intelectual: Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Legisladores. A primeira edição data de O Guia expressa as posturas existentes da ICC e não se destina a criar uma nova política da ICC. Esta publicação em inglês e em outros idiomas, bem como documentos mencionados sobre a política da ICC podem ser acessados em ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
9 Créditos 2012 Créditos A ICC agradece as principais contribuições recebidas dos membros da força-tarefa do Guia PI da ICC e de outros grupos da ICC para a presente atualização: Ron Myrick, Finnegan and Henderson, Farabow, Garret & Dunner LLP, Estados Unidos (Presidente da Força-Tarefa) Ivan B.Ahlert, Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Brasil Joseph Alhadeff, Oracle, Estados Unidos Thaddeus Burns, General Electric, Estados Unidos Juan Carlos Amaro, Becerril, Coca & Becerril S.C., México Tomás Arankowsky Tamés, AVAH Legal S. C., México Ingrid Baele, Philips IP & Standards, Países Baixos Christopher Boam, Verizon Communications, Estados Unidos Stravos Brekoulakis, School of International Arbitration, Reino Unido Thaddeus Burns, General Elecric, Estados Unidos Antonella Carminatti, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Bernardo Cascão, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Héctor E. Chagoya, Becerril, Coca & Becerril, S.C., México Chew Phye Keat, Raja, Darryl & Loh, Malásia David Fares, News Corporation, Estados Unidos Rodrigo Ferreira, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Graham Henderson, Music Canada, Canadá Ivan Hjertman, IP Interface AB, Suécia Michael Jewess, Pesquisa em Propriedade Intelectual, Reino Unido David Jones, Microsoft, Estados Unidos Douglas Kenyon, Hunton & Williams, Estados Unidos Sun Kim, Kims and Lees, Korea Daniel Kraus, Umbricht, Suíça Edgar Krieger, CIOPORA Sandra Leis, Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Brasil Julian D. M. Lew QC, 20 Essex Street, Câmara e Escola de Arbitragem Internacional, Reino Unido Bruno Lewick, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil David Lewis, Babcock International Group PLC, Reino Unido Elisabeth Logeais, UGGC, representando a Licensing Executives Society International José Mauro Machado, Pinheiro Neto Advogados, Brasil Allison Mages, General Electric, Estados Unidos Leslie McDonell, Finnegan, Henderson, Farabow, Garrett & Dunner LLP, Estados Unidos José Carlos da Matta Berardo, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Paula Mena Barreto, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Carlos Müggenburg, Müggenburg, Gorches, Peñalosa y Sepúlveda S. C., Mexico Ana Muller, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Gadi Oron, Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), Reino Unido Diego Osegueda, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil John Paul, Finnegan and Henderson, Estados Unidos Raymundo Pérez Arrelano, Von Wobeser y Sierra S.C., Mexico Sudhir Raja Ravindran, Altacit Global, Índia Beatrice Renggli, IP Consult 4U GmbH, Suíça Michael Ritscher, Meyer Lustenberger, Suíça Timothy W. Roberts, Brookes Batchellor LLP, Reino Unido José Antonio Romero, Becerril, Coca & Becerril, S.C., Mexico ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
10 2012 Créditos David Rosenberg, GlaxoSmithKline, Reino Unido Jean-François Sarrazin, Bayer, Alemanha Pavel Savitsky, Mannheimer Swartling, Russia Peter Schramm, Meyer Lustenberger, Suíça Claudia Schulz, Barbosa, Müssnich & Aragão, Brasil Peter Dirk Siemsen, Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Brasil Bradley Silver, Time Warner, Estados Unidos Derek Slater, Google, Estados Unidos Michael Soo, Shook Lin & Bok, Malásia Ekaterina Tilling, Baker Botts, Russia Natalia Tobon, Cavelier Abogados, Colômbia Anthony Tridico, Finnegan, Henderson, Farabow, Garrett & Dunner LLP, Estados Unidos Stéphane Tronchon, Qualcomm, Estados Unidos Fabricio Vayra, Time Warner Inc., Estados Unidos Daphne Yong-d Hervé (Secretária da Força Tarefa), Kati Jutteau, Ayesha Hassan, Andrea Bacher, Jeffrey Hardy, Francesca Mazza, Tracy Faustin, Hannah Tümpel, Secretariado da ICC Agradecemos também a todos os membros da ICC e aos comitês nacionais de diferentes regiões que contribuíram com seus valiosos comentários e idéias para a presente atualização. ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
11 Links 2012 Links International Chamber of Commerce Anti-Counterfeiting Trade Agreement Convention on Biological Diversity European Union Commission, Parliament, Council ICC ACTA CBD EU europa.eu European Patent Office EPO EU Office for Harmonization in the Internal Market (Trademarks and Designs) Five Intellectual Property Offices Hague Conference on Private International Law Internet Corporation for Assigned Names and Numbers International Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture International Union for the Protection of New Varieties of Plants Organisation of Economic Co-operation and development United Nations Commission on International Trade Law United Nations Framework Convention on Climate Change OHIM IP5 HCCH ICANN PGRFA UPOV OECD UNCITRAL UNFCCC oami.europa.eu unfccc.int World Health Organisation WHO World Intellectual Property Organisation WIPO World Trade Organisation WTO ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
12 2012 Fundamentos da propriedade intelectual Fundamentos de Propriedade Intelectual O que é propriedade intelectual? Propriedade intelectual é uma criação do intelecto, que é de propriedade de uma pessoa física ou de uma organização, que pode então escolher entre compartilhá-la livremente ou controlar seu uso de determinadas maneiras. A propriedade intelectual é encontrada em quase toda parte em obras criativas como livros, filmes, discos, música, arte e software, e em objetos do dia-a-dia, como automóveis, computadores, medicamentos e variedades de plantas, todos eles desenvolvidos graças aos avanços na ciência e na tecnologia. As características distintivas que nos ajudam a escolher os produtos que compramos como nomes de marca e desenhos, podem se enquadrar dentro do escopo da propriedade intelectual. Até mesmo o lugar de origem de um produto pode ter direitos ligados ao mesmo, como o caso de Champagne e Gorgonzola. Muito do que vemos e usamos na Internet, seja uma página da Internet ou o nome de um domínio, também inclui ou representa alguma forma de propriedade intelectual. Porque a propriedade intelectual é protegida, e quem se beneficia? Através de um sistema de direitos de propriedade intelectual, é possível não só assegurar que uma inovação ou criação seja atribuída ao seu criador ou produtor, mas também assegurar a propriedade da mesma e, como resultado, beneficiar-se comercialmente. Ao proteger a propriedade intelectual, a sociedade reconhece os benefícios trazidos por ela, e dá incentivo para que as pessoas invistam tempo e recursos para desenvolver inovações e expandir o conhecimento. O sistema de propriedade intelectual foi elaborado para beneficiar a sociedade como um todo, alcançando um delicado equilíbrio para assegurar que sejam atendidas tanto as necessidades do criador como do usuário. Geralmente os direitos de propriedade intelectual permitem que o detentor dos direitos os exerça sobre o uso de sua obra por um período limitado de tempo. Como contrapartida pela concessão desses direitos, a sociedade se beneficia de várias maneiras. O sistema de propriedade intelectual contribui para a sociedade: Enriquecendo o acervo de conhecimentos e cultura públicos; Mantendo concorrência leal e estimulando a produção de uma ampla gama de bens e de serviços de qualidade; Respaldando o crescimento econômico e o emprego; Apoiando a inovação e a criação; e Promovendo avanços tecnológicos e culturais e de expressão. Quando não há disponibilidade de direitos de propriedade intelectual adequados ou suficientes, ou quando eles são difíceis de serem cumpridos, pessoas físicas e empresas inovadoras dependem, em grande parte, de outros meios para se protegerem da concorrência desleal, como através de segredos comerciais, acordos contratuais, ou meios técnicos para impedir o plágio. Esses meios podem ser menos eficazes na promoção dos objetivos enunciados acima. ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores 1
13 Fundamentos da propriedade intelectual 2012 Como é protegida a propriedade intelectual? Em geral, a propriedade intelectual é protegida dando ao criador de uma obra, ou a um inventor, direitos exclusivos para explorar comercialmente sua criação ou invenção por um período limitado de tempo. Esses direitos também podem ser vendidos, licenciados, ou o detentor dos direitos pode dispor deles de outras maneiras. Os direitos de propriedade intelectual são concedidos nos termos das leis nacionais de cada país ou região. Além disso, vários acordos internacionais sobre direitos de propriedade intelectual harmonizam as leis e procedimentos, ou permitem que direitos de propriedade intelectual sejam registrados ao mesmo tempo em diversos países. Tipos diferentes de propriedade intelectual criações literárias e artísticas, invenções, nomes de marcas e desenhos, para citar alguns são protegidos de maneiras diferentes: Criações nos campos da literatura e das artes, tais como livros, pinturas, música, filmes e discos, bem como software, geralmente são protegidos através de direitos autorais ou dos assim chamados direitos conexos; Invenções tecnológicas são tipicamente protegidas por patentes; Características distintivas como palavras, símbolos, odores, sons, cores e formas que distinguem um produto ou serviço de outro, podem ser protegidas por direitos de marcas; A aparência externa específica dada a objetos, tais como móveis, peças de carrocerias de automóvel, artigos de mesa, jóias, pode gozar da proteção de desenhos; As indicações geográficas e segredos comerciais também são considerados como sendo tipos de propriedade intelectual, e a maioria dos países dá a eles alguma forma de proteção legal; As regras para impedir concorrência desleal no mundo comercial também ajudam a proteger segredos comerciais e outros tipos de propriedade intelectual; Variedades de plantas são protegidas principalmente por um regime específico de proteção de PI chamado direitos de variedades de plantas. Podem também ser protegidas por patentes ou por uma combinação dos dois sistemas; e Em alguns países, circuitos integrados e bancos de dados recebem proteção legal específica. O mesmo produto também pode ser protegido simultaneamente por mais de um tipo de direito de propriedade intelectual em diferentes países. Direitos Autorais Os direitos autorais existem para estimular a produção original de criações artísticas, literárias e musicais, desde livros e pinturas até filmes de cinema, gravações e software. O sistema de direitos autorais recompensa a expressão artística permitindo ao criador beneficiar-se comercialmente de sua obra. Além de conceder direitos econômicos, o direito autoral também confere direitos morais que permitem ao criador reivindicar a autoria e impedir mutilações ou deformações de sua obra que possam prejudicar sua reputação. Para qualificar-se para proteção de direitos autorais, a obra precisa ser uma criação original e ser expressa em determinada forma fixa. Os direitos autorais são automaticamente conferidos ao autor uma vez que a obra esteja criada, embora alguns países mantenham sistemas de registro que 2 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
14 2012 Fundamentos da propriedade intelectual proporcionam benefícios adicionais. Ela pode então ser licenciada ou cedida, muitas vezes a um editor ou produtor. A proteção de direitos autorais dá ao autor direitos exclusivos por determinado tempo, geralmente a partir da criação da obra até cinquenta ou setenta anos após o seu falecimento. A lei de direitos autorais permite que o detentor dos direitos autorais controle determinados usos de sua obra. Esses usos, que o autor pode autorizar ou proibir, incluem especificamente a reprodução, distribuição, aluguel, gravação, comunicação ao público, difusão por rádio e televisão, e tradução ou adaptação da obra. Em alguns países, o autor não tem o direito de impedir determinados usos de suas obras, mas tem o direito de ser remunerado pelo seu uso. Em cada país existem exceções que permitem que o público faça uso das obras sem remunerar o autor ou obter sua autorização. Um exemplo é o uso limitado de citações para ilustração ou ensino. As proteções oferecidas ao detentor dos direitos autorais, bem como as limitações e exceções previstas nas leis de direitos autorais, constituem uma parte essencial do arcabouço dos direitos autorais. Objetivando um equilíbrio apropriado, juntas elas facilitam a criação de obras artísticas bem como novos meios para distribuílas e apreciá-las. A maioria dos países dá proteção semelhante a produtores de fonogramas, intérpretes e executantes e difusoras de rádio e televisão. Em alguns países os intérpretes e executantes, produtores e difusoras de rádio e televisão de obras amparadas por direitos autorais são protegidos por direitos autorais da mesma forma que os autores; em outros países, em lugar disso, eles são protegidos por direitos conexos ou correlatos. O direito autoral tem se tornado cada vez mais importante com o desenvolvimento da tecnologia digital e da Internet, onde ele é a principal forma de proteção à propriedade intelectual para conteúdo distribuído online e onde ele enfrenta dificuldades para ser cumprido. Existem diversos acordos internacionais sobre proteção de direitos autorais e direitos correlatos. Eles incluem a Convenção de Berna para Proteção de Obras Literárias e Artísticas (1886), a Convenção de Roma para Proteção de Intérpretes e Executantes, Produtores de Fonogramas e Organizações de Difusão pelo Rádio e Televisão (1961), a Convenção de Genebra para Proteção de Produtores de Fonogramas contra Duplicação Não Autorizada de seus Fonogramas (1971), o Tratado da WIPO sobre Direitos Autorais (1996) e o Tratado da WIPO sobre Interpretações, Execuções e Fonogramas (1996). Os dois últimos abordam a proteção dos direitos de autores no mundo digital. O Acordo da Organização Mundial de Comércio (OMC) sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relativos ao Comércio (TRIPS) (1994) é o primeiro acordo multilateral de propriedade intelectual relativo ao comércio. Ele abrange a maioria dos tipos de propriedade intelectual, e inclui direitos autorais e direitos conexos. Patentes A patente dá ao inventor o direito, por um determinado período de tempo,de impedir que outros usem, fabriquem, vendam, ofereçam para venda ou importem sua invenção sem sua autorização. Em troca, o inventor precisa revelar os detalhes de sua invenção em um documento de patente que é colocado à disposição do público. Desta maneira, as patentes representam um contrato social entre a sociedade como um todo e os inventores. Uma inovação que o inventor prefira manter em segredo é conhecida como know-how (conhecimento técnico especializado) ou segredo comercial. Estes são protegidos segundo regras diferentes. Na maioria dos países, a proteção de patente dura 20 anos, contados a partir da data do depósito, e é expedida pelas repartições de patente do governo nacional ou regional, às quais o inventor precisa apresentar um pedido. Para que a patente seja concedida, a invenção precisa atender a três condições: Precisa ser nova nunca deverá ter sido publicada ou usada publicamente antes; ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores 3
15 Fundamentos da propriedade intelectual 2012 Deve ter aplicação industrial precisa ser algo que possa ser fabricado ou usado industrialmente; e Precisa ser não óbvia não deverá ser uma invenção que tenha ocorrido a qualquer pessoa versada no campo pertinente. Sistemas de patentes têm sido adotados por muitos países, ao longo dos anos, porque: Estimulam a revelação de informações ao público, aumentando o acesso do público ao conhecimento técnico e científico. Sem a garantia de uma patente, um inventor, seja pessoa física ou empresa, pode preferir manter em segredo os detalhes de uma invenção; Dão incentivos e recompensa pela inovação e pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento, e para futuras invenções; A limitada duração de uma patente estimula a rápida comercialização das invenções, e assim o público recebe mais cedo um benefício tangível da invenção, em vez de mais tarde; Por estimularem a publicação de detalhes das invenções, as patentes ajudam a evitar a duplicação de pesquisa e estimulam mais pesquisa, inovação e concorrência; e São percebidas como uma segura titularidade de propriedade intelectual, concedida, na maioria dos países, após rigoroso processo de exame. Existem diversos acordos internacionais sobre proteção de patentes. Para questões substantivas, os mais importantes são a Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial (1883) e o Acordo da OMC sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relativos ao Comércio (TRIPS) (1994), enquanto os principais tratados de patentes sobre questões processuais são o Tratado de Cooperação de Patentes (1970) e o Tratado de Direito Patentário (2000). A Convenção sobre a Patente Européia (1973) estabelece regras para se obter Patentes Européias, que, quando concedidas, dividem-se em patentes nacionais nos países designados. Uma versão revista da Convenção (EPC 2000) e Regulamentações para Implementação entraram em vigor em 13 de dezembro de Marcas As marcas permitem aos consumidores e às empresas diferenciar entre bens e serviços de diferentes produtores, e selecionar produtos de fabricantes de reputação confiável. Para os fabricantes ou prestadores de serviços que investiram tempo, esforço e dinheiro para construir uma boa imagem da marca, as marcas registradas são uma maneira de impedir que outros tirem proveito de sua reputação de maneira desleal. Isso assegura concorrência leal no mercado, e estimula os produtores a investir na qualidade e na reputação de seus produtos ou serviços. A proteção de marcas pode ser aplicada a marcas, nomes, sinais, símbolos, e mesmo cores, odores, sons e formas. Em suma, quase qualquer característica distintiva ligada a um produto ou serviço e que o diferencie de outro pode ser protegida como marca. Na maioria dos países, a marca precisa ser registrada em uma repartição governamental nacional ou regional de marcas, para seu uso em bens ou serviços específicos a serem protegidos. Um detentor de marca pode impedir que terceiros usem sua marca ou marca semelhante em bens ou serviços iguais ou semelhantes se, ao fazê-lo, provavelmente causarem confusão na mente do público. Em 4 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
16 2012 Fundamentos da propriedade intelectual muitos países, marcas famosas ou notórias também gozam de proteção para que não sejam depreciadas, enfraquecidas ou aproveitadas de maneira desleal. Quase todas as empresas, grandes e pequenas, dependem de marcas. A proteção à marca é usada mais que qualquer outra forma de propriedade intelectual, tanto em economias em desenvolvimento como nas desenvolvidas. As marcas servem para garantir a origem aos consumidores locais. Registros de marca, que podem ser prontamente submetidos à busca, permitem que as empresas evitem escolher novas marcas que poderiam ser confundidas com as existentes. Existem diversos acordos internacionais sobre proteção de marcas. Para questões substantivas, os mais importantes são a Convenção de Paris para Proteção à Propriedade Industrial (1883), o Tratado de Direito Marcário (1994) e o acordo TRIPS (1994). O Tratado de Cingapura sobre Direito Marcário foi adotado em 28 de março de Quanto a questões processuais, os principais tratados são o Acordo de Madri sobre Registro Internacional de Marcas (1891) e seu Protocolo (1989), que usam o francês, o inglês e o espanhol como idiomas oficiais, e o Acordo de Nice sobre Classificação Internacional de Bens e Serviços para Fins de Registro de Marcas (1957). Na Europa, a Regulamentação n 207/09, de 26 de fevereiro de 2009, que codifica a regulamentação anterior 40/94 sobre Marca de Comércio Comunitária (CTM), permite que o detentor de uma marca obtenha um único registro de marca abrangendo os 27 Estados-Membros da União Européia. O vínculo estabelecido em1º de outubro de 2004 entre o CTM e o Protocolo de Madri dá aos titulares de marcas maior flexibilidade para obterem proteção internacional de marcas. Além do estudo realizado em 2010 sobre o sistema global de marcas na UE, é provável que emendas sejam propostas à atual Regulamentação do CTM. Desenhos Os direitos relativos a desenhos protegem aspectos visuais novos e originais de um produto ou de sua embalagem. Os requisitos para proteção tomam emprestados conceitos tanto de direito patentário (inovação) como de direito autoral (originalidade). Para se qualificar para proteção, o desenho precisa apresentar características estéticas, e não pode ser antecedido por um desenho conhecido que, de uma maneira geral, seja idêntico ou semelhante. Os desenhos podem ser expressos em formato bidimensional (desenhos propriamente ditos) ou tridimensionais (modelos). Os desenhos contribuem significativamente para a comercialização de bens, e são itens fundamentais do ativo de diversas indústrias, como por exemplo, indústrias têxteis, moda, dispositivos móveis de consumo, software (interfaces) de computador, automóveis e mobiliário e decoração. O regime para a proteção de desenhos difere de um país para outro, embora a harmonização tenha sido alcançada dentro da União Européia, com a Regulamentação nº 6/2002, que estabelece direitos de desenhos da Comunidade vigentes em todos os 27 Estados-Membros da União Européia. Na maioria dos países a proteção de desenhos está sujeita a registro, embora haja uma tendência para oferecer proteção, por curto prazo, a desenhos não registrados, 3 anos, por exemplo, na União Européia. Geralmente os desenhos registrados podem se beneficiar de proteção por 25 anos. O titular de um desenho protegido pode proibir a fabricação, venda, importação ou exportação de produtos que incorporem ou apliquem o desenho. Dependendo dos países, o proprietário pode simultaneamente valer-se da proteção dos direitos autoral, marcário e patentário. A proteção de desenhos é uma área que ultimamente tem se beneficiado de significativa e promissora harmonização. O Acordo de Haia (1925) referente ao depósito internacional de desenhos industriais conforme emenda ao Ato de Genebra da WIPO (Organização Mundial de Propriedade Intelectual) de 1999 permite o depósito centralizado de pedidos de desenhos para proteção nos vários países que fazem parte do Acordo (que inclui a União Européia). As Regulamentações mais recentes entraram em vigor em 1º de abril de Para questões processuais, a classificação de bens é regida pelo Acordo de Locarno (1968). ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores 5
17 Fundamentos da propriedade intelectual 2012 Segredos comerciais Os segredos comerciais abrangem vários tipos de informações sobre a empresa, sejam técnicas, comerciais ou financeiras, que não são conhecidas ou não podem ser prontamente obtidas pelo público interessado, e que dão a uma empresa uma margem competitiva (por exemplo, métodos de fabricação, técnicas e know-how, listas e perfis de clientes, métodos de distribuição, informações financeiras, ingredientes, etc.). De uma maneira geral, as informações são levadas em conta para a proteção de segredos comerciais quando identificadas, substanciais e secretas, como disposto no artigo 39 do TRIPS. A proteção de segredos comerciais é concedida sem registro, e pode durar tempo ilimitado, geralmente enquanto for mantida a confidencialidade. Quando o segredo comercial consiste em know-how patenteável, o escopo da proteção legal concedida respectivamente pela lei de patentes e pelo status de segredo comercial precisa ser cuidadosamente comparado, antes de se decidir se a invenção deve ser patenteada ou mantida em segredo. Essa decisão dependerá também do tipo de know-how envolvido, do seu uso previsto, do prazo esperado de vantagem competitiva, e da capacidade de assegurar sigilo em longo prazo. Uma característica distintiva do segredo comercial é a impossibilidade de anular ou ignorar a transferência de conhecimentos, uma vez revelados. É por isso que, ao transferir um segredo comercial, seu detentor geralmente dedica grande atenção às disposições sobre confidencialidade e à eficácia de liminares judiciais que possam ser obtidas localmente para impedir a disseminação não autorizada. As empresas, agora mais conscientes do valor dos segredos comerciais, da confidencialidade e de acordos de não-revelação, bem como de acordos de não-concorrência, em contratos de trabalho, agora os usam amplamente no curso de negociações comerciais, bem como no contexto das relações de emprego, numa tentativa de limitar vazamentos e usos indesejados de valiosas informações sobre negócios. No entanto, a proteção aos segredos comerciais permanece fraca em muitos países, em parte devido à falta de legislação de proteção específica e em parte à falta de conscientização pelo judiciário e outros órgãos administrativos. Sanções contra a obtenção, uso ou revelação de segredos comerciais, através da aplicação de leis contra práticas desleais de concorrência um ramo do direito sobre atos ilícitos também são estipuladas no Artigo 39 do TRIPS. A violação de um compromisso de confidencialidade também pode ser tratada como infração contratual. Em casos específicos, a apropriação indébita de segredos comerciais pode ser considerada crime, assim como furto ou espionagem industrial. A comunicação de know-how, propriamente dito, ou como parte de contratos mistos de licença de patente e de know-how, é uma maneira bem conhecida de explorar segredos comerciais de natureza técnica, que sofrem agora menos restrições nacionais que prejudicam a transferência de know-how além fronteiras. Nomes de domínio Um nome de domínio na Internet é um endereço único em forma simplificada, feito para que usuários possam localizar e visitar um site na Internet de maneira fácil, ou usar um . Cada computador ( servidor ) tem um endereço fixo ou dinâmico de Protocolo na Internet (Endereço IP), que possibilita que ele se comunique com recursos da Internet durante uma sessão específica. Um nome de domínio é nada mais que uma tradução fácil-de-lembrar desse endereço de IP. Por exemplo, o nome de domínio na Internet icc-wbo.org contém iccwbo como domínio de segundo nível antes do ponto, e org como o Domínio de Alto Nível após o ponto. Há Domínios de Alto Nível genéricos (org, com, edu, etc) e Domínios de Alto Nível do código de países. 6 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
18 2012 Fundamentos da propriedade intelectual A ICANN (Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet) é a entidade mundial responsável pela coordenação e gerenciamento do Sistema de Nomes de Domínio. Com o explosivo crescimento da Internet, os nomes de domínio tornaram-se valiosos ativos para as empresas, servindo como identificadores de empresas, que podem se conflitar com identificadores já existentes de empresas (por exemplo, marcas, indicações geográficas, nomes de fantasia, etc.). Através dos nomes de domínio, as empresas podem estabelecer presença na Internet e atrair usuários da Internet no mundo todo. Quando tentam fortalecer suas marcas, as empresas procuram registrar e usar nomes de domínio idênticos às suas marcas, ou que as incorporem, como Domínios de Alto Nível relevantes para seus negócios. Podem ocorrer problemas quando nomes de domínio que incorporam marcas ou variações das mesmas são registrados por terceiros, inclusive por grileiros cibernéticos. (Veja a Seção A. II. 4, Nomes de Domínio para o tratamento das principais questões) Direitos de Variedades de Plantas O direito de variedade de plantas (PVR) é uma espécie de proteção de patente que confere ao produtor o direito exclusivo para explorar a variedade por um período de 30 anos. A elegibilidade de proteção é prevista dentro dos seguintes critérios: Recente não pode ter sido explorada no território protegido por um prazo maior de um ano; ou, em outra localidade, por um prazo que exceda quatro (ou seis) anos anteriores à data do pedido; Diferenciado deve apresentar características marcantes que as diferenciem de outras espécies cuja existência seja do conhecimento público na ocasião do pedido; Padronizado deve ser suficientemente padronizado nas suas principais características; Estável suas principais características devem permanecer inalteradas mesmo após maciça divulgação; e Classificada por um nome condizente. O PVR não protege as espécies propriamente ditas (ao contrário de uma invenção, que é protegida por patente), concentrando-se, portanto, em determinadas classificações. Em primeira instância, apenas o material de divulgação é coberto pelos direitos exclusivos do proprietário, o que lhe permite controlar sua produção, reprodução, vendas, importação, exportação e atividades correlatas. Em alguns países, amostras colhidas das espécies protegidas, assim como produtos feitos diretamente dessas amostras, estão enquadrados no programa de proteção. Uma característica singular no PVR, e uma de suas mais importantes exceções, é a chamada isenção do produtor, que permite que os produtores utilizem espécies protegidas no desenvolvimento e subsequente exploração de novas espécies. Esta isenção tem por objetivo fomentar o desenvolvimento, levando-se em consideração que nenhuma espécie pode ser gerada sem a existência de uma amostra inicial. O único acordo internacional de Direitos de Variedades de Plantas é a Convenção Internacional Para a Proteção de Novas Espécies de Plantas, de 1961(revisto em 1971, 1978 e 1991) que é regida pela União Internacional para a Proteção de Variedades Novas de Plantas (UPOV). Entre os 70 membros da UPOV, 47 são vinculados ao Ato de 1991, 22 ao Ato de 1978, e um único membro ainda é vinculado à Convenção de 1961, conforme emenda ao Ato de Atualmente, mais de certificados de PVR estão em vigor nos países associados à UPOV. ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores 7
19 Fundamentos da propriedade intelectual 2012 O artigo 27(3) (b) do Acordo TRIPS também se refere a espécies de plantas: obriga os membros da OMC a garantir proteção das diversas espécies de plantas através de patentes ou através de um específico sistema eficiente que englobe essas normas. 8 ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores
20 2012 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual Desenvolvimentos econômicos, sociais, políticos e tecnológicos têm um impacto fundamental sobre a criação, exploração e uso da propriedade intelectual (PI). Os sistemas existentes de proteção à propriedade intelectual estão constantemente se adaptando para acolher essas mudanças, tal como tem sido desde seu início. As empresas que dependem da exploração de ativos de propriedade intelectual precisam, para permanecer competitivas, assegurar que os meios disponíveis para proteger sua propriedade intelectual ainda sejam eficazes nesse ambiente em evolução. Essa introdução descreve as principais forças que estão mudando o panorama da propriedade intelectual, e seu possível impacto sobre a criação e exploração da propriedade intelectual. Entre elas, as citadas abaixo: 1. A globalização da economia; 2. O desenvolvimento de novas tecnologias; 3. A disseminação da conexão pela Internet e a penetração da banda larga; 4. O crescimento, em importância econômica, de inovações e recursos não-tecnológicos em negócios não protegidos pelos regimes existentes de propriedade intelectual; 5. A politização de questões de propriedade intelectual; e 6. Mudanças na metodologia operacional das empresas. 1. A globalização da economia A crescente escala internacional em que as empresas operam e comercializam está às vezes em desacordo com a natureza tradicionalmente territorial da maioria das legislações, inclusive aquelas que regem os direitos de propriedade intelectual. Essa tendência é exacerbada pelo desenvolvimento do comércio eletrônico, que permite que mais empresas operem internacionalmente; isso pode levantar questões referentes às leis e jurisdição aplicáveis sobre transações e violações de propriedade intelectual. Além disso, a natureza global do comércio acrescentou desafios ao registro (no caso de direitos registrados) e à exigência de observância de direitos de propriedade intelectual em cada país onde bens que sejam objeto de propriedade intelectual possam ser fabricados e amplamente vendidos sem a permissão dos titulares desses direitos. Isso também é verdade em relação a empresas de serviços globalmente ativas tais como seguradoras, bancos e empresas de transporte. Esses fatores reforçam a justificativa para harmonizar internacionalmente as normas de propriedade intelectual. A harmonização através de tratados existe desde a Convenção de Paris (1883), passando pelo acordo TRIPS da OMC que vinculou os direitos de propriedade intelectual ao sistema comercial internacional e seu mecanismo de sanções e mais recentemente pelos Tratados da WIPO sobre a Internet, de O desejo de acelerar o processo de harmonização como parte do crescimento do comércio internacional levou a outras formas de estabelecimento de normas, que se tornaram importantes forças em prol da harmonização. Acordos bilaterais de livre comércio devem incluir padrões de propriedade intelectual mais abrangentes que os padrões mínimos estabelecidos pelo TRIPS, ao mesmo tempo ampliando ICC O Guia da Propriedade Intelectual para Empresas e Legisladores 9
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