Nota Técnica. André Rossi de Oliveira

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1 Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Ciência, Tecnologia e Inovação Análise dos Impactos Sociais do Art. 9º da Proposta de Revisão do Plano Geral de Outorgas de Serviços de Telecomunicações Prestado no Regime Público PGO Nota Técnica André Rossi de Oliveira O conteúdo desta Nota Técnica, bem como as opiniões nela emitidas são de responsabilidade exclusiva do seu autor. Brasília,DF Setembro, 2008

2 André Rossi de Oliveira Centro de Estudos em Regulação de Mercados CERME Universidade de Brasília - UnB

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4 1. Introdução Em 16 de junho de 2008, a ANATEL deu início à consulta pública nº 23 com o objetivo de receber sugestões e comentários sobre sua proposta de revisão do Plano Geral de Outorgas de Serviços de Telecomunicações prestado no regime público (PGO). Diz o Artigo 9 o da minuta de Plano Geral de Outorga: Art. 9o. A empresa titular de concessão do serviço a que se refere o artigo 1º deverá explorar exclusivamente diversas modalidades desse serviço. 1º. A Agência Nacional de Telecomunicações deverá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação deste Plano Geral de Outorgas, editar regulamentação específica para a implementação do disposto no caput deste artigo. 2º. A regulamentação específica mencionada neste artigo será fundamentada em estudo realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações acerca dos impactos regulatório, econômico concorrencial, social e tecnológico. Uma das principais implicações dessa disposição é que as concessionárias de STFC não poderão prestar serviços de internet de banda larga, o que, por sua vez, significa que deverá haver uma separação (não está claro que tipo de separação) entre a operadora de STFC e a prestadora de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia). Essa medida terá impactos econômico sociais substanciais no curto, médio e longo prazos. Para efeito deste trabalho, o curto prazo será 2010, o médio prazo será 2015, e o longo prazo será Sempre que for possível, as estimativas de impacto discutidas nesse trabalho estarão discriminadas de acordo com o seu prazo de realização. Os impactos sociais a serem considerados nesta nota técnica são os seguintes: Impactos sobre as tarifas do STFC; Impactos sobre os preços dos serviços de banda larga; Impactos sobre os índices de inflação; Impactos sobre a qualidade dos serviços de banda larga; Impactos relativos ao aumento ou redução do nível de empregos; Impactos sobre a penetração (massificação) do uso de serviços de telecomunicações. 1

5 A seção 2 tratará dos impactos sobre as tarifas do STFC. A seção 3 avaliará em conjunto os impactos sobre a penetração e os preços da banda larga. Já a seção 4 versará sobre as consequências da separação pretendida no Art. 9 o sobre a qualidade dos serviços de banda larga. A seção 5 terá como tarefa determinar se as variações nos preços da banda larga terão algum efeito sobre os índices de inflação. Finalmente, a seção 6 tratará dos impactos sobre o nível de emprego. 2. Impactos sobre as tarif as do STFC Antes de avaliar os possíveis impactos da separação estrutural sobre as tarifas do STFC, é preciso entender como ocorre a regulação de serviços de banda larga no Brasil. Os contratos de concessão assinados pelas operadoras após a privatização do sistema Telebrás, regidos pela Lei Geral de Telecomunicações (LGT), restringiam a sua atuação ao Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), que inclui as telefonias local, de longa distância nacional e de longa distância internacional. As operadoras não poderiam oferecer Serviços de Valor Adicionado (SVA), cuja definição pode ser encontrada no Art. 61 da LGT: Art. 61. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações. 1º Serviço de valor adicionado não constitui serviço de telecomunicações, classificando se seu provedor como usuário do serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa condição. 2 É assegurado aos interessados o uso das redes de serviços de telecomunicações para prestação de serviços de valor adicionado, cabendo à Agência, para assegurar esse direito, regular os condicionamentos, assim como o relacionamento entre aqueles e as prestadoras de serviço de telecomunicações. Essa restrição foi confirmada nos novos contratos de concessão, que entraram em vigor em 1o de janeiro de De fato, assim diz o Parágrafo Único da Cláusula 1.3: Parágrafo Único: Devem ser consideradas relacionadas com o objeto da presente concessão aquelas prestações, utilidades ou comodidades que, a juízo da ANATEL, sejam consideradas inerentes e complementares à plataforma do serviço ora concedido, sem 2

6 caracterizar serviço de valor adicionado ou nova modalidade de serviço, observadas as disposições da regulamentação. Como os serviços de acesso à internet são considerados de valor adicionado, as concessionárias em princípio não poderiam fornecê los a seus clientes. No entanto, por ocasião da privatização, as concessionárias receberam outorgas para prestar o SRTT (Serviço de Rede de Transporte de Telecomunicações), o que lhes permitia prover serviços de transmissão de dados. Como resultado, usuários de acesso discado à Internet tinham e ainda têm que se relacionar com duas empresas: a operadora de STFC e o Provedor de Acesso a Serviços Internet (PASI) (que pode ser uma subsidiária da própria operadora de STFC), considerado um provedor de serviço de valor adicionado. Houve em consequência uma proliferação de provedores de acesso, aumentando a competição no varejo. Essa situação se manteve com a introdução do serviço de acesso à internet em banda larga, ou seja, o usuário também tem que contratar dois serviços diferentes 1. No entanto, a segunda entidade envolvida, além do PASI, é agora uma prestadora de serviço de comunicação multimídia (SCM) (que pode ser de propriedade da operadora de STFC e pode também ser o PASI), definido, de acordo com o Art. 3 o da Resolução nº 272 da ANATEL, de 9 de agosto de 2001, como um serviço fixo de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço". Além disso, o parágrafo único desse artigo deixa claro que distinguem se do Serviço de Comunicação Multimídia, o Serviço Telefônico Fixo Comutado destinado ao uso do público em geral (STFC) e os serviços de comunicação eletrônica de massa, tais como o Serviço de Radiodifusão, o Serviço de TV a Cabo, o Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS) e o Serviço de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite (DTH)". Esse pequeno histórico da regulação dos serviços de acesso à internet deixa claro primeiramente que há uma área cinzenta no que diz respeito à atuação das operadoras de STFC, que inclusive passaram a comercializar planos de acesso via banda larga diretamente ao consumidor (não sem contestação). Em segundo lugar, fica claro que já existe uma separação funcional entre as operadoras de STFC e os seus provedores de acesso à internet. Não existe separação funcional, no entanto, entre as operadoras de 1 A exigência de contratar provedor de acesso foi recentemente contestada judicialmente no estado de São Paulo. 3

7 STFC e suas prestadoras de SCM. Tanto é assim que as receitas das prestadoras de SCM entram na contabilidade das operadoras de STFC. Sendo assim, nesse trabalho consideraremos que a separação que se infere do art. 9 o da consulta pública nº 23, de 16 de junho de 2008, referente à proposta de revisão do Plano Geral de Outorgas de Serviços de Telecomunicações prestado no regime público (PGO), é uma separação estrutural. Isso significa que a operadora de STFC não poderá ser proprietária de provedores de acesso e de SCM. O serviço de comunicação de dados é um serviço de comunicação multimídia que pode ser dividido em três grandes grupos: Aluguel de circuitos de dados (TDM) ou circuitos virtuais em redes de pacotes (ATM, FR ou X.25) para uso de outras operadoras ou redes corporativas; Serviços de redes de dados para o mercado corporativo; Circuito para acesso a internet, como o ADSL oferecido pelas operadoras de telefonia fixa (Velox, BrTurbo, Speedy), pelas operadoras de TV a Cabo ou com acesso através de rádio (wireless). As provedoras de SCM das operadoras de STFC evidentemente se encaixam no terceiro grupo acima. As receitas geradas pela comunicação de dados são contabilizadas pelas operadoras de STF, como registrado na tabela a seguir, que consolida dados para Oi, Brasil Telecom e Telefonica. Tabela 1: Receita Bruta de Tel. Fixa da Oi, Brasil Telecom e Telefonica (R$ milhões) 4

8 (R$ milhões) Serviço Local (Fixo-Fixo) Assinatura/Habilitação Serviço (pulsos) Outros Longa Distância (Fixo-Fixo) Intra-área de concessão (Intra-Região) Inter-Regiões Longa Distância Internacional Serviço Fixo-Móvel TUP Comunicação de Dados* Uso da Rede Outros (voz avançada, serviços adicionais) TOTAL Fonte: Teleco Relatório Telefonia Fixa no Brasil: Dados * Inclui cessão de meios A tabela a seguir mostra a participação relativa de cada elemento da receita bruta. Tabela 2: Divisão da Receita Bruta de Tel. Fixa de Oi, Brasil Telecom e Telefonica (%) 5

9 (R$ milhões) Serviço Local (Fixo-Fixo) 44,20% 45,80% 45,40% 44,50% 42,60% 42,80% 42,10% 39,70% - Assinatura/Habilitação 24,40% 28,30% 28,90% 28,40% 28,00% 29,00% 29,10% 29,40% - Serviço (pulsos) 18,90% 16,80% 15,90% 15,60% 14,20% 13,40% 12,80% 10,20% - Outros 0,90% 0,70% 0,60% 0,60% 0,40% 0,30% 0,20% 0,10% Longa Distância (Fixo-Fixo) 10,80% 9,90% 11,60% 13,70% 15,00% 14,50% 13,40% 13,10% - Intra-área de concessão (Intra-Região) 10,80% 9,90% 10,80% 11,60% 11,90% 10,70% 10,00% - -Inter-Regiões 0,00% 0,00% 0,80% 2,10% 3,10% 3,90% 3,40% - Longa Distância Internacional 0,00% 0,00% 0,10% 0,40% 0,50% 0,60% 0,50% 0,50% Serviço Fixo-Móvel 20,80% 21,70% 21,30% 21,30% 20,80% 19,60% 19,60% 19,80% TUP 3,50% 3,00% 3,10% 3,20% 3,70% 3,70% 4,10% 3,90% Comunicação de Dados* 5,60% 4,90% 5,30% 6,20% 8,60% 10,90% 13,60% 16,70% Uso da Rede 11,90% 10,70% 9,10% 7,10% 5,30% 4,40% 3,10% 2,40% Outros (voz avançada, serviços adicionais) 3,30% 4,00% 4,10% 3,60% 3,50% 3,50% 3,60% 3,90% TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: Teleco Relatório Telefonia Fixa no Brasil: Dados * Inclui cessão de meios Podemos observar que a participação relativa da receita com comunicação de dados na receita bruta total das concessionárias vem crescendo ao longo do tempo, passando de 5,6% em 2000 para 16,7% em A tabela a seguir complementa as duas tabelas acima ao apresentar a evolução da receita com comunicação de dados de todas as concessionárias de STFC relevantes: Tabela 3: Receita Bruta de Comunicação de Dados (R$ milhões) CONCESSIONÁRIA Oi Brasil Telecom Telefonica* Embratel** CTBC TOTAL Fonte: Teleco Relatório Telefonia Fixa no Brasil: Dados *Foi adicionada a Receita de dados da Telefonica Empresas **Estimado pela Teleco a partir da receita líquida. 6

10 Além de Oi, Brasil Telecom e Telefonica, outras concessionárias com receita de comunicação de dados não negligenciáveis são a Embratel e a CTBC. Podemos observar que o crescimento da receita conjunta com comunicação de dados das concessionárias foi de mais de 147% entre 2000 e Como discutido acima, nem todos os serviços de comunicação de dados se referem à provisão de banda larga. A tabela a seguir mostra a composição desses serviços para a Oi. Tabela 4: Receita Bruta de Comunicação de Dados Anual ( ) da OI (milhões de R$) OI Velox EILD Serviços de Linhas Dedicadas (SLDD/SLDA) Serviços IP Comutação por Pacotes + Frame Relay Outros Serviços de Dados TOTAL Participação percentual da Velox 0,33 0,36 0,39 Fonte: Teleco Relatório Telefonia Fixa no Brasil: Dados Como infelizmente não tivemos acesso a dados semelhantes ao da tabela acima de outras empresas além da Oi, extrapolaremos a participação percentual da prestadora de SCM (Velox) na receita total de comunicação de dados da Oi para essas outras empresas. Como pode ser verificado acima, essa participação foi de 36%, em média, no período Aplicando esse número às demais concessionárias, obtemos os seguintes valores para a participação da receita de SCM sobre a receita de comunicação de dados em 2007: Brasil Telecom (R$1.125 milhões), Telefonica (R$1.193 milhões), Embratel (R$1.118 milhões), CTBC (R$58 milhões). Com a separação estrutural entre a concessionária de STFC e o provedor de SCM, essa receita deixará de ser auferida pela concessionária, que poderá pedir uma revisão tarifária à ANATEL para recompor seu equilíbrio econômico financeiro. É evidente que a ANATEL poderá entender que tal revisão não se justifica, mas para efeito de simulação de impactos sobre as tarifas de STFC, consideraremos cinco possíveis cenários. Esses cenários se baseiam na premissa de que a concessionária tentará convencer a ANATEL de que alguns custos da prestadora de SCM são comuns ou compartilhados com a operadora de STFC, devendo então ser incorporados às tarifas de STFC a partir do momento em que não tiverem contrapartida em receitas de SCM. Como não temos dados sobre os reais custos dos provedores de SCM e muito menos sobre quais desses custos são compartilhados com o STFC, estipularemos que eles podem atingir no máximo 50% da receita. Nossos cenários são então os 7

11 seguintes, onde as porcentagens se referem à participação dos custos compartilhados nas receitas: 10%, 20%, 30%, 40% e 50%. A tabela a seguir foi construída com base nesses cenários: Tabela 5: Receita extra solicitada pelas concessionárias após separação estrutural (R$ milhões) CONCESSIONÁRIA 10% 20% 30% 40% 50% Oi 103,7 207, ,72 518,4 Brasil Telecom 112,6 225,1 337,7 450, ,86 Telefonica 119,3 238,6 357,9 477, ,52 Embratel 111,8 223,6 335,4 447, ,08 CTBC 5,868 11,74 17,6 23,472 29,34 TOTAL Fonte: Cálculos do autor Finalmente, podemos calcular o impacto sobre as tarifas, para cada cenário, da eventual incorporação dessas receitas extras às tarifas das concessionárias. No entanto, antes disso é preciso determinar quais tarifas serão afetadas. A telefonia de longa distância, tanto nacional quanto internacional, configura um mercado bastante competitivo, de forma que é improvável que as concessionárias tentem aumentar suas tarifas. Já a telefonia local é ainda fortemente regulada, estando as tarifas dos planos básicos oferecidos pelas concessionárias sujeitas às regras de reajuste e revisão estabelecidas nos contratos de concessão 2. Isso significa, como discutimos anteriormente, que quaisquer impactos que medidas regulatórias possam ter sobre as tarifas de telefonia local serão mediados pela ANATEL. Como a grande maioria dos usuários opta pelo plano básico das concessionárias, podemos supor, sem correr muitos riscos, que o impacto sobre o STFC de uma eventual separação estrutural se fará sentir sobre as tarifas de telefonia local. No exercício que se segue usaremos dados sobre os pulsos faturados das concessionárias de telefonia local no ano de A razão para isso é que em 2007 ocorreu a substituição do pulso pelo minuto como unidade de tarifação de chamadas locais, o que dificulta o uso de dados desse ano. Além disso, não há dados de 2007 disponíveis para todas as concessionárias. Algumas hipóteses importantes são as seguintes: A conversão para minuto foi feita à taxa de dois minutos para cada pulso; 2 As concessionárias também podem oferecer planos alternativos, que não estão sujeitos a regulação de preços. 3 A Embratel tem autorização para prestar o serviço de telefonia local, mas sua participação no mercado é muito reduzida. Além disso, não tivemos acesso a números sobre pulsos faturados da Embratel. A CTBC também não foi incluída no nosso exercício por falta de dados. 8

12 Todo o ajuste foi realizado sobre a tarifa do minuto. Não há efeito sobre o valor da assinatura; A tarifa considerada foi a tarifa normal. É preciso também ter em mente que a quantidade de pulsos faturados vem caindo ano a ano para todas as concessionárias. Tabela 6: Impactos sobre as tarifas de telefonia local (incremento nas tarifas em R$) Oi Brasil Telecom Telefonica Pulsos faturados em 2006 (milhões) Minutos faturados em 2006 (milhões) Tarifa atual (2008) com impostos (R$)* 0,1029 0,1128 0,1050 Aumento de tarifa (R$ por minuto) 10% 0,0032 0,0064 0, % 0,0065 0,0128 0, % 0,0097 0,0192 0, % 0,0130 0,0257 0, % 0,0162 0,0321 0,0156 Aumento de tarifa (%) 10% 3,15% 5,69% 2,96% 20% 6,29% 11,38% 5,93% 30% 9,44% 17,06% 8,89% 40% 12,59% 22,75% 11,86% 50% 15,74% 28,44% 14,82% Fonte: Cálculos do autor. * Supondo ICMS de 30% Os aumentos de tarifas calculados acima são impactos de curto prazo (até 2010). Não vislumbramos quaisquer impactos de médio (até 2015) ou longo prazo (até 2025) decorrentes de ajustes para eventuais perdas das concessionárias com a separação estrutural. É claro, contudo, que o aumento da penetração da banda larga poderá levar a uma maior competição entre outros serviços de voz (como o VoIP) e a telefonia local, afetando o mercado, mas isso é de difícil estimação e depende de outros fatores, especialmente tecnológicos. Como a tabela acima deixa claro, os aumentos de tarifas de telefonia local podem ser significativos. No cenário em que 50% das receitas perdidas pelas concessionárias lhes são reembolsadas, ele varia de 1,56 centavos por minuto para a Telefonica (aumento de 14,82%) a 3,21 centavos por minuto (aumento de 28,44%) para a Brasil Telecom. Por outro lado, o impacto é 9

13 razoavelmente pequeno no cenário de 10%, variando de 2,96% a 5,69%. É claro que o ajuste poderia ser também feito, pelo menos parcialmente, no valor da assinatura. Esse exercício não é difícil de fazer, mas exigiria novas hipóteses sobre a composição das receitas das concessionárias. É evidente que o exercício numérico aqui conduzido para estimar o impacto da separação estrutural sobre as tarifas de STFC está longe do ideal. No entanto, ele permite que se tenha uma primeira idéia das ordens de grandeza envolvidas nesse processo, o que, dada a escassez de dados, pode ser considerado uma contribuição significativa. 3. Impactos sobre a penetração e os preços da banda larga A determinação dos possíveis impactos de uma separação estrutural sobre os preços da banda larga é uma tarefa bastante complexa, já que envolve uma estimativa de como essa separação afetará o nível de concorrência no mercado. Quanto mais concorrencial o mercado, mais próximo deverá ser o preço do custo marginal de produção (tecnicamente, isso ocorre se supomos que as empresas se comportam de acordo com o modelo de Cournot). Dada a inexistência de dados e mesmo de uma fundamentação teórica estabelecida para analisar os efeitos de uma separação estrutural, nós nos limitaremos neste trabalho a estipular cenários para os seus efeitos sobre a penetração da banda larga no Brasil, sempre sob a premissa de que essa separação permitirá o aumento do nível de concorrência no mercado. Para isso, primeiramente apresentamos o comportamento recente da penetração do serviço de banda larga nas cinco regiões do Brasil. Tabela 7: Penetração da banda larga: Brasil e regiões (conexões por 100 habitantes) Região jun/07 set/07 mar/08 jun/08 Sudeste ,20% 4,60% 5,20% 5,80% Nordeste ,70% 0,70% 0,90% 1,00% Sul ,50% 4,90% 5,50% 5,90% Norte ,00% 2,10% 2,40% 2,70% Centro-Oeste ,90% 3,90% 4,40% 4,70% Brasil 0,20% 0,40% 0,70% 1,30% 2,20% 3,00% 3,40% 3,80% 4,25% 4,60% Fonte: Barômetro Cisco de Banda Larga

14 Podemos observar um crescimento substancial da penetração da banda larga no Brasil, embora os níveis ainda sejam baixos quando comparados com os de países desenvolvidos, conforme relatado na tabela 8. Tabela 8: Penetração da banda larga e taxa de crescimento anual nos países da OCDE País Penetração 2002 (dez)* Penetração 2007 (dez)* Taxas de crescimento Austrália 1,84 23,29 89,85% 119,34% 77,50% 39,63% 22,62% Áustria 5,61 19,59 36,23% 38,67% 35,30% 20,32% 13,59% Bélgica 8,67 25,74 34,89% 32,88% 16,89% 22,85% 15,35% Canadá 12,11 26,59 24,33% 16,90% 17,73% 13,74% 12,81% República Tcheca 0,17 14,62 187,05% 425,95% 154,03% 66,63% 38,17% Dinamarca 8,25 35,07 58,91% 44,66% 31,47% 27,56% 10,31% Finlândia 5,45 30,71 73,95% 57,35% 50,04% 21,13% 13,24% França 2,76 24,61 115,03% 75,99% 44,09% 33,56% 22,27% Alemanha 3,95 23,77 41,65% 49,78% 55,13% 31,71% 39,00% Grécia 0,02 9,15 440,74% 387,64% 202,64% 226,86% 98,73% Hungria 0,65 13,56 208,32% 78,98% 77,63% 57,95% 35,41% Islândia 8,45 32,18 68,83% 27,68% 44,85% 9,33% 11,62% Irlanda 0,27 18,05 205,36% 301,16% 96,41% 86,40% 48,42% Itália 1,68 17,20 145,81% 95,46% 45,62% 21,15% 20,62% Japão 6,13 22,15 74,50% 39,84% 17,89% 14,39% 9,89% Coréia do Sul 21,83 30,46 10,96% 2,45% 2,05% 14,81% 4,75% Luxemburgo 1,54 26,73 125,03% 178,49% 50,25% 36,19% 35,56% México 0,25 4,34 69,60% 141,81% 119,74% 60,60% 22,01% Holanda 7,04 34,78 67,60% 60,76% 33,01% 26,01% 9,45% Nova Zelândia 1,61 18,28 59,35% 83,69% 93,25% 52,50% 31,43% Noruega 4,20 31,22 90,00% 85,70% 47,06% 25,91% 13,82% Polônia 0,30 8,76 160,86% 175,52% 12,54% 186,94% 26,52% Portugal 2,53 14,41 90,18% 69,67% 40,50% 17,29% 6,95% Eslováquia 0,01 7, ,33% 176,50% 158,92% 104,57% 50,31% Espanha 2,98 18,04 81,23% 49,06% 42,75% 31,22% 19,49% Suécia 8,16 30,34 34,17% 34,80% 36,85% 30,71% 14,90% Suíça 5,64 30,97 86,26% 67,65% 35,03% 18,99% 9,36% Turquia 0,04 6,01 654,32% 155,20% 200,94% 78,75% 58,48% Reino Unido 2,32 25,78 132,76% 92,09% 57,58% 31,54% 20,11% Estados Unidos 6,67 23,30 42,81% 33,25% 27,33% 25,05% 15,21% OCDE 4,84 19,96 49,38% 40,70% 31,61% 26,48% 17,82% Fonte: OECD, com cálculos do autor. * Assinantes por 100 habitantes 11

15 A tabela acima também apresenta a evolução do crescimento anual da penetração da banda larga nos países da OCDE. Podemos observar que, via de regra, esse crescimento é inicialmente bastante elevado e depois se reduz substancialmente. A figura a seguir nos permite comparar as taxas de crescimento internacional com as brasileiras. Figura 1: Taxas de crescimento da penetração da banda larga: Brasil e regiões 0,45 0,4 0,35 0,3 0,38 0,43 0,31 0,35 0,35 Sudeste Nordeste 0,25 0,21 Sul 0,2 0,15 0,1 0,05 Norte Centro Oeste Brasil 0 jun/07 a jun/08 A maior taxa de crescimento no período de junho de 2007 a junho de 2008 ocorreu no Nordeste, igual a aproximadamente 43%. A menor foi no Centro Oeste, de cerca de 21%. Já o crescimento da banda larga no Brasil como um todo ficou em cerca de 35%. Para efetuar as nossas simulações, utilizamos como benchmark as taxas de crescimento médias da OCDE, apresentadas na última linha da tabela 8. Observe que em dezembro de 2002 a penetração média da banda larga nos países da OCDE era de 4,84%, bastante semelhante à penetração brasileira atual. Estipulamos que a separação estrutural permitirá ao menos que sejam atingidas as taxas de crescimento da OCDE, onde a regulação da banda larga já está mais consolidada. Esse é o nosso cenário 1. O cenário 2 é aquele em que a separação estrutural não é implementada, o que leva à taxa de crescimento verificada atualmente no Brasil, com ajustes para a desaceleração. No cenário 3, a separação estrutural acelera o crescimento da penetração da banda larga em 10% a cada ano. A tabela abaixo apresenta as taxas de crescimento estipuladas sob cada cenário: Tabela 9: Taxas de crescimento da banda larga sob diferentes cenários 12

16 Cenários Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Cenário 1 49,38% 40,70% 31,61% 26,48% 17,82% Cenário 2 35,00% 28,85% 22,41% 18,77% 12,63% Cenário 3 54,32% 44,77% 34,77% 29,13% 19,60% Fonte: Cálculos do autor Podemos agora calcular as taxas de penetração no Brasil e em suas regiões nos próximos anos de acordo com cada cenário. Tabela 10: Cenários de penetração da banda larga: Brasil e Regiões Cenários Jun 2008 (atual) Cenário 1 Sudeste 5,80% 8,89% 12,80% 17,16% 22,07% 26,31% Nordeste 1,00% 1,60% 2,39% 3,31% 4,37% 5,32% Sul 5,90% 8,47% 11,51% 14,71% 18,15% 21,00% Norte 2,70% 4,02% 5,65% 7,42% 9,36% 11,02% Centro-Oeste 4,70% 6,05% 7,48% 8,85% 10,22% 11,27% Brasil 4,60% 6,87% 9,67% 12,72% 16,09% 18,96% Cenário 2 Sudeste 5,80% 7,99% 10,48% 13,01% 15,65% 17,78% Nordeste 1,00% 1,43% 1,92% 2,45% 3,01% 3,47% Sul 5,90% 7,72% 9,68% 11,60% 13,51% 15,02% Norte 2,70% 3,64% 4,68% 5,72% 6,78% 7,63% Centro-Oeste 4,70% 5,66% 6,60% 7,46% 8,28% 8,89% Brasil 4,60% 6,21% 8,00% 9,79% 11,63% 13,10% Cenário 3 Sudeste 5,80% 9,20% 13,65% 18,77% 24,67% 29,89% Nordeste 1,00% 1,66% 2,56% 3,64% 4,93% 6,11% Sul 5,90% 8,72% 12,17% 15,90% 19,98% 23,43% Norte 2,70% 4,15% 6,00% 8,07% 10,40% 12,42% Centro-Oeste 4,70% 6,18% 7,79% 9,37% 10,95% 12,20% Brasil 4,60% 7,10% 10,28% 13,85% 17,89% 21,39% Fonte: Cálculos do autor Portanto, de acordo com as nossas projeções, no curto prazo (2010), a taxa de penetração da banda larga no Brasil variará de 8% (cenário 2) a 10,28% (cenário 3), passando por 9,67% (cenário 1). Já no médio prazo (2013) 4, ela estará entre 13,10% (cenário 2) e 21,39% (cenário 3), podendo também 4 De acordo com o estabelecido neste trabalho, o médio prazo seria No entanto, em virtude da amostra de dados que utiizamos, preferimos só fazer projeções até

17 assumir o valor intermediário de 18,96% (cenário 1). É importante registrar que as taxas de penetração para as regiões do Brasil foram calculadas sob a hipótese de que as razões entre as taxas de crescimento de cada região e a do Brasil como um todo se mantiveram constantes ao longo do tempo e iguais às que se deduzem da figura 1. Com base nos cenários para a penetração da banda larga, podemos também projetar cenários para os preços da banda larga. Para isso, estimaremos curvas de demanda para cada região do país com base em dados sobre o valor máximo declarado para aquisição de acesso à internet pelos indivíduos disponíveis na Pesquisa sobre o uso das TICs no Brasil 2007 da Cetic.br. Rodamos regressões lineares de várias relações entre preços e penetração, optando ao final por um modelo em que o logaritmo natural do preço é igual a uma constante mais a penetração da banda larga (em porcentagem da população). Rodamos um modelo para cada região do país (os resultados podem ser encontrados no Apêndice), e obtivemos as curvas de demanda apresentadas abaixo: Figura 2: Curvas de demanda por região do Brasil Demanda SE Preço (R$) Penetração (%) 14

18 Preço (R$) Penetração (%) Demanda NE Preço (R$) Penetração (%) Demanda S 15

19 Demanda N Preço (R$) Penetração (%) Demanda CO Preço (R$) Penetração (%) Podemos agora inserir as taxas de penetração calculadas acima sob os diferentes cenários para obter previsões de preços, que constam da tabela abaixo: Tabela 11: Estimativas de preços de banda larga (R$ por mês) 16

20 Cenários Cenário 1 Sudeste 157,91 135,88 114,87 95,12 80,79 Nordeste 179,04 173,68 167,67 160,95 155,21 Sul 144,78 129,82 115,71 102,30 92,35 Norte 254,15 239,07 223,65 207,83 195,27 Centro-Oeste 179,50 171,60 164,33 157,43 152,27 Cenário 2 Sudeste 163,48 148,56 134,76 121,76 112,17 Nordeste 180,25 176,82 173,30 169,63 166,65 Sul 148,72 138,60 129,41 120,80 114,45 Norte 257,87 247,95 238,43 229,06 221,85 Centro-Oeste 181,74 176,39 171,68 167,33 164,16 Cenário 3 Sudeste 156,05 131,52 108,00 86,07 70,41 Nordeste 178,63 172,54 165,52 157,52 150,57 Sul 143,45 126,77 110,89 95,78 84,62 Norte 252,89 235,91 218,22 199,88 185,23 Centro-Oeste 178,74 169,91 161,69 153,82 147,89 Fonte: Cálculos do autor Constatamos imediatamente que os preços na região Norte são os mais altos praticados em qualquer cenário. Outra constatação é a de que as reduções de preço são significativas, tanto no curto prazo quanto no médio prazo. Por exemplo, as quedas de preços na região Sul são de 10% (cenário 1) e 12% (cenário 3) entre 2009 e 2010, e de 36% (cenário 1) e 41% (cenário 3) entre 2009 e As menores reduções de preços ocorrem no Nordeste e Centro Oeste. 4. Impactos sobre a qualidade dos serviços de banda larga Para gerar qualquer estimativa de impacto da separação estrutural sobre a qualidade de banda larga, é preciso primeiro definir o que é essa qualidade. Há muitos indicadores possíveis, como satisfação do consumidor, velocidade da conexão, tempo de espera para reparos etc. Optamos neste trabalho por trabalhar com a velocidade de download média (anunciada) em Mbits por segundo. Esta medida de qualidade pode ser encontrada nas bases de dados da OCDE, o que nos permite estimar sua relação com outras variáveis. Tivemos que recorrer a estimações com base em dados da OCDE devido à ausência de uma série de dados sobre o Brasil que incluísse indicadores de qualidade e fosse adequada para os nossos propósitos. 17

21 Nossa metodologia foi a seguinte. Utilizamos uma amostra de corte transversal com 29 países da OCDE e rodamos uma regressão de MQO do logaritmo natural da qualidade, como definida acima, sobre o logaritmo natural do preço, o logaritmo natural da penetração da banda larga, o logaritmo natural do PIB per capita e o logaritmo natural do nível de competição. Esta última variável foi construída como o valor absoluto da diferença entre a penetração do serviço de banda larga via ADSL e a penetração do serviço de banda larga via cabo. As únicas duas variáveis significativas foram o log do preço e o log da penetração, além da constante. Rodamos então novamente a regressão com apenas essas duas variáveis explicativas. O resultado foi o seguinte (o printout do Stata pode ser encontrado no Apêndice): ln Qualidade = 11, ,223418ln P + 0, ln Penetração Como todas as variáveis estão em logaritmo natural, o coeficiente da variável lnpenetração indica que um aumento de 1% na penetração da banda larga induz um aumento de aproximadamente 0,92% na qualidade do serviço, medida como a velocidade de download média (anunciada) em Mbits por segundo. Com base nesse resultado podemos projetar os ganhos de qualidade esperados sob cada um dos cenários de penetração do serviço de banda larga no Brasil. Isso é feito na tabela a seguir. Tabela 12: Impactos sobre a qualidade do serviço de banda larga (Brasil) Cenários Cenário 1 45,36% 37,39% 29,04% 24,33% 16,37% Cenário 2 32,15% 26,50% 20,58% 17,24% 11,60% Cenário 3 49,90% 41,13% 31,95% 26,76% 18,00% Fonte: Cálculos do autor Podemos observar que os aumentos na qualidade são significativos. Cumulativamente, no curto prazo (2010), o aumento na velocidade de download é de 99,72% (cenário 1), 67,18% (cenário 2) e 111,56% (cenário 3). No médio prazo (2013), esses aumentos são de 272%, 163% e 317%, respectivamente. É preciso enfatizar, contudo, que uma estimativa mais apropriada dos efeitos sobre a qualidade seria uma que usasse séries de tempo ao invés de um corte transversal, de forma a tentar capturar os efeitos de avanços tecnológicos. No entanto, infelizmente os dados à nossa disposição não nos possibilitaram fazer tal exercício. 18

22 5. Impactos sobre os índices de inflação Esta seção se baseia em seção homônima integrante do trabalho preparado pelo Prof. Paulo Coutinho e intitulado Análise dos Impactos Econômico concorrenciais do Art. 9º da Proposta de Revisão do Plano Geral de Outorgas de Serviços de Telecomunicações prestado no regime público PGO. Como constatamos anteriormente, as reduções de preço que podem resultar da separação estrutural são significativas, tanto no curto prazo quanto no médio prazo. Por exemplo, as quedas de preços na região Sul são de 10% (cenário 1) e 12% (cenário 3) entre 2009 e 2010, e de 36% (cenário 1) e 41% (cenário 3) entre 2009 e No entanto, os impactos sobre os índices de inflação tendem a ser insignificantes, como argumentaremos a seguir 5. Podemos identificar dois tipos de impactos de uma mudança nos preços da banda larga: diretos e indiretos. O impacto direto é aquele sentido pelo consumidor final, ou seja, o impacto sobre uma pessoa, ou empresa, que compra o acesso à Internet via banda larga. Já o impacto indireto é devido a variações no preço de outros produtos que utilizam de alguma forma o serviço de banda larga como insumo para sua produção. Contudo, o custo do acesso em si é, na grande maioria das vezes, irrisório frente ao custo total da produção. Portanto, podemos afirmar que o impacto indireto na inflação é praticamente desprezível. Para medir o impacto direto, devemos identificar a participação da banda larga nas cestas de consumo utilizadas pelo IPCA e pelo IGP. O IPCA, por exemplo, utiliza a seguinte ponderação dos bens que formam sua cesta: Figura 3: Ponderação do IPCA 5 No Brasil existem vários índices de inflação, sendo os dois mais conhecidos e utilizados o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Índice Geral de Preços (IGP) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Analisaremos o impacto da separação sobre a inflação com base nesses dois índices. 19

23 Apesar de o item comunicações possuir um peso de aproximadamente 6 % sobre o IPCA, o subitem acesso a banda larga possui um peso de apenas 0,13%. Portanto, o impacto direto sobre esse índice de inflação de qualquer mudança do preço do acesso a internet banda larga é negligenciável em seu formato atual. O outro índice mais utilizado no Brasil para medir a inflação de um período é o IGP, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Ele é formado por uma média ponderada de três outros sub índices, o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Construção Civil (INCC). O peso de cada um desses índices é de 30%, 60% e 10%, respectivamente. O preço da banda larga possui impacto direto apenas no IPC. Como no IPCA, ele tem um peso muito pequeno (0,5%) e não constitui um fator determinante do nível de inflação medido por este índice. Podemos concluir então que os impactos da separação estrutural sobre os preços dos serviços de banda largar não serão sentidos de maneira significativa nos índices de preço mais utilizados para medir a inflação no país. Isso se aplica tanto ao curto prazo quanto aos médio e longo prazos, a não ser que haja um aumento significativo nos pesos dados por esses índices ao serviço de banda larga no futuro. 20

24 6. Impactos sobre o nível de emprego A disseminação dos serviços de banda larga é apontada em diversos estudos como um indutor de crescimento do PIB e do emprego (ver, por exemplo, Crandal and Jackson [2001], Crandal, Jackson and Singer [2003] e Goolsbee [2006]). Isso ocorre por meio de diversos canais. Por exemplo, o aumento do uso de serviços de banda larga gerará uma maior demanda por computadores, software e eletrodomésticos, entre outros produtos, com efeitos multiplicadores sobre a economia. Além disso, uma série de serviços deverá beneficiar se do crescimento da penetração da banda larga, como comércio eletrônico, áudio e vídeo em demanda (pay per view e por assinatura), telemedicina e voz sobre IP. Por fim, os investimentos necessários para expandir e manter redes de telecomunicações apropriadas para a oferta de banda larga terão impactos significativos tanto sobre o PIB quanto sobre o nível de emprego. Um estudo aprofundado desses impactos exigiria minimamente uma estimação criteriosa dos gastos necessários com esse tipo de investimento, o que está fora do escopo desse trabalho. O que podemos oferecer com base nos dados à nossa disposição é uma discussão da relação entre PIB per capita e penetração da banda larga nos países da OCDE. A figura abaixo ilustra bem essa relação. Figura 4: Relação entre penetração da banda larga e PIB per capita em países da OCDE PIB per capita 90000, , , , , , , , ,00 0,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 Penetração (%) 21

25 Realizamos também uma regressão da penetração da banda larga sobre o PIB per capita. Os resultados foram significativos, como pode ser verificado no Apêndice. O coeficiente da variável PIB per capita foi igual a 0, Com base nesses resultados, oferecemos na tabela a seguir uma visão geral dos possíveis impactos sobre o PIB e o nível de emprego de um aumento da penetração da banda larga. Tabela 13: Impactos sobre o PIB e o nível de emprego Cenários Curto Prazo (2010) Médio Prazo (2015) Longo Prazo (2025) Cenário 1 A evolução da penetração da banda larga segue o padrão da OCDE, no entanto não há tempo hábil para a realização de investimentos vultosos em expansão da rede. Impacto sobre PIB e nível de emprego: reduzido. Cenário 2 Cenário 3 A evolução da penetração da banda larga é mais lenta do que a do padrão OCDE. Investimentos em expansão da rede são limitados. Impacto sobre PIB e nível de emprego: mínimo. A evolução da penetração da banda larga é mais acelerada do que a do padrão OCDE. Investimentos substanciais em expansão da rede já se verificam. Impacto sobre PIB e nível de emprego: médio. A evolução da penetração da banda larga segue o padrão da OCDE, levando a investimentos substanciais em expansão da rede, aumento da demanda por equipamentos eletrônicos e crescimento de serviços que necessitam de transmissão de dados em alta velocidade. Impacto sobre PIB e nível de emprego: alto A evolução da penetração da banda larga é mais lenta do que a do padrão OCDE. Mesmo assim, são realizados investimentos não desprezíveis em expansão da rede e outros setores são beneficiados pelo crescimento da banda larga. Impacto sobre PIB e nível de emprego: médio. A evolução da penetração da banda larga é mais acelerada do que a do padrão OCDE. Investimentos em expansão da rede atingem o máximo e os efeitos multiplicativos sobre outros setores da economia são maximizados. Impacto sobre PIB e nível de emprego: máximo. A evolução da penetração da banda larga segue o padrão da OCDE. O crescimento da penetração da banda larga ocorre a taxas cada vez menores, com menores efeitos multiplicativos sobre outros setores. Impacto sobre o PIB e o nível de emprego: médio A evolução da penetração da banda larga é mais lenta do que a do padrão OCDE. O crescimento da penetração da banda larga ocorre a taxas cada vez menores, com menores efeitos multiplicativos sobre outros setores. Impacto sobre PIB e nível de emprego: reduzido. A evolução da penetração da banda larga é mais acelerada do que a do padrão OCDE. O crescimento da penetração da banda larga ocorre a taxas cada vez menores, com menores efeitos multiplicativos sobre outros setores. Impacto sobre PIB e nível de emprego: médio. 7. Apêndice Regressões para estimar as curvas de demanda Source SS df MS Number of obs = F(1,9) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnp Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] QSE _cons

26 Source SS df MS Number of obs = F(1,9) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnp Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] QNE _cons Source SS df MS Number of obs = F(1,9) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnp Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] QS _cons Source SS df MS Number of obs = F(1,9) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnp Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] QN _cons Source SS df MS Number of obs = F(1,9) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE =

27 lnp Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] QCO _cons Regressão para estimar a relação entre qualidade e variáveis explicativas Source SS df MS Number of obs = F(4,24) = 3.79 Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnquality Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] lnp lnpen lngdppc lncomp _cons Source SS df MS Number of obs = F(2,26) = 7.90 Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE = lnquality Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] lnp lnpen _cons Regressões para estimar a relação entre penetração da banda larga e PIB per capita Source SS df MS Number of obs = F(1,27) = Model Prob > F = Residual R-squared = Adj R-squared = Total Root MSE =

28 Penetration Coef. Std. Err. t P> t [95% Conf. Interval] GDPPC _cons

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