As Milícias no Rio de Janeiro: de mal menor a Comissão Parlamentar de Inquérito Michelle Airam da Costa Chaves 1

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1 As Milícias no Rio de Janeiro: de mal menor a Comissão Parlamentar de Inquérito Michelle Airam da Costa Chaves 1 O presente artigo tem o objetivo de analisar o Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as milícias no Rio de Janeiro, organizado no ano de 2008 e através dele perceber a vulnerabilidade da população carente diante da atuação desses grupos. As milícias, conceito que definiremos ao longo do trabalho, atuam no Rio de Janeiro desde 2000 e mesmo após inúmeras denúncias, inclusive de jornais de grande circulação como O Globo, somente em 2008 as autoridades legislativas instauraram uma investigação. Esses grupos buscam legitimar suas ações garantindo a segurança em áreas menos favorecidas que contam com escassas ações estatais neste e em outros setores. Palavras chave: Milícia Vulnerabilidade Comissão Parlamentar de Inquérito The militias in Rio de Janeiro: the lesser evil of the Parliamentary Commission of Inquiry This article aims to review the Final Report of the Parliamentary Commission of Inquiry on the militias in Rio de Janeiro, organized in 2008 and through him realize the vulnerability face of the poor performance of these groups. Militias, a concept that will define the course of work, operating in Rio de Janeiro since 2000 and even after numerous complaints, including major newspapers like The Globe, only in 2008 the authorities have introduced laws an investigation. These groups seek to legitimize their actions by ensuring the "safety" in less favored areas that rely on scarce state actions in this and other sectors. Keywords: Militia - Vulnerability - Parliamentary Commission of Inquiry 1 Graduada pela UFRJ em História, pesquisadora associada do Laboratório do Tempo Presente (UFRJ) e ao Laboratório de Estudos das Diferenças e Desigualdades Sociais (LEDDES/UERJ).

2 O artigo pretende definir os conceitos de milícia e vulnerabilidade para a partir desse ponto fazer uma breve análise do Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as Milícias de 2008 (CPI das Milícias). Neste relatório pretendemos mostrar como as milícias foram desenvolvendo sua atuação ao longo dos anos. No próprio Relatório participaram pesquisadores das Ciências Sociais para a definição de milícia. Este conceito é muitas vezes tratado igual à polícia mineira, mesmo entre pesquisadores No Rio de Janeiro, o termo milícia vem sendo utilizado desde a denúncia de grupos de policiais que estavam dominando 42 favelas da cidade, feita pela reportagem do jornal O Globo em março de O termo, que acabou fixado na opinião pública, refere-se, de fato, à Mineira ou à Polícia Mineira. (SANTOS, 2007: 59) A Polícia Mineira tinha uma atuação mais restrita que a milícia, pois agia diretamente no extermínio de criminosos e segurança para comerciantes e população de bairros pobres e favelas. De acordo com o Relatório, as milícias estão envolvidas em uma série de outras atividades como a venda de botijões de gás, o controle sobre o transporte alternativo e participação de seus integrantes no Poder Legislativo. Ao tratarmos os grupos atuais como polícia mineira estaríamos simplificando suas ações. Outra definição passou a ser utilizado possivelmente com o objetivo de desvincular a imagem negativa da polícia mineira ou grupos de extermínio tendo em vista a intenção de re-legitimar um velho cenário.(cano, 2008: 59) Milícia aparece como uma palavra de perfil mais neutro ou, inclusive, levemente positivo. Com efeito, o dicionário Aurélio define o termo como Tropas auxiliares de segunda linha. Em outras línguas a palavra é usada para designar os componentes do exército que não são militares profissionais, isto é, combatentes do povo. Essa linha semântica encaixa perfeitamente na tentativa de apresentar a milícia como um grupo de pessoas que se une para se defender contra uma ameaça externa, no caso o tráfico. (CANO, 2008: 59) 2

3 Já o ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, em seu mandato de , quando perguntado a respeito das milícias que já ocupavam quarenta e duas favelas do município declarou que estes grupos eram uma auto-defesa comunitária. 2 Utilizaremos a definição mais ampla do conceito que reflete as ações do grupo que atua em favelas e bairros pobres do Rio de Janeiro. Seria um somatório dos seguintes pontos: 1. O controle do território e da população que nele habita por parte de um grupo armado irregular; 2. O caráter em alguma medida coativo desse controle dos moradores do território; 3. O ânimo de lucro individual como motivação principal dos integrantes desses grupos; 4. Um discurso de legitimação referido á proteção dos habitantes e instauração de uma ordem que, como toda ordem, garante certos direitos e exclui outros, mas permite gerar regras e expectativas de normatização de conduta; 5. A participação ativa e reconhecida de agentes do estado como integrantes dos grupos. (CANO, 2008: 60) Essa definição reflete melhor a atuação desses grupos como poderemos comprovar analisando o Relatório, por apontar os pontos cruciais e comuns aos milicianos. Cano também foi ouvido durante a CPI assim como outros pesquisadores com o objetivo de esclarecer a ação desses grupos. Outro conceito necessário para o estudo é vulnerabilidade. Para tanto, adotamos o estudo de Sarah Escorel que aprofundou a definição do conceito feito por Robert Castel. Dessa forma, a autora considera quatro eixos para entender o grau de vulnerabilidade dos indivíduos: eixo ocupacional (trabalho e remuneração), político (cidadania), cultural (valores simbólicos) e sociofamiliar (ligações com seus entes mais próximos). (ESCOREL, 2003: 153) Entendemos que todos os indivíduos estão vulneráveis de alguma forma e em algum momento de sua vida. No entanto, neste artigo, pretendemos analisar as pessoas que residem em bairros pobres e favelas e mostrar suas vulnerabilidades a uma série de problemas gerados pela atuação das milícias, mas destacando que não estão excluídos da sociedade. Pretendemos pesquisar o grau de dificuldades encontrados por uns e por outros para permanecerem vivos (ESCOREL, 2003: 145) nessa relação entre a milícia e a população dessas áreas. Com base nesses conceitos analisamos o relatório e percebemos que na motivação para a aprovação da CPI das Milícias transparece o descaso da Câmara dos 2 Reportagem do Jornal O Globo, em 10 de dezembro de

4 Deputados pela população carente, pois em 2007 o deputado Marcelo Freixo propôs a instauração desse Inquérito sendo descartada por seus colegas já que não consideravam a atuação desses grupos como algo relevante. A mudança ocorre quando em maio de 2008 dois jornalistas e um motorista do O Dia, ao fazerem uma matéria são presos e torturados pelos milicianos da favela do Batan, em Realengo, pelo grupo conhecido como Águia. Quando os milicianos descobriram que eram jornalistas estes foram soltos buscando evitar um escândalo como o ocorrido com a execução do jornalista Tim Lopes em 2002 por traficantes no Complexo do Alemão. Os jornalistas não se calarem e a ação do grupo veio mais uma vez a toma, mas agora as personagens eram outras. Matérias jornalísticas já denunciavam o aumento desses grupos e os locais onde atuavam, mas o Poder Legislativo e a segurança pública permaneceram passivos até a ação contra os jornalistas. No ano de 2005 foram registradas 13 matérias sobre as milícias e em 2006 cerca de 70. (CANO, 2008: 63) Algumas dessas matérias: Policiais vendem proteção em 72 comunidades (Jornal O Globo 29/01/2006) Milícias articulam a criação de braço político (Jornal O Globo 30/01/2006) Milícias de policiais chegam a Zona Norte (Jornal O Globo 22/09/2006) De acordo com o exposto podemos perceber que enquanto a ação das milícias incomodava apenas os moradores de favelas ou bairros pobres a maioria dos legisladores não considerou importante a aprovação de uma CPI para investigá-las, mas quando o caso atingiu jornalistas e espalhou-se em matérias do O Dia e outros jornais não havia mais como não instaurá-la. Ou seja, o motivo da CPI não foi o desrespeito aos direitos da população mais humilde e sim uma ação que atingiu a mídia. Os milicianos eram policiais e foram condenados a 31 anos de prisão. O não cumprimento do Estado a direitos que deveria garantir a todos, como a segurança pública, fortaleceu o desenvolvimento de uma segurança privada que age de forma diferente em relação aos bairros em que atua. Nos condomínios de luxo e das camadas médias existem as empresas de segurança que são contratadas. Já nos locais onde residem as camadas menos favorecidas, os moradores aderem a segurança oferecida pelas milícias que muitas vezes é imposta através de ações ou de ameaças. Alguns comerciantes chegam a recorrer a ação desses grupos ou recebem apoio dos moradores. O medo e a insegurança causados pelos crimes relacionados a traficantes de drogas e conflitos com a polícia, somado a falta de 4

5 segurança pública, principalmente, nessas áreas que ficam a própria sorte sem ações governamentais favorecem o desenvolvimento das milícias. (RELATÓRIO:2008, 39). Ao agirem levando a segurança, exterminando e controlando, justificam sua atuação como para o bem da coletividade. O extermínio de indivíduos que não seguem suas ordens, cometendo furtos, roubos, assassinatos e consomem drogas ilícitas, serve como argumento de sua atuação protetora como também de exemplo para que os outros moradores não os enfrentem. As execuções são justificadas pela falta de local para prendê-los e lentidão nos processos. Muitos apóiam os exterminadores que são vistos como pessoas que executam a justiça. (DIMENSTEIN, 1996, P. 71) Cumpre lembrar que essas ações recebem, muitas vezes, apoio dentro das áreas onde ocorrem, pois os moradores entendem que essa é a melhor forma de lidar com o problema. Na maioria dos casos os moradores são obrigados a pagar taxas pelo serviço prestado e ainda estão vulneráveis a vinganças e acertos de conta (RATTON JUNIOR, 1996: 104) com esses grupos. Segundo a pesquisa de Cano, existem áreas que contam com a presença da milícia e de traficantes de drogas aumentando ainda mais os riscos dos moradores. Percebemos que a ausência do Estado em relação à segurança pública favoreceu a ação desses grupos, aliado a impunidade e a baixa remuneração dos policiais e outros membros da segurança pública, que exercem algum trabalho complementar a sua renda nos dias de folga, favorecendo a atividade nas milícias como uma alternativa. ( RELATÓRIO: 2008, 40). O Estado não atua diretamente nas ações das milícias, mas também não há combate de forma eficiente, é no mínimo omisso diante dessas atuações. Mesmo assim, ainda que não houvesse uma política de encorajamento dessas ações, sua existência e crescimento apontam um sinal de fraqueza na capacidade do Estado manter a paz e a ordem. Em termos práticos, fica difícil imaginar que grupos grandes e visíveis possam consistentemente fazer justiça com as próprias mãos por longo tempo a não ser que alguém com autoridade acredite que tal comportamento seja útil para os interesses que defende. (MENDEZ, 2000: 35) Um exemplo do exposto acima foi a postura do Secretário de Segurança do Rio de Janeiro durante o governo de Rosinha Garotinho ( ), Marcelo Itagiba, que convidado para um depoimento na CPI, alegou impossibilidade de sua agenda ser compatível com as datas marcadas e não compareceu. O ex-secretário recebeu, por escrito, uma série de 5

6 perguntas elaboradas pelos membros da CPI, mas manteve o silêncio e não respondeu nem mesmo por escrito Sua convocação ocorreu Em virtude de elementos diversos, consignados nos autos desta CPI, de que, quando subsecretário e secretário de Segurança no Estado do Rio de Janeiro, período no qual as milícias cresceram vertiginosamente, não adotou providências efetivas de enfrentamento às milícias, e, no mínimo, participou de condutas governamentais que deram suporte físico, logístico e humano às atividades milicianas em áreas, pública e notoriamente, dominadas por esses grupos e cujos líderes eram de conhecimento público, bem como ter feito campanha eleitoral dentro dessas áreas, com apoio explícito de diversas lideranças milicianas. (RELATÓRIO:2008, 76) Além da segurança, outra ação desses grupos, segundo o promotor do Ministério Público Estadual, Jorge Magno, são os lucros obtidos com o transporte alternativo em kombis e vans sendo altamente lucrativo para os milicianos que controlam esta atividade. Já que o Estado não oferece um serviço de transporte de massa de qualidade satisfatória as pessoas vulneráveis a esse problema reagem e recorrem ao seu direito contando com a atuação, muitas vezes ilegal, desse tipo de transporte. A superlotação e demora dos transportes nessas áreas ajudam a financiar as ações desse grupo. A cooperativa de vans de Santa Cruz denunciou, ao Ministério Público, o controle exercido pelos milicianos, mas nenhuma providência foi tomada para resolver o problema. A renda obtida pelo grupo, com esta atividade, é alta: O lucro obtido pelas milícias, seja através da cobrança de ágio, seja através da exploração direta via cooperativas comandadas por elas, é alto. De acordo com declaração do vice-presidente do Sintral, Guilherme Biserra, ao jornal O Globo, edição do dia 27 de agosto de 2008, os motoristas de vans pagam, em média, R$ 50,00 de pedágio/dia. Levando em conta o número de vans irregulares que circulam e das vans legalizadas que são vítimas de extorsão, o valor arrecadado anualmente pode chegar a R$ 145 milhões. Relatório CPI, p. 116 Neste ponto, percebemos que as milícias oferecem novamente um serviço que o Estado não garante a todos e mesmo denunciando a extorsão não existem providências para resolver o crime. A população é vulnerável em relação ao transporte e também pelo descaso das autoridades competentes em investigar e punir suas denúncias. Outra forma de obtenção de recursos é o controle da venda de botijões de gás que sofrem um ágio imposto por esses grupos, além da obrigatoriedade de compra na distribuidora da própria favela: 6

7 Declaração feita pelo vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de GLP do Estado do Rio de Janeiro (Sirgaserj), Maurício Rodrigues, ao jornal O Globo de 27 de agosto de 2008, mostra que 90% do gás vendido nas comunidades carentes do Rio são monopolizados por traficantes ou milicianos. Embora a ANP tenha um preço tabelado para o produto, moradores das comunidades dominadas por grupos armados pagam valores superiores ao da tabela, chegando até a R$ 45,00 o botijão, de acordo com o Sirgaserj. Mesmo quando o preço é igual ao da tabela, os moradores são obrigados a adquirir o produto em empresas determinadas pelos milicianos ou traficantes. P.117 Mesmo com a denúncia feita a um jornal de ampla circulação o poder público não tomou providências para regularizar a situação. Atuam ainda invadindo terrenos, loteando-os e vendendo-os, muitas vezes através da Associação de Moradores como no caso da favela Rio das Pedras em Jacarepaguá. O documento que garante a posse é feito pela Associação controlada por membros da milícia. Invasões em áreas consideradas de risco mesmo depois de remoções ocorrem nesta favela sob a liderança da Amarp Associação de Moradores e Amigos de Rio das Pedras (BURGOS:2002). Ainda existe o lucrativo controle do sinal de antena coletiva, conhecido como gatonet. De acordo com as informações do Disque-Denúncia os valores para este tipo de serviço são: Instalação de TV a cabo de R$ 50,00 a R$ 60,00 Sinal de TV a cabo de R$ 20,00 a R$ 40,00 Internet de R$ 10,00 a R$ 35,00. P. 125 Indicamos anteriormente situações de vulnerabilidade dos moradores de favelas e bairros menos favorecidos. Percebemos a existência de uma cidadania fragmentada. Dentre estas situações está o clientelismo, ou seja, o usufruto dos direitos e a participação mediados por políticos ou personagens dotados de poder. (ESCOREL, 2003: 144). Os votos, nestas áreas, são conquistados através de pressões, favores ou coações. De acordo com o Relatório foi possível observar a existência de currais eleitorais em áreas de atuação das milícias elegendo inclusive integrantes desses grupos. Normalmente, a obtenção de votos em um único candidato por zona eleitoral é de 10%, mas nas áreas em que acusados de participarem de milícias foram eleitos essa porcentagem é muito superior como no caso de Nadinho. CONCENTRAÇÃO DE VOTOS POR LOCAL NADINHO DE RIO DAS PEDRAS 2004 CONCENTRAÇÃO LOCAL BAIRRO 69,03% ESCOLA MUNICIPAL RIO DAS PEDRAS RIO DAS PEDRAS 65,13% CIEP LINDOLPHO COLLOR RIO DAS PEDRAS 7

8 64,51% ESCOLA MUNICIPAL JORGE AMADO 63,84% CIEP GOVERNADOR ROBERTO DA SILVEIRA RIO DAS PEDRAS RIO DAS PEDRAS 60,12% CIAC EUCLIDES DA CUNHA RIO DAS PEDRAS 14,38% COLÉGIO MV1 JACAREPAGUÁ Fonte: TRE (RELATÓRIO: 2008, 94) Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras, foi presidente da AMARP e depois se lançou candidato pelo partido DEM (Democratas) sendo eleito vereador em Era acusado do assassinato de inspetor Félix, também integrante da milícia dos Rio das Pedras com quem disputava o controle local. Nadinho foi assassinado em 2009, na porta do prédio onde morava na Barra da Tijuca, após ter recebido duas ameaças de morte por ter denunciado outros integrantes de milícias. A favela de Rio das Pedras é conhecida por não ter a presença de traficantes de drogas, terem a presença de grupos de extermínio e depois milícias. Conta com uma população de 70 mil habitantes, grande comércio na localidade e o valor em circulação dentro da favela, é de aproximadamente 40 milhões de reais por mês, garantindo que a milícia possa retirar lucro em suas atividades... habitação, alimentação, transporte alternativo, TV a cabo, o baile no Castelo das Pedras e o Bingo local (TELLES, 2008:194) Os milicianos seguiram uma legitimação iniciada com os matadores da Baixada Fluminense que lavavam sua cidadania pelo voto (ALVES, 2003) lançando-se candidatos a cargos do Executivo e Legislativo na região. Membros ligados as milícias tem buscado espaço na política através dos votos alcançados nos locais em que atuam garantindo a segurança da população. No início agiam como cabos eleitorais e agora lançam sua candidatura. Essa abordagem nos remete a preocupação demonstrada pelo Deputado Marcelo Freixo,,antes da instauração da CPI: A milícia representa uma ameaça maior ao estado democrático e de direito, até pelo seu grau de organização e penetração dentro do poder púbico. O tráfico não se reúne para discutir o projeto de lei, nem ver quem vai dirigir hospital ou escola. No máximo se junta para pagar propina à polícia. O tráfico se fortalece na ausência do Estado, a milícia não. Ela não é o vácuo do Estado. É o Estado leiloado, atendendo 8

9 a interesses particulares. E os chefes são agentes públicos... (VENTURA, 2008, p.8) Assim, além de indivíduos ligados a Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e Agentes Penitenciários, as milícias contam com a presença de membros no Poder Legislativo aumentando ainda mais a dificuldade de denúncias, que na maioria dos dados coletados, só foram possíveis através do Disque-Denúncia, confrontando com outros documentos para provar sua veracidade. O tempo de existência das milícias em determinadas áreas mostra também como elas se desenvolveram ao longo dos anos sem nenhuma política pública de segurança que tivesse como objetivo a sua desarticulação e/ou punição. Vejamos alguns dados coletados e apresentados no Relatório: Jacarepaguá Comunidade do Rio das Pedras Grupo formado por: Políticos, civis, policiais militares e ex-policiais militares. - Tempo de Duração: 10 anos - Número de milicianos: 37 (relacionados no Disque Milícia). - Exploração irregular de serviços com cobrança de: Segurança de moradores entre R$ 10,00 e R$ 50,00; comércio R$ 50,00 e R$ 200,00; entregadores do Mercado Mult Market R$ 20,00; barracas R$ 30,00; gás R$ 39,00; sinal de TV a Cabo R$ 18,00 e Transporte alternativo de R$ 270,00 a R$ 325,00 por semana. - Formas de Intimidação: Expulsão da residência e subtração de imóveis. - Ex-Líder: Vereador Josinaldo Francisco da Cruz ( Nadinho ) - Candidato a Vereador pelo Município do Rio de Janeiro, Partido Político DEM Democratas, número , não foi eleito, obteve (RELATÓRIO:2008, 147) Tanque - Largo do Tanque - Grupo formado por: Políticos, Civis, policiais militares e bombeiros militares. - Número de milicianos: 30 (segundo denunciantes). - Tempo de Atuação: 03 anos - Exploração irregular de serviços com cobrança de: segurança de moradores de R$ 10,00 a R$ 30,00; sinal de TV a cabo, taxa para vaga em garagem de prédios, gás, transporte alternativo: moto-táxi R$ 20,00; Kombi R$ 100,00 por semana e taxa de 50% na compra e venda de imóveis. - Formas de Intimidação: Agressões, seqüestros, expulsão de moradores e mortes. - Líderes: Ex-Deputado Álvaro Lins PM Japão (RELATÓRIO:2008,152) 9

10 Analisando esses dois casos, que foram retirados do relatório como exemplos, mas existiam muitos outros, percebemos a utilização da violência, intimidação e coação das milícias com a população carente, a presença de membros do Poder Público, tanto de policiais quanto de políticos, assim como o controle de diversos direitos que deveriam ser garantidos a todos pelo Estado. Os moradores dessas localidades e que convivem com as milícias não são excluídos da sociedade, pois fazem parte dela buscando alternativas para a sua continuidade inclusive utilizando os serviços desses grupos paramilitares. Sendo assim, podemos perceber que a atuação das milícias se desenvolveu na omissão do Estado que não garante os direitos constitucionais a todos ou oferece serviços de qualidade insatisfatória como, por exemplo, transporte coletivo e segurança. O descaso as inúmeras denúncias e a impunidade dos agentes públicos de segurança reforçam a inércia estatal diante dos crimes praticados pelas milícias. Destacamos assim a vulnerabilidade da população que convive com a atuação desses grupos e com um Estado que tem violado seus direitos civis e políticos. BIBLIOGRAFIA: 1) ALVES, José Claúdio Souza. Dos Barões ao extermínio. Uma história da violência na Baixada Fluminense. Duque de Caxias: APPH Clio, ) BURGOS, Marcelo Bauman. A utopia da comunidade: Rio das Pedras uma favela carioca. São Paulo: Editora Loyola, ) CANO, Ignácio. Seis por meia dúzia? Um estudo exploratório do fenômeno das chamadas milícias no Rio de Janeiro, In: Segurança, Tráfico e Milícia no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, ) DIMENSTEIN, Gilberto. Democracia em pedaços: direitos humanos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, ) ESCOREL, Sarah. Vivendo de Teimosos. In: No meio da rua. Nômades, Excluídos e Viradores. Rio de Janeiro: Garamond, ) MENDEZ, Juan C. O Não-Estado de Direito na América Latina. São Paulo: Paz e Terra, ) RATTON JUNIOR, José Luiz de Amorim. Violência e crime no Brasil contemporâneo: homicídios e políticas de segurança pública nas décadas de 80 e 90. Brasília: Cidade Gráfica e Editora,

11 8) SANTOS, Rogério Dultra dos. As milícias do Rio de Janeiro (ou a busca de legitimidade da polícia mineira) Disponível: < Acesso em: 15/01/2009 9)TELLES. Maria Sarah da Silva. Viver na favela: Experiência e Representações de Moradores de uma favela carioca. Dissertação de Doutorado em Sociologia IUPERJ. Rio de Janeiro: ) VENTURA, Mauro. Dois capuccinos e a conta com Marcelo Freixo. Ano 5, nº. 223, 02/11/2008 FONTE: - Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias no Rio de Janeiro. ALEREJ, Reportagem do Jornal O Globo, em 10 de dezembro de

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