ESTUDO SECTORIAL: QUALIDADE DA ÁGUA E TRANSPORTE DE SEDIMENTOS

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1 Governo da República de Moçambique Governo da República do Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO PUNGUÉ RELATÓRIO DA MONOGRAFIA ANEXO VI ESTUDO SECTORIAL: QUALIDADE DA ÁGUA E TRANSPORTE DE SEDIMENTOS VERSÃO FINAL ABRIL 2004 SWECO & Associates

2 Cliente: Projecto: Título: Sub-título: Estatuto do relatório: Governo da República de Moçambique Governo da República do Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HíDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGUÉ Anexo VI Estudo Sectorial: Qualidade da Água e Transporte de Sedimentos Final Projecto SWECO No: Data: Abril de 2004 Equipa do Projecto: SWECO International AB, Suécia (líder) ICWS, Países Baixos OPTO International AB, Suécia SMHI, Suécia NCG AB, Suécia CONSULTEC Lda, Moçambique IMPACTO Lda, Moçambique Universidade Católica de Moçambique Interconsult (Pvt) Ltd, Aprovado por: Lennart Lundberg, Director do Projecto SWECO INTERNATIONAL AB P:/1113/1116/ Pungue IWRM Strategy - Sida/Original/Monograph Report/Annex VI/Portuguese/Annex VI.doc

3 O Projecto Pungué O Desenvolvimento da Estratégia Conjunta para a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (GIRH) da Bacia do Rio Pungoé, mais conhecido por Projecto Pungoé, é um esforço de cooperação entre os Governos de Mocambique e para criar um quadro de gestão equilibrada e sustentável e de desenvolvimento e conservação dos recursos hídricos na bacia do rio Pungoé, com o objectivo de aumentar os benefícios sociais e económicos para as populações que vivem ao longo da bacia. Um dos elementos chave para o desenvolvimento desta estratégia pelo Projecto está associado à capacitação institucional para a sua implementação e actualização, que permita facilitar uma efectiva gestão participativa envolvendo tanto as autoridades como os stakeholders. O rio Pungoé é um curso de água partilhado pelos dois países. O Projecto Pungoé é financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) através de um acordo com e Moçambique. O Projecto está a ser implementado sob os auspícios do Departamento de Desenvolvimento de Águas (DWD), do Ministério dos Recursos Rurais, Desenvolvimento de Água e Irrigação (MRRWD&I) no e da Direcção Nacional de Água (DNA) e do Ministério das Obras Publicas e Habitação em Mocambique, como representantes dos dois governos. As agências de implementação do projecto são o National Water Authority (ZINWA) através do Save Catchment Manager s Office (ZINWA Save) no e a Administração Regional de Águas do Centro (ARA- Centro), em Moçambique. O Projecto Pungoé teve o seu início em Fevereiro de 2002 e será implementado nas quatro fases seguintes: Fase 0 Fase Inicial Fase 1 Fase da Monografia Fase 2 Fase de Cenários de Desenvolvimento Fase 3 Fase da Estratégia Conjunta para a GIRH A Fase da Monografia Durante a fase da monografia, o Consultor, em conjunto com as agências de implementação no e Moçambique envidou grandes esforços no Page i

4 sentido de melhorar a base de conhecimentos para o desenvolvimento dos recursos hídricos da bacia através de vários estudos de sector. Os estudos de sector descrevem a situação actual na bacia no que diz respeito aos recursos hídricos, ambiente e poluição, demanda de água, infraestrutura e socioeconomia. Foram também desenvolvidas actividades para avaliar e reforçar as capacidades legais e institucionais das agências de implementação. Estas actividades, que representam um processo contínuo ao longo do Projecto, incluem, entre outras, o desenvolvimento, aquisição de tecnologia e formação na utilização de SIG e ferramentas de gestão de modelação hidrológica. Com vista a aumentar o conhecimento sobre o Projecto e facilitar a participação das partes interessadas na GIRH da bacia do rio Pungué, realizou-se a divulgação de informações sobre o Projecto bem como consultas com grupos das partes interessadas na bacia. Lista de Documentos O inclui os seguintes documentos: Relatório Principal Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V Anexo VI Anexo VII Estudo Sectorial: Recursos Hídricos Superficiais Estudo Sectorial: Redes Hidrometeorológicas Estudo Sectorial: Qualidade dos Dados e Modelação Hidrológica Estudo Sectorial: Recursos Hídricos Subterrâneos Estudo Sectorial: Barragens e outras Obras Hidráulicas Estudo Sectorial: Qualidade da Água e Transporte de Sedimentos Estudo Sectorial: Necessidades de Água para Abastecimento e Saneamento Anexo VIII Estudo Sectorial: Necessidades de Água para Irrigação e Floresta Anexo IX Anexo X Anexo XI Anexo XII Estudo Sectorial: Pesca Estudo Sectorial: Fauna, Áreas de Conservação e Turismo Estudo Sectorial: Infra-estruturas Estudo Sectorial: Socio-economia Page ii

5 ÍNDICE 1 SUMÁRIO EXECUTIVO Descrição geral da gestão da qualidade da água na bacia Assentamentos e fontes potenciais de poluição Situação da qualidade da água na bacia 3 2 INTRODUÇÃO Antecedentes Considerações Gerais Objectivos Programas de qualidade da água existentes e padrões em uso Situação em Moçambique Situação no Comparação dos Padrões de Qualidade da Água e uso nos Estados da Bacia 12 3 QUALIDADE DA ÁGUA Descrição geral dos assentamentos e qualidade da água na bacia Assentamentos Humanos na Bacia do Pungué Descrição Geral da Qualidade da Água Inventário de fontes potenciais de poluição Agricultura Comercial em grande escala Agricultura de Subsistência Assentamentos Rurais (cidades e aldeias) Intrusão Salina Outras Fontes de Poluição Mineração aluvial de ouro Efeitos Ambientais de Operações de Mineração de Ouro em Pequena Escala Efeitos Ambientais das Operações Industrais de Mineração de Ouro Medições de campo e recolha de dados Análise dos dados de qualidade da água Tendências da Qualidade da Água Variação da Qualidade da Água ao longo do Rio Pungué Variações Sazonais de Qualidade da Água em Estações Específicas Concordância da Qualidade da Água com as directrizes e normas 37 4 TRANSPORTE DE SEDIMENTOS Problemas a resolver Análise de estudos regionais anteriores Dados disponíveis Amostras de Qualidade da Água Medição do Transporte de Sedimentos Avaliação da qualidade dos dados Estimativa do transporte de sedimentos Curva de Vazão de sedimentos 47 Page iii

6 4.4.2 Produção Estimada de Sedimentos Efeito das actividades de mineração de ouro 50 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conclusões Recomendações 55 6 REFERÊNCIAS 57 APÊNDICE 1 APÊNDICE 2 APÊNDICE 3 APÊNDICE 4 APÊNDICE 5 APÊNDICE 6 APÊNDICE 7 APÊNDICE 8 Critérios Constituintes SAWGG Típicos para o Sistema Aquático e Uso Doméstico da Água Intervalo Alvo de Qualidade da Água da SAWQG Resumidos para fins aquático, doméstico e de irrigação Padrões para Água Potável e Descarga de Efluente para a Classificação de Autorizações no Comparação entre as directrizes da África do Sul e Moçambique e os padrões do para a qualidade da água Dados de Análise da Qualidade da Água Dados de Qualidade da Água do DEIA do Pungué Dados Históricos de Transporte de Sedimentos Fotografias de áreas de mineração de ouro na parte superior do Nyamakwarara Page iv

7 1 SUMÁRIO EXECUTIVO Page 1 (59)

8 1.1 Descrição geral da gestão da qualidade da água na bacia O Anexo VI aborda a qualidade da água relativamente aos processos directos de consumo e às actividades humanas indirectas no uso dos recursos hídricos e do solo. Foram utilizadas directrizes regionais da qualidade da água existentes para definir a qualidade da água adequada para os diferentes usos. O objectivo principal da tarefa de qualidade da água e transporte de sedimentos é de caracterizar a qualidade da água na bacia no âmbito dos vários usos. Desde a promulgação da nova Lei de Águas de Moçambique em 1991, a ARA-Centro é responsável pela monitorização da qualidade e gestão da água na bacia do Pungué em Moçambique. No contexto da Lei de Águas, a gestão da qualidade da água deve ser uma parte integral de um âmbito mais vasto de questões de desenvolvimento dos recursos hídricos. Actualmente, os estatutos da ARA-Centro estão ainda a ser finalizados e promulgados para fornecer o enquadramento regulamentar necessário para a monitorização da qualidade da água e controlo da poluição. Têm sido realizadas medições da qualidade da água de forma intermitente na bacia do Pungué em Moçambique desde 1971, sob os auspícios da DNA. Existem nove pontos de amostragem na bacia, oito dos quais estão localizados em estações de medição de caudal e uma na Açucareira de Mafambisse. A República de Moçambique usa as Directrizes de Qualidade da Água da África do Sul (SAWQG) para aplicação no programa de gestão da qualidade da água do país, até ao desenvolvimento e introdução de padrões locais. No, a Lei da Água [Capítulo 20:24], através do Regulamento Estatutário 33 de 2000, os Regulamentos da Água (Descarga de Resíduos e Efluentes) fornecem a base legal para a protecção dos recursos hídricos no país. De acordo com a Lei da Água e regulamentos correspondentes, a Unidade de Controlo da Poluição (UCP) estabeleceu uma rede nacional para a gestão da qualidade da água e monitorização da poluição. Foram realizados registos em cinco pontos na bacia hidrográfica do Pungué no, tendo-se iniciado a amostragem da qualidade da água em Outubro de Para além da Lei da Água, o também tem padrões para água potável de acordo com o SAZS 597: Assentamentos e fontes potenciais de poluição Os antecedentes da geologia e solos, vegetação e assentamentos humanos têm impacto na qualidade ambiental da água. Os usos da terra e da água associados para fins doméstico, de mineração, industrial, de transporte e agrícolas alteram o estado natural da qualidade da água. Consequentemente, Page 2 (59)

9 é necessário avaliar a dinâmica dos assentamentos humanos no contexto do respectivo potencial de poluição para caracterizar por completo a qualidade da água da bacia. A bacia do Pungué é predominantemente rural. Os assentamentos estão concentrados ao longo dos vales dos rios, em zonas com solos adequados à agricultura, a planície de inundação, e próximo de infra-estruturas existentes como estradas e centros administrativos. As cidades da Beira e Dondo em Moçambique são os principais centros urbanos e industriais na bacia. O padrão geral de assentamento nas áreas rurais da bacia é uma mistura de empreendimentos agrícolas, de silvicultura e plantações de grande escala, bem como comunidades agrícolas predominantemente de subsistência e comunais. O Rio Pungué nasce na Montanha Nyanga, correndo através do Parque Nacional de Nyanga onde os assentamentos são proibidos e as condições ecológicas são praticamente virgens. Ao sair do parque nacional, atravessa predominantemente terra de agricultura de subsistência até desaguar no Oceano Índico na Beira. O Rio Nyamakwarara, um afluente menor, atravessa áreas aluviais de mineração de ouro onde actividades informais estão a introduzir poluentes pesados no sistema fluvial. Existem oito fontes potenciais diferentes de poluição na bacia: 1. Agricultura comercial em grande escala através de poluição pontual e difusa. 2. Agricultura de subsistência, predominantemente através de poluição difusa. 3. Assentamentos urbanos. 4. Assentamentos rurais, o saneamento inadequado dá origem à poluição difusa. 5. Intrusão salina na área do estuário do Pungué. 6. Arborização. 7. Outras fontes difusas. 8. Prospecção de ouro no rio Nyamakwarara e arredores. 1.3 Situação da qualidade da água na bacia Os dados existentes sobre a qualidade da água na bacia são muito escassos, consistindo a maioria das estações em séries curtas de medições. Não é, por isso, possível nesta altura, caracterizar por completo a qualidade da água actual na bacia com precisão razoável. Foram analisados os dados históricos disponíveis, em conjunto com dados recentes de medições da água para obter uma avaliação inicial da situação da qualidade da água na bacia. Os dados indicam que a qualidade da água na parte superior da bacia hidrográfica no para a maioria dos constituintes para o uso doméstico, ecológico e de irrigação estão, em geral, de acordo com o Page 3 (59)

10 SAWQG bem como com os padrões do. Verifica-se também uma deterioração acentuada na qualidade da água do Rio Pungué depois da confluência com o rio Honde resultante das operações de mineração de ouro no Rio Nyamakwarara. No entanto, verifica-se uma melhoria considerável na turvação no Rio Pungué depois da confluência com o sistema Nhazonia- Vunduzi, apesar da concentração dos constituintes ainda exceder significativamente as directrizes para uso doméstico. As medições no Rio Nyamakwarara apresentam níveis elevados de mercúrio em uma (de poucas) amostras recolhidas sugerindo que os efeitos ambientais das operações de mineração de ouro podem ser sérios ou pelo menos representar uma potencial ameaça para a saúde humana e integridade da ecologia aquática. Apesar das cargas de sedimentos das operações de mineração de ouro na área do Rio Nyamakwarara serem elevadas em relação à bacia hidrográfica local, provavelmente não afectam significativamente o transporte médio de carga de sedimentos no sistema devido aos efeitos da diluição. No entanto, em períodos de caudal baixo, as concentrações tendem a ser muito elevadas, o que pode afectar localmente a ecologia aquática. Para obter uma melhor compreensão das tendências a longo prazo, devem ser aumentadas as variações sazonais e a dinâmica dos principais agentes poluentes, particularmente as operações de mineração de ouro na área do rio Nyamakwarara e a frequência das medições da qualidade da água em Moçambique. Além disso, a análise da qualidade da água tanto no como em Moçambique deve incluir contagens de coliformes, para avaliar a adequação da água bruta para o consumo doméstico. É também necessário realizar medições mais exaustivas do transporte de sedimentos para melhorar a precisão das estimativas actuais da produção de sedimentos, face à importância da deposição de sedimentos na concepção e avaliação económica das grandes barragens. Page 4 (59)

11 2 INTRODUÇÃO Page 5 (59)

12 2.1 Antecedentes Considerações Gerais A qualidade da água é um termo que implica um juízo de valor sobre a água relativamente a um uso específico. Não pode, por isso, ser definido em termos simples devido à complexidade de factores que a influenciam, e à diversidade de funções que os recursos hídricos têm de desempenhar, dos quais as principais são a captação e os usos ribeirinhos. Cada utilização da água causa um impacto específico nos recursos hídricos. Outros impactos nos recursos hídricos resultam de causas naturais tais como enxurradas, chuvas torrenciais e inversão não sazonal de lagos, bem como sedimentação induzida pelo homem. Os processos domésticos, industriais e agrícolas produzem grandes quantidades de produtos residuais que são despejados indiscriminadamente em cursos de água naturais. Consequentemente, os efluentes de alguns consumidores podem ser a fonte de abastecimento de água de outros. O uso da terra para a urbanização, agricultura, arborização e abate de árvores, mineração, bem como o arrastamento de resíduos de locais de aterro têm um efeito poluente nos recursos hídricos. Todos estes factores afectam a qualidade do ambiente aquático no que diz respeito às propriedades físicoquímicas e ao estado da fauna e flora existentes. O transporte de sedimentos no curso de água natural é uma das principais preocupações na África Austral no que diz respeito à qualidade e conservação da água. Os seus efeitos nocivos podem ser agrupados nas três áreas de preocupação seguintes. 1. A deposição de sedimentos em reservatórios de abastecimento de água que diminuem a respectiva capacidade de armazenamento e, consequentemente, o rendimento potencial. 2. A turvação, resultante do transporte de sedimentos que reduz a produção primária de plâncton e altera a vegetação do leito do rio, com impactos negativos na cadeia alimentar aquática. 3. Os pesticidas, metais pesados e nutrientes que são adsorvidos na superfície das partículas de sedimentos aumentando assim o transporte destes poluentes. Cargas elevadas de sedimentos fluviais podem também alterar a morfologia de um rio dando origem a inundações devido à formação de meandros e assoreamento de terras húmidas. Além disso, a erosão e a perda da camada superficial do solo estão directamente associadas ao transporte de sedimentos. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 6 (59)

13 Este Anexo aborda a qualidade da água no contexto dos processos directos do consumidor e actividades humanas indirectas na utilização dos recursos hídricos e do solo. Para cada processo específico do consumidor existe um conjunto de requisitos (padrões) relativamente à qualidade da água a ser utilizada. Estes estão relacionados com as concentrações de vários parâmetros químicos, material em suspensão e quantidade de bactérias. Qualquer alteração na qualidade natural da água implica poluição, sendo que os problemas de poluição mais graves a longo prazo e em grande escala são resultantes de actividades humanas através da introdução directa e indirecta de substâncias ou energia. Isto resulta em danos aos recursos aquáticos vivos, perigo para a saúde humana, retrocesso nas actividades aquáticas como a pesca, bem como a deterioração da qualidade da água relativamente a um processo de consumo pretendido tal como a agricultura, indústria, lazer ou abastecimento doméstico Objectivos O objectivo da tarefa de qualidade da água e transporte de sedimentos é de avaliar a situação da bacia do Rio Pungué no que diz respeito à qualidade da água e transporte de sedimentos. São identificadas fontes potenciais de poluição da água e avaliada a respectiva importância na qualidade da água. 2.2 Programas de qualidade da água existentes e padrões em uso A poluição e degradação da qualidade da água interferem com os usos vitais e legítimos dos recursos hídricos a nível local, regional e internacional. Consequentemente, é necessário haver critérios e padrões para a qualidade da água para garantir que o recurso está disponível com a qualidade adequada para um processo de consumo específico. A manutenção e avaliação da qualidade da água são procedimentos importantes na sociedade moderna. Esta questão é abordada através de programas de monitorização da qualidade da água onde se recolhem e analisa quimicamente amostras da água em locais estratégicos para facilitar o controlo da poluição e estabelecer a adequação para uso em vários processos de consumo, com base num conjunto de padrões de qualidade. Os programas de monitorização dos recursos hídricos existentes e padrões e directrizes associados na bacia do Pungué são discutidos brevemente a seguir para cada estado da bacia Situação em Moçambique Desde a promulgação da nova Lei de Águas de Moçambique em 1991, a ARA-Centro é responsável pela monitorização e gestão da qualidade da água JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 7 (59)

14 na Bacia do Pungué em Moçambique. A Lei de Águas exige que seja desenvolvido um plano geral do Desenvolvimento dos Recursos Hídricos em cada bacia. Entre outras questões relacionadas com o desenvolvimento dos recursos hídricos, o plano deve abordar a protecção da qualidade da água. Investigações revelaram a existência de dados de qualidade da água para nove estações na Bacia do Pungué em Moçambique, alguns dos quais datam de A maioria dos dados foi recolhido intermitentemente sob os auspícios da DNA. Oito dos locais de amostragem de qualidade da água estão localizados em estações de medição de caudal e um na Açucareira de Mafambisse. Actualmente, os estatutos da ARA-Centro estão ainda a ser finalizados e promulgados para fornecer o enquadramento regulamentar necessário para a monitorização da qualidade da água e controlo da poluição. A falta de estatutos e regulamentos comprometeu a capacidade institucional da ARA-Centro para implementar um programa eficaz de monitorização da qualidade da água. Além disso, não foram, aparentemente, realizadas medições de rotina para a erosão e o transporte de sedimentos. Através do Projecto, o Consultor concebeu e iniciou um programa de monitorização da qualidade da água e de sedimentos e deu formação à ARA-Centro em medições de campo. Foi aprovisionado algum equipamento de laboratório de campo para realizar esta tarefa. O programa teve início em Outubro de Apesar destes esforços iniciais ao longo do projecto, questões importantes relacionadas com regulamentos e imposição que ainda se encontram por resolver continuarão a frustrar avanços na gestão da qualidade da água na bacia do Pungué em Moçambique. A República de Moçambique usa as Directrizes de Qualidade da Água da África do Sul (SAWQG) para aplicação no programa de gestão da qualidade da água do país, até ao desenvolvimento e introdução de padrões locais. As directrizes foram desenvolvidas pelo Departamento de Águas e Florestas (DWAF), do Governo da África do Sul. Estas consistem de directrizes para uso da água para fins doméstico, recreativos, industriais e agrícolas, directrizes para a protecção da saúde e integridade dos sistemas aquáticos e directrizes para a protecção do ambiente marinho. No núcleo da SAWQG está a definição do Intervalo Sem Impacto para a concentração de cada constituinte da qualidade da água. No âmbito deste intervalo, a presença do constituinte não teria qualquer efeito adverso conhecido ou antecipado na adequação da água para um uso específico ou na protecção do ambiente. No SAWQG, o Intervalo Sem Impacto é definido como o Intervalo Alvo de Qualidade da Água. O TWQR é a qualidade da água ideal de um dado constituinte, para um uso da água específico. A directriz da qualidade da água para um constituinte específico é um conjunto compreensivo de informações que consiste dos seguintes aspectos: JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 8 (59)

15 1. Propriedades físicas e químicas gerais do constituinte. 2. A natureza da respectiva ocorrência. 3. Interacções com outros químicos. 4. Os métodos de referência da medição. 5. A forma de interpretação dos dados. 6. Opções de tratamento para a respectiva remoção da água. 7. Os respectivos efeitos relacionados com um uso específico e mitigação a partir daí. 8. Os critérios de qualidade da água para o constituinte no que diz respeito ao respectivo efeito relacionado a um uso específico da água. No Apêndice 1 são apresentados exemplos de critérios da qualidade da água do SAWQG relacionados com o sistema aquático e o uso doméstico de água para um constituinte típico. As SAWQG foram desenvolvidas para auxiliar os utilizadores a tomar decisões informadas sobre a adequação da água para uso. Isto é reforçado pela variedade de questões abrangidas pelas directrizes. O Apêndice 2 fornece o Intervalo Alvo de Qualidade da Água das SAWQG para o sistema aquático, uso doméstico da água e irrigação para diferentes constituintes químicos e biológicos da água Situação no No, a Lei da Água [Capítulo 20:24] fornece a base legal para a protecção dos recursos hídricos do país. O Regulamento Estatutário 33 de 2000 e os Regulamentos da Água (Descarga de Resíduos e Efluentes) definem o enquadramento regulador da gestão de qualidade da água e prevenção da poluição pela ZINWA, através da Unidade de Controlo da Poluição (UCP), assistidas pelo Comité de Aconselhamento de Poluição da Água. De acordo com a Lei da Água e regulamentos correspondentes, a Unidade de Controlo da Poluição estabeleceu uma rede nacional para a gestão da qualidade da água e monitorização da poluição. A rede consiste em pontos de amostragem localizados estrategicamente no sistema fluvial nacional para monitorizar a qualidade do efluente a partir dos diferentes processos de consumo. Foram registados um total de cinco pontos na bacia hidrográfica do Pungué no, tendo-se iniciado a amostragem da qualidade da água em Outubro de JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 9 (59)

16 Para o abastecimento de água potável, os padrões do são fornecidos pelo SAZS 560:1997. Estes são baseados principalmente nas directrizes do WHO mas as directrizes da África do Sul para uso doméstico (SAWQG) foram também levadas em consideração. O Apêndice 3 fornece os padrões do SAZS. Durante a Avaliação Detalhada do Impacto Ambiental para o Projecto de Abastecimento de Água Pungué-Mutare ( ), a Interconsult realizou investigações detalhadas da qualidade da água na secção superior do Rio Pungué que incluíram a biomonitorização e abrangeram três estações, utilizando o Sistema de Pontuação da África do Sul, versão SASS4. Como resultado, estão disponíveis algumas informações úteis sobre organismos aquáticos e características do habitat nessa secção do Rio Pungué. O conceito de monitorização biológica ou biomonitorização parte do pressuposto que a medição da condição ou saúde da biota pode ser utilizada para avaliar a saúde de um ecosistema (Herricks & Cairns, 1982). As alterações em, e os efeitos das condições ambientais são medidas através de respostas biológicas ou indicadores. Fontes de poluição pontual ou difusa bem como causas naturais podem ser responsáveis por qualquer uma destas alterações ambientais. Recentemente, a UCP embarcou nas fases iniciais de um projecto-piloto para introduzir a biomonitorização como ferramenta adicional na gestão integrada da bacia no que diz respeito à qualidade da água. Os principais objectivos da fase inicial foram de estabelecer locais de referência prioritários numa região específica e construir capacidade de forma a permitir a aplicação a nível nacional. Esta iniciativa adoptou também a abordagem SASS4. O aspecto fundamental da Lei da Água e Regulamentos da Água do (Descarga de Resíduos e Efluente) é o Princípio do Poluidor Pagador, que coloca a responsabilidade do combate à poluição e os custos de monitorização e gestão resultantes no poluidor. As seguintes provisões chave são a base do princípio: 1. É necessária uma autorização para descarregar efluentes em qualquer massa de água superficial ou em águas subterrâneas; 2. A provisão de incentivos monetários para reduzir a poluição. 3. Estabelecer que os poluidores financiam a supervisão eficaz de regulamentos. 4. Medidas institucionais para que os portadores de autorizações acarretem o custo financeiro da monitorização. 5. Penalizações claras para os infractores. 6. A atribuição da responsabilidade da mitigação da poluição da água no poluidor. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 10 (59)

17 Para facilitar uma clara compreensão do programa de qualidade da água do e da Lei e regulamentos aplicáveis, a UCP desenvolveu e publicou Directrizes Operacionais para o Controlo da Poluição da Água no. As directrizes definem os conceitos e princípios básicos nos quais se baseia a lei sobre o controlo da poluição da água e fornecem um mapa da estrada para a implementação da gestão da qualidade da água no. O mapa da estrada permite a melhoria progressiva do sistema de monitorização, de acordo com os recursos humanos e financeiros disponíveis. As directrizes fornecem informações detalhadas sobre a Classificação de Resíduos, incluindo os padrões aplicáveis para os vários tipos de descarga de resíduos. O sistema de autorizações de poluição da água, que é a base da gestão da qualidade da água no, é abordado em detalhe nas Directrizes para garantir que o público em geral compreende por completo os requisitos da Lei. Os Regulamentos da Água (Descarga de Resíduos e Efluente) estabelecem que, qualquer pessoa que pretenda descarregar resíduos ou efluente num riacho público, qualquer superfície de água ou águas subterrâneas tem de obter uma autorização para o efeito, de acordo com os critérios de classificação definidos nos Regulamentos. As situações em que uma autorização não é necessária estão estipuladas nos Regulamentos. A seguir apresenta-se a estrutura do sistema de classificação de autorizações: 1. Autorização azul para a descarga ecologicamente segura. 2. Autorização verde para a descarga com baixo perigo ambiental. 3. Autorização amarela para a descarga com médio perigo ambiental. 4. Autorização vermelha para a descarga com elevado perigo ambiental. Para facilitar a classificação das autorizações de poluição, os Regulamentos especificam o uso de testes padrão da Associação Padrão do ou outros testes adequados para determinar a qualidade da água. As áreas sensíveis, que exigem uma autorização azul, são também especificadas com base no uso da água para beber ou se necessita de protecção especial para fins ambientais ou se é susceptível à eutroficação. O rio Pungue, o Honde e o Nyamakwarara e respectivos afluentes são indicados. Os padrões de qualidade da água do efluente para descarga num riacho público ou massas de água previstos nos Regulamentos são reproduzidos no Apêndice 3. Os Regulamentos fornecem também padrões para a classificação da descarga terrestre de efluente, a concentração de vestígios de elementos nas águas residuais adequadas para irrigação, os locais de JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 11 (59)

18 aterro e a descarga de lamas dos esgotos. São também fornecidas informações sobre os pesticidas registados no bem como os que estão na lista negra. Em conformidade com o espírito do Princípio de Poluidores Pagadores, são cobradas taxas ao portador da autorização com base no seguinte: 1. Uma taxa de candidatura para a emissão, renovação ou correcção da autorização, parcialmente reembolsável para pedidos rejeitados. 2. Uma taxa de monitorização anual baseada na classificação das autorizações. 3. Uma taxa ambiental baseada no volume de resíduos líquidos ou efluentes e na classificação da autorização. 4. Uma taxa ambiental para a descarga de resíduos sólidos baseada no sistema de classificação. Actualmente, a gestão da qualidade da água no não leva em consideração o carácter psico-químico da água recipiente, devido às limitações institucionais. Assim sendo, os padrões de qualidade da água existentes são apenas aplicáveis à descarga do efluente. No futuro, com melhorias no sistema de monitorização, prevê-se que sejam introduzidos os padrões de descarga que são qualificados com base num factor de diluição da água recipiente e num valor limite para cada constituinte na água recipiente Comparação dos Padrões de Qualidade da Água e uso nos Estados da Bacia As SAWQG fornecem informações sobre os efeitos da concentração de um constituinte presente na água natural na adequação da água para um uso específico ou na protecção do ambiente. No, os padrões são ligeiramente diferentes. Os padrões SAZS do para a água potável referem-se à agua tratada para consumo humano enquanto que a Lei da Água fornece limites para concentrações de constituintes na água do efluente com o objectivo da classificação de autorizações de descarga. Considerando que as SAWQG e os padrões do sobre os efluentes e a água potável são utilizados operacionalmente nos dois países, foi realizada uma comparação (Apêndice 4). Foi feita uma comparação entre o Intervalo Alvo de Qualidade da Água das SAWQG para uso doméstico e o padrão do SAZS para água potável do. A segunda comparação foi feita entre o Intervalo Alvo de Qualidade da Água para Sistemas Aquáticos das SAWQG e a Classificação Azul para áreas sensíveis, na qual são classificados os rios Pungwe, Honde e Nyamakwarara. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 12 (59)

19 A comparação da qualidade da água pretendida para uso doméstico e o padrão da água potável não apresentam indícios de um padrão. Para alguns constituintes, as SAWQG são mais rígidas e para outros o SAZS apresenta o limite mais baixo. As diferenças nos limites são normalmente pequenas para a maioria dos constituintes. No entanto, é de notar que para a Condutividade, Cobre e Chumbo as diferenças são um factor 5-10 entre os dois padrões/directrizes. É também de notar que o não tem limites de mercúrio para a água potável. As directrizes e padrões para a vida aquática e descargas de efluente são mais difíceis de comparar. Ambos os países não têm limites para alguns constituintes que o outro país tem. O mais notável é que as directrizes SAWQG têm limites muito mais rígidos para metais pesados como o Arsénico, Cádmio, Crómio, Cianeto, Chumbo, Mercúrio, Selénio e Zinco, em comparação com os padrões de efluente do. Apesar da água doméstica captada dos rios ser geralmente tratada em conformidade com as directrizes, a captação directa para uso doméstico é comum entre as comunidades da bacia. O uso para irrigação é importante no vale Honde no, e tem grande potencial na maioria das áreas com solos adequados em Moçambique. O uso aquático exige o padrão mais rígido de qualidade da água para a água natural. Face à dependência das comunidades da bacia ribeirinha nos recursos aquáticos como a pesca, que são sensíveis à poluição, os padrões elevados de qualidade da água devem ser mantidos na água natural. O estatuto da qualidade da água na bacia do Pungué é apresentado na secção seguinte. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 13 (59)

20 3 QUALIDADE DA ÁGUA JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 14 (59)

21 3.1 Descrição geral dos assentamentos e qualidade da água na bacia A qualidade da água é uma função dos antecedents de geologia e solos, vegetação, assentamentos humanos e uso associado da terra e água para fins domésticos, mineração, indústria e transportes. A intensidade destas actividades, que também têm um impacto na qualidade da água, é função da densidade populacional. A caracterização da qualidade da água da bacia requer uma compreensão da dinâmica dos assentamentos humanos no contexto do respectivo potencial de poluição Assentamentos Humanos na Bacia do Pungué A bacia do Pungué é predominantemente rural. Os assentamentos consistem em comunidades aldeãs, alguns centros urbanos espalhados e focos de crescimento, bem como explorações comerciais. Estes estão concentrados ao longo dos vales dos rios, em zonas com solos adequados à agricultura, a planície de inundação e também na proximidade de infraestruturas existentes como estradas e centros administrativos. As cidades da Beira e Dondo em Moçambique são so principais centros urbanos e industriais na bacia. Estes centros descarregam para os sistemas do Pungué e do Buzi na proximidade dos estuários. O padrão de assentamento geral nas áreas rurais da bacia é uma mistura de empreendimentos agrícolas, florestais e plantações em larga escala bem como comunidades agrícolas predominantemente de subsistência. Fora do eixo Beira-Dondo em Moçambique, não existem grandes cidades industriais na bacia excepto Chimoio que está situada na divisão da bacia. No, o foco de crescimento de Hauna, localizado no vale do Honde, é um centro para a actividade comercial. Outras cidades mais pequenas em Moçambique são Gondola ( ), Nhamatanda ( ) e Gorongosa (80 000). Nestas cidades rurais, a maioria da população está concentrada em áreas quase sub-urbanas com pouca distinção das áreas rurais circundantes no que diz respeito à actividade económica, abastecimento de água e hábitos de saneamento. O rio Pungué nasce na Montanha Nyanga, escoando através do Parque Nacional de Nyanga onde os assentamentos são proibidos e as condições ecológicas são praticamente virgens. À saída do Parque Nacional, atravessa terra comunal densamente povoada antes de atravessar a fronteira para Moçambique na plantação de chá de Katiyo. Os respectivos afluentes no, entre estes o rio Honde, irrigam um misto de áreas agrícolas comunais e áreas de silvicultura e plantações de chá em grande escala. O rio Nyamakwarara, um afluente menor, corre do sul de Moçambique, atravessando a porção sudeste da bacia no antes de se juntar ao JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 15 (59)

22 rio Honde em Moçambique. O Nyamakwarara atravessa áreas aluviais de mineração de ouro em Moçambique e no. Do outro lado da fronteira em Moçambique, os assentamentos da bacia consistem principalmente em pequenas aldeias dispersas, das quais cerca de 18%, fora da área metropolitana da Beira e Dondo, situados em áreas quase urbanas. A actividade económica é dominada pela agricultura em pequena escala com poucas preocupações comerciais. Na parte central da bacia, o rio Pungué e respectivos afluentes correm através do Parque Nacional da Gorongosa, que anteriormente não era habitado. Actualmente, estão a começar a desenvolver-se numerosos assentamentos dentro e à volta do parque. O Pungué inferior corre pela planície de inundação, que sustenta a segunda maior população na bacia do Pungué em Moçambique. Apesar do elevado potencial agrícola da planície, existem apenas algumas explorações comerciais em grande escala, sendo que a maioria das comunidades pratica agricultura de subsistência e pesca em pequena escala. A área do estuário do Pungué é a mais densamente povoada devido à localização das cidades da Beira e Dondo. Existem também plantações comerciais de grande escala como a Açucareira de Mafambisse, intermeada com agricultura de subsistência e actividades pesqueiras em pequena escala. A forma de saneamento mais comum entre as comunidades rurais na bacia é o sistema de latrina seca. A maioria das casas em áreas urbanas estão ligadas a sistemas de esgotos transportado por água. Em Moçambique, a cobertura de saneamento é ainda muito baixa, sendo a da Província da Manica estimada em 1.1%. Consequentemente, grande parte das comunidades rurais ainda defeca no mato. A lavagem da roupa e os banhos são realizados no curso de água ou na proximidade de outras fontes de água. Actualmente, o sistema de esgotos para a cidade da Beira tem graves problemas de operação. É habitual que o esgoto não tratado seja descarregado em vários pontos ao longo dos rios e da costa. Na bacia do Pungué no, as condições de saneamento são melhores, com uma cobertura estimada em cerca de 46%. A maioria das pessoas tem a têndencia de tomar banho nas latrinas. O saneamento no foco de crescimento de Hauna é quase totalmente baseado em tanques sépticos, com excepção do hospital que tem tanques de tratamento. O efluente do tanque é descarregado para o solo para a irrigação de pastos Descrição Geral da Qualidade da Água Assume-se que a qualidade da água na parte superior do rio Pungué no seja considerada quase virgem devido à existência dos Parques Nacionais de Nyanga onde os assentamentos humanos são proibidos por lei. Para o resto da bacia, o uso da terra e práticas de saneamento têm um papel importante na determinação da qualidade da água nos rios da bacia. O JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 16 (59)

23 carácter rural dos assentamentos da bacia tem uma influência significativa na natureza da qualidade da água. São de esperar na bacia tanto a poluição pontual como a difusa devido à agricultura comercial de grande escala e à agricultura comunal de subsistência, bem como às práticas de saneamento gerais na bacia. A prospecção de ouro descontrolada no rio Nyamakwarara coloca graves problemas de qualidade da água, particularmente durante a época seca, em que o factor de diluição é baixo. Devido às deficiências funcionais na rede de esgotos da cidade da Beira, esperam-se elevadas concentrações de bactérias, material orgânico e solos suspensos na zona inferior do estuário. 3.2 Inventário de fontes potenciais de poluição Existem oito fontes potenciais de poluição distintas na bacia, a saber: 1. Agricultura comercial de grande escala atavés da poluição pontual e difusa. 2. Agricultura de subsistência, predominantemente através da poluição difusa. 3. Assentamentos urbanos. 4. Assentamentos rurais, devido ao saneamento inadequado dando origem a poluição difusa. 5. Intrusão salina na área do estuário do Pungué. 6. Arborização. 7. Outras fontes difusas. 8. Prospecção de ouro no rio Nyamakwarara e arredores. Neste relatório dá-se especial atenção ao último ponto, actividades de prospecção de ouro, devido ao grande significado na poluição da água a partir de sedimentos e possivelmente do mercúrio Agricultura Comercial em grande escala A agricultura comercial de grande escala, incluíndo plantações, tem o potencial de poluir águas superficiais, em grande parte devido às práticas agrícolas que são essenciais para obter elevada produtividade e viabilidade comercial, bem como a partir da gestão dos resíduos gerados pela produção agrícola. As seguintes actividades são fontes potenciais de poluição associadas a operações agrícolas em grande escala: JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 17 (59)

24 1. Aplicação de fertilizantes que introduzem nitratos e outros sais inorgânicos no rio através da lixiviação. 2. Pesticidas. 3. Poluentes orgânicos provenientes de aterros de armazenamento de resíduos que são arrastados para os sistemas de drenagem após as chuvas. 4. Óleos e outros químicos orgânicos e inorgânicos derivados de operações de limpeza das alfaias agrícolas, equipamento de processamento e oficinas mecânicas. 5. Sedimentos provenientes de operações de abate de árvores, que são descarregados nos cursos de água durante as chuvas dando origem à deposição sedimentar do sistema aquático. No, as plantações comerciais de chá e café em grande escala estão localizadas na parte norte das bacias do Nyawamba, Nyamhingura, e partes da bacia hidrográfica do Nyamkombe, e na plantação de chá de Katiyo ao longo do rio Pungué, perto da fronteira com Moçambique. Encontram-se plantações comerciais de madeira de pinho e acácia na parte centro-oeste da bacia, onde o sistema de drenagem principal é o rio Duru, um afluente do rio Honde. Existem outras plantações comerciais de madeira na parte sudeste da bacia, que são irrigadas pelo rio Nyamakwarara. Todos os princiapais produtores de chá e café obtiveram autorizações do UCP para descarregar efluente no curso de água. Os detalhes das autorizações de descarga são fornecidos na Tabela 1 abaixo. Tabela 1 Autorizações de descarga para produtores agrícolas comerciais em grande escala no Plantação Tipo de Resíduo Volume da Classe descarga Milhões litro/mês Oficina 0.01 Amarelo Katiyo Efluente de chá 0.5 Azul Residuos de café 0.5 Azul Efluente de chá 0.5 Azul Eastern Highlands Residuos de café 0 Azul JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Oficina 0.01 Amarelo Oficina 0.01 Amarelo Zindi Efluente de chá Azul Hospital de Hauna Aplicação na terra para pasto 2.67 Verde Página 18 (59)

25 De acordo com a classificação de autorizações nos regulamentos de qualidade da água, a descarga de efluente derivada das actividades acima representa, na pior das hipóteses, perigo ambiental médio, no caso dos efluentes das oficinas classificados na classe amarela. Isto é devido à produção de óleos de motores que não são actualmente recuperados. No entanto, as taxas de descarga são tão pequenas que os efeitos de diluição iriam reduzir significativamente o dano real e minimizar quaisquer efeitos potencialmente perigosos. As autorizações amarelas serão avaliadas para actualização assim que os sistemas de recuperação de óleo estiverem instalados nas explorações. As grandes descargas de efluentes estão na banda azul que é classificada como não apresentando perigo ambiental. Outras fontes potenciais de poluição de água são derivadas do possível arrastamento de fertilizantes do solo como resultado da agricultura, bem como os insecticidas e fungicidas arrastados das folhas das culturas durante as chuvas. Além disso, as operações de abate de árvores por empresas de madeira frequentemente geram quantidades significativas de sedimentos se forem realizadas durante a época chuvosa. Estas fontes potenciais de poluição difusa são monitoradas continuamente no contexto geral do programa de qualidade da água para a região. Na bacia do rio Pungué em Moçambique, a agricultura comercial em larga escala está ainda em desenvolvimento após ter sido quase extinta durante a Guerra Civil. As plantações de florestas exóticas representam cerca de 0.1% da área total da floresta. Actualmente, existem poucas preocupações com a agricultura comercial de larga escala na maioria da bacia. A mais vasta é a Açucareira de Mafambisse com uma área de cerca de 8,093 hectares (ha) de cana de açucar. O plano futuro é de aumentar a área de produção para ha em Mafambisse e em Tica. Devido à natureza dispersa da agricultura de grande escala em Moçambique, esta fonte potencial de poluicao da água não deve ter um impacto significativo num futuro próximo Agricultura de Subsistência A agricultura comunal de subsistência é praticada ao longo do resto da bacia hidrográfica onde existe terra arável. Existe potencial para a poluição difusa do sistema fluvial resultante das seguintes actividades: Aplicação de fertilizantes e de estrume antes de chover. Sedimentação devido ao cultivo na margem do rio e desbravamento da vegetação ribeirinha, exacerbada por métodos agrícolas inadequados. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 19 (59)

26 Em Moçambique, é provável que a situação seja a conjugação da agricultura de rotação em conjunto com o desbravamento de vegetação, que parece ter criado raízes na maioria das zonas. A rede de monitorização da qualidade da água existente no fornece cobertura adequada para monitorizar a poluição difusa resultante da agricultura comunal Assentamentos Rurais (cidades e aldeias) Conforme mencionado anteriormente neste relatório, a rede de saneamento em Moçambique é ainda muito fraca. Consequentemente, o potencial para a poluição de nutrientes das águas superficiais é provavelmente elevado, particularmente em zonas com elevada densidade populacional (i.e. áreas à volta de pequenos centros urbanos). A rede de monitorização da qualidade de água existente pode fornecer informações úteis sobre nutrientes poluição baseada no saneamento, desde que sejam realizadas medições regulares. O saneamento para o foco de crescimento de Hauna é, em grande parte, baseado em tanques sépticos o que tende a mitigar a poluição da água superficial. O hospital de Hauna opera tanques de esgoto que descarregam efluente para o pasto. O sistema de descarga foi classificado na banda verde, que representa baixo perigo ambiental. A classificação é para quando chove. Foi localizado um ponto de amostragem a jusante do rio Ruda para monitorizar a poluição da água a partir do foco de crescimento Intrusão Salina A instalação conjunta para a tomada de água bruta para o abastecimento de água da Beira e a Açucareira de Mafambisse está localizada a cerca de 60km a montante da foz do Rio Pungué. A água é bombada do rio para um canal de diversão para distribuição entre a estação de tratamento da Beira e a irrigação da cana de açucar. Durante a maré alta e caudal baixo do rio, a intrusão salina pode extender-se até cerca de 80 km a montante (Graas, 2002) ou 82 e 95 km respectivamente (segundo Zanting et al, 1994). Por um lado, o elevado conteúdo de água salgada tem impactos negativos nas plantações de cana de açucar e água para consumo doméstico para a cidade da Beira. Por outro lado, é um requisito para algumas espécies aquáticas na parte inferior do rio. As discussões com as comunidades ribeirinhas na bacia inferior do rio Inkomati na parte sul de Moçambique sugerem que a pesca na foz dos rios onde ocorre a intrusão salina é muito importante para o abastecimento local de comida. Consequentemente, quaisquer medidas para limitar artificialmente a intrusão salina no estuário do Pungué irá exigir uma análise cuidada para evitar potenciais danos às espécies dependentes de água salgada. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 20 (59)

27 O período critico para a irrigação da cana de açucar em Mafambisse, no que diz respeito à intrusão salina é durante os meses de caudal baixo antes da época chuvosa, Setembro a Outubro, com a maré alta. O parâmetro indicador da qualidade da água é a Condutividade Eléctrica (CE), que não deve exceder 250 µs/cm. A este nível, deve-se interromper a bombagem para irrigação. A CE está relacionada com a quantidade de sais totais dissolvidos na água. Durante as medições de qualidade da água em Mafambisse em Setembro e Outubro de 2002, o limite máximo foi excedido em 25 dos 41 dias Outras Fontes de Poluição Uma outra fonte de poluição é a erosão e sedimentação provenientes das redes de estradas e caminhos não asfaltados que constitui grande parte das estradas da bacia. 3.3 Mineração aluvial de ouro A maior parte da bacia do Rio Pungué está sobre áreas de granito Precâmbrico e gneisses em áreas de altitude média e formações sedimentares nas áreas costeiras. Existem poucos recursos minerais economicamente viáveis na bacia, com excepção dos depósitos de ouro associados à cintura Manica Greenstone, que se situa na fronteira de Moçambique e do. Especificamente, ocorrem depósitos aluviais de ouro nas áreas montanhosas da parte superior da bacia do Rio Pungué, nas proximidades da fronteira entre os dois estados da bacia. A mineração de ouro decorre no rio Nyamakwarara e meio circundante. O rio nasce em Moçambique, passando através do para entrar no rio Honde em Moçambique. A Figura 1 abaixo mostra a localização geral das operações de mineração. Actualmente, os operadores em pequena escala que utilizam tecnologias rudimentares para a prospecção de ouro executam a maior parte da mineração de ouro. Além disso, uma empresa de mineração Australo- Malasiana estabeleceu uma unidade de produção com barragens e equipamento para a extracção gravitacional de ouro. O minério partido é colocado em peneiras onde as partículas de ouro são separadas pela gravidade. Foram realizadas um total de quatro visitas de campo à área do projecto em Abril de 2002, Outubro de 2002, Janeiro de 2003 e Março de 2004 para inspeccionar as condições físicas dos recursos aquáticos, especialmente na área de mineração de ouro, e para recolher amostras de água para analíses laboratoriais. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 21 (59)

28 As actividades informais de mineração de ouro em Moçambique a montante da fronteira com o foram confirmadas pelas visitas. As informações orais obtidas nas áreas de mineração indicam que estas actividades também se expandiram para território ano. No entanto, isto não foi confirmado pelas visitas ao, nas quais não foram observadas actividades de mineração directas. Figura 1 Localização de áreas de mineração de ouro confirmadas na bacia superior do Pungué O impacto das actividades aluviais de mineração de ouro na paisagem é abrodado nas sub-secções seguintes no que diz respeito a operações industriais de pequena escala Efeitos Ambientais de Operações de Mineração de Ouro em Pequena Escala As actividades de mineração implicam o desbravamento de vegetação para facilitar a escavação, enquanto se recupera lenha para outros usos. Este processo expõe o solo à erosão, causando a perda da camada superficial do solo. A camada superficial alterada e os sedimentos das escavações são arrastados pela corrente durante as chuvas dando origem à deposição sedimentar no sistema aquático. O método mais comum de mineração de ouro em pequena escala é a abertura de poços, frequentemente adjacentes JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 22 (59)

29 ao rio, para expor o cascalho aurífero na base do terraço inferior. O cascalho é trazido à superfície por baldes atados a cordas e, em seguida, lavado no rio (prospecção) para produzir um concentrado rico em ouro. Em alguns casos, o rio é desviado para que o leito possa ser escavado de forma a remover os materiais que têm ouro. Os poços, que são uma ameaça para a segurança do homem, vida selvagem e gado estão por vezes entre-ligados através de túneis subterrâneos e ficam abertos depois da extracção do minério de ouro (Engdahl, D. and Hedenvind, H., 1998). As actividades de mineração na área do rio Nyamakwarara estão a causar um aumento significativo na carga de sedimentos a jusante das áreas de mineração. Durante a visita inicial em Abril de 2002, na Fase Inicial, e a visita subsequente em Outubro, foram registados sedimentos com níveis elevados de ferro vermelho no rio Pungué, cerca de 15 km a jusante das áreas de mineração. No rio Nyamakwarara, a água apresentava-se limpa de manhã e, em contraste, fortemente carregada de sedimentos pelo meio-dia. Entrevistas com a população local revelaram que as actividades de mineração têm início de manhã, dando origem ao elevado transporte de sedimentos à tarde. Estes sedimentos são transportados para além da estação hidrométrica E 65 na ponte de Tete ao longo do Rio Pungué. As fotografias no Apêndice 8 mostram o efeito do transporte de sedimentos na confluência dos rios Honde e Pungué. O Rio Nyamakwarara junta-se ao Honde cerca de 20km a montante da confluência. Os efeitos mais visíveis das operações de mineração de ouro em pequena escala são apresentados no Apêndice 8. As fotografias ilustram claramente os efeitos da remoção de vegetação na paisagem alterada, que deixa as encostas da colina expostas à erosão. As ravinas e dongas visíveis nas fotografias criam as condições ideiais para a erosão acelerada da colina, cujos produtos acabam no rio como poluição sedimentar. A extracção de ouro é executada através do amalgamento com mércurio. Pensa-se que a metodologia exacta de amalgamento na área do Nyamakwarara é semelhante à utilizada no Distrito Rural de Umzingwane no. Nesta abordagem, o concentrado de ouro é transferido para um prato com banho de mércurio. A mistura de mércurio amalgamada é, em seguida, separada do excesso de mércurio líquido espremendo-o através de um tecido de cabedal ou engenho semelhante. O mércurio é evaporado do amalgamento, para separar o ouro, por aquecimento num recipiente adequado. Não há razões para crer que os métodos na área do Nyamakwarara são significativamente diferentes do exemplo de Umzingwane. No entanto, o Consultor ainda não observou o método em uso. O mércurio é um líquido prateado à temperatura ambiente, com um ponto de fusão de C à temperatura ambiente. O mércurio purificado no ar JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 23 (59)

30 vaporisa a uma taxa por hora de mg/cm 2. A Organização Mundial de Saúde recomenda níveis médios de 0.05 mg/m 3 e mg/m 3 respectivamente para a exposição laboral do homem e para a exposição ambiental contínua. No estado líquido, os metais pesados evaporam-se facilmente devido à sua tendência de se dividir em pequenas gotas. Consequentemente, o respectivo uso para a recuperação de ouro cria um risco de saúde para o mineiro e tem o potencial de comprometer a cadeia alimentar aquática (Engdahl, D. and Hedenvind, H., 1998). Foram realizados testes em laboratório para detectar a presença de mercúrio nas águas do rio como parte do programa geral de amostragem para o projecto Efeitos Ambientais das Operações Industrais de Mineração de Ouro Uma perspectiva da actividade de mineração industrial realizada no rio Nyamakwarara pela empresa Australo-Malasiana é apresentada na fotografia no Apêndice 8. As operações dominam claramente a paisagem, com a poluição visual corresponde. As operações de mineração aluvial de ouro em pequena escala estão localizadas a montante da área industrial. O minério contendo ouro escavado do leito do rio é alimentado num sistema de triagem dando origem ao elevado transporte de sedimentos e possível poluição tóxica a jusante. As albufeiras de retenção a jusante das excavações fornecem alguma capacidade de assentamento para partículas desalojadas pelas operacoes de mineração a montante. As estruturas da barragem são dunas de areia, empilhadas para conter a água. As comportas são feitas de madeira conforme apresentado no Apêndice 8. Questões relativas à segurança da barragem foram levantadas durante a visita de campo. Em especial, a capacidade dos descarregadores para libertar água durante cheias e a integridade dos taludes das barragens para aguentar uma falha devido a galgamento. Entende-se também que não foram concedidos direitos da água à companhia de mineração, apesar do uso extenso de água que decorre. O uso ideal de água náo é, por isso, promovido. Todas as informações relativas à operação de mineração industrial são baseadas na comunicação oral e inspecção visual. Não foram analisados nenhuns documentos, nem foram anotados nomes de indivíduos chave a trabalhar para a empresa. Não faz parte do mandato do projecto investigar uma empresa privada com investimentos em Moçambique. No entanto, deveria haver preocupação por parte das autoridades locais ou regionais sobre as implicações ambientais das instalações de mineração, a questão JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 24 (59)

31 pode ser abordada através da inclusão específica da actividade no plano de gestão geral do Rio Pungué. 3.4 Medições de campo e recolha de dados As medições de qualidade da água foram realizadas na bacia hidrgráfica do Pungué em Moçambique desde 1971 sob os auspícios da DNA, e no desde 2002 pela UCP (ZINWA), como parte do programa de monitorização de qualidade da água do país. Recentemente, o projecto também realizou medições de qualidade da água em estações específicas na bacia. A rede de monitorização de qualidade da água na bacia do Pungué em Moçambique e no é apresentada na Figura 2. A Figura 3 mostra a localização das estações do em mais detalhe. Macosse Maringue Catandica E68 R Txatora FPR104 FPR106 FPR107 FPR103 Honde Pungwe FPR110 Nyamakwarara FPR108 FPR109 E73 R. Nhazonia E65 R. Vunduzi R Pungue R. Nhandugue Gorongosa E80 R Urema Inhaminga E228 E66 E81 Muanza Gondola Chimoio R. Metuchira Nhamatanda R. Muda E67 Mafambisse Dondo Búzi BEIRA Figura 2 Distribuição dos Pontos de Amostragem de Qualidade da Água na bacia do Pungué em Moçambique JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 25 (59)

32 As Tabelas 2 e 3 fornecem as localizações respectivas dos pontos de amostragem de qualidade da água em Moçambique e no por rio, e os períodos para os quais existem dados de qualidade da água. No caso da rede em Moçambique, os pontos de amostragem estão codificados de acordo com o número da estação hidrológica onde tal informação está disponível. Para o é utilizado um sistema de numeração diferente, baseado nos prefixos das sub-zonas. A Tabela VI.3 para a rede do fornece também as áreas de uso da terra abrangidas por cada estação. O gráfico na Figura 4 a seguir, fornece um resumo da abrangência de dados por ano desde 1971 para todos os pontos de monitorização de qualidade da água, bem como o número de amostras recolhidas em cada ano. Os resultados das analíses laboratoriais são apresentados no Apêndice 5 para os anos para os quais existem dados disponíveis. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 26 (59)

33 Figura 3 Distribuição dos Pontos de Amostragem de Qualidade da Água na bacia do Pungué no JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 27 (59)

34 Tabela 2 Localização dos Pontos de Amostragem de Qualidade da Água em Moçambique Nº Estação Localização Abrangência dos Dados E 65 R Pungué, Est da Ponte detete , 1993, E 66 R Pungué, Bue Maria , 1981, , E 67 Ponte do Rio Pungué 1993, E 68 Rio Turanhanga E 73 Rio Honde E 80 Rio Vunduzi E 81 Rio Urema R E 228 Rio Mezingazi , , , 1991, Mafambisse Jusante da Ponte do Pungué. Efluente da plantação de cana de açucar Tabela 3 Localização dos Pontos de Amostragem da Água no Nº Estação Localização Abrangência dos Dados Área de Uso da Terra Abrangida FPR 103 Rio Honde Agricultura comunal e áreas de silvicultura FPR 104 Rio Nyawamba Jusante da Barragem de Nyawanba, áreas comunais de plantações de chá/café FPR 106 Rio Nyamingura Plantação chá/café FPR 107 Rio Ruda Foco de crescimento de Hauna e áreas comunais FPR 108 R Nyamukombe Áreas de plantações de chá/café e comunais FPR 109 Rio Pungué Todas as áreas excepto a sub-bacia do Rio Honde FPR 110 R Nyamakwarara 2003 Áreas de mineração de ouro Foi também realizada uma amostragem adicional da qualidade da água pelo projecto na área de mineração de ouro no rio Nyamakwarara em Moçambique em localizações designadas como Ponto 1 e Ponto 2 no mapa da Figura 5 a seguir. É de notar que o Ponto 3, Ponto 4 e Ponto 5 no mapa são designados respectivamente, como FPR 110, E 73 e E 65 na rede de monitorização de JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 28 (59)

35 qualidade da água. Os resultados da qualidade da água, que incluem analíses para mércurio, são apresentados na Tabela 4 a seguir. É de notar, na Figura VII.9 que a abrangência temporal dos dados da rede de monitorização em Moçambique é muito dispersa, com várias falhas, enquanto que no caso do abrange anos recentes desde No, as medições de qualidade da água foram também realizadas para trés estações durante a Avaliação Detalhada de Impacto Ambiental ADIA) do Projecto de Abastecimento de Água Pungué-Mutare (Interconsult 1998). Foram recolidas amostras de água para análise laboratorial de sete locais no rio Pungué durante os períodos de Janeiro de 1997, Agosto de 1997 e Novembro/Dezembro de A localização dos locais é descrita na Tabela 5. JUNHO DE 2004 RELATÓRIO FINAL Página 29 (59)

36 DEVELOPMENT OF THE PUNGWE RIVER BASIN JOINT IWRM STRATEGY Monograph Report Annex VI: Water Quality and Sediment Transport Nº de amostras nos anos para os quais estão disponíveis dados de qualidade da água Anos 70 Anos 80 Anos Estação FPR FPR FPR FPR FPR FPR FPR110 2 E E E E E73 1 E E E Mafambisse 9 3 Figura 4 Abrangência dos Dados de Qualidade da Água JUNHO 2004 FINAL REPORT CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Annex V: Page 30 (59)

37 DEVELOPMENT OF THE PUNGWE RIVER BASIN JOINT IWRM STRATEGY Monograph Report Annex VI: Water Quality and Sediment Transport Tabela 4 Dados de Qualidade da Água das Áreas de Mineração de Ouro e a Jusante dos Pontos de Amostragem Parâmetro Data da Amostra gem Ponto 1 R Nyamakwarara (Montante da Mineração Aluvial) Ponto 2 R Nyamakwarara (Montante da Indústria Mineira) Ponto 3 (FPR 110) R Nyamakwarara (no ) Ponto 4 (E 73) Rio Honde Sólidos 20/01/ C (mg/l) Sólidos /01/ C (mg/l) Sólidos /01/ C (mg/l) Turvação (NTU) 22/10/02 5 > > Turvação (NTU) 21/01/03 - > Mercúrio na Água 22/01/ (µg/l) Mercúrio na Água (µg/l) 19/12/ Ponto 5 (E 65) Rio Pungué Mercúrio na Água (µg/l) 28/02/ Mercúrio no sedimento do leito (µg/kg substância seca) 19/12/ Mercúerio no sedimento do leito (µg/kg substância seca) 28/02/03 11 < JUNHO 2004 FINAL REPORT CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Annex V: Page 31 (59)

38 Anexo VI: Qualidade da água e Transporte de Sedimentos Figura 5 Localização dos Pontos de Amostragem de Qualidade da Água nas Áreas de Mineração de Ouro Tabela 5 Localização dos locais de amostragem da ADIA do Projecto de Abastecimento de Água Pungué-Mutare Nº Site Referência no Mapa Localização Longitude Latitude PW '42"E 18 23'56"S A montante do ponto de captação PW '22"E 18 24'22"S 500 m a jusante do ponto de captação PW '42"E 18 24'36"S 500 m a jusante do drift do Pungué PW '50"E 18 25'15"S A montante das Quedas do Pungué PW '01"E 18 27'06"S A jusante das Quedas do Pungué, perto da saída do desfiladeiro PW '21"E 18 26'18"S Nas proximdiades do foco de crescimento de Hauna PW '36"E 18 23'00"S Na Ponte da Floresta do Pungué CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Page 32 (59)

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