IMPACTOS AMBIENTAIS EM ÁREA DE RIO SÃO FRANCISCO, PETROLINA PE.
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- Sérgio Campos Leão
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1 IMPACTOS AMBIENTAIS EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL URBANA, MARGEM DO RIO SÃO FRANCISCO, PETROLINA PE. Profa. Miriam Cleide Amorim Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus Juazeiro, BA
2 INTRODUÇÃO Industrialização, a economia crescente e o crescimento populacional O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento resulta em prejuízos significativos para o meio ambiente e para a sociedade. Petrolina desenvolvimento alavancado com as atividades de fruticultura irrigada. Houve a promoção de assistência técnica, a construção da Barragem de Sobradinho, instalação de escolas técnicas e Universidades, setor médico hospitalar, comércio e etc. Legislação: O Artigo 3 o da Resolução 303 de 20 de março de 2002 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), define que a área situada em faixa marginal com largura mínima de 500 metros para curso d água com mais de seiscentos metros de largura, constitui uma APP. As margens do Rio São Francisco, com características predominante de Caatinga, na zona urbana da sede do município de Petrolina, enquadram-se nesta definição.
3 OBJETIVOS O presente trabalho objetiva identificar impactos ambientais na área de proteção permanente das margens do Rio São Francisco na extensão da zona urbana da sede do Município de Petrolina, PE. Especificamente busca-se observar os conflitos ambientais do local estudado, visando subsidiar discussões sobre impactos ambientais em áreas de margens fluviais i urbanas e auxiliar em processos de toma de decisões.
4 METODOLOGIA Delimitação da Área de Estudo Caracterização Ecológica da Área Identificação dos Impactos Ambientais
5 METODOLOGIA Delimitação da Área de Estudo O Rio São Francisco tem uma extensão de 2700 km, desde a sua nascente na Serra da Canastra (Minas Gerais) até a sua Foz. Figura 1: Área urbana. Ao Norte do rio, o município de Petrolina-PE PE (área de estudo). Ao sul, o município de Juazeiro-BA. Fonte: Google earth, Sob o ponto de vista geográfico o Vale do São Francisco é dividido em 4 regiões: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco. A região da zona urbana de Petrolina às margens do Rio São Francisco avaliada neste estudo vai desde a Foz do Riacho Vitória até as proximidades da Pedra do Bode, com uma extensão de 10,3 km.
6 METODOLOGIA Caracterização Ecológica da Área Constitui-se em Área de Proteção Permanente conforme Artigo 3 o da Resolução 303 de 20 de março de 2002 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). O fato de a APP estar localizada numa área de zona urbana, diversas são as situações conflituosas geradas pelo fator turístico e de lazer devido a paisagem, por atividades comerciais e industriais, inserindo-se dois níveis de complexidade: - o meio abiótico, referente ao ambiente físicoquímico, - e o meio biótico, referente às interações entre os organismos e o ambiente, e o meio socioeconômico e cultural.
7 METODOLOGIA Identificação dos Impactos Ambientais i Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa de identificação de impactos ambientais, cuja metodologia adotada para a identificação dos impactos ambientais, baseou-se no Método de Listagem (Check List), (SÁNCHEZ, 2008) que consiste em identificar os principais impactos negativos ao meio ambiente.
8 METODOLOGIA Identificação dos Impactos Ambientais O levantamento de dados foi realizado através de visitas de campo e de análise fotográfica da área. O período de coleta de informações foi entre outubro de 2007 a fevereiro de 2008 tendo sido realizadas visitas mensais. As medições de distância e os posicionamentos geográficos foram obtidos através do programa Google Earth de propriedade do Software Google, versão
9 RESULTADOS Supressãodamataciliar Invasão das áreas por construção civil Introdução de espécies vegetais exóticas Poluição do solo por deposição de resíduos sólidos domésticos Poluição do solo por utilização da área como bota fora de resíduos sólidos da construção civil Poluição do solo e da água por lançamento de efluentes não tratados domésticos, comerciais e industriais Ambiente aquático eutrofizado
10 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Supressão da mata ciliar
11 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Supressão da mata ciliar e invasão das áreas por construção civil Observou-se a supressão da mata ciliar para construção de obras civis de enrrocamento, bares e habitações em cerca de 2,5 km de extensão.
12 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Introdução de espécies exóticas Espécie de vegetação não nativa da região, originária dos oásis da zona desértica do norte da África, indo de encontro aos preceitos da ecologia. Na faixa marginal avaliada ocorrem alagamentos causados por cheias sazonais devido às construções estarem dentro da faixa marginal de 500 metros para o curso d`água.
13 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo por deposição de resíduos sólidos domésticos Estes impactos ambientais afetam a saúde e o bem estar da população; afetam as atividades sociais e as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, além de afetar a biota e a qualidade dos recursos ambientais como o solo e a água.
14 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo por deposição de resíduos sólidos industriais Deposição de resíduos sólidos de matadouro
15 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo por utilização da área como bota fora de resíduos sólidos da construção civil A situação encontrada não segue as determinações legais, conforme Resolução CONAMA 307/02 que estabelece critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, visto resíduos como tijolos, gesso e madeiras, estarem dispostos nas margens do rio, contribuindo para a degradação da qualidade ambiental.
16 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo e da água por lançamento de efluentes não tratados domésticos Lançamento de esgotos não tratados nas margens do rio, ferindo a Resolução CONAMA 357/05 que não permite o lançamento de efluentes, direta ou indiretamente, nos corpos hídricos, sem o devido tratamento. t t
17 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo e da água por lançamento de efluentes não tratados comerciais Lançamento por meio de um sistema de escoamento de alvenaria aberto, construído por um dos estabelecimentos comerciais, que neste caso, fere além da 357/05, a Resolução 303/2002 do CONAMA, por estar edificando em área de preservação permanente.
18 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Poluição do solo e da água por lançamento de efluentes não tratados Lançamento por meio do canal de água pluvial diretamente no solo o despejo de efluentes oriundos de matadouro localizado na área
19 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ambiente aquático eutrofizado Em vários pontos do trecho estudado pôde ser identificada a presença de grande quantidade de plantas aquáticas como Baronesas - Eichhornia crassipes (Mart.) Solms e Polygonum lapathifolium L os quais são de acordo Pott & Pott (2000) plantas bioindicadoras de ambientes eutrofizados.
20 CONCLUSÕES O fato de a APP estar localizada numa área de zona urbana, onde a paisagem é fator turístico e de lazer, percebe-se notoriamente os conflitos ambientais. Como alternativa de mitigação dos impactos ambientais encontrados é necessário um controle ambiental através da implantação de programas e ações que permitam o desenvolvimento das atividades sócioeconômicas com o mínimo de impactos negativos sobre o local. O fato de a APP estar localizada numa área de zona urbana, se faz necessário o envolvimento dos vários atores sociais na busca da conscientização quanto à questão ambiental para que os mesmos busquem os mecanismos legais e técnicos para o correto funcionamento. Também é importante o Plano Diretor da cidade, pois é através do mesmo que estas atividades podem ser realizadas da forma mais segura para o meio ambiente de ecossistemas urbanos.
21 Obrigada!
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