No topo. Resultados financeiros confirmam a liderança do Sicoob no mercado cooperativista de crédito nacional



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Transcrição:

ANO 3 - N 0 10 - ABR/MAI/JUN 2012 UMA REVISTA DO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL No topo Resultados financeiros confirmam a liderança do Sicoob no mercado cooperativista de crédito nacional Recursos Humanos Cooperativas promovem atividades com foco no clima organizacional Crédito Rural Linhas de financiamento diferenciadas fortalecem o crescimento do setor agropecuário

JUROS MAIS BAIXOS. ISSO NÃO É NOVIDADE PARA QUEM É ASSOCIADO DO SICOOB.

www.sicoob.com.br Desde 2004 eu sou associado ao Sicoob. Quando precisei de um empréstimo para investir no meu comércio, o Sicoob ofereceu um dos menores juros do mercado. Além disso, é uma instituição financeira diferente, com um atendimento que valoriza as pessoas, sem falar que distribui os resultados financeiros para a gente, que é associado. Adriel Ferreira Cardoso - comerciante associado do Sicoob Experimente viver uma experiência financeira diferente. Procure uma cooperativa do Sicoob e associe-se. ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 3

Fale conosco Coordenação Geral Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob ltda. Sicoob Confederação SIG Quadra 6 Lote 2.080 70.610-460 Brasília - DF Conselho de Administração José Salvino de Menezes Sicoob Goiás Central Bento Venturim Sicoob Central ES Alberto Ferreira Sicoob Central Crediminas Jadir Girotto Sicoob Central MT/MS Henrique Castilhano Vilares Sicoob Central Cocecrer Comitê Editorial Jadir Girotto Diretor-presidente do Sicoob Central MT/MS José Alves de Sena Diretor-presidente do Sicoob Central DF Abelardo Duarte de Melo Sobrinho Diretor de Negócios do Sicoob Confederação Marden Marques Soares Diretor de Desenvolvimento Organizacional. Daniela Cancian Superintendente de Negócios do Sicoob Confederação Ricardo Antonio de Souza Batista Diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação Marco Aurélio Borges de Almada Abreu Diretor-presidente do Bancoob Ênio Meinen Diretor de Operações do Bancoob Ricardo Belízio de Faria Senra Gerente Jurídico do Bancoob Andrea Hollerbach Athayde Gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Jussimara Zobel de Deus Supervisora de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães Analista de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Cláudio Halley David Pereira Superintendente de Gestão Estratégica do Bancoob Correspondentes Renato Altino Paiva Neto Sicoob Central BA Emannuelle Marques de Ramalho Sicoob Central NE Juliana Araújo Silva Sicoob Central Crediminas Celso Vicenzi Sicoob Central SC Cristiane Lopes Orso Sicoob Central MT/MS Alessandra Del Nero Sicoob Central Cecresp Luiz Augusto Araújo Sicoob Goiás Central Anderly Godinho Minetto Sicoob Central PR Karla Brandão Lage Sicoob Central Cecremge Marcelo Vieira da Silva Sicoob Central ES Edivaldo Alves de Oliveira Sicoob Central DF Edson Quevedo Soares Sicoob Central Norte Valdecir Manoel Affonso Palhares Sicoob Central Amazônia Gianne Maria Sant' Ana Martelo Sicoob Central SP Brunna Marques Duarte Bancoob Coordenação Editorial Andrea Hollerbach Athayde Sicoob Confederação Luiz Augusto Araújo Sicoob Goiás Central / Sicoob Central DF Reconhecimento "Parabenizo pelo brilhante trabalho apresentado na edição nº 9 da Revista Sicoob, o qual mostrou profissionalismo de excelente qualidade, apresentando de forma clara o quanto o cooperativismo de crédito está crescendo em todo o país." Sinval Camilo de Souza Presidente do Sicoob Emprecred Parabéns a todos A Revista Sicoob nº 9, com o Cristo Redentor na capa e espaço generoso dedicado ao início dos nossos trabalhos, encheu de orgulho todos nós do Sicoob Central Rio. Parabenizamos todo o corpo editorial da publicação. O Sistema pode contar com o melhor do nosso trabalho. Esperamos retribuir o apoio recebido para a constituição da Central no Rio de Janeiro. Parabéns e muito obrigado! Luiz Antônio Ferreira de Araujo Presidente do Sicoob Central Rio Mais elogios Parabéns a toda equipe responsável pelas edições da Revista Sicoob. Além de muita informação, ela agrega valores ao Sistema como um todo e também traz interatividade, por meio de histórias de pessoas e talentos que foram descobertos. A cada edição é uma superação. De fato, um sucesso a revista! Dj Vargas (via Facebook) Agradecimento Recebemos a Revista do Sicoob e gostamos muito. Até já distribuímos em nossos PAC s. Também agradeço, em nome da Diretoria, o espaço dado para a cooperativa na matéria Capacitação como estratégia. Larissa Lopes, Sicoob Norte Paraná Coordenação de Produção Jussimara Zobel de Deus Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães Sicoob Confederação Brunna Marques Duarte Bancoob Produção Editorial Press Comunicação Empresarial Jornalistas Responsáveis Luiz Augusto Araújo / Lícia Linhares Projeto Gráfico e Editoração Press Comunicação Empresarial Designers Fernando Freitas / Luis Américo / Paula Seabra Capa Gustavo Rodrigues de Alvarenga Revisão Cláudia Rezende Impressão Gráfica Coronário FALE CONOSCO Envie sua opinião e/ou sugestões sobre as matérias da Revista Sicoob. Envie seu comentário para jornalismo@sicoob.com.br ou deixe sua mensagem no Twitter, Facebook e Blog do Sicoob. As cartas podem ser enviadas para: SIG Quadra 6 - Lote 2.080 - CEP 70.610-460 - Brasília - DF *Em razão do espaço reservado à coluna, a Revista Sicoob se reserva o direito de editar as cartas. Tiragem 20 mil exemplares 4

Capa Saldo Positivo 20 Com crescimento de 25% em 2011, acima da média nacional dos bancos, Sicoob consolida-se como o maior sistema de cooperativas de crédito do País 18 Ano Internacional Cooperativas desenvolvem atividades especiais em comemoração à data Crédito Rural Linhas de financiamento do Sicoob auxiliam os produtores do campo 26 07 Responsabilidade Social Projeto Educoop, na Bahia, difunde o cooperativismo entre os alunos da educação básica 08 Entrevista Luis Carlos Ewald, o Senhor Dinheiro, afirma que o cooperativismo de crédito contribui para a melhoria do orçamento familiar 10 Produtos e Serviços Com resultados surpreendentes, Sicoob Consórcios supera todas as expectativas 12 Tributos Arrecadação de tributos federais e do Simples Nacional atrai novos cooperados 13 Jurídico Concessão de crédito depende, dentre outros fatores, do estabelecimento de critérios adequados 14 História Cooperativas do Sistema são precursoras no setor e impulsionam o desenvolvimento do crédito nacional 29 Perfil Sistema perde um dos seus principais entusiastas: Dejandir Dalpasquale 30 Sustentabilidade Banco Central orienta o Sistema Financeiro Nacional sobre práticas sustentáveis 32 Recursos Humanos Cooperativas realizam ações para gerar maior satisfação no ambiente de trabalho 36 Tecnologia Com foco no crescimento do Sicoob, projetos de tecnologia receberão investimentos de quase R$ 100 milhões 38 Agenda Legislativa Documento reúne 57 projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional 40 Atuação Ricardo Belízio de Faria Senra é o novo membro do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 42 Regionalismo Sicoob Central NE expande sua atuação e os negócios na região 44 Giro Saiba o que acontece nas cooperativas centrais e singulares de todo o País ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 5

Editorial Milhões de motivos para comemorar Sicoob Confederação As sobras de 2011 do Sicoob foram 32% superiores ao exercício anterior. O crescimento desse resultado não está relacionado ao reajuste das cobranças. O Sicoob comemora um novo recorde. Pela primeira vez, a soma do resultado financeiro (sobras) anual de suas 552 cooperativas de crédito superou a marca de R$ 880 milhões. Um marco histórico celebrado por todos nós e que simboliza um novo estágio, um novo momento do Sistema. As cooperativas de crédito ofertam produtos e serviços adequados aos seus cooperados, sem visarem à lucratividade. Por sua natureza legal e princípios, essas instituições não podem auferir lucros. Ao contrário, acumulam sobras oriundas das operações financeiras e do giro dos recursos de seus sócios. As sobras de 2011 do Sicoob foram 32% superiores ao exercício anterior. O crescimento desse resultado não está relacionado ao reajuste das cobranças. Ao contrário, nossas cooperativas continuam praticando as melhores e mais atrativas tarifas e taxas de juros do mercado. O crescimento das sobras mostra que os antigos e novos associados estão concentrando suas operações financeiras nas cooperativas de crédito, e, por isso, os resultados são cada vez mais expressivos. No cooperativismo, é assim: quanto mais se utilizam os produtos e serviços, maiores são os retornos financeiros e sociais para todos. Portanto, as sobras das cooperativas não se equiparam ao lucro dos bancos convencionais. Sua destinação é muito diferente. Muito mais democrática e justa. Enquanto os bancos dividem os seus lucros entre os acionistas, não repassando nada aos clientes, as cooperativas de crédito distribuem as sobras aos seus associados, usuários dos seus produtos e serviços. E quem são os donos do Sicoob? Os mais de 2 milhões de brasileiros estabelecidos no Distrito Federal e em 23 estados da Federação, que optaram por ter a sua própria instituição financeira. Pessoas que acreditam na eficiência, na solidez e na seriedade das cooperativas de crédito, que, inclusive, em tempos de crise, tornam-se ainda mais vantajosas e seguras. Diante de um momento tão favorável, a 10ª edição da Revista Sicoob apresenta os resultados financeiros do Sistema em 2011, em matéria especial sobre o balanço anual, o crescimento e o fortalecimento do cooperativismo de crédito no Brasil. Se você ainda não é associado ao Sicoob, procure uma de nossas cooperativas e tenha mais informações sobre como fazer parte desse modelo de instituição financeira. Você também terá mais de 1 bilhão de motivos para comemorar. Boa leitura! José Salvino de Menezes Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Confederação 6

Responsabilidade social Multiplicadores do conhecimento Projeto Educoop, na Bahia, leva o cooperativismo de crédito para as salas de aula Sicoob Extremo Sul Os professores da rede pública do município de Teixeira de Freitas, na Bahia, têm uma grande missão: difundir o cooperativismo entre os alunos da educação básica. Para capacitá-los, o Sicoob Extremo Sul, em parceria com o Instituto Francisco de Assis Técnico (IFA Técnico), criou o programa Educação Cooperativa (Educoop). A iniciativa trabalha os conceitos básicos da cooperação e busca tornar o corpo docente multiplicador do cooperativismo nas salas de aula. Desde 2005, o Educoop oferece à comunidade docente da região sul do estado conhecimentos pedagógicos acerca do cooperativismo, com o objetivo de capacitá-la a transmitir os valores e a filosofia do setor. De imediato, pensamos em um curso voltado para o ambiente educacional no que se refere à educação básica, pois os currículos escolares, principalmente nas unidades de ensino público, não contemplam o cooperativismo como disciplina, explica a diretora do IFA Técnico e uma das idealizadoras do programa, Maria Andréia Dutra de Carvalho. Sicoob Extremo Sul Professores da rede pública são congratulados como multiplicadores do cooperativismo em Teixeira de Freitas Segundo a diretora, o cooperativismo é ensinado nas salas de aula, com o objetivo de preparar o aluno para a vida prática, com a expectativa de que o espírito cooperativo supere o da competição. Para o presidente do Sicoob Central Bahia, Ivo Azevedo de Brito, o cooperativismo vive um momento de contínuo crescimento. É importante que as pessoas não parem de estudar e de se envolver com a causa. Desenvolver profissionais aptos a colocar em prática essa organização social abre portas e trilha caminhos para a vida e para a carreira profissional dos estudantes, ressalta. Os resultados alcançados mostram que o Educoop está no caminho certo. Além do município de Teixeira de Freitas, os valores e as práticas do cooperativismo se estenderam também a todos os municípios do extremo Sul da Bahia, além de cidades de mais dois Estados: Pedro Canário (ES) e Nanuque (MG). Somente em Teixeira de Freitas, as seis primeiras turmas formaram mais de 700 alunos, sendo que, nas demais cidades, mais de 150 estão em processo de formação. O projeto Educoop, que tem o apoio do Sicoob Extremo Sul, trabalha os conceitos da cooperação na salas de aulas Apoio decisivo Para Maria Andréia, o envolvimento do Sicoob Extremo Sul foi imprescindível. A cooperativa de crédito apoia o programa na íntegra, incluindo material didático, lanche e uniforme. Nós montamos o curso de Educação Cooperativa com o apoio e o patrocínio da entidade. É um investimento para que, em poucos anos, tenhamos vários cooperativistas formados, ressalta. ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 7

Entrevista Negócio para a família Senhor Dinheiro explica como o cooperativismo contribui para o microcrédito e o orçamento doméstico Luis Carlos Ewald é professor de Finanças e Mercado de Capitais da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro (RJ). Por muitos anos, trabalhou como operador da Bolsa de Valores e do Open Market, além de ter atuado como executivo em empresas renomadas. Com grande experiência no mercado de capitais, Luis ganhou notoriedade com a microeconomia, mais precisamente, com relação ao orçamento doméstico. Autor do livro Sobrou Dinheiro Lições de Economia Doméstica, ele é um dos palestrantes mais requisitados para falar sobre finanças em importantes organizações no país. E, depois de marcar presença em um quadro do programa Fantástico, da Rede Globo, passou a ser unanimidade quando o assunto é orçamento doméstico e planejamento financeiro familiar. O economista, que ganhou o nome de Senhor Dinheiro, é um dos grandes responsáveis pela inserção de termos como "educação financeira" e "orçamento doméstico" no dia a dia das pessoas. Na entrevista a seguir, Luis Carlos comenta de que forma o cooperativismo de crédito contribui para a geração de renda, por meio do microcrédito, e para a melhoria do orçamento das famílias. REVISTA SICOOB - Qual a importância de se ter um planejamento financeiro? Luis Carlos Ewald - Rico não é quem ganha muito, mas, sim, quem gasta pouco. As famílias devem aprender a planejar melhor os seus gastos e a examinar suas verdadeiras necessidades, evitando o consumismo de supérfluos. Quais os principais perfis dos consumistas e endividados brasileiros? São os brasileiros que viveram o tempo da hiperinflação no Brasil ou herdaram a preocupação de seus pais com ela. Ninguém podia fazer planejamento financeiro. As pessoas corriam para fazer estoques e gastar o dinheiro rápido antes de sua desvalorização. Hoje, os tempos mudaram. E, aos poucos, o planejamento do orçamento doméstico vai fazendo parte da vida das pessoas. Qual é o percentual ideal que deve ser poupado? Cada um tem o seu perfil econômico e financeiro. Alguns podem poupar mais do que outros. Tem muita gente que paga dízimo para a igreja. O ideal é que o indivíduo comece a pagar também para si próprio, ou seja, que consiga guardar, no mínimo, 10% do que ganha. A educação financeira para as crianças é um caminho para transformar em poupadora a próxima geração? Sim. Algumas instituições têm estimulado a educação financeira para jovens e crianças. O Governo também tem se sensibilizado nesse sentido, pois, recentemente, implantou um projeto de educação financeira em 400 escolas. A má gestão do orçamento doméstico atrapalha a vida no trabalho? Muito. Se a pessoa não tem uma vida financeira tranquila, ela levará essa intranquilidade para o dia a dia no trabalho e não será tão produtiva como poderia ser. Ela estará na empresa, mas sua cabeça estará concentrada nos problemas financeiros de casa. O estresse financeiro do trabalhador é um dos problemas com os quais as empresas estão cada vez mais preocupadas, pois afeta diretamente a produtividade. Ao oferecer crédito de forma consciente, com orientação e taxas de juros mais justas, as cooperativas de crédito estimulam a educação financeira, de certa forma? Sim, pois elas provocam uma mudança de comportamento e estimulam o controle financeiro de seus cooperados. As 8

cooperativas também oferecem o microcrédito para os empreendedores e, com isso, colaboram para a geração de emprego e renda no País. As medidas de estímulo ao consumo anunciadas pelo Governo para aquecer a economia podem trazer problemas em médio e longo prazos? Essas medidas são importantes, desde que não estimulem somente as compras a prazo. A situação econômica não está boa em diversos países do mundo e o Brasil não está isolado. Por isso, sofre as consequências. As pessoas não podem dar passos maiores que as pernas. Minha dica é que os consumidores escolham pelas compras à vista. Se realmente precisarem financiar, que optem por juros baixos, como os praticados pelas cooperativas de crédito. As cooperativas de crédito praticam tarifas e taxas de juros mais atrativas do que os bancos. Elas podem ser uma alternativa para ajudar as pessoas a poupar e ter uma vida financeira mais equilibrada? Poupar é melhor do que gastar. Está intrínseco na natureza dessas instituições financeiras o estimulo à poupança. Por isso, as cooperativas promovem aos seus sócios uma vida financeira mais equilibrada. A própria cota-capital do associado na cooperativa é uma espécie de poupança. E a Poupança Sicoob, na qual 65% dos valores captados são repassados às operações de crédito rural da própria região em que se encontra a cooperativa de crédito? É mais um dos importantes diferenciais oferecidos por cooperativas de crédito. O fato de reter parte dos recursos da poupança no município promove a agricultura e pecuária e, indiretamente, estimula a economia local, aquecendo os diversos setores e gerando ganhos para toda a população. O senhor se popularizou como o Senhor Dinheiro, no quadro do Fantástico, oferecendo orientações sobre economia para as famílias. Qual é a dica para aquelas pessoas que ainda não conhecem o sistema cooperativo de crédito? Que procurem, em sua cidade, alguma cooperativa de crédito e confiram todas as vantagens e os benefícios desse modelo de instituição financeira. Quem conhece de perto e compara suas taxas com as dos bancos escolhe as cooperativas de crédito. Além do mais, o correntista é dono e, por isso, tem voz e voto nas decisões da instituição. Para o Senhor Dinheiro, as cooperativas promovem aos seus sócios uma vida financeira mais equilibrada Saiba mais Leia o primeiro capítulo do livro do Senhor Dinheiro Sobrou Dinheiro! Lições de Economia Doméstica e baixe a planilha de controle de gastos acessando o programa veiculado no dia 7 de agosto de 2011, no site do Fantástico: www.globo.com/fantastico. Rogério Rezende ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 9

Produtos e Serviços Sicoob Consórcios decola Sicoob Confederação Poucos meses após lançamento, produto caçula do Sicoob deslancha e já coleciona números surpreendentes Marcelo entrega as chaves para Marcilene, contemplada pelo Sicoob Consórcios O Sicoob Consórcios era uma antiga reivindicação dos associados das cooperativas de crédito do Sistema. Lançado no final do ano passado, o produto é um sucesso. Sua comercialização, que possibilita a aquisição de veículos e imóveis, já superou as metas iniciais e os associados já aguardam ansiosos novas modalidades. De dezembro de 2011 a abril de 2012, o Sicoob Consórcios já processou mais de R$ 80 milhões em cartas de crédito, o que superou todas as expectativas. A surpresa foi o tempo de resposta dos associados, que foi muito rápido. Isso demonstra a maturidade do Sicoob e mostra que a gestão estratégica e sistêmica é sempre o melhor caminho, frisa Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Bancoob, provedor do produto para as cooperativas de crédito do Sicoob. Na primeira fase, foram disponibilizados consórcios nos segmentos que as cooperativas mais demandavam: automóveis, motos e imóveis. Para Almada, esse mix foi decisivo para a aceitação e o sucesso do Sicoob Consórcios. Criamos um produto competitivo e repleto de atrativos. Naturalmente, as cooperativas enxergaram isso e passaram a comercializá-lo. Ao compará-lo com outras propostas, não é difícil notar que temos a melhor opção para o cooperado. A gerente administrativo-financeiro da Gráfika Papel e Cores, Marcilene de Souza Mendes, de Brasília (DF), foi contemplada logo no primeiro sorteio. Antes de participar eu não conhecia muito bem como funcionava o consórcio. Agora, eu recomendo a todos o Sicoob Consórcios. Em um banco eu não teria os mesmos benefícios e seria mais burocrático, destaca Marilene, ganhadora de um imóvel. O que já está bom promete ficar ainda melhor. Ainda no primeiro semestre deste ano, serão lançados consórcios para caminhões, 10

tratores e implementos agrícolas. A ideia partiu dos próprios cooperados. Para 2012, a meta é comercializar 5 mil cotas, com um valor total aproximado de R$ 300 milhões. Renda extra Sicoob Consórcios tem benefícios, tanto para a cooperativa quanto para o cooperado. Enquanto a primeira ganha comissão sobre a venda dos consórcios, o segundo paga uma das menores taxas administrativas praticadas no mercado. Aliás, o associado ganha em dobro, como explica o superintendente Comercial do Bancoob, Marcelo Carneiro. "Além de pagar taxas menores, o cooperado é remunerado com as sobras ao final do exercício". Até abril deste ano, foi gerado cerca de R$ 2,2 milhões de comissionamento para as cooperativas. Braço direito A oferta do produto é resultado da aquisição da Ponta Administradora de Consórcios Ltda. (Consórcio Ponta) pelo Bancoob, em julho de 2011. A empresa possui 40 anos de experiência no mercado, atuação em todo o território nacional e mais de 200 mil bens entregues. Junto ao Sicoob, temos a certeza de que vamos oferecer o que há de melhor no mercado para os associados, destaca o diretor-superintendente do Consórcio Ponta, Maurício Leite Ferreira Reis. A organização, fundada em fevereiro de 1972, em Belo Horizonte (MG), foi a primeira administradora de consórcios do Brasil a obter autorização de funcionamento pelo Banco Central do Brasil, responsável por fiscalizar e controlar as atividades de todas as administradoras do País. Teste capixaba Lançado em novembro de 2011, inicialmente, o produto foi disponibilizado apenas para cooperativas do Sicoob Central ES e empregados do Sicoob Confederação e do Bancoob. A escolha da região capixaba como mercado-teste deveu-se ao fato de as cooperativas daquele estado possuírem excelentes processos e resultados comerciais. Hoje, mais de 50% das cotas e do valor comercializado do Sicoob Consórcios advêm do Espírito Santo. Em destaque Sicoob Consórcios - Resultados* Produto Cotas Vendidas Valor** Imóveis 403 R$ 56,7 Veículos 850 R$ 24,1 Total 1253 R$ 80,8 Por que escolher o Sicoob Consórcios? Possui uma administradora com 40 anos de experiência e mais de 200 mil bens entregues. Tem as menores taxas do mercado. A cooperativa é comissionada. Gera sobras para distribuição aos associados. Aceita Fundo de Garantia (FGTS), no caso de imóveis. É acessível a diversas faixas de renda. * Em 08/05/2012 ** Valores em milhões de Reais Possui rápida formação de grupos. Como funciona um consórcio? É um sistema que permite a aquisição programada de bens, com isenção de juros e taxas reduzidas. É, portanto, uma alternativa menos onerosa que os financiamentos. Reunidos em grupos, os consorciados garantem o autofinanciamento, por meio de prazos e valores a serem pagos. Os grupos são oficialmente constituídos na Assembleia Geral Ordinária (AGO), oportunidade em que também são realizados os sorteios e os lances. Para serem contemplados pelo lance, os participantes devem, necessariamente, fazer as maiores ofertas. Para participar do Sicoob Consórcios, basta que os interessados, pessoas físicas e/ou jurídicas, associadas ou não, dirijam-se a uma cooperativa Sicoob e façam a inscrição no grupo de interesse. ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 11

Tributos Serviço completo Com a arrecadação de tributos federais e do Simples Nacional, cooperativas de crédito atraem mais associados pessoas jurídicas A arrecadação de tributos federais e do Simples Nacional (DAS) regime tributário simplificado aplicável às micro e pequenas empresas tem atraído cada vez mais empresas para as cooperativas de crédito. Esses benefícios são considerados pelos dirigentes do Sicoob estímulos que faltavam para receber, de braços abertos, a pessoa jurídica, que encontra nas cooperativas produtos e serviços financeiros necessários ao bom desenvolvimento de seus negócios. A aproximação ocorre de tal maneira que, em 2011, o percentual de cooperados pessoas jurídicas no Sistema cresceu o dobro em relação ao de cooperados pessoas físicas. A arrecadação de tributos federais e do Simples Nacional, seguramente, contribuíram para esse resultado. Estamos realizando um forte trabalho no meio urbano, o que nos tem capacitado a atrair todos os públicos, inclusive empresas, associações e órgãos públicos, enfatiza o diretor de Operações do Bancoob, Ênio Meinen. Além de atrair novos associados, as ações também estimulam a fidelidade dos que já são de casa, que não carecem de duas ou mais instituições financeiras para atender às suas demandas. Se, de um lado, o cooperado ganha em comodidade, ao concentrar suas operações em um só lugar, do outro, a cooperativa é remunerada por arrecadar os tributos. Até fevereiro de 2012, o Sicoob recolheu mais de 1 milhão de guias. A arrecadação, que somou cerca de R$ 1,5 bilhão, gerou receita de R$ 690 mil para as cooperativas. O resultado está em consonância com a visão sistêmica, que demonstra o desejo das cooperativas de serem reconhecidas como a principal instituição financeira propulsora do desenvolvimento econômico e social dos associados. Recolhimento do FGTS Desde 4 de abril deste ano, por meio de convênio celebrado entre a Caixa Econômica Federal e o Bancoob, os canais de atendimento do Sicoob estão habilitados para receber a guia de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Quem sai ganhando, mais uma vez, é o cooperado, principalmente pessoa jurídica, que possui maior demanda para pagamento mensal das contribuições ao Fundo. Ao todo, o Bancoob mantém ativos mais de 300 convênios corporativos. Convênios regionais O Sicoob, por meio do Bancoob, tem atuado junto às Centrais para que também sejam firmados convênios com as Secretarias de Fazenda para o recolhimento dos tributos estaduais. O Bancoob tem por obrigação incrementar ao máximo o portfólio de produtos e serviços à disposição das cooperativas, inclusive em nível regional, para garantir a fidelização do associado, defende o superintendente de Operações do Bancoob, Gil Marcos Saggioro. Os convênios já estão em vigor na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. Em breve, há a expectativa de que São Paulo e Paraná também recebam a homologação, completa o superintendente. Pague em sua cooperativa de crédito Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Imposto sobre a Exportação (IE) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Programa de Integração Social (PIS) Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) Simples Nacional Tributos Estaduais e Municipais Seguro DPVAT Prêmios de Seguros 12 Contas de água, luz, telefone e gás

Jurídico A importância da adequada formalização Pode-se afirmar que a concessão de crédito constitui, atualmente, um dos pilares do crescimento e do desenvolvimento econômico do Brasil, tendo atingindo significativo resultado nos seus indicadores sociais. O grande volume de empréstimos concedidos nos útimos tempos tem compelido as cooperativas de crédito a adotar instrumentos hábeis para evitar a inadimplência ou, pelo menos, mitigar os riscos inerentes à concessão de crédito, o que permite atender a seus objetivos sociais de forma rápida e segura. Então, como as cooperativas de crédito podem prognosticar e, assim, prevenir a inadimplência? A resposta não é tão simples como se imagina e demanda bastante cautela, conforme veremos a seguir. Para que a concessão de crédito seja realizada de maneira segura, é imprescindível que a cooperativa estabeleça critérios adequados, de tal sorte que a quantia seja autorizada sem maior risco de retorno, cumprindo todos os requisitos legais, estatutários, regimentais e demais normas sistêmicas. Como meios legais de diminuir os riscos advindos da inadimplência e das perdas pela falta de pagamento, a cooperativa poderá valer-se de garantias como fiança, aval, sucessão e alienação fiduciária. Paulo Roberto acredita no estabelecimento de critérios rigorosos para a concessão segura de crédito Sicoob Confederação Por isso, antes de conceder crédito ao cooperado, é importante que a cooperativa faça uma análise Não existe análise de crédito certa, porém existe análise de crédito errada. rigorosa quanto à capacidade econômica dele e, também, quanto ao histórico de operações já concedidas. Isso também vale para os garantidores da operação. Não se pode esquecer que o Código Civil, por meio do art. 391, consagra a regra segundo a qual pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. Acreditamos que, dentre as inúmeras medidas que poderão ser adotadas pela cooperativa a fim de diminuir o risco da inadimplência, a melhor é, sem dúvida, a análise da capacidade econômico financeira do tomador. Aferir essa capacidade não é tarefa fácil, pois são levados em conta critérios subjetivos e também objetivos, tais como: perfil do associado, sua tradição em operações; análise econômica e financeira através dos demonstrativos contábeis do proponente pessoa jurídica; capacidade creditícia; renda versus valor da prestação; prazo da operação; e bens livres de ônus. Tais critérios, se não apreciados adequadamente, podem levar a resultados diversos daquele que se busca. Por isso, é recomendável a implantação, pela cooperativa, de uma política de crédito baseada em critérios objetivos e subjetivos. Crédito é coisa séria e, se mal concedido, pode até implicar ilícito administrativo, o que enseja a abertura de processo contra a cooperativa e os responsáveis pela concessão. Segundo o professor Wolfgang Kurt Schrickel: não existe análise de crédito certa, porém existe análise de crédito errada. Tal afirmativa é um aviso que pode ser assim traduzido: a cooperativa não pode afirmar que o associado irá adimplir a operação, mas pode ter certeza que uma análise mal conduzida é o primeiro passo para a inadimplência. Não se pode esquecer de que, no caso da cooperativa de crédito, a inadimplência de um associado reflete no bolso dos demais. Por Paulo Roberto Cardoso Braga, Consultor Jurídico do Sicoob Central Cecremge MG ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 13

História As pioneiras do cooperativismo brasileiro Numa época em que o cooperativismo engatinhava no Brasil, precursores do ramo crédito lutaram contra o desconhecimento e os sobressaltos na economia para oferecer à sociedade brasileira uma alternativa financeira justa e viável O Sicoob é um sistema cooperativo jovem, com 15 anos de idade, que surgiu para organizar e integrar as cooperativas de crédito já existentes. Contudo, grande parte de suas entidades, há décadas, contribui para o desenvolvimento das regiões onde atuam. Cada uma com uma trajetória única, munida de elementos históricos e econômicos que fizeram delas agentes ativos ao longo do tempo. Durante o último século, muitas pessoas foram capazes de aceitar riscos e lutar por um sonho. Foi por meio da determinação, coragem e ideais de muitos homens que surgiram as primeiras cooperativas de crédito do Brasil. Sicoob Cremendes: desbravador A instituição, que começou com 26 cooperados, incluindo os 20 sócios investidores (proprietários de terra, empresários, comerciantes e industriais), possui atualmente mais de 2,1 mil associados. Entre eles, destaque para aquele que foi o cooperado número 27, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, militar e desbravador do sertão brasileiro. Rondon também foi sogro do primeiro presidente da Cremendes, Álvaro Perartinelli, casando-se com Maria de Molina Rondon, filha deste último. Cooperados do Sicoob Cremendes em 1929: no início, eram 26 pessoas. Hoje, o número de associados ultrapassa 2,1 mil No dia 20 de outubro de 1929, surgia, no estado do Rio de Janeiro, a cooperativa de crédito mais antiga do Sicoob. Impulsionada pela Grande Depressão, que começou a dar sinais em julho daquele ano, com a queda da produção industrial norte-americana, foi criada a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade, atual Cooperativa de Crédito de Mendes (Sicoob Cremendes). O período de recessão econômica resultou em altas taxas de desemprego e quedas drásticas do Produto Interno Bruto (PIB), até meados da década de 1940, em diversos países no mundo, mas, aqui no Brasil, a cooperativa perseverou. Sicoob Cremendes 14

Na época, o montante para abrir a cooperativa foi de aproximadamente 20 mil contos de réis, equivalente a valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, conta Márcio Nami, atual presidente da cooperativa. Graças ao trabalho e ao empenho de muitos profissionais que estiveram unidos no crescimento do empreendimento, hoje a cooperativa pode beneficiar outras pessoas, completa. Pequenos empresários e investidores estão entre o principal público do Sicoob Cremendes, que, atualmente, tem o crédito pessoal de até R$ 1 mil como a linha mais procurada. Isso acontece porque cerca de 70% da população de Mendes faz parte das classes D e E, explica Márcio. No final do primeiro semestre de 2012, a instituição vai comemorar 83 anos de história e transformação com o lançamento do livro Visões do Cooperativismo. Nele, contaremos a evolução do cooperativismo de crédito e traremos um debate sobre as possibilidades de iniciativas futuras, diz Márcio, coordenador e um dos dez autores da obra. Sicoob Creditapiranga: nova casa para a nação alemã Enquanto Getúlio Vargas se esforçava para conter a Reforma Constitucionalista que levantou uma luta armada no estado de São Paulo, com a intenção de derrubar seu Governo Provisório e, ainda, promulgar uma nova constituição para o Brasil, em Santa Catarina uma boa notícia dava esperança de melhorias significativas na cidade de Itapiranga, chamada, então, de Porto Novo. No dia 21 de outubro de 1943, nascia a Caixa Rural União Popular de Porto Novo, hoje, Sicoob Creditapiranga. Naquela época, o município era constituído basicamente de imigrantes alemães dedicados à agricultura, ao comércio e ao artesanato, mas com poucos recursos para aproveitar oportunidades de crescimento e desenvolver seus negócios. Nesse contexto, um grupo de 41 empresários assumiu os riscos de criar uma instituição financeira diferente, alimentada e administrada pela própria comunidade. Atualmente, o Sicoob Creditapiranga tem quase 13,6 mil cooperados, em um universo de 25 mil habitantes, distribuídos em três municípios: Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis. José Sicoob Cremendes Sicoob Creditapiranga Sicoob Creditapiranga Associados comemoram a inauguração da nova sede do Sicoob Cremendes em 1968 Sede do Sicoob Creditapiranga em 1932 e nos dias atuais: de lá para cá, a cooperativa desenvolveu e ampliou sua atuação junto aos 13,6 mil cooperados, presentes em três municípios da região ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 15

História Adalberto Michels, presidente da cooperativa, conta que os financiamentos rurais de custeio agrícola são os mais procurados pelos associados. Apesar de ter algumas indústrias instaladas recentemente, a região é essencialmente baseada na agricultura, e, se ela (a agricultura) não vai bem, o comércio e outras operações também são prejudicados. Por isso, é tão gratificante trabalhar pelo avanço de todos, enfatiza. Sicoob Coopercrédito: o Banco do Dr. Paulo A década de 1940 foi assinalada por importantes marcos históricos. Enquanto a Segunda Guerra Mundial ganhava maiores proporções pela Europa e a Justiça do Trabalho era criada no Brasil, na cidade de Gravatá, em Pernambuco, algo novo também surgia: o Sicoob Coopercrédito. Conhecida como o Banco do Dr. Paulo, por ter sido o médico Paulo da Veiga Pessoa o grande incentivador do empreendimento, a cooperativa foi chamada, originalmente, de Banco Popular de Gravatá. Fundada no dia 12 de setembro de 1943, por um grupo de médicos, comerciantes e advogados, teve como primeiro presidente Raul de Queiroz Monteiro. Na época, o Sicoob Coopercrédito possuía 160 cooperados. Atualmente, são mais de 1,4 mil associados, que têm a linha de crédito pessoal como a mais procurada entre eles. Em segundo lugar, está o financiamento de veículos, conta Fernando Jofili, superintendente da cooperativa. Mas, nem sempre a cooperativa fez parte do Sicoob. A integração aconteceu em 2006, com o crescimento da cidade, que atraiu outros bancos para Gravatá e região. Sentimos a necessidade de nos vincular a um grande Sistema, lembra. Presença de investidores brasileiros e estrangeiros amplia os objetivos futuros da cooperativa Localizada em uma região que tem atraído olhares de investidores brasileiros e estrangeiros, o Sicoob Coopercrédito continua atuando a partir de recursos locais e com visão positiva com relação ao futuro. Apesar da presença de importantes instituições financeiras concorrentes, continuamos crescendo dentro dos princípios cooperativistas. A luta é desigual, mas isso, em vez de desanimar, constitui poderoso incentivo para todos os que fazem a nossa cooperativa, ressalta o superintendente. Sicoob Cantareira: perseverança em cada geração Guarulhos ainda não tinha um Aeroporto Internacional nem figurava como a cidade mais populosa do Brasil sem contar as capitais quando, em 9 de março de 1957, tornou-se base do Sicoob Cantareira. Em um primeiro momento, a cooperativa serviu, principalmente, de alavanca para pequenos Siccob Cantareira Sicoob Coopercrédito Sicoob Coopercrédito Fundado por um grupo de médicos, comerciantes e advogados, o Sicoob Coopercrédito mudou a realidade da região Sede do Sicoob Cantareira em 1963: a cooperativa foi a mola propulsora para o desenvolvimento de pequenos empresários 16

empresários começarem ou impulsionarem seus negócios, como restaurantes e lojas, conta Hugo Mesquita, atual presidente e filho do primeiro presidente da Singular, Milton Mesquita. Siccob Cantareira Hugo lembra que o pai, que presidiu o Sicoob Cantareira por 47 anos, chegou muitas vezes a se oferecer como avalista em casos de empréstimos a pessoas que não tinham crédito em banco, mas em quem ele confiava. Guarulhos era uma cidade bem menor e as pessoas conheciam umas às outras, explica. Atualmente, com cerca de 4 mil associados, a cooperativa tem passado por grandes mudanças e aumentado o número de atendimentos para empréstimo pessoal. Em 2009, tornamo-nos uma entidade de livre admissão, e, desde então, tem sido crescente o volume de atendimentos para pessoa física, afirma o presidente. Para ele, a partir de 2013, o impacto será ainda maior. Reformamos nossa sede e reestruturamos os processos internos. Dessa forma, acredito que criamos mais condições para prosperarmos, espera Hugo. As mais antigas de cada Central Atualmente, a cooperativa mantém 4 mil associados. A expectativa é que este número aumente cada vez mais Cada Central construiu sua história baseada na determinação e no sucesso de suas cooperativas pioneiras. Conheça a primeira cooperativa Sicoob de cada uma delas. Cooperativa Cidade Estado Central Constituição Cremendes Mendes Rio de Janeiro Sicoob Central Rio 20/10/1929 Sicoob Creditapiranga Itapiranga Santa Catarina Sicoob Central SC 21/10/1932 Coopercrédito Gravatá Pernambuco Sicoob Central NE 12/09/1943 Sicoob Cantareira Guarulhos São Paulo Sicoob Central Cecresp 13/04/1957 Sicoob Vale do Aço Ipatinga Minas Gerais Sicoob Central Cecremge 23/07/1966 Sicoob Executivo Brasília Distrito Federal Sicoob Central DF 20/12/1982 Sicoob Coopercred Goianésia Goiás Sicoob Goiás Central 17/12/1983 Credicoograp Itabuna Bahia Sicoob Central BA 03/08/1987 Sicoob Cocresul Campo Grande Mato Grosso do Sul Sicoob Central MT/MS 07/04/1988 Sicoob Centro-Serrano Santa Maria de Jetibá Espírito Santo Sicoob Central ES 29/09/1988 Coopermater Belém Pará Sicoob Central Amazônia 07/06/1989 Sicoob Vale do Iguaçu Dois Vizinhos Paraná Sicoob Central PR 14/05/1996 Sicoob Credip Pimenta Bueno Rondônia Sicoob Central Norte 26/12/1996 Sicoob Copersul Três Pontas Minas Gerais Sicoob Central Crediminas 25/08/1983 Sicoob Coerefocapi Piracicaba São Paulo Sicoob Central Cocecrer 12/05/1969 ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 17

Ano Internacional ANO INTERNACIONAL 2012 DAS COOPERATIVAS Por um mundo melhor Sicoob realiza atividades especiais em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas Cooperativas constroem um mundo melhor. Para fazer jus ao tema do Ano Internacional das Cooperativas, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Sicoob Confederação e suas cooperativas, promovem ações especiais. Ao definir 2012 como o ano das cooperativas, a ONU destaca a contribuição dessas entidades para o desenvolvimento socioeconômico, a redução da pobreza, a geração de emprego e a integração social. É também com esses objetivos que as atividades estão sendo planejadas no Sicoob. Em fevereiro, o Sicoob Confederação lançou calendário com a programação comemorativa. Dentre as iniciativas, está a campanha Cooperativismo. Use essa ideia. Durante todo o ano, o Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF), exibirá em sua fachada três faixas com as cores do Sistema, no formato gigante, fazendo alusão à fitinha de pulso que foi distribuída entre os empregados da entidade e associados, além de adesivos, placas, camisetas, filme institucional e outros peças que dão suporte à ação. O objetivo é despertar, de forma diferente, a atenção das pessoas em relação ao cooperativismo e mobilizar aqueles que já se identificam com os seus valores. Já o Sicoob Goiás Central apoiou o 1º Encontro Estadual de Jornalistas e Comunicadores Cooperativistas, realizado no dia 22 de março, pela Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em comemoração à data. Representando o Sicoob, além dos profissionais de comunicação da Central, participaram do evento: representantes da Cooperativa de Crédito dos Empresários de Goiânia (Sicoob Lojicred), da Cooperativa de Crédito dos Magistrados e Servidores da Justiça do Estado de Goiás (Sicoob Juriscred) e da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Goiânia e Região (Sicoob Engecred-GO). Sicoob Goiás Central apoia o 1º Encontro Estadual de Jornalistas e Comunicadores Cooperativistas, em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas Sicoob Goiás Central 18

Sicoob Confederação Dentre as ações comemorativas promovidas pelo Sicoob Confederação, está a disposição de faixas com as cores do Sicoob na fachada e no hall do Centro Corporativo Sicoob, com o tema Cooperativismo. Use essa ideia Atuação exemplar Em celebração à data, o hot site criado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) traz a história de diversas cooperativas, cujas trajetórias são verdadeiros exemplos de cidadania e incentivo ao desenvolvimento da comunidade. Ao todo, ao longo de 2012 serão divulgadas 366 histórias de organizações que prezam pela união, pela integração e pela valorização do capital humano. As primeiras cooperativas Sicoob contempladas pela iniciativa foram: Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sicoob Credijud); Uma das participantes foi Lidiana Rubinenia Mendes, agente publicitária do Sicoob Lojicred. Esse encontro foi de suma importância para ampliar nossos conhecimentos. Pudemos trocar experiências e compartilhar ideias sobre o cooperativismo com profissionais não só do Sistema, mas de muitas outras cooperativas de diversos ramos. Acredito que, dessa forma, poderemos dar maior visibilidade aos nossos objetivos estratégicos, afirma. Santa Catarina comemora Em Santa Catarina, a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Itapiranga (Sicoob Creditapiranga) também está planejando ações especiais. Entre elas, o lançamento do livro sobre os 80 anos da instituição, marcado para outubro, mês em que se comemora o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. Também no estado, a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados São Miguel do Oeste (Sicoob São Miguel) fez questão de relembrar o tema do Ano Internacional das Cooperativas em todas as suas Pré-Assembleias. Na abertura de cada evento, o público mais de 7 mil pessoas no total foi orientado sobre a mensagem e o tema a serem abordados. Além disso, a sede e todos os Postos de Atendimento Cooperativo (PACs) receberam adesivos referentes à comemoração. Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Centro Sul Rondoniense (Sicoob Credip); Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados da Embrapa Ltda. (Sicoob CrediEmbrapa); Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores do Poder Judiciário e Ministério Público (Sicoob Judiciário); Cooperativa de Crédito dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista (Sicoob Cocred); Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Educação do Norte, Noroeste e Região dos Lagos (Sicoob Cred Rio Norte); Cooperativa de Economia de Crédito (Sicoob Blucredi); Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Ltda. (Sicoob Cofal); Cooperativa de Crédito de São Roque de Minas (Sicoob Saromcredi); Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Itapiranga (Sicoob Creditapiranga); Cooperativa de Crédito Rural de Brasília (Sicoob Credibrasília). ANO 3 - N o 10 - ABR / MAI / JUN / 2012 19

CAPA Saldo positivo Sicoob se mantém como o maior sistema de cooperativas de crédito do País. E seu banco já ocupa a 57ª posição no ranking das maiores instituições financeiras da América Latina Mais de 2 milhões de associados e de 550 cooperativas em todo país. São números como esses que colocam o Sicoob, mais uma vez, no topo do cooperativismo de crédito do Brasil. Como resultado geral, o Sistema cresceu 25% em 2011, acima da média dos bancos, o que pode ser considerado um salto substancial. Esse crescimento se sustentou mesmo diante da recente conjuntura da economia brasileira, que, no último ano, esteve sensível às crises internacionais. Prova disso foi o tímido incremento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados do último exercício demonstram o excelente crescimento do Sicoob. Até 31 de dezembro de 2011, o Sicoob contabilizava 552 cooperativas singulares, 2.138.454 milhões de associados, 1.949 pontos de atendimento e ativos totais de R$ 28,6 bilhões. O Patrimônio Líquido chegou a R$ 7.178 bilhões e as sobras ultrapassam R$ 880 milhões, valor 32% superior ao alcançado em 2010. Para o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Confederação, José Salvino de Menezes, o Sicoob tem mantido uma média histórica de crescimento nos últimos anos. Crescer, de 25% a 30% por ano, de maneira ininterrupta, é algo quase impensável para a maioria das grandes corporações. Por isso, os resultados precisam ser valorizados e publicados. Eles são frutos do trabalho de cada cooperativa e da confiança de cada um dos mais de 2 milhões de associados, ressalta. O diretor de Negócios do Sicoob Confederação, Abelardo Duarte de Melo Sobrinho, atribui outro fator ao sucesso nos negócios. O principal fator que contribuiu para que as metas fossem alcançadas é o Planejamento Estratégico. Firmado em 2009, uma das suas premissas é o estabelecimento de metas e estratégias para que o Sicoob evolua, como foi observado em 2011, enaltece. Para o dirigente, mais importante do que destacar os números é estabelecer a consciência cooperativista e um pensamento sistêmico ainda mais consolidado. O cooperativismo não pode ser entendido somente como uma casa de empréstimos. Quem participa também contribui para ajudar a sociedade. Onde o cooperativismo é mais fortalecido, os índices de desenvolvimento humano são melhores, por exemplo, argumenta. Para José Salvino, o crescimento do Sistema é fruto do trabalho de cada cooperativa e da confiança dos associados 20