VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013

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Transcrição:

Comparativo entre suínos castrados pelo método tradicional (castração cirúrgica) e o método de imunocastração¹ Rayane Fonseca MIRANDA², Bruno Côrrea da SILVA³, Silvana Lúcia dos Santos MEDEIROS 4, Mateus Henrique RODRIGUES 5 1 Parte do Projeto de Iniciação Cientifica, 2 Graduanda em Zootecnia pelo IFMG Campus Bambuí.,Bolsista da Fapemig ³Graduado em Zootecnia pelo IFMG- Campus Bambuí 4 Professora orientadora IFMG- Campus Bambuí 5 Estudante Tecnico em Agricultura e Zootecnia no IFMG- Campus Bambuí, Bolsista da Fapemig RESUMO O presente trabalho de pesquisa foi conduzido no período de março de 2013 a julho de 2013, no Instituto Federal de Minas Gerais campus Bambui- MG. O experimento avaliou a eficiência produtiva e de bem estar de suínos castrados cirurgicamente pelo método de raspagem e suínos castrados imunologicamente até a segunda vacinação. O primeiro método consistiu na retirada dos testículos dos leitões com 15 dias de vida, e o segundo na aplicação de duas doses de uma vacina a qual é composta de uma forma modificada do fator de liberação da gonadotrofinas (GnRH), a primeira aplicação foi realizada 94 dias de idade e a segunda aplicação com 122 dias de idade. Avaliou-se a conversão alimentar no período (CAP), ganho de peso diário(gpd), ganho de peso ao final dos 122 dias (GPF), consumo de ração diária (CRD) e o bem estar dos animais. As variáveis analisadas aplicando o teste de Tukey 5% de probabilidade, onde foram observadas diferenças significativas para CAP, para GPD nos períodos de 40 a 70 dias e 95 a 122 dias, não havendo diferença significativa nas outras fases. No GPF e CRD houve diferença significativa. Quanto as variáveis relacionadas ao bem estar dos animais foram avaliadas comportamento e condições de estresse durante as práticas diárias de manejo e não observou-se diferenças entre os tratamentos. A prática de uso da vacina de imunocastração ou anti-gnrh é um procedimento com potencial enorme para substituir a castração cirúrgica, pois expõe o potencial produtivo do macho que é favorável a produção de suínos. Palavra chave: suínos imunocastrados, vacina anti-gnrh, castração cirúrgica.

INTRODUÇÃO O mercado consumidor está cada vez mais exigente, demandando produtos de melhor qualidade produzidos sob critérios de segurança alimentar, respeito ao meio ambiente e ao bem estar animal. Há décadas a castração cirúrgica, que é realizada sem anestesia ou analgesia pósoperatória, vem sendo utilizada como única forma de produção de suínos machos pesados, a fim de evitar incidência do odor sexual. Sabe-se, porém, que suínos machos castrados apresentam eficiência de conversão alimentar e retenção de nitrogênio prejudicada, e menor relação carne magra: gordura, o que torna a criação significativamente mais cara em comparação a machos inteiros. Para a técnica de imunocastração o custo da vacina deve ser contrabalançado pela eficiência alimentar melhorada, a taxa de crescimento maior e carcaça mais magra dos animais obtendo qualidade de carne similar entre animais imunocastrados e castrados cirúrgicos, resultando em uma atividade sem dor relacionada. Contudo, a maioria dos produtores ainda está relutante em utilizar a prática porque tem preocupações sobre a segurança do operador, a aceitação do público e da proporção de animais vacinados que não vai ser efetivamente imunizada (BONNEAU, 2010). Este projeto teve por objetivo avaliar características de bem-estar e desempenho de suínos castrados cirurgicamente pelo método de raspagem e animais castrados com a vacina de imunocastração. MATERIAL E MÉTODOS. Foram utilizados 12 animais, 06 machos castrados cirurgicamente aos 15 dias de idade, 06 não castrados sem distinção de nutrição e com manejo idêntico com aproximadamente 65 dias de idade no setor de crescimento do IFMG- Campus Bambuí. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso com dois tratamentos, com duas repetições de três animais por repetição. As médias foram tabuladas e submetidas ao programa, Sistema de analise de variância (SISVAR) com o teste Tukey a 5% de probabilidade. A castração cirúrgica foi feita pelo método de raspagem (convencional), com a utilização de bisturi, sem anestesia e aplicação de medicamentos para evitar infecções.

O método de imunocastração, consistiu na aplicação de duas doses de vacina, a primeira com animais em torno de 90 a 95 dias a fim de fazer com que o sistema imune produza anticorpos contra o agente GnRH, e a segunda aplicação 28 dias após a 1º imunização, respeitando o período descrito pelo técnico responsável do produto. As variáveis avaliadas foram: conversão alimentar no período (CAP), ganho de peso diário(gpd), ganho de peso ao final dos 122 dias (GPF), consumo de ração diária (CRD) e o bem estar dos animais. (comportamento de monta, brigas, estresse durante as práticas de manejo como uniformidade da leitegada, pesagem, castração cirúrgica e vacinação). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados de ganho de peso diário (GPD) e de peso final (PF) dos animais conforme os tratamentos encontram-se na tabela 1. Tabela 1: Ganho de peso diário (kg/dia) e peso final (kg) de suínos castrados pelo método cirúrgicos e suínos que receberam imunocastração, com período experimental de 1 a 122 dias de idade. Variáveis Tratamentos Castrados Imunocastrados CV(%) DMS GPD (kg/dia) 0,72ª 0,68b 6,41 0,0534 PF (kg) 88,28ª 75,48b 6,41 6,7565 *medias seguidas de mesma letra nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste Tukey (p<0,05). Analisando a tabela acima, houve diferença significativa (P<0,05) entre os tratamentos castrados cirurgicamente e castrados imunologicamente com vacina. Segundo TONIETTI (2008) para animais castrados cirurgicamente mostraram ganho de peso diário próximo a 0,86 kg, e para atingir resultados de ganho de peso similares aos castrados imunologicamente requerem de 10 a 12 dias a mais de permanência na granja. Comparando com o presente estudo os animais imunocastrados necessitariam de um período a mais de 19 dias na granja para atingir o mesmo peso final dos animais castrados.

Tabela 2: Conversão alimentar (CA) de suínos castrados cirurgicamente e imunocastrados durante o ciclo de produção. Tratamentos Conversão alimentar (kg ração/kg carne) Imunocastrados (IM) 2,22 a Castrados (CC) 2,03 b DMS 0,1759 CV (%) 7,24 *medias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente pelo teste Tukey (p<0,05). DMS = Desvio médio significativo. CV= Coeficiente de variação para tratamentos. Analisando a tabela acima,observa-se que CA diferiu (P<0,05) para suínos castrados cirurgicamente dos suinos castrados imunologicamente com vacina, onde os castrados consumiram menos ração e ganharam mais peso do que os imunocastrados. Segundo BRUNO (2012), leitões imunocastrados apresentam menor atividade social que machos não castrados contribuindo com a melhora na conversão alimentar devido ao menor custo energético relacionado ao comportamento. Uma melhora na conversão alimentar da ordem de 9,9% em comparação aos animais castrados cirurgicamente foi observado em estudo conduzido na Alemanha (Pfizer, 2008). Os animais castrados imunologicamente começam a consumir mais ração e obter melhor ganho de peso a partir da 2ª vacinação.. Analisando dados de média de consumo de ração (kg/dia) de suínos castrados (CC) e imunocastrados (IM) durante o ciclo de produção, observa-se que o consumo diário de ração diferiu (P<0,05), onde animais castrados cirurgicamente tiveram 1,97 kg de ração /dia, sendo maior que o consumo dos animais castrados imunologicamente com 1,56kg/dia. Estudos de Tonietti (2008) mostraram um consumo de ração diário aos 140 dias para animais castrados cirurgicamente é de 2,11 ± 0,18 kg, enquanto em animais castrados imunologicamente é de 2,09 ± 0,23 kg. Estes dados são semelhantes aos encontrados nas fases utilizadas neste experimento, em número de dias de alimentação. Em relação ao bem estar dos animais não observou-se durante o período experimental entre animais castrados ouimunocastrados diferenças de comportamento. Os animais quando eram submetidos ao estresse, seja este por castração cirúrgica,

vacinação, pesagem e uniformidade, ambos tratamentos comportavam semelhantemente, não afetando o desempenho dos mesmos. CONCLUSÃO A castração com a vacina de imunocastração ou anti-gnrh é um procedimento com potencial para substituir a castração cirúrgica, diminuindo o estresse oriundo da castração cirúrgica nos primeiros dias de vida. Porém, mais estudos devem ser realizados sobre imunocastração para tornar-se uma prática usual na produção de suínos. AGRADECIMENTOS A Fapemig, pelo suporte financeiro, ao IFMG Campus Bambuí, por ceder o espaço para desenvolvimento do projeto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONNEAU, M.; IMMUNOCASTRATION AS AN ALTERNATIVE TO CONVENTIONAL CASTRATION TO CONTROL BOAR TAINT IN ENTIRE MALE PIGS; 2010. BRUNO, H,V.; Avaliação técnico-econômica de suínos machos imunocastrados e cirurgicamente castrados: Dissertação de mestrado - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, abril de 2013. TONIETTI, A. P.; Avaliações do desempenho zootécnico, qualidade de carcaça e carne em suínos macho inteiro imunocastrado. DISSERTAÇAO DE MESTRADO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ. PIRACICABA, 2008. PFIZER - TRANSCRIÇÃO DO VÍDEO MECANISMO DE AÇÃO VACINA DE IMUNOCASTRAÇÃO 2008.