1.4 - CUSTOS São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços.



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Transcrição:

CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS MÓDULO (1): CONTABILIDADE DE CUSTOS 1. CONCEITOS 1.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS É a área da contabilidade que estuda os gastos referentes à produção de bens e serviços. Abrange a Contabilidade de Serviços e a Contabilidade Industrial. Devido a sua maior importância no Brasil, a Contabilidade de Custos no País refere-se, essencialmente, à Contabilidade Industrial. A Contabilidade de Custos (Contabilidade Industrial) aplica-se ao departamento de produção das sociedades, tendo como objetivo controlar os diversos gastos envolvidos na produção dos produtos, tais como Mão-de-Obra Direta (MOD) e Indireta (MOI), Materiais Diretos (MD) (matérias-primas e embalagens) e Custos Indiretos de Fabricação (CIF), também chamados de Gastos Gerais de Fabricação (GGF) (energia elétrica, depreciação e aluguéis, entre outros). Os gastos relativos aos demais departamentos, como os de Vendas, Financeiro e Administrativo são considerados Despesas. 1.2 GASTOS São os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas. 1.3 INVESTIMENTOS São os gastos que têm como contrapartida um ativo. 1.4 - CUSTOS São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. O termo Custo pode ter várias classificações. Os Custos podem ser classificados como Ativos (Custo dos Produtos em Elaboração, Custo dos Produtos Acabados, Custo de Aquisição de mercadorias) ou como Despesas (Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidos). Exemplo 1: Identificar os itens a seguir relacionados como: 1. Investimentos; 2. Custos; ou 3. Despesas. ( ) Salários do departamento administrativo ( ) Seguros das máquinas da fábrica ( ) Salários dos operários da fábrica diretamente ligados à produção ( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da limpeza ( ) Aquisição de Matérias-Primas ( ) Consumo das Matérias-Primas na produção ( ) Comissões de Vendas ( ) Fretes e Seguros sobre Vendas ( ) Aquisição de Equipamentos ( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica ( ) Aquisição de Embalagens ( ) Embalagens consumidas ( ) Juros Passivos ( ) Aquisição de material de escritório ( ) Material de escritório da administração consumido no período ( ) Energia elétrica da sede da sociedade ( ) Energia elétrica da fábrica ( ) Depreciação dos móveis e utensílios do departamento administrativo ( ) Encargos sociais dos operários da fábrica

1.5 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (conta de RESULTADO) Aplicável em empresas comerciais (aquelas que operam na compra e venda de mercadorias). O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) equivale ao valor que foi pago na aquisição das mercadorias que foram vendidas. 1.6 CUSTO DOS PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (Conta do ATIVO-ESTOQUES) Corresponde aos custos apropriados aos produtos que estão em fase intermediária de produção. 1.7 CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS ou CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (Conta do ATIVO- ESTOQUES) Corresponde ao total de custos apropriados aos produtos que foram concluídos na data do balanço, mesmo que a produção tenha sido iniciada em período anterior ao da conclusão. 1.8 CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO Compreende o total de custos acumulados incorridos no período, independentemente do que foi acabado. Corresponde aos gastos do período com Material Direto, Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação aplicados na produção. 1.9 - CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS É o valor correspondente aos custos incorridos, como Materiais Diretos (Matérias-Primas, Insumos e Embalagens), Mão-de-Obra, Custos Indiretos de Fabricação (ou Gastos Gerais de Fabricação), aplicados na fabricação dos produtos que foram vendidos. 1.10 - CUSTOS DIRETOS São os custos identificados de forma direta no produto fabricado. São apropriados a estes produtos. Exemplos: Materiais Diretos (Matérias-Primas e Embalagens) consumidos e Mão-de-Obra Direta. 1.11 - CUSTOS INDIRETOS São os custos não identificados de forma direta nos produtos fabricados. São apropriados aos produtos fabricados por meio de rateios ou estimativas. Exemplos: Aluguel da fábrica, Energia elétrica consumida no departamento de produção, Salários dos operários que trabalham na produção de mais de um produto sem que haja o apontamento das horas trabalhadas, Salários dos operários que não trabalham diretamente na fabricação dos produtos (manutenção, limpeza, segurança), Salários dos supervisores, Depreciação dos equipamentos... ATENÇÃO Se ocorrer a produção de um único produto, todos os custos serão considerados diretos. Exemplo 2: Identificar os itens a seguir relacionados, considerando um departamento que fabrica mais de um produto, caso se tratem de: 1. Custos Diretos; 2. Custos Indiretos; ou 3. Despesas; ( ) Seguros das máquinas da fábrica ( ) Mão-de-obra direta ( ) Contribuição previdenciária da mão-de-obra direta a cargo do empregador ( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da manutenção ( ) Horas-extras da mão-de-obra direta ( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica ( ) Matérias-Primas consumidas na produção ( ) Embalagens utilizadas na produção ( ) Material de escritório da administração consumido no período ( ) Energia elétrica da sede da sociedade ( ) Energia elétrica da fábrica ( ) Encargos sociais referentes a mão-de-obra direta ( ) Material indireto ( ) IPTU da sede

Os custos indiretos são apropriados aos produtos fabricados por meio de rateios. Tais rateios são adotados com base em critérios pré-estabelecidos pela sociedade. Exemplo 3: Supondo que determinada indústria fabrique os produtos A e B e tenha apurado os seguintes custos na produção de seus estoques. Materiais Diretos (Prod. A) R$ 8.000,00 Materiais Diretos (Prod. B) R$ 2.000,00 Mão-de-Obra Direta (Prod. A) R$ 14.000,00 Mão-de-Obra Direta (Prod. B) R$ 6.000,00 Imposto Predial da Fábrica R$ 700,00 Energia Elétrica da Fábrica R$ 1.300,00 Aluguel da Fábrica R$ 3.000,00 Calcule o custo de produção de cada produto considerando que o rateio dos custos indiretos de fabricação é efetuado com base: 1) na distribuição dos materiais diretos; 2) na distribuição da mão-de-obra direta. 1.12 - CUSTOS FIXOS São os custos que independem do volume de produção. Exemplos: Aluguel da fábrica, Seguro da fábrica, Imposto predial, Depreciação das Máquinas. 1.13 - CUSTOS FIXOS UNITÁRIOS São os custos fixos divididos pela quantidade de produtos fabricados. Os Custos Fixos Unitários variam na razão inversa da quantidade de unidades produzidas, tendo em vista que os Custos Fixos não variam com a quantidade produzida. Exemplo 4: Em uma indústria os Custos Fixos são de R$ 20.000,00. No período 1, foram produzidas 400 unidades e no período 2 a produção foi de 500 unidades. Determinar o Custo Fixo Unitário em cada um dos períodos citados. 1.14 - CUSTOS VARIÁVEIS São aqueles que variam de forma diretamente proporcional à quantidade produzida. Exemplos: Materiais diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos), Mão-de-Obra direta, Energia Elétrica (embora não varie na mesma proporção da quantidade produzida). ATENÇÃO: Para que a Mão-de-Obra seja considerada um custo variável é preciso que seja identificada a quantidade de horas gastas para a produção de cada produto. O tempo de mão-de-obra não identificado é considerado custo indireto. ATENÇÃO: Regra geral, os Custos Fixos são também Custos Indiretos. No entanto, a recíproca não é verdadeira. Um Custo Indireto pode ser Fixo (aluguéis e depreciação pelo método linear) ou Variável, como é o caso da cola utilizada na fabricação de móveis. A cola é custo indireto, pois é difícil estabelecer a quantidade exata gasta em cada unidade e ao mesmo tempo é custo variável pois varia de acordo com a quantidade produzida. 1.15 - CUSTOS VARIÁVEIS UNITÁRIOS Correspondem aos Custos Variáveis Totais divididos pela quantidade produzida.

ATENÇÃO Enquanto os custos variáveis totais variam em relação à quantidade produzida, os custos variáveis unitários não se alteram, pois o aumento dos Custos Variáveis Totais é compensado pelo aumento da quantidade das unidades produzidas. Exemplo 5: A sociedade industrial Alfa apresentou os seguintes dados relativos ao custo unitário de seu produto X. Materiais Diretos R$ 2,00 Mão-de-Obra Direta- R$ 3,00 CIF Variáveis R$ 1,00 Determinar os Custos Variáveis supondo a produção de 1, 2 e 3 unidades. Exemplo 6: Supondo Custos Fixos de R$ 100,00, determinar os Custos Totais de 30 unidades produzidas, com base nos custos variáveis do exemplo 5. Exemplo 7: Relação dos custos com a Quantidade CUSTOS CF CFU CV CVU AUMENTO DA QUANTIDADE 1.16 - CUSTOS SEMIFIXOS E SEMIVARIÁVEIS São aqueles que contêm parte fixa e parte variável. Exemplo: Energia elétrica da fábrica. 1.17 - CUSTO PRIMÁRIO - Compreende a soma dos Materiais Diretos (matéria-prima, insumos, embalagens) com a Mão-de-Obra Direta. Pode ser considerado como a soma da Matéria-Prima consumida com a Mão de Obra Direta. Custo Primário = MD + MOD ou MP + MOD 1.18 - CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU DE CONVERSÃO Corresponde à soma da Mão-de-Obra Direta com os Custos Indiretos de Fabricação. Custo de Transformação = MOD + CIF 1.19 - CUSTO PADRÃO É o custo projetado considerado como meta a ser atingida. (Assunto a ser desenvolvido nos capítulos seguintes) Exemplo 8: A sociedade Alfa incorreu nos seguintes custos de produção para a fabricação de um lote de 1.000 unidade do produto Y (valores em milhares de reais). Período X1 Período X2 MD 40 50 MOD 70 90 CIF 110 120 Custo de Produção do Período Custo da Produção Acabada Exemplo 9: Assinale se a assertiva está certa ou errada: (CESPE/UNB) Todos os custos diretos são custos primários.

CONTABILIDADE DE CUSTOS QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS MÓDULO 1 1. (ESAF adaptada) Observe os dados abaixo, representativos de custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados): Matéria-prima R$ 2.100.000,00 Encargos de Depreciação R$ 27.000,00 Material de Embalagem R$ 30.000,00 Aluguéis da fábrica R$ 80.000,00 Administração R$ 100.000,00 Mão-de-Obra Direta R$ 1.500.000,00 Energia Elétrica (fábrica) R$ 50.000,00 Os custos fixos dessa empresa, no período considerado, atingiram o valor de: a) R$ 80.000,00 b) R$ 207.000,00 c) R$ 180.000,00 d) R$ 287.000,00 e) R$ 260.000,00. 2. (ESAF) Entre os chamados custos indiretos, há aqueles que são considerados diretos, em relação ao departamento de produção ou serviço em se que originam. Entre eles podem ser citados: a) aluguel da fábrica; b) depreciação de edifícios; c) seguro contra acidentes do trabalho; d) iluminação da fábrica; e) depreciação de equipamentos. 3. (ESAF) Para apropriar os gastos gerais de fabricação ao custo de seus produtos, uma empresa usa a aplicação de coeficiente predeterminado sobre o custo do material direto. Uma Ordem de Produção para 1.000 unidades de produtos A apresentou os seguintes custos: Material R$ 10.000,00 Mão-de-Obra R$ 4.000,00 Sabe-se que a estimativa do valor do Material e dos Gastos Gerais de Fabricação para a produção total do período é de, respectivamente, R$ 50.000,00 e R$ 15.000,00. Assim sendo, o valor de custo unitário do produto A, relativo à Ordem de Produção citada, será de: a) R$ 13,00 b) R$ 14,00 c) R$ 17,00 d) R$ 18,20 e) R$ 25,00 04. (ESAF adaptada) Na escrituração contábil de uma empresa industrial, os valores dos encargos das depreciações dos equipamentos de produção e das máquinas do escritório da administração geral devem ser registrados: a) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de Depreciação de Móveis e Utensílios, devendo o saldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa; b) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de Depreciação de Móveis e Utensílios, que terão seus saldos apropriados aos produtos fabricados pela sociedade; c) a crédito da conta Encargos de Depreciação, que terá seu saldo transferido diretamente para Resultado do Exercício na data do balanço; d) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, devendo o saldo da segunda integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa; e) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, que terão seus saldos transferidos diretamente para Resultado do Exercício na data do balanço. Considere os seguintes dados, para responder às questões de números 05 a 08:

I ESTOQUES Inicial (R$) Final (R$) - Materiais 188,00 327,00 - Produtos em Fabricação 520,00 327,00 - Produtos Acabados 237,00 5,00 II OUTRAS INFORMAÇÕES - Requisições de materiais para R$ 330,00 fabricação - Produção acabada no período R$ 800,00 - Lucro bruto nas vendas R$ 1.468,00 05. (ESAF) O valor líquido das compras de material foi de: a) R$ 305,00 b) R$ 799,00 c) R$ 796,00 d) R$ 657,00 e) R$ 469,00 06. (ESAF) O valor total debitado no período à conta Produtos em Fabricação foi de: a) R$ 277,00 b) R$ 607,00 c) R$ 1.127,00 d) R$ 657,00 e) R$ 330,00 07. (ESAF) Considerando que os gastos com a mão-de-obra direta totalizaram R$ 69,00, o total dos Gastos Gerais de Fabricação debitado no período foi de: a) R$ 261,00 b) R$ 258,00 c) R$ 208,00 d) R$ 327,00 e) R$ 277,00 08. (ESAF) O valor das vendas líquidas realizadas no período foi de: a) R$ 2.268,00 b) R$ 1.505,00 c) R$ 1.832,00 d) R$ 2.505,00 e) R$ 2.500,00 09. (ESAF) Numa empresa fabril que trabalha com custo padrão, a variação do tempo da mão-de-obra direta, em certo período, foi de 100 (cem) horas acima do número previsto, que foi de 1.000 (mil) horas. No mesmo período, a variação do custo da mão-de-obra direta por unidade de tempo foi de R$ 0,10 (dez centavos) abaixo do valor orçado que foi de R$ 1,00 (um real) por hora. O valor da variação total entre o custo padrão (CP) e o custo real (CR) foi de: a) CP > R$ 110,00 b) CP < R$ 110,00 c) CP > R$ 10,00 d) CP < R$ 10,00 e) CP > R$ 100,00 10. (ESAF) Numa empresa industrial, em determinado período, o saldo inicial da conta Materiais Diretos foi de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), e o saldo final foi também de R$ 40.000,00. O valor da mão-de-obra direta aplicada no processo de produção foi de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), valor igual ao das compras de materiais diretos, sempre no mesmo período. Sabendo-se que o total de materiais utilizados no processo produtivo foi de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), assinale o valor dos materiais utilizados indiretamente no precipitado processo: a) R$ 10.000,00 b) R$ 90.000,00 c) R$ 80.000,00 d) R$ 0,00 e) R$ 50.000,00

11. (ESAF) Uma empresa fabril tem, entre outras, as seguintes contas, cujos saldos referentes ao início de certo mês são: - Caixa R$ 5.000,00 - Salários a Pagar R$ 0,00 - Gastos Gerais de Fabricação R$ 8.000,00 - Mão-de-Obra R$ 0,00 - Matérias-Primas R$ 40.000,00 - Produtos em Elaboração R$ 15.000,00 - Produtos Acabados R$ 30.000,00 - Custos dos Produtos Vendidos R$ 0,00 Nesse mês foram efetuados os seguintes lançamentos: a) Mão-de-Obra 20.000,00 a Diversos a Caixa 5.000,00 a Salários 15.000,00 b) Diversos a Mão-de-Obra 20.000,00 Gastos Gerais de 12.000,00 Fabricação Produtos em Elaboração 8.000,00 O total dos salários, pagos e a pagar, foi rateado entre mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta, no mesmo mês, respectivamente, nas proporções de: a) 40% e 60% b) 25% e 75% c) 75% e 25% d) 50% e 50% e) 37,5% e 62,5% PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE N OS 12 A 17, OBSERVE O SEGUINTE: DADOS DA EMPRESA RUMO CERTO LTDA, NO PERÍODO DE 2008 Em (R$ 1,00) Matérias-Primas Compradas 24.000 Depreciação de Equipamentos de Produção 400 Despesas de Entrega 400 Depreciação de Equipamento de Entrega 200 Despesas Financeiras 520 Estoque Final de Matérias-Primas 10.000 Mão-de-Obra Direta 12.000 Materiais Consumidos na Fábrica 8.000 Despesas Administrativas 3.600 Despesas de Material de Escritório 480 Mão-de-Obra Indireta 6.000 Vendas 31.000 Estoque Final de Produtos Acabados 16.160 Não há Outros Estoques 12) (ESAF adaptada) A partir dos dados da Empresa Rumo Certo Ltda, constatamos que: a) o Lucro Bruto Operacional é R$ 3.380,00; b) o Lucro Líquido Operacional é de R$ 1.560,00; c) o Custo dos Produtos Vendidos é de R$ 15.000,00;

d) o Custo Total da Produção do Período é de R$ 20.000,00; e) as Despesas totais foram de R$ 4.680,00. 13) (ESAF adaptada) O total de Custos Indiretos da Empresa Rumo Certo Ltda, é de: a) R$ 14.400,00 b) R$ 14.000,00 c) R$ 6.400,00 d) R$ 8.400,00 e) R$ 12.000,00 14) (ESAF adaptada) A Conta Produtos em Andamento da Empresa Rumo Certo Ltda acumulará um total (antes de ser encerrada) de: a) R$ 40.000,00 b) R$ 48.400,00 c) R$ 48.000,00 d) R$ 40.400,00 e) R$ 46.000,00 15) (ESAF adaptada) Os Custos Diretos da Empresa Rumo Certo Ltda são: a) R$ 36.400,00 b) R$ 36.000,00 c) R$ 32.000,00 d) R$ 26.000,00 e) R$ 28.000,00 16) (ESAF adaptada) O Lucro Operacional da Empresa Rumo Certo Ltda antes da Despesa Financeira é de: a) R$ 2.080,00 b) R$ 4.080,00 c) R$ 3.080,00 d) R$ 5.080,00 e) R$ 4.000,00 17) (ESAF adaptada) Admitindo-se que a Empresa Rumo Certo Ltda produziu 20.200 unidades, o Custo Unitário será de: a) R$ 1,00 b) R$ 2,00 c) R$ 3,00 d) R$ 4,00 e) R$ 1,40 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 B E C A E B C E C A A B A D D A B (ICMS/SP/FCC/2006) 92. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transformação: (A) mão-de-obra direta e indireta. (B) mão-de-obra direta e materiais diretos. (C)) mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. (D) matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. (E) custos primários e custos de fabricação fixos. (ICMS/SP/FCC/2006) 94) A Cia. Capricórnio tem planejado para o exercício 2007 os seguintes dados na área de produção: Horas Máquinas projetadas anual 240.000,00, mão-de-obra direta unitária R$ 22,00, Gastos indiretos de fabricação anual projetado R$ 3.600.000,00, Gastos indiretos de fabricação unitário projetado de R$ 10,00. A empresa aplica Gastos indiretos de fabricação baseados nas horas máquinas. A Taxa de aplicação de gastos indiretos de fabricação para o exercício 2007 será, em R$, (A)) 15,00 (B) 17,00 (C) 19,00 (D) 21,50 (E) 22,00 CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS MÓDULO (2): CONTABILIDADE DE CUSTOS SISTEMAS DE CUSTEIO 2.1 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO Nesta sistemática, são apropriados aos produtos fabricados tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. Os Custos Fixos e os Custos Variáveis Indiretos são apropriados aos produtos por meio de rateios.

Exemplo (1): Determinada indústria incorre em custos variáveis de R$ 100.000,00, custos fixos de R$ 60.000,00 e despesas de R$ 20.000,00. Considerando que a sociedade vendeu metade das unidades produzidas por R$ 120.000,00, apresentar o resultado do período de acordo com o custeio por absorção. ATENÇÃO O Custeio por Absorção atende ao Princípio da Competência dos exercícios tendo em vista que os Custos apropriados aos produtos só são lançados no resultado quando estes produtos são vendidos. O custeio por absorção é aceito pelo Fisco. No entanto, o Custeio por Absorção tem como inconveniente a arbitrariedade do critério de rateio escolhido. Dependendo do critério de rateio, como, por e- xemplo, valor da mão-de-obra utilizada na produção ou do custo do material utilizado em cada produto, os custos de cada produto serão diferentes. 2.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO Nesta sistemática só são apropriados aos produtos fabricados os Custos Variáveis, enquanto que os Custos Fixos são lançados ao resultado integralmente como despesas. Embora o Custeio Variável não atenda ao Princípio da Competência, tendo em vista que os Custos Fixos são lançados no resultado independentemente da quantidade vendida, esta sistemática é mais eficaz para fins gerenciais, considerando que os Custos Fixos serão desembolsados independentemente da quantidade de produtos vendida. O custeio variável não é aceito pelo Fisco por antecipar despesas. O CPV no Custeio Variável engloba apenas os Custos Variáveis, baixados na proporção dos produtos que foram vendidos, tendo em vista que os Custos Fixos são lançados integralmente como despesas. Exemplo (2): Determinada indústria incorre em custos variáveis de R$ 100.000,00, custos fixos de R$ 60.000,00 e despesas de R$ 20.000,00. Considerando que a sociedade vendeu metade das unidades produzidas por R$ 120.000,00, apresentar o resultado do período de acordo com o custeio variável. Fazer exercício 1. 2.3 - MARGEM DE CONTIBUIÇÃO UNITÁRIA Corresponde à Receita de Venda Unitária (RVU) ou Preço de Venda Unitário (PVU), diminuída do Custos Variáveis Unitários (CVU) e das Despesas Variáveis Unitárias (DVU). MCU= PVU (CVU + DVU) A Margem de Contribuição Unitária é um índice importante para fundamentar decisões relativas ao aumento da produção de determinado produto dentro da capacidade produtiva da empresa. 2.4 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) É o ponto que revela a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a receita de vendas é igual ao custo total do produto, incluindo as despesas, ou seja, em que não há lucro ou prejuízo. PEC (em Quantidade) = (Custo Fixo + Despesas Fixas)/MCU = (CF + DF)/(PVU CVU) PEC (em reais) = PEC (Quantidade) x PVU Ver Gráfico em aula. Considerar os seguintes dados relativos à sociedade industrial Alfa para os exemplos 3,4, 5 e 6: Custos Fixos [CF] = R$ 80.000,00; Despesas Fixas (DF) = R$ 20.000,00; Receita de Venda Unitária (RVU) ou Preço de Venda Unitário (PVU) = R$ 20,00; Custos Variáveis Unitários (CVU) = R$ 7,00; Despesas Variáveis Unitárias (DVU) = R$ 3,00.

Capital Investido no projeto industrial = R$ 600.000,00; Depreciação das máquinas e equipamentos = R$ 30.000,00. Exemplo (3): Calcular: 1. Margem de contribuição; 2. Ponto de Equilíbrio em unidades; 3. Ponto de Equilíbrio em Valor; 4. Resultado com a produção e venda de 12.000 unidades; 5. Resultado com a produção e venda de 8.000 unidades. 2.5 - CUSTO DE OPORTUNIDADE - É o valor que a sociedade ganharia caso tivesse optado por outro tipo de investimento. Exemplo (4): A sociedade industrial Alfa pretende efetuar um investimento em um determinado projeto industrial no valor de R$ 600.000,00. Pretende com o projeto efetuar a produção e venda de 18.000 unidades. Considerando que com o mesmo investimento obteria no período considerado uma rentabilidade no mercado financeiro equivalente a 8% do valor investido, calcular o custo de oportunidade. Exemplo (5) : Calcular o PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE); Exemplo (6) : Calcular o PONTO DE EQUILIÍBRIO FINANCEIRO (PEF); 2.6 - MARGEM DE SEGURANÇA- Percentual máximo da produção vendida que pode ser reduzido sem que a sociedade tenha prejuízo. Exemplo (7): Considerando que determinada indústria tem o ponto de equilíbrio com 70.000 unidades e que a produção atual é de 100.000 unidades, calcular a Margem de Segurança. 2.7 LIMITAÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Exemplo (8): A sociedade Alfa fabrica os produtos A e B, os quais possuem as Margens de Contribuição Unitárias de R$ 100,00 e R$ 60,00, respectivamente. Para produzir cada unidade do produto A são necessárias 2 Horas/máquina, enquanto que o produto B demanda 1 Hora/máquina para cada unidade produzida. A sociedade possui a capacidade máxima de 10 Horas/máquina para o período considerado. Foi realizada uma encomenda pelos clientes de 9 unidades do produto A e 6 unidades do produto B. Calcular o Mix dos produtos para maximizar os lucros. 2.8 CUSTOS CONJUNTOS Quando a partir de determinada matéria-prima são produzidos mais de um produto, os custos incidentes nas fases de produção em que ainda não existe uma separação dos produtos derivados são chamados custos conjuntos. Tais custos serão apropriados aos produtos derivados utilizando-se determinado critério de rateio. Exemplo (9): Um frigorífico obtém de um gado abatido, 500 Kg de carne e 500 Kg de couro. Suponhamos que cada quilo de carne seja vendido a R$ 6,00 e cada quilo de couro seja vendido a R$ 4,00. Os

Custos Conjuntos totalizaram R$ 4.000,00. Como serão alocados os Custos Conjuntos, pelo método valor de venda? Considerando que a carne representa 60% do faturamento do frigorífico, deverá ser alocado ao custo da carne a seguinte parcela dos custos comuns: 60% x R$ 4.000,00 = R$ 2.400,00. Resta, então, a parcela de R$ 1.600,00 (40% x R$ 4.000,00) a ser alocada ao custo do couro. 2.9 - AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DOS SUBPRODUTOS Os subprodutos têm um mercado de comercialização normal. No entanto, o resultado de suas vendas é tão pequeno, que não justifica a contabilização de seus estoques. O valor de suas vendas é lançado como redutor dos Custos Conjuntos. No entanto, podem ser contabilizados, utilizando-se o denominado Valor Líquido de Realização, que é obtido da seguinte forma: Exemplo (10): Valor estimado de venda de um subproduto R$ 100 (-) Despesas necessárias p/venda (ICMS) (R$ 20) (-) Custos de processamento adicional (p/ deixar o produto pronto para a venda) (R$ 40) Valor Líquido de Realização R$ 40 A contabilização do Valor Líquido é feita a crédito da conta Custos Conjuntos, uma vez que representa a recuperação de uma parcela do custo de produção dos co-produtos (produtos principais). Supor Custos Conjuntos no valor de R$ 404. 2.10 SISTEMA RKW É um sistema de custeio em que são apropriados aos produtos tanto os Custos Diretos e Indiretos quanto as Despesas. Neste sistema, os Custos e Despesas são inicialmente distribuídos entre os departamentos e posteriormente são alocados aos produtos. A vantagem do RKW é que todos os gastos estão incorporados aos produtos estabelecendo-se, assim, o preço de venda em função da margem de lucro que se queira obter. A limitação desta sistemática é que em uma economia de mercado com a livre concorrência, o preço de venda a ser estabelecido deve levar em conta outros fatores de mercado, como a demanda e os preços aceitos pelo mercado, não sendo suficiente apenas a definição da margem de lucro desejada em função dos custos e despesas totais. O RKW tem aplicação apenas em regime de monopólio ou em economias com controle rígido da produção e fixação dos preços. Também é aplicado para estabelecimento dos preços de serviços públicos concedidos. A concessionária apresenta ao Poder Público concedente, para aprovação o valor total dos gastos estimados com a margem de lucro desejada. Algumas empresas adotam o Custo Meta ("target cost") na qual o caminho é inverso, ou seja, com base no preço de mercado do produto são estabelecidos os custos e despesas para que seja atingida a margem de lucro desejada. 2.11 SISTEMA DE CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - ABC (Custeio Baseado em Atividades "Activity-Based Costing") Esta sistemática é adotada com o objetivo de reduzir as distorções provocadas pela arbitrariedade dos critérios utilizados no Custeio por Absorção.

No ABC, os custos são inicialmente distribuídos aos departamentos de produção. Posteriormente, estes custos são distribuídos para as atividades destes departamentos, por meio dos direcionadores de atividades. No ABC, os custos são apropriados aos departamentos através do rastreamento. Custos Departamentos Atividades Produtos Exemplo (11): Método de Custeio ABC: A Indústria de Tecidos AX apresentou os seguintes dados referentes a sua contabilidade de custos no final do período de apuração X1. 1. Inicialmente, alocam-se os Custos Diretos (MD e MOD) aos produtos. Tabela 1 Produtos Custos Diretos Unitários Camisas R$ 10,00 Calças R$ 12,00 2. O segundo passo é calcular os Custos Indiretos de Produção. Tabela 2 Custos indiretos de fabricação Aluguel, Seguros e IPTU R$ 40.000,00 Mão-de-obra indireta R$ 160.000,00 Materiais indiretos R$ 20.000,00 Total R$ 220.000,00 3. A seguir, definem-se as atividades desenvolvidas por cada departamento. Tabela 3 Departamentos Atividades Compras Compras Corte e tingimento Industrialização (1) Costura e acabamento Industrialização (2) 4. A próxima etapa é alocar os Custos Indiretos de Fabricação aos Departamentos, utilizando-se determinados critérios. Os custos referentes ao Aluguel/Seguros/IPTU foram alocados aos departamentos em função das respectivas áreas ocupadas. O departamento de Compras ocupa uma área correspondente a 10% da área total da fábrica, o departamento de Industrialização (1) 40% e o departamento de Industrialização (2) 50%. Assim, 10% (R$ 4.000) dos custos referentes ao Aluguel/Seguros/IPTU da fábrica serão distribuídos ao departamento de Compras, 40% (R$ 16.000) ao departamento de Industrialização (1) e 50% (R$ 20.000) ao departamento de Industrialização (2). A Mão-de-Obra Indireta e os Materiais Indiretos são apropriados aos departamentos em função de quanto desses custos são consumidos por cada departamento. Na tabela 4, é evidenciado o rateio dos Custos Indiretos aos departamentos. Tabela 4 Apropriação dos custos indiretos de fabricação às atividades (valores em R$) Atividades Aluguel, Seguros e IPTU indireta Mão-de-obra (apropriados com ba- Materiais indiretos Totais

se nas áreas ocupadas) Compras 4.000,00 20.000,00 3.000,00 27.000,00 Industrialização (1) 16.000,00 40.000,00 9.000,00 65.000,00 Industrialização (2) 20.000,00 100.000,00 8.000,00 128.000,00 Totais 40.000,00 160.000,00 20.000,00 220.000,00 5. A seguir são definidos os Direcionadores de Atividades. No caso do departamento de Compras, o direcionador utilizado foi o número de pedidos de cada um dos produtos; Camisas (70%) e Calças (30%). Em relação aos departamentos de Industrialização (1) e (2), o direcionador utilizado foi o número de Horas/máquina consumidas por cada departamento. Sabe-se que nas atividades de Corte e Tingimento (departamento de Industrialização (1)) a produção de camisas consumiu 60% do número de Horas/máquina total, enquanto 40% foi consumido na produção de calças. Em relação às atividades de Costura e Acabamento (departamento de Industrialização (2)) as produções de camisas e calças consumiram igual quantidade (50%) de Horas/máquina. Tabela 5 Atividades Direcionador de Atividades Camisas Calças Total Compras Nº de pedidos 70% 30% 100% Industrialização (1) Nº Horas/máquina 60% 40% 100% Industrialização (2) Nº Horas/máquina 50% 50% 100% Sabendo-se que a indústria em questão apropria seus Custos Indiretos de fabricação com base no método de custeio ABC e que foram fabricadas 10.000 camisas e 5.000 calças no período considerado, assinalar a opção que representa os custos unitários totais das camisas e das calças, respectivamente: a) R$ 22,19 e R$ 31,62 b) R$ 12,19 e R$ 19,62 c) R$ 22,19 e R$ 15,70 d) R$ 12,19 e R$ 31,62 e) R$ 12,19 e R$ 15,70 QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS MÓDULO (2) 1) (ICMS/SP/2006) 89. Uma empresa calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o método do custeio por absorção e o método do custeio variável. Os Estoques iniciais eram zero, a produção do mês foi de 8.000 unidades totalmente acabadas, foram vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados os seguintes resultados líquidos finais: Lucro de R$ 348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$ 345.000,00 no custeio variável. Para atingir esses valores de resultado, a empresa manteve os custos variáveis correspondentes a 40% do preço de venda praticado. Desse modo, os valores correspondentes ao preço de venda unitário, aos custos variáveis unitários e aos custos fixos totais foram, respectivamente, em R$, (A)) 100,00; 40,00; 15.000,00 (B) 120,00; 48,00; 14.000,00 (C) 130,00; 52,00; 12.000,00 (D) 125,00; 50,00; 14.000,00 (E) 150,00; 52,00; 17.000,00 2) (ICMS/SP/2006)

86. Para um ponto de equilíbrio financeiro de 2.000 unidades serão necessários, na seqüência, custos e despesas variáveis, custos e despesas fixas, preço unitário de venda, depreciação: (A) R$700,00 unitário; R$ 4.000.000,00; R$ 1.200,00 unitário; R$800.000,00. (B)) R$725,00 unitário; R$ 2.500.000,00; R$ 1.500,00 unitário; R$950.000,00. (C) R$650,00 unitário; R$ 3.900.000,00; R$ 1.225,00 unitário; R$625.000,00. (D) R$600,00 unitário; R$ 2.600.000,00; R$ 1.350,00 unitário; R$750.000,00. (E) R$750,00 unitário; R$ 1.400.000,00; R$ 1.050,00 unitário; R$845.000,00. 3) (ICMS/SP/2006) 95)A diferença entre o preço de venda e o custo variável constitui (A) a Receita operacional bruta. (B) a Receita líquida. (C) o Ponto de equilíbrio. (D)) a Margem de contribuição. (E) a Análise custo-volume-lucro. 4) (ESAF) Quando dois ou mais produtos produzidos simultaneamente como resultado da mesma operação, em que não há uma maneira positiva de determinar o valor do custo aplicável a cada um deles, ocupando cada um deles posição relevante no mercado, do ponto de vista da empresa que os produz, são denominados: a) co-produtos b) subprodutos c) produtos primários d) produtos secundários e) produtos intermediários Gabarito 1 A 2 B 3 D 4 A CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS MÓDULO (3): CONTABILIDADE DE CUSTOS 3.1- PRODUÇÃO POR ORDEM Ocorre a Produção por Ordem quando os produtos são fabricados de acordo com as características estabelecidas pelos clientes. Na Produção por Ordem, os custos são acumulados e encerrados para cada ordem de produção. 3.2 - PRODUÇÃO CONTÍNUA Ocorre a Produção Contínua quando a indústria fabrica os produtos com as mesmas características e continuamente como, por exemplo, em uma indústria de refrigerantes. Na Produção Contínua os custos são encerrados no fim de cada período considerado (semana, quinzena ou mês). Nesta sistemática, o Custo Total de produção do período é dividido pelo número de unidades fabricadas no mesmo período, apurando-se, assim, o custo unitário médio de produção. 3. 3 - EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO Na Produção Contínua, chegando-se ao final do período contábil utilizado para a apuração do Custo de Produção, podem existir produtos que foram iniciados em períodos anteriores e terminados no período, produtos que foram iniciados e terminados dentro do próprio período e produtos que foram iniciados no período e serão terminados em período posterior. Supondo que em determinado período (X1) tenha sido iniciada a fabricação de 100 unidades de determinado produto. No final do período foram concluídas 60 unidades deste produto e as outras 40 estejam

em um estágio intermediário de produção. Para se estabelecer o custo total da unidade acabada, aplicase o Equivalente de Produção. Este procedimento, será efetuado na seguinte seqüência: 1. Cálculo do Custo Total de Produção do período, o qual corresponderá à soma do Material Direto, Mãode-Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação. 2. Definição do estágio de produção dos produtos em elaboração. 3. Cálculo do Equivalente de Produção, ou seja, o custo aplicado nas unidades em elaboração corresponderão a um determinado número de unidades acabadas. 4. Soma do número de unidades acabadas com o número do equivalente de produção às unidades acabadas. 5. Cálculo do valor médio para cada unidade acabada, obtido por meio da divisão do custo total de produção do período pelo número calculado em 4. 6. Multiplicação do valor médio calculado em 4 pelo número de unidades acabadas. O valor encontrado será transferido da conta Produtos em Elaboração para a conta Produtos Acabados. Exemplo 1: Determinada indústria incorreu em determinado período em Custos de Produção de R$ 11.040,00. Neste período, foram iniciadas 1.000 unidades das quais 600 foram acabadas. As 400 unidades em produção estão no estágio de produção de 80%. Considerando que não haviam estoques anteriores, determinar: 1. O Equivalente de Produção do período 2. O Custo Médio Unitário do Produto Acabado. 3. O Custo Unitário do Produto em Elaboração. 4. O valor a ser debitado na conta Produtos Acabados no período. 5. O estoque final dos Produtos em Elaboração. 3.4- ALAVANCAGEM OPERACIONAL RELAÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO LUCRO OPERACIONAL COM A VARIAÇÃO PERCENTUAL DAS VENDAS [EM VALOR OU QUANTIDADE] Este índice relaciona a variação percentual do lucro operacional líquido com a variação percentual das vendas. Grau de Alavancagem Operacional = Variação % no LOL Variação % nas Vendas ALAVANCAGEM OPERACIONAL RELAÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO LUCRO COM A VARIAÇÃO PERCENTUAL DO VOLUME DAS VENDAS Este índice estabelece a variação percentual do lucro em função da variação percentual do volume das vendas. Exemplo 2: Determinada indústria automobilística produz veículos nas seguintes condições: Custos e Despesas Variáveis por Unidade: R$ 20.000,00 Custos e Despesas Fixos: R$ 1.000.000,00 Preço de Venda Unitário: R$ 45.000,00 Determinar: 1. O Ponto de Equilíbrio(em quantidade e valor); 2. Considerando a venda de 50 unidades indicar o Lucro e a Margem de Segurança; 3. Aumentando-se as vendas para 57 unidades, indicar a Margem de Segurança e a Alavancagem Operacional;

3.5 TRATAMENTO DAS PERDAS As Perdas podem ser normais ou anormais. As perdas normais são aquelas inerentes ao processo produtivo e, portanto, previsíveis. São perdas normais, por exemplo, as decorrentes da evaporação de produtos em uma indústria química ou das aparas de papel ou retalhos de tecido. As perdas anormais são aquelas imprevisíveis, aleatórias e involuntárias decorrentes de acidentes ou extravio. Como exemplo de perdas anormais podem ser citadas as ocorridas em razão de um incêndio ou da perda de validade de estoques de bens perecíveis. O tratamento contábil deve ser diferenciado em relação a cada tipo de perda. As perdas normais, como fazem parte do processo normal de produção são consideradas Custo de Produção. Já as perdas anormais são lançadas ao resultado como Despesas não operacionais. 3.6 TRATAMENTO FISCAL DA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES A Secretaria da Receita Federal estabeleceu critérios para a avaliação de estoques, estabelecendo o conceito de Sistema de Custos Integrado e Coordenado com o restante da escrituração contábil como a- quele que: I Seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (MP, MOD e CIF); II permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos Estoques de Matérias-Primas e outros materiais, Produtos em Elaboração e Produtos Acabados; III seja apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas e apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; IV permita avaliar os Estoques existentes na data de encerramento do período-base de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. Caso a sociedade não possua o sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, o Regulamento do Imposto de Renda estabelece os seguintes critérios para avaliação dos estoques para produtos em elaboração e acabados. I- para os materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das Matérias-Primas adquiridas no período-base ou 80% do valor dos Produtos Acabados, determinado de acordo com o item seguinte; II para os Produtos Acabados, 70% do maior preço de venda no período-base. Cabe observar que o Custo da Matéria-Prima deve ser considerado excluindo-se a parcela do ICMS e o preço de venda do Produto Acabado deve ser considerado incluindo-se o valor do ICMS. MÓDULO 3 - QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 01 e 02. Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produziu 12.100 unidades, sendo que 8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas. Os custos de matéria-prima foram R$ 3.200.450,00. Os custos de mão-de-obra direta foram R$ 749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$ 624.960,00. A produção não-acabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria-prima, 2/3 da mão-de-obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação.

01(ICMS/SP/2006) 87. Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é: (A) R$ 544,80 (B) R$ 455,20 (C) R$ 410,25 (D)) R$ 389,10 (E) R$ 355,20 02(ICMS/SP/2006) 88. O valor total da produção em processo no final do mês será: (A) R$ 1.125.432,00 (B)) R$ 1.267.980,00 (C) R$ 1.380.444,00 (D) R$ 1.400.760,00 (E) R$ 1.525.740,00 Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 96 e 97. A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matéria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, para o ano fiscal de 2.006, estabelece como meta os seguintes saldos: Itens Saldo Inicial em unidades Saldo Final em unidades Matéria-prima 30.000 40.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000 03(ICMS/SP/2006) 96. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no período, o número de unidades de matéria prima que deverá adquirir será: (A) 1.020.000 (B) 1.010.000 (C) 1.000.000 (D) 990.000 (E)) 810.000 04(ICMS/SP/2006) 97. Para que a empresa venda 480.000 unidades durante o ano fiscal de 2006, a quantidade de unidades que deverá produzir no decorrer desse período é: (A) 440.000 (B)) 450.000 (C) 460.000 (D) 480.000 (E) 520.000 4/04/06-15:27 Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 98 a 100. No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção da Cia. Albion foram extraídas as seguintes informações: I. Valor dos inventários de início e final do mês (valores em R$):

Itens Saldo Inicial Saldo Final Unidades acabadas 125.000 117.000 Unidades em processo 235.000 251.000 Matéria-prima 134.000 124.000 Valor Itens Compra de matéria-prima 191.000 Mão-de-obra direta utilizada 300.000 Custos indiretos de fabricação 175.000 III. Informações adicionais: A empresa aplica Custos indiretos de fabricação a uma taxa de 60% da Mão-de-obra direta. Os excesso ou sub-aplicação dos CIF serão apropriados no final do exercício. 05(ICMS/SP/2006) 98. Custos primários no mês: (A)) 501.000 (B) 499.000 (C) 489.000 (D) 201.000 (E) 199.000 06(ICMS/SP/2006) 99. Total de custos de produção no mês de janeiro: (A) 501.000 (B) 665.000 (C) 673.000 (D)) 681.000 (E) 743.000 07(ICMS/SP/2006) 100. Custo das unidades vendidas em janeiro: (A) 697.000 (B) 681.000 (C)) 673.000 (D) 657.000 (E) 665.000 QUESTÕES DO CONCURSO DE ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE DE 2002 (AFC/2002/ESAF) 1. A firma Indústria & Comércio de Coisas forneceu ao Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação: Estoque inicial de materiais R$ 2.000,00 Estoque inicial de produtos em processo R$ 0,00 Estoque inicial de produtos acabados R$ 4.500,00 Compras de materiais R$ 2.000,00 Mão-de-obra direta R$ 5.000,00 Custos indiretos de fabricação 70% da mão-de-obra direta ICMS sobre compras e vendas 15% IPI sobre a produção alíquota zero Preço unitário de venda R$ 80,00

Estoque final de materiais R$ 1.400,00 Estoque inicial de produtos acabados 75 unidades Produção completada 150 unidades Produção iniciada 200 unidades Fase atual de produção 60% Produção vendida 100 unidades Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada podemos dizer que a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10% b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 1.400,00 c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 8.000,00 d) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 6.000,00 e) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 7.200,00 2. A empresa Ferraço S/A fabrica canivetes e registra na Contabilidade todos os custos por valores padrão, controlando as variações do custo efetivo em contas específicas, encerradas ao fim de cada período mensal. Em outubro, o custo padrão unitário foi estabelecido em: material direto R$ 50,00 mão-de-obra direta R$ 40,00 custos indiretos R$ 35,00 No mês de referência foram produzidos dois mil canivetes e vendidos um mil e seiscentos, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de IPI a 10% e ICMS a 12%. Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente praticados no período: material direto R$ 102.000,00 mão-de-obra direta R$ 77.500,00 custos indiretos R$ 75.000,00 Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo-padrão, no mês de outubro, a partir dos dados exemplificados (o histórico foi omitido). a) Diversos a Diversos Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00 Produtos Acabados R$ 900,00 Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 b) Diversos a Diversos Variação de Material Direito R$ 2.000,00 Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 a Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00 a Produtos Acabados R$ 900,00 a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 c) Diversos a Diversos Produtos Acabados R$ 4.500,00 Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 d) Diversos a Diversos Custo do Produto Vendido R$ 4.500,00

Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 e) Diversos a Diversos Custo do Produto Vendido R$ 5.100,00 Produtos Acabados R$ 1.900,00 R$ 7.000,00 a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 PROVA DE AGENTE FISCAL DE RENDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (2002) : QUESTÕES COMENTADAS 1. Identifique a alternativa que expressa o conceito de Gasto, segundo a terminologia normalmente utilizada na Contabilidade de Custos. (A) Bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. (B) Sacrifício financeiro para obtenção de um produto ou serviço. (C) Saída de recursos com a finalidade de aumentar o ativo (D) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receita. (E) Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Comentários: Conforme analisamos no módulo 1, conceituam-se os Gastos como os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas. 2. Dados extraídos da Contabilidade da Cia. Iota: - Matéria-prima comprada no mês: R$ 400; - Devolução de parte da matéria-prima comprada no mês: R$ 50; - Mão-de-Obra Direta do mês: R$ 800; - Custos indiretos de fabricação incorridos no mês: R$ 300; - Estoque final de produtos em elaboração: R$ 200; - Estoque final de matéria-prima: R$ 100; - Estoque inicial de produtos acabados: R$ 150; - Estoque inicial de produtos em elaboração: R$ 200; - Não havia outros estoques iniciais ou finais. Os valores dos custos de produção do mês, do custo da produção acabada no mês e o custo da produção vendida no mês são, respectivamente, (A) R$ 1.500, R$ 1.350 e R$ 1.350. (B) R$ 1.450, R$ 1.350 e R$ 1.600. (C) R$ 1.400, R$ 1.300 e R$ 1.450. (D) R$ 1.350, R$ 1.350 e R$ 1.500. (E) R$ 1.500, R$ 1.550 e R$ 1.500. Comentários:

1. Custo de Produção do mês ICMS São Paulo Inicialmente, deve-se calcular a Matéria-Prima consumida na produção: MP compradas R$ 400 (-) MP devolvidas (R$ 50) (-) MP consumidas? = EF (MP) R$ 100 Conclui-se que as MP consumidas corresponderam ao valor de R$ 250,00. O Custo de Produção do mês será: MP consumidas R$ 250 + MOD R$ 800 + CIF R$ 300 = Custo de Produção do mês R$ 1.350 2. Custo da Produção Acabada O Custo da Produção Acabada é representado pelo valor que é creditado (transferido) na conta Produtos em Elaboração e debitado na conta Produtos Acabados. É calculado da seguinte forma: EI (PE) R$ 200 + Produção do mês R$ 1.350 (-) EF (PE) (R$ 200) = Produção Acabada R$ 1.350 3. Custo dos Produtos Vendidos O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) é representado pelo valor que é creditado na conta Produtos Acabados e debitado na conta Custo dos Produtos Vendidos. Não havendo Estoque Final de Produtos Acabados, conclui-se que todos os Produtos Acabados (EI (PA) + Produção Acabada no período) foram vendidos. O cálculo do CPV é efetuado da seguinte forma: EI (PA) R$ 150 + Produção Acabada R$ 1.350 (-) EF (PA) - = CPV R$ 1.500 3. A Cia. Heta apresentou os seguintes saldos em determinado período contábil: - Matéria-prima: R$ 1.000; - Mão-de-obra direta: R$ 500; - Salário da administração: R$ 400; - Manutenção da fábrica: R$ 80; - Energia elétrica das máquinas da fábrica, medida globalmente: R$ 220;

- Aluguel do prédio administrativo: R$ 50; - Depreciação da fábrica: R$ 100; - Materiais indiretos: R$ 350; - Seguros da fábrica: R$ 120; - Salário do setor de faturamento: R$ 85; - Mão-de-obra indireta: R$ 700. Os valores dos custos diretos, dos custos indiretos de fabricação e do custo de produção são, respectivamente, (A) R$ 1.500, R$ 1.570 e R$ 3.070. (B) R$ 1.580, R$ 1.490 e R$ 3.070. (C) R$ 1.720, R$ 1.750 e R$ 3.470. (D) R$ 1.720, R$ 1.350 e R$ 3.070. (E) R$ 1.900, R$ 1.570 e R$ 3.470. Comentários: Utilizando-se os conceitos de Custos Diretos, Custos Indiretos e Custos de Produção, temos: 1.CUSTOS DIRETOS Matéria-Prima (MP) R$ 1.000 Mão-de-Obra Direta (MOD) R$ 500 R$ 1.500 TOTAL 2. CUSTOS INDIRETOS Manutenção da fábrica R$ 80 Energia elétrica das máquina R$ 220 Depreciação da fábrica R$ 100 Materiais indiretos R$ 350 Seguros da fábrica R$ 120 Mão-de-obra indireta R$ 700 R$ 1.570 TOTAL 3. CUSTOS DE PRODUÇÃO Custos Diretos R$ 1.500 Custos Indiretos R$ 1.570 R$ 3.070 TOTAL Para responder às questões de números 4 a 6, considere os saldos abaixo extraídos da Contabilidade da Cia. Épsilon, correspondentes ao mês de fevereiro de 2002, e as informações adicionais sobre a posição dos estoques. Nomenclatura (valores em R$) Mão-de-obra direta: 48.000 Materiais diretos: 260.000 Seguros de fábrica: 3.000 Mão-de-obra indireta: 30.000 Depreciação administração: 10.000 Vendas: 461.000 Salários departamento de vendas: 7.000 Materiais indiretos: 4.000 Depreciação fábrica: 15.000

Energia elétrica fábrica, medição global: 40.000 Salários setor administrativo: 4.000 Total: 882.000 Posição dos estoques: Saldos no mês de fevereiro Início Fim Matéria-prima 30.000 10.000 Produtos em fabricação 25.000 35.000 Produtos acabados 35.000 25.000 4. O valor dos custos apropriados à produção no mês é de (A) R$ 430.000. (B) R$ 421.000. (C) R$ 420.000. (D) R$ 400.000. (E) R$ 390.000. Comentários: Para acertar a questão é preciso apenas separar Custos de Despesas. Custos de Produção do Período (CPP) (valores em R$) Mão-de-Obra Direta 48.000 Material Direto 260.000 Seguros de fábrica 3.000 Mão-de-Obra Indireta 30.000 Material Indireto 4.000 Depreciação da Fábrica 15.000 Energia Elétrica 40.000 TOTAL 400.000 5. Os valores do custo dos produtos fabricados no mês é de (A) R$ 390.000. (B) R$ 400.000. (C) R$ 410.000. (D) R$ 420.000. (E) R$ 440.000. Comentários: O Custo dos Produtos Fabricados no mês é representado pelo valor que é Creditado (transferido) na conta Produtos em Elaboração (PE) e Debitado na Conta Produtos Acabados (PA) (ou Produtos Fabricados), ou seja, R$ 400.000. Calcula-se tal valor da seguinte forma: EI (PE) R$ 25.000 + CPP (valor debitado em PE) R$ 400.000 - EF (PE) (R$ 35.000) Custo dos Produtos Fabricados R$ 390.000 6. Os valores do custo dos produtos vendidos e do lucro bruto são, respectivamente, de (A) R$ 390.000 e R$ 71.000. (B) R$ 400.000 e R$ 61.000.