INTRODUÇÃO METODOLOGIA

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Transcrição:

DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS DE CORRER E SALTAR EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E SEUS GUIAS PRATICANTES DA MODALIDADE DE ATLETISMO: UM ESTUDO CORRELACIONAL INTRODUÇÃO LUCIANO NASCIMENTO ROCHA 1 ERNESTO EPIFÂNIO MENDONÇA 2 LUIZ CLÁUDIO LOCATELLI VENTURA 3 LUIS ANTONIO SILVA 4 PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, VITÓRIA, ES, BRASIL 1 INSTITUTO LUIZ BRAILLE DO ESPIRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL 2 PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA, VITÓRIA, ES, BRASIL 3 INSTITUTO FEDERAL DE ESPÍRITO SANTO- IFES, VITÓRIA, ES, BRASIL 4 e-mail: lsilva1959@uol.com.br Na atual conjuntura, o esporte Paralimpico vem paulatinamente se desenvolvendo como esporte e ocupando cada vez mais o perfil do alto rendimento. Oesporte de alto rendimento se tornou uma realidade para o Atleta Paralímpico, que busca, como no caso dos atletas olímpicos, rendimento máximo de suas performances(maturana, 2008). Os métodos de treinamento já se mostram equiparados, excetuando as adaptações que os métodos necessitam para atender o princípio da individualidade de cada condição de deficiência do paratleta,neste caso, existem limitações sérias em relação ao nível de exigência de alguns tipos de deficiências (MELLO, 2002). O atletismo faz parte dos Jogos Paraolímpicos desde 1960, realizados na cidade de Roma (OLIVEIRA FILHO, 2003). E já na primeira edição, as provas contaram com a participação de homens e mulheres com os mais diversos tipos de comprometimentos, porém as provas para deficientes visuais só foram incluídas no programa paraolímpico a partir de Toronto 1976. De lá para cá, observa-se um grande avanço na evolução dos resultados dos paratletas em relação ao esporte olímpico e, a classe dos deficientes visuais vem melhorando suas performances a cada edição dos Jogos Paralímpicos em relação aos atletas dos Jogos Olímpicos. Matura (2008, p. 2), comenta que melhorando a cada dia mais os índices, marcas e objetivos, os atletas paraolímpicos se aproximam do universo dos Jogos Olímpicos.Hoje em dia, os Atletas Paraolímpicos, nas modalidades individuais do programa dos Jogos Paraolímpicos, necessitam da ajuda de um guia vidente, como acontece, em alguns casos, na modalidade de atletismo, sendo assim, a cada evolução em direção da equiparação com os Atletas Olímpicos, avistamos uma dificuldade eminente, quem poderá guiar estes paratletas deficientes visuais no futuro? Neste trabalho as hipóteses H0a e H0b foram aceitas e H1b e H1b foram refutadas. A hipótese H0a afirma que o desempenho do atleta guia comparado ao atleta deficiente são iguais em relação à corrida de 50 m, já a H0b afirma que o desempenho do atleta guia comparado ao atleta deficiente são iguais em relação ao impulso horizontal.além disto, a pesquisa teve como objetivocomparar se o desempenho do atleta deficiente visual tem relação ou não com seu respectivo atleta guiarelacionado ao desenvolvimento de suas habilidades motoras. METODOLOGIA A pesquisa se caracteriza de natureza quantitativa,com objetivo descritivo, utilizando como procedimento técnico levantamento de dados, sendo o tipo de pesquisa de campo. Foi realizada com um grupo de 12 atletas (n=12), divididos em dois grupos (Grupo A e Grupo B), ambos voluntários e praticantes da modalidade de atletismo, todos do sexo masculino e com idade entre 18 e 29 anos. Todos praticam tal modalidade no Instituto Federal

do Espírito Santo IFES, situado em Vitória/ES. Utilizou-se um termo de livre consentimento para o técnico e os atletas, para que fossem aplicados os testes. Foram pré-definidos o teste de salto horizontal LongJump e de corrida de 50m do protocolo de Johnson & Nelson (1979), com o objetivo de medir a velocidade e a potência dos membros inferiores, respectivamente. Obs.: O teste de salto horizontalfoi adaptado para ser feito na caixa de areia, pois deveria levar em consideração a deficiência visual dos atletas e do quanto é mais confortável e seguro fazer na areia.o resultado foi dado medindo a distância entre a linha atrás da tábua e o calcanhar que tenha aterrissado, o mais próximo desta linha. São dadas três oportunidades, anotando o melhor dos três resultados. Rocha & Caldas (1978) apresentam uma classificação para o teste de salto horizontal. Veja na tabela abaixo: Classificação Resultados Fraco < 2,30 Regular 2,30 2,49 Bom 2,49 2,69 MuitoBom 2,70 2,89 Excelente > 2,90 Quadro 1 - CLASSIFICAÇÃO PARA O TESTE DE SALTO HORIZONTAL Fonte: Rocha & Caldas (1978). Já o teste de 50m foi executado em três tentativas e feito a média para obter o melhor resultado de cada atleta. Os dados foram coletados em ambos os grupos, por meio de testes de velocidade(50 m) e de impulso horizontal, utilizando estatística descritiva,que de acordo com Fonseca; Martins (1996, p.101) [...] estatística descritiva constitui num conjunto de técnicas que objetivam descrever, analisar e interpretar os dados numéricos de uma população ou amostra. Foi utilizado o teste de Shapiro-wilk w test para verificar a normalidade do teste e por ser utilizado quando o conjunto de observações é menor ou igual a 50, onde o p- nível deu o valor 0,6847, onde se pode notar que aqui não se rejeita a hipótese da igualdade das variâncias a um nível de significância de 5%, podendo assim utilizar o teste t Student, que é utilizado para amostras de tamanho N<30, denominadas pequenas amostras(spiegel, 1993). Esta conclusão pode ser obtida olhando quer para o intervalo de confiança para o valor pvalue. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados de comparação entre o grupo A e o Grupo B são apresentados graficamente. Conforme se pode observar no gráfico 1 e 2, após análise estatística (teste t), a diferença do grupo deficiente visual e seus respectivos guias não são significativos, pois o p- valor obtido no teste de corrida (0.4020) e no teste de salto (0.8739), levando em consideração o nível de significância α=0,05. Como o t obtido de ambos os testes foram inferiores ao nível de significância, as hipóteses H 0 a e H 0 b foram aceitas e H 1 b e H 1 b foram refutadas. Resultados dos testes:

50 metros Atleta Guia Atleta DV 1º Atleta 6,0 seg. 6,9 seg. 2º Atleta 6,3 seg. 6,2 seg. 3º Atleta 5,8 seg. 6,4 seg. 4º Atleta 6,7 seg. 6,8 seg. 5º Atleta 5,9 seg. 5,8 seg. 6º Atleta 6,1 seg. 5,9 seg. Salto Horizontal Atleta Guia Atleta DV 1º Atleta 2,47m 2,78m 2º Atleta 2,56m 2,43m 3º Atleta 2,68m 2,75m 4º Atleta 2,50m 2,67m 5º Atleta 3,02m 2,81m 6º Atleta 2,80m 2,69m Quadro 2 - VALORES INDIVIDUAIS DE CADA ATLETA TESTADO Série1; 1; 6,13 Corrida 50m Série1; 2; 6,33 GRÁFICO 1 RESULTADO DA MÉDIA DOS VALORES INDIVIDUAIS DO TESTE DE 50M. 1 = ATLETAS GUIA E 2 = ATLETAS DEFICIENTES VISUAIS De acordo com o gráfico, fica visivel que a média de velocidade dos deficientes(2) visuais durante o teste de 50 metros, é superior aos seus guias(1).

Série1; 1; 2,68 Série1; 2; 2,67 Salto Horizontal GRÁFICO 2 RESULTADO DA MÉDIA DOS VALORES INDIVIDUAIS DO TESTE DE SALTO HORIZONTAL. 1 = ATLETAS GUIA E 2= ATLETAS DEFICIENTES VISUAIS Diferente do gráfico anterior, o qual mostra uma sutil diferença nos resultados do teste de corrida, este gráfico mostra que a média da distância do teste de salto são praticamente iguais. Este trabalho teve como objetivo verificar por meio de uma análise comparativa entre os resultados obtidos em duas amostras o desenvolvimento das habilidades motoras dos atletas deficientes visuais e seus respectivos guias, praticantes da modalidade de atletismo, tendo como pré-requisito praticar provas de velocidade e salto, onde se realizou testes específicos relacionados a estas provas. No teste de velocidade (50 metros) os guias apresentaram bom desenvolvimento na corrida como um todo, obedecendo às regras de posicionamento e aguardando em posição correta pelos comandos de voz. Ao dar o sinal de partida se movimentaram anatomicamente bem, com equilíbrio e coordenação adequada. Assim como obedeceram as regras durante a corrida em si. No teste de velocidade (50 metros) dos deficientes visuais, também apresentaram bom desenvolvimento de um modo geral, apresentando de maneira singular uma boa consciência corporal e espacial, muitas vezes sendo confundidos com videntes, por sua independência durante a mobilidade. Isso ficou mais nítido quando um dos auxiliares situado na marca de 25 metros da pista percebia que o atleta ao correr estava começando a sair do centro da pista o chamava ou o situava falando as direções que ele devia tomar e no mínimo intervalo de tempo o atleta voltava ao seu curso normal com a coordenação perfeita dos membros superiores e inferiores. Ao analisar o teste de salto horizontal de ambos os grupos, tecnicamente foram bem parecidos. Todos seguiram as instruções do teste a risca. Independente do indivíduo, quando, ao saltar e logo depois tocava no solo, por algum motivo se desequilibravam e caiam para trás era dada uma nova chance, já incluída como salto, dos três que ele tinha direito. Ao comparar os resultados dos testes e a análise feita através do teste t, fica claro que ambos os grupos, de deficientes visuais e seus respectivos guias apresentaram valores e qualidades técnicas parecidas. Mesmo que no teste de 50m os deficientes visuais obtiveram uma melhor média, o teste t mostrou que não houve significância entre os dois grupos.

CONCLUSÃO Os resultados médios obtidos, por meio de avaliação através dos testes aplicados, em um grupo submetido à prática do atletismo, não foi estatisticamente significativo nas variáveis de corrida e salto. Para tal constatação, deve-se levar em conta que o treino destes atletas, de ambos os grupos, foi feito por seis vezes na semana durante quatro horas por dia. Com isso, pode-se deduzir que o treinamento foi equivalente para os grupos e a capacidade física foi muito próxima. Além disso, estas afirmações foram comprovadas estatisticamente neste trabalho. Como o teste t obtido de ambos os testes foram inferiores ao nível de significância, as hipóteses H 0 a e H 0 b foram aceitas e H 1 b e H 1 b foram refutadas. Ao se colocar, neste estudo, na posição de leitor crítico dos elementos que o constitui, o autor deste estudo assume que ao mesmo tempo em que tentou se comprovar que existe correlação não significativa entre os atletas DV e seus respectivos guias, não pode se ter como desculpa, do ponto de vista do guia, para não acompanhar seu respectivo atleta, uma vez que o estudo mostrou o quão próximos são em suas habilidades motoras básicas e que são capazes de acompanhá-los. Este estudo foi apenas em âmbito estadual, podendo ter um peso maior se analisado também em outros estados, até mesmo a nível comparativo ou apenas ampliando o (N) desta pesquisa. Fica aqui a indicação para os que lerem e pensem em escrever sobre o tema. REFERÊNCIAS FONSECA, J. S.; MARTINS, G. A. Curso de estatística. 6. ed.são Paulo: Atlas, 1996. JOHNSON, B.L.; NELSON, J.K. Practical measurements for evaluation in physical education.minnesota, Burgess, 1979. MATARUNA, L. Atletas fisicamente modificados: a busca de resultados nos jogos olímpicos e paraolímpicos. Trabalho apresentado no 1º Encontro da ALESDE Esporte na América Latina: atualidade e perspectivas, UFPR - Curitiba - Paraná Brasil 30, 31/10 e 01/11/2008. Disponível em: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/arquivos/file/doping/atletas_fisic_modif.pdf. Acessado em: 14 nov. 2012. MELLO, M. T. Paraolimpíadas Sydney 2000: avaliação, prescrição do treinamentodos atletas brasileiros. São Paulo: Atheneu, 2002. OLIVEIRA FILHO, C. W. Atividade físico-esportiva para pessoas cegas e com baixa visão. In: DUARTE, E.; LIMA, S. M. T. (Org.). Atividade física para pessoas com necessidades especiais: experiências e intervenções pedagógicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 23-32. ROCHA, P. S. O.;CALDAS, P. R. L. Treinamento desportivo I. Brasília, MEC, 1978. SPIEGEL, M. Estatística. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1993. CONTATO LUIZ CLAUDIO LOCATELLI VENTURA RUA: MANOEL VENTURA, 26, TABUAZEIRO, VITÓRIA, ES. CEP: 29043017 EMAIL: locatalelliventura@hotmail.com