Mobilização para a transformação socioambiental

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Transcrição:

Mobilização para a transformação socioambiental 1. Apresentação Conforme Lino (2013), a Mobilização Social é um processo educativo que promove a participação (empoderamento) de muitas e diferentes pessoas (irradiação) em torno de um propósito comum (convergência). A Copasa vem mobilizando a sociedade para um comportamento ambientalmente responsável desde a sua fundação, por meio de suas diversas unidades organizacional. Os trabalhos são desenvolvidos antes, durante e depois dos empreendimentos no intuito de promover a educação ambiental por meio da disseminação de informações pertinentes ao saneamento básico, subsidiando a comunidade na construção de novos valores e na mudança de atitude, o que, invariavelmente, tem um impacto na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Neste processo, a mobilização social visa incentivar e promover ações de sensibilização com vistas a uma mudança de comportamento em relação ao meio ambiente. O empoderamento das comunidades por meio do acesso a informação, a definição de marcos legal do setor de saneamento, que impulsiona o exercício da cidadania, e a visão de crescimento sustentável da empresa tornaram necessário um novo olhar sobre as ações de mobilização social. Neste contexto, este projeto visa aprimorar a educação ambiental definida na Política Nacional de Educação Ambiental como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constróem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, no âmbito do processo de mobilização socioambiental que envolva a implantação e manutenção dos serviços prestados pela empresa. Sendo assim, os resultados poderão ser aferidos de forma quantitativa, representados pelo aumento do número de clientes e redução das manutenção; e qualitativa, com a melhoria da qualidade de vida da população beneficiada e da preservação do meio ambiente. Para o processo de mobilização socioambiental, alguns conceitos são muito importantes: Educação: Conforme definido na Lei 9394/1996: A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Comunicação: Comunicação é um processo de troca de mensagens entre duas ou mais pessoas, ou entre dois sistemas. A comunicação orienta os comportamentos das pessoas nas suas relações,

em qualquer ambiente. (...) A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua cultura foram-lhe transmitidos, pelo qual aprendeu a ser membro de sua sociedade de sua família, de seu grupo de amigos, de sua vizinhança, de sua nação. Os modos de pensamento e de ação, suas crenças e valores, seus hábitos e tabus. (BORDENAVE, 1982) Mobilização: Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados. Toda mobilização é mobilização para alguma coisa, para alcançar um objetivo pré-definido, um propósito comum, por isso é um ato de razão. Pressupõe uma convicção coletiva da relevância, um sentido de público, daquilo que convém a todos. Para que ela seja útil a uma sociedade ela tem que estar orientada para a construção de um projeto de futuro. Se o seu propósito é passageiro, converte-se em um evento, uma campanha e não em um processo de mobilização. A mobilização requer uma dedicação contínua e produz resultados quotidianamente. (TORO E WERNECK, 1996) Educação Ambiental: É o processo de formação social orientado para o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental. Prevê o desenvolvimento de atitudes que levem à preservação e ao controle ambiental, e de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais. A Educação Ambiental é um processo dinâmico, permanente e participativo, e as pessoas envolvidas são agentes de transformação social, que devem participar tanto do diagnóstico dos problemas, quanto da busca de soluções. Ela é dividida em dois grandes grupos: Educação Ambiental Formal e Educação Ambiental Informal. O primeiro grupo é a Educação Ambiental ministrada em instituições de ensino, e o segundo envolve todos os segmentos da população, por exemplo: associações de bairro e de trabalhadores, grupos de mulheres, políticos, empresários, profissionais liberais. (MAZZINI, 2008) Educomunicação: Processo de comunicação com intencionalidade educacional expressa e que envolve a democratização da produção e de gestão da informação nos meios de comunicação em seus diversos formatos, ou na comunicação presencial. Educomunicação pode ser definida, também, nas práticas educativas que visam levar à apropriação democrática e autônoma de produtos de comunicação, por meio dos quais os participantes passam a exercer seu direito de produzir informação e comunicação. (TASSARA, 2008). A interligação dos conceitos e processos transforma a Mobilização Socioambiental em um macro processo dinâmico, que possibilita o alcance das metas e objetivos com a coparticipação dos diversos públicos envolvidos nos empreendimentos da Empresa com sustentabilidade e atuando com responsabilidade socioambiental.

2. Objetivo Geral Mobilizar os diversos públicos a fim de promover a participação e o compromisso com a sustentabilidade dos empreendimentos de saneamento básico, com foco na melhoria da qualidade de vida da população e na preservação do meio ambiente. 3. Objetivos Específicos Informar as ações pretendidas e a importância da intervenção; Promover a permuta de valores em prol de hábitos e atitudes mais adequados na utilização dos serviços públicos de saneamento básico; Estimular a participação ativa e a co-responsabilidade dos públicos envolvidos na defesa do meio ambiente e na preservação do bem-estar ambiental e social; Estabelecer relações mais democráticas e co-gestoras do serviço público na área de saneamento básico. 4. Justificativa Conforme afirma BORDENAVE (1994), a participação faz crescer a consciência crítica dos cidadãos, fortalecendo seu poder em sociedade e viabilizando a solução de problemas que não seriam possíveis individualmente. Além disso, para o autor, a participação seria o caminho mais adequado no enfrentamento dos complexos desafios dos países em desenvolvimento, bem como configura uma preparação para o exercício da cidadania na sociedade global. Neste cenário, que requer um amplo envolvimento da comunidade, a mobilização socioambiental é o processo que permite à comunidade agregar valor ao serviço prestado, mediante a permuta de valores sociais e a consolidação de conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Considerando ainda o planejamento estratégico da Empresa, a mobilização socioambiental constitui-se numa importante ferramenta de alcance dos objetivos, pois permite otimizar o resultado operacional financeiro, elevar o valor de mercado da Empresa, elevar a satisfação dos clientes, fortalecer a imagem da Empresa, expandir o seu mercado de atuação; melhorar o desempenho gerencial, técnico e operacional, garantir a qualidade dos produtos e serviços e atuar com responsabilidade socioambiental, a fim de alcançar o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, investir em processos mais consistentes de mobilização socioambiental significa a redução de custos operacionais, a preservação dos mananciais, e a consolidação de um canal efetivo de comunicação com os diversos públicos. Além disso, os vultosos investimentos em obras de saneamento, principalmente na implantação de sistemas de esgotamento sanitário, a fim de garantir a universalização dos serviços, faz com que a mobilização socioambiental seja um ferramenta capaz de unir os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental em torno do empreendimento. Portanto, a implantação e/ou melhoria dos serviços de saneamento básico não podem se restringir à execução física do empreendimento, mas deve também objetivar a elevação do

padrão de vida da população, visando o fortalecimento de sua organização, a integração sócio-econômica e ampliação da consciência dos clientes enquanto cidadãos portadores de direitos e deveres, inclusive o de ser educado ambientalmente. 5. Público-alvo 1. População dos municípios com concessão pela Copasa; 2. População de localidades sem concessão da Copasa, conforme diretrizes organizacionais; 3. População envolvida diretamente no empreendimento; 5. Trabalhadores da Copasa no sistema beneficiado e/ou trabalhadores terceirizados; 6. Corpo docente e discente dos municípios; 7. Lideranças comunitárias formais e informais. 6. Localização e Área de Abrangência Todas as localidades onde a Empresa detém a concessão do serviço de saneamento e aquelas onde ela não possui, conforme diretrizes organizacionais. 7. Executor(es) do Projeto Divisão de Saneamento Rural, Divisão de Expansão da Metropolitana, Setores de Ação Comunitária dos Distritos Operacionais e outras unidades organizacionais, conforme demanda. 8. Período de Realização do Projeto Desde a origem da demanda até período de tempo pós-empreendimento, a ser definido de acordo com as características da comunidade, órgão financiador e/ou diretrizes organizacionais. 9. Ações e Etapas de Implementação a) Receber a demanda b) Delimitar a área de atuação c) Realizar diagnóstico da área de atuação Deve ser estabelecida uma primeira aproximação com as pessoas beneficiadas pela intervenção através da identificação e respectivos contatos com as representações e lideranças formais e informais, a fim de se firmarem os pactos e negociações iniciais que permitam a implantação do projeto de mobilização e conhecer a realidade do público a ser trabalhado.

É importante o compartilhamento com o público alvo e com as entidades (igrejas, ONGs, entidades de classe e governamentais, dentre outras) das informações a respeito das atividades a serem desenvolvidas. O conhecimento da realidade das Comunidades deverá possibilitar o delineamento do perfil da população e a caracterização das áreas de intervenção. Desenvolver-se-a através dos seguintes eixos: caracterização de natureza física, socioeconômica, histórica, cultural e política, a partir de levantamento de dados e informações já existentes em órgãos públicos e entidades (dados secundários) e entrevistas com lideranças comunitárias, grupos organizados, e técnicos de órgãos e entidades específicas; pesquisa qualitativa através de Grupos com lideranças comunitárias e vários segmentos das Comunidades para discussão de questões como educação ambiental, desenvolvimento social e urbano, visão que os moradores têm sobre os serviços prestados pela COPASA, os aspectos positivos e negativos dessa prestação de serviços. Concomitantemente, deverá ser pesquisado junto aos empregados da COPASA, no nível gerencial, administrativo e operacional, sobre a atuação nas Comunidades em relação aos serviços prestados, relacionamentos estabelecidos, política de serviços da Empresa, espaços institucionais para o desenvolvimento de ações integradas, sugestões para melhoria dos serviços prestados. D.Com base na caracterização física, socioeconômica, histórica, cultural e política, como também nas pesquisas qualitativas encaminhadas junto às Comunidades e à COPASA, deverá ser elaborado o Diagnóstico Participativo (com a montagem inclusive de um Quadro de Demandas e Propostas), e apresentado o Plano Operativo da intervenção, estabelecendo, posteriormente, estratégia de comunicação visando trabalhar junto à opinião pública em geral, aos poderes estabelecidos da localidade onde será realizada a ação mobilizadora, principalmente junto à população que será diretamente beneficiada. Esta estratégia consiste em esclarecer sobre a intervenção, seus motivos, impactos que poderão causar, investimentos e benefícios, entre outros; E.O período posterior a esta fase dos trabalhos corresponderá ao acompanhamento social da execução das intervenções, bem como caracterizar-se-ão por ações que visem estimular, manter e consolidar o processo de participação comunitária, tais como: atividades relacionadas com o desenvolvimento da adesão ao projeto técnico de ampliação do sistema de esgotamento sanitário e adoção de alternativas de caráter comercial; formação de Comissão de Acompanhamento do Projeto, constituída pelos próprios moradores, quando necessária; formação e capacitação de grupos de Agentes de Educação Ambiental; desenvolvimento de atividades de caráter cultural, educacional, esportivo, e recreativo, com vistas a intensificar o conteúdo do trabalho de Educação Ambiental. É fundamental a intensificação das ações de educação ambiental, com vistas: à correta apropriação e uso dos sistemas de abastecimento de água e coleta de esgoto

sanitário; e à participação ativa das Comunidades na conservação e defesa do meio ambiente. O trabalho deve estar integrado às diversas Entidades que atuam na área, pois são elas que poderão dar continuidade ao processo de participação comunitária, garantindo dessa forma a permanência dos resultados advindos do projeto de mobilização. Educomunicação Os temas abordados nas ações de comunicação e educação ambiental dentro da mobilização socioambiental devem se ater aos objetivos da intervenção e deverão ser desenvolvidos materiais específicos para cada etapa do projeto, contemplando a divulgação dos objetivos e benefícios decorrentes da intervenção proposta. O referido material deve obedecer às diretrizes organizacionais e ser elaborado pela área de comunicação da Copasa. 10. Participação da Sociedade A sociedade participará antes, durante e depois da realização da intervenção de mobilização social, inserindo no projeto as suas especificidades, contribuindo ativamente na sua execução, avaliando a intervenção e dando prosseguimento nas ações após a conclusão das atividades. 11. Recursos/Instrumentos utilizados nas ações de mobilização: Equipe técnica: Analista de Programas Comunitários, Técnico de Meio Ambiente, Engenheiro, dentre outros. Infraestrutura básica: espaço para realização dos eventos, cadeiras, quadro, etc. Infraestrutura patrimonial: Projetor multimídia, computador, som, microfone, tela para projeção, máquina fotográfica, dentre outros. Educomunicação: folders, mala direta, cartilhas, banners, cartazes, faixas, placas, convite. Campanha publicitária composta por peças para as mídias impressa e eletrônica: spots, Matéria em Jornais, dentre outras. Eventos Externos: barracas, stands, coolers, pipinha, água envasada em copos, Oficinas: material didático-pedagógico, Visita monitorada às áreas de interesse do projeto: viabilizar convite, transporte e lanche. 12. Parcerias Entidades governamentais, instituições de ensino, entidades não governamentais, instituições religiosas, entidades de classe. Internamente com unidades organizacionais responsáveis por obras e empreendimentos, pela comunicação institucional, unidades de meio ambiente e educação corporativa, dentre outras que se fizerem necessárias.

13. Metas Alcance de no mínimo 60% do indicador proposto para o projeto de mobilização. 14. Indicadores Variáveis para composição do indicador do projeto de mobilização: População na área de interferência do projeto Número de participantes nos eventos de mobilização Duração do evento de mobilização Percentual de adesão aos serviços, programas e projetos da Copasa (expansão e crescimento vegetativo, proteção de mananciais e recuperação de áreas degradadas, dentre outros.), para os quais foi demandada a mobilização. 15. Resultados Esperados Envolver toda a população da área de interferência do projeto, garantir 100% de adesão aos serviços de saneamento implantados, reduzir custos de manutenção nas redes de água e esgoto, diminuir o índice de perda de água em razão dos desperdícios, proporcionar às comunidades escolares o acesso ás informações ambientais, assegurar o cercamento e proteção dos mananciais e recuperar áreas degradadas na abrangência das bacias hidrográficas dos sistemas produtores. 16. Monitoramento e Avaliação A avaliação do Projeto ocorrerá durante todo o processo, possibilitando rever as atividades previstas e redefini-las de acordo com a situação. Ela acontecerá em dois níveis, a saber: avaliação de reação da população - sistematicamente a população avaliará com a equipe técnica multidisciplinar a evolução do projeto de mobilização, identificando as dificuldades, apontando as correções e apresentando os resultados; avaliação técnica - a equipe técnica multidisciplinar avaliará os procedimentos adotados, apontando de que forma contribuíram para a participação da população, bem como de que forma o processo participativo interferiu na evolução do Projeto. 17. Lições Aprendidas Alguns fatores afetam negativamente e resultam em resistências aos empreendimentos, programas e projetos da Copasa e estão relacionados com os aspectos financeiros e culturais. As ações de mobilização devem ser eficientes para, com argumentos positivos, convencer a população envolvida que os benefícios obtidos justificarão a sua contrapartida. 18. Sustentabilidade do Projeto A intervenção para mobilização da população é um importante instrumento para o aperfeiçoamento da relação da Copasa com a comunidade. Através destas ações a

empresa comunica os seus empreendimentos e apresenta seus programas e projetos, fornecendo informações que reduzem a resistência e proporcionam a adesão, colaboração e contribuição dos diversos segmentos sociais, construindo parcerias que poderão permanecer ativas mesmo após a conclusão do empreendimento. O êxito na realização dos projetos de mobilização contribui positivamente para a expansão dos serviços da empresa, para a correta utilização das suas estruturas, para a proteção e recuperação dos mananciais utilizados para captação e para o uso racional dos recursos hídricos, o que está alinhado com os objetivos da organização. 19. Potencial para Replicabilidade Considerando o planejamento estratégico e os investimentos da Copasa em saneamento, seja na ampliação das suas estruturas de água e esgoto, na proteção dos mananciais e nas ações de educação ambiental, inúmeras são as unidades organizacionais com ações previstas. Sendo assim, o projeto de mobilização poderá ser adotado como medida para contribuir para a eficiência no desenvolvimento, planejamento e implantação destes empreendimentos, podendo e devendo ser replicado em toda a organização. 20. Comunicação do Projeto Identificada a abrangência e o público do empreendimento, deverá ser feito contato com as entidades públicas e civis e representantes da sociedade com a perspectiva de apresentar o projeto e construir de parcerias. Garantidas as parcerias, estrutura física e a definição dos detalhes para o evento, a comunidade deverá ser convidada utilizando material próprio, recursos de mídia (quando possível) e visitando locais com grande contingente de pessoas reunidas. Durante o evento serão utilizados os recursos da educomunicação, além de outros, conforme a especificidade do público e do local do evento, desde que garantido êxito na transmissão da informação e no convencimento dos participantes. Referências Bibliográficas BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino aprendizagem. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1982. BORDENAVE, J. D. O que é participação. Col. Primeiros Passos. 8. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. Lei 9394/1996 Diretrizes e bases da Educação. Disponível no site WWW.planalto.gov.br. Acesso em 29/05/2013. LINO, Antônio Mobilização Social. Artigo disponível no site www.arakati.org.br. Acesso em 29/05/2013. MANATA, J. P., CALDERARO, E. M. V. at al. Vida Nova Projeto de comunicação social e educação ambiental. COPASA, 2007. Política Nacional de Educação Ambiental Disponível em WWW.planalto.gov.br. Acesso em 29/05/2013.

TASSARA, Eda. Dicionário Socioambiental: ideias, definições e conceitos. São Paulo: FAART, 2008. TORO, J. B.; WERNECK, N. M. Mobilização social: um modo de construir a democracia e a participação. Brasil: UNICEF, 1996.