Preparatório CPA ANBID. Agosto / 2009. Professor Plínio Chapchap

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Transcrição:

Preparatório CPA ANBID Agosto / 2009 Professor Plínio Chapchap

1 - ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTO-REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO O sistema financeiro é um conjunto de instituições cuja função é promover e facilitar a transferência de recursos dos agentes superavitários (poupança disponível) para os setores deficitários da economia (setores carentes de investimentos para produção). A Lei de Reforma Bancária, de 31 de dezembro de 1964 (Lei 4.595), estabeleceu os padrões do atual sistema financeiro brasileiro baseados no modelo americano, em que as instituições são separadas pelas funções que atendem: os bancos comerciais voltados para a captação no varejo e ao crédito tradicional de curto e médio prazos, os bancos de investimento e de desenvolvimento voltados para prazos mais longos, inclusive com recursos externos, atendendo basicamente o mercado de capitais, as sociedades de crédito, financiamento e investimento atendendo ao crédito de consumo, as instituições do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) respondendo pelo financiamento habitacional, as corretoras intermediando negócios no mercado acionário e as distribuidoras na ponta final de clientes para o mercado de capitais. Também criou o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central e estabeleceu as normas operacionais, as rotinas de funcionamento e os procedimentos de qualificação para as instituições do sistema financeiro. Posteriormente, a Lei de Mercado de Capitais de 14 de julho de 1965 (Lei 4.728), a incorporação de Comissão de Valores Mobiliários, criada em 7 de dezembro de 1976 (Lei 6.385) e a criação dos Bancos Múltiplos (Resolução 1.524 do Bacen) em 21 de setembro de 1988 complementaram as reformas básicas no sistema financeiro. 1

1.1. Órgãos de Regulação, Auto-Regulação e Fiscalização 1.1.1. Conselho Monetário Nacional CMN: O CMN (Conselho Monetário Nacional) é o conselho de política econômica do país, visto que é o responsável peia fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. É um órgão normativo. Seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda e os demais componentes são o Presidente do Banco Central e o Ministro do Planejamento. 1.1.1.1. Principais Atribuições: Fixar as Diretrizes e Normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito É de sua competência, dentre outras atribuições, adaptar o volume de meios de pagamento às reais necessidades da economia, regular o valor interno e externo da moeda, fixar as diretrizes e normas da política de crédito e zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras. São suas atribuições também: estabelecer as diretrizes da política cambial e regulamentar as operações de câmbio, objetivando o controle da paridade da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; regulamentar, quando necessário, as taxas de juros e outras remunerações das instituições financeiras; estabelecer e implementar medidas para prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos; disciplinar todos os tipos de crédito. A par destas funções básicas também tem estas funções específicas: autorizar a emissão de papel-moeda; aprovar os orçamentos monetários do governo; determinar as taxas de recolhimento compulsório; regulamentar as operações de redesconto de liquidez. 1.1.2. Banco Central do Brasil Bacen: O BACEN é uma autarquia federal e foi criado em 31 de dezembro de 1964, pela Lei 4.595 em substituição à Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC). É o órgão responsável pela execução das normas que regulam o Sistema Financeiro Nacional ao mesmo tempo que é um órgão fiscalizador do mercado. Antes da criação do Banco Central, o papel de autoridade monetária era dempenhado pela Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), pelo Banco do Brasil (BB) e pelo Tesouro Nacional. 1.1.2.1. Principais Atribuições 1.1.2.1.1. Executor de Diretrizes e Normas do CMN e Supervisor de Instituições Financeiras 2

1.1.2.1.2. Executor das Políticas Monetária e Cambial São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do Sistema Financeiro Nacional, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É por meio do Banco Central que o Estado intervém no sistema financeiro e na economia, portanto seus objetivos são o controle da inflação, o equilíbrio do Balanço de Pagamentos e o estímulo da economia. Suas principais atribuições são: emitir moeda nos limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional; receber o recolhimento compulsório dos bancos comerciais; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; emitir títulos de responsabilidade própria; controlar o fluxo de capital estrangeiro; autorizar o funcionamento de todas as instituições financeiras; controlar a liquidez do mercado. A sede do Bacen é em Brasília, porém possui representações em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais o exercício exclusivo da competência da União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia pelo Senado Federal dos nomes indicados pelo Presidente da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a Lei 4.595/64 e redefinir as atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil. 1.1.3. Comissão de Valores Mobiliários CVM: 1.1.3.1. Principais Atribuições: Fixar e Implementar as Diretrizes e Normas do Mercado de Valores Mobiliários; Fiscalizar as Cias Abertas, a Bolsa de Valores e os Agentes do Mercado de Capitais e Fundos de Investimento; Dar Proteção aos Investidores; Assegurar a Lisura nas Operações de Compra e Venda de Valores Mobiliários A CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações, de debêntures e de commercial papers, além de outros títulos emitidos por sociedades anônimas. Ela é uma autarquia vinculada ao Governo Federal (Ministério da Fazenda) e seu principal objetivo é o fortalecimento do mercado acionário. É administrada por um presidente e quatro diretores, todos nomeados pelo Presidente da República. A Comissão de Valores Mobiliários, ao exercer suas funções, procura atingir os seguintes objetivos: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 3

proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas; proteger os investidores do mercado de capitais, assegurando correção e lisura nas operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários. Valores Mobiliários Ações, debêntures e bônus de subscrição Cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários Certificados de depósito de valores mobiliários Cédulas de debêntures Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clube de investimentos Notas Promissárias (Commercial Papers) Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários Contratos de derivativos, independentemente dos ativos subjacentes Títulos ou contratos de investimento coletivo, ofertados publicamente e que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração. SPC Secretaria da Previdência Complementar Vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social tem a responsabilidade de controlar e fiscalizar as Entidades de Previdência Privada Fechada. As entidades de previdência devem constituir reservas técnicas e aplicá-las de acordo as normas do CMN. SUSEP Superintendência de Seguros Privados Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda sendo responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. 4

As Sociedades Seguradoras são obrigadas a constituírem reservas técnicas buscando segurança, rentabilidade e liquidez e seguindo as normas do CMN. 1.1.4. ANBID: A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) é uma entidade que representa o segmento das instituições financeiras que operam no mercado de capitais, ou seja, os bancos de investimento e os bancos múltiplos com carteira de investimento. Essas instituições administram fundos de investimento, promovem a abertura de capitais de empresas que estejam buscando recursos no mercado e auxiliam na venda de ações ou debêntures. Ela é composta de três grandes áreas de trabalho: a diretoria e suas comissões técnicas, a área de Auto-Regulação e a área técnica responsável pela elaboração e distribuição de estatísticas sobre esses vários segmentos do mercado de capitais. Sua diretoria é eleita por voto direto de todos os associados para mandatos de dois anos e conta com o assessoramento de Comissões e Subcomissões Técnicas. Esses organismos se constituem em canais de participação dos executivos dos bancos filiados nas atividades da Associação. As Comissões são órgãos permanentes enquanto que as Subcomissões são organizadas temporariamente com o objetivo de articular a atuação da Entidade frente a questões emergentes. Essa estrutura, na medida em que amplia a participação dos associados, permite que a Diretoria fique permanentemente informada dos problemas, pleitos e aspirações dos bancos. 1.1.4.1. Atribuições. Condução dos Processos de Auto-Regulação das Instituições e dos Mercados A partir da constatação que os agentes dos mercados não devem se limitar a somente obedecer à legislação, mas também contribuir para a sua melhoria, foi criada na ANBID a atividade de auto-regulação, que tem como objetivo melhorar o nível das atividades de responsabilidade das entidades que compõem a Associação. O Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Títulos e Valores Mobiliários estabelece padrões operacionais semelhantes aos verificados nos países onde o mercado de capital encontra-se em níveis mais elevados de organização. O Código determina que as instituições coordenadoras de lançamento de títulos e valores mobiliários devem incluir, nos prospectos destas operações, um conjunto de informações superior ao exigido pela legislação brasileira. O Código de Auto-Regulação da ANBID para a Indústria de Fundos de Investimento estabelece, a exemplo do que ocorre nos países desenvolvidos, a necessidade dos fundos de investimento elaborarem, e disponibilizarem aos investidores, prospectos atualizados e compatíveis com o regulamento dos fundos. Determina, ainda, os padrões que devem ser observados na divulgação do desempenho destes mesmos fundos de investimento. 5

Objetivos Permanentes (Material Complementar) * Fortalecer o mercado de capitais como instrumento de financiamento do desenvolvimento * Apoiar o fortalecimento da CVM como órgão regulador do mercado de capitais * Aperfeiçoar os arcabouços legal, regulatório e tributário do mercado de capitais * Incentivar a adoção de melhores práticas entre os associados e o respeito aos direitos dos investidores * Aprimorar a infra-estrutura de serviços e a racionalização das práticas operacionais do mercado de capitais * Dotar o mercado brasileiro de mecanismos de auto-regulação * Contribuir para a ampliação do conhecimento dos investidores e agentes relevantes do mercado sobre os produtos de investimento disponíveis no mercado de capitais * Dotar o mercado de informações relevantes sobre os segmentos da indústria financeira representados pela entidade 1.1. 4.1.1 Código de Auto-Regulação de Ofertas Públicas de Títulos e Valores Mobiliários 1.1. 4.1.2 Código de Auto-Regulação de Fundos de Investimento 1.1. 4.1.3 Código de Auto-Regulação de Serviços Qualificados 1.1. 4.1.4 Código de Auto-Regulação do Programa de Certificação Continuada 1.1. 4.1.5 Código de Auto-Regulação do Mercado de Private Bnak Doméstico 1.2. Bancos Múltiplos Os Bancos Múltiplos surgiram em 1988 a partir da Resolução 1.524 do Banco Central, que permitiu que várias instituições do mercado pudessem se unir em uma única instituição financeira com personalidade jurídica própria. São quatro as instituições que podem compor um Banco Múltiplo: banco comercial, banco de investimento e de desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de crédito imobiliário. É possível a constituição de até seis carteiras distintas: carteira comercial, carteira de investimento, carteira de desenvolvimento, carteira de arrendamento mercantil, carteira de aceite e carteira de créditos imobiliários. Um Banco Múltiplo precisa ter, no mínimo, duas carteiras, sendo que uma delas deve ser ou comercial ou de investimento. 1.2.1. Principais Carteiras (Comercial, Investimento) 1.2.2. Principais Funções e Atribuições: Underwriting, Negociação e Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários; Administração de Recursos de Terceiros; Intermediação de Câmbio; Intermediação de Derivativos Bancos Comerciais: são intermediários financeiros que atuam basicamente no curto e curtíssimo prazo transferindo recursos dos agentes superavitários para os deficitários. Através do efeito multiplicador acabam criando moeda e influenciando os meios de pagamento. Os 6

bancos comerciais podem descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos a vista e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes etc. Uma das características básicas do banco comercial é a prestação de serviços financeiros, tais como pagamento de cheques, transferências de fundos e ordens de pagamentos, cobranças de títulos, recebimentos de impostos e de tarifas públicas, aluguel de cofres para valores e documentos, custódia de títulos e de valores, serviços de câmbio etc. Com o surgimento dos bancos múltiplos houve uma queda no número de estabelecimentos que atuavam somente como bancos comerciais. Em 1964 existiam 336 bancos comerciais, em 1974 este número foi reduzido para 109, e em 1995 existiam somente 34 bancos comerciais. Em compensação tínhamos, em 1995, 208 bancos múltiplos (fonte: Banco Central do Brasil). Bancos de Investimentos: são instituições que atuam no médio e longo prazo fornecendo recursos para capital fixo ou de giro para as empresas. Dentre suas operações destacam-se repasses de recursos internos e externos, administração de recursos de terceiros (fundos de investimentos), underwriting (lançamento de títulos no mercado primário), intermediação de câmbio e derivativos, além de operações de arrendamento mercantil. Os recursos captados são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. Não podem ter captação de depósitos a vista, mas podem emitir Certificado de Depósitos Bancários (CDB) e Recibo de Depósitos Bancários (RDB), os famosos depósitos a prazo. Também prestam alguns serviços financeiros como avais, fianças e custódias. 1.3. Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e de Futuros 1.3.1. Principais Atribuições: Intermediação de Títulos e Valores Mobiliários; Compra, Venda e Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários por Conta e Ordem de Terceiros Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários São instituições financeiras membros das bolsas de valores, que estão habilitadas a negociar valores mobiliários em pregão. Operam com títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros e têm exclusividade para executar a intermediação nos pregões das bolsas de valores. Elas também podem: promover ou participar de lançamentos públicos de ações; administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários; organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; efetuar operações de compra e venda de metais preciosos; operar em bolsas de mercadorias e futuros; operar na compra e venda de moedas estrangeiras; prestar serviços de assessoria em operações do mercado financeiro. Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 7

Não têm acesso às bolsas como as Sociedades Corretoras, e suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado aberto. 1.4. Investidores Qualificados e Investidores Não-Residentes. Definições Investidor Qualificado Instituições financeiras Companhias seguradoras e sociedades de capitalização Entidades abertas e fechadas de previdência privada Pessoas Físicas ou Jurídicas investimentos superiores a R$ 300.000,00 e declaração do investidor Fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados Administradores de carteiras e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios. Fundos para Investidores Qualificados: Pode ser constituído fundo de investimento destinado, exclusivamente a investidores qualificados. FI Qualificado possibilidade de: utilização de títulos e valores mobiliários na aplicação e resgate; dispensa do prospecto; critérios diferenciados para cobrança de taxa de performance; e prazos diferenciados para apuração do valor da cota e pagamento de resgates. Estas condições devem estar previstas no regulamento. Investidor Não Residente Para obter seu registro junto ao Banco Central e à CVM o investidor deve ser enquadrado em uma das seguintes qualificações: Instituições financeiras, seguradoras, intermediários financeiros, instituições sem fins lucrativos, todas com sede no exterior e supervisionadas pelas autoridades do país de origem, além de serem reconhecidas pela CVM; Entidades estrangeiras, das quais participem apenas e tão somente pessoas não residentes no Brasil, e que tenham por objetivo a aplicação de recursos nos mercados financeiro e de capitais; Pessoas Jurídicas constituídas no exterior (sede no exterior); Pessoas Físicas residentes no exterior. O investidor não residente deve nomear um ou mais representantes legais no país. Quando este representante for pessoa física ou jurídica não financeira, o investidor deve nomear também instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, que será co-responsável pelo cumprimento das obrigações de seu representante legal no país. A nomeação deverá estar formalizada em Contrato de Representação. 8

1.5 Entidades Fechadas de Previdência Privada (EFPP) (Resolução CMN 3.121) Entidade Fechada de Previdência Privada, também chamada de Fundo de Pensão, é uma organização sem fins lucrativos, constituída sob a forma de fundação de direito privado ou de sociedade civil. As Entidades Fechadas são reguladas pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda. Em 2003, a Resolução CMN 3.121 regulamentou seu funcionamento, alterando o disposto na Resolução 2.829. 1.5.1. Definição, Apresentação e Disponibilização da Política de Investimento (art. 7º do Regulamento Anexo à Resolução) Art. 7º A política de investimentos dos recursos dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar deve ser definida e elaborada anualmente pela diretoria-executiva, para posterior aprovação pelo conselho deliberativo, antes do início do exercício a que se referir. 1º A política de investimentos, depois de aprovada pelo conselho deliberativo, deve, no prazo de trinta dias contados da data da respectiva aprovação, ser informada à Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, conforme modelo estabelecido pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar, fazendo menção expressa, no mínimo: I - à alocação de recursos entre os diversos segmentos e carteiras referidos no art. 4º, indicando os limites estabelecidos, e acordo com a estratégia de alocação de ativos e parametrizada com base nos compromissos atuariais; II - aos objetivos específicos da gestão de cada limite estabelecido neste regulamento, diante das necessidades de cumprimento da taxa mínima atuarial como referência de rentabilidade e conseqüente determinação do ponto ótimo na curva de risco/retorno na alocação dos ativos; III - aos limites utilizados para investimentos em títulos e valores mobiliários de emissão e/ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica; IV - à realização de operações com derivativos e aos limites e às condições de atuação nos correspondentes mercados, se for o caso; V - aos critérios para a contratação de pessoas jurídicas, autorizadas ou credenciadas nos termos da legislação em vigor para o exercício profissional de administração de carteira de renda fixa e/ou de renda variável, se for o caso, indicando os testes comparativos e de avaliação para acompanhamento de resultados e a diversificação de gestão externa dos ativos; VI - à estratégia de formação de preço ótimo no carregamento de posição em investimentos e nos desinvestimentos; VII - à avaliação do cenário macroeconômico de curto, médio e longo prazos, indicando a forma de análise dos setores a serem selecionados para investimentos. 2º As informações contidas na política de investimentos da entidade devem, no prazo de trinta dias contados da data da respectiva aprovação pelo conselho deliberativo, ser 9

disponibilizadas aos participantes e assistidos por meio eletrônico ou impresso, conforme modelo estabelecido pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 3º A documentação relativa à elaboração da política de investimentos deve ficar à disposição do conselho fiscal da entidade e da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social. 1.5.2. Segmento de Renda Fixa das Carteiras (arts. 9º ao 17 do Regulamento Anexo à Resolução) Art. 9º No segmento de renda fixa, os investimentos da espécie, segundo o correspondente risco de crédito, devem ser classificados nas seguintes carteiras: I - carteira de renda fixa com baixo risco de crédito; II - carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito. Art. 10. Incluem-se na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito: I - os títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central do Brasil, os créditos securitizados pelo Tesouro Nacional e os títulos de emissão de estados e municípios que tenham sido objeto de refinanciamento pelo Tesouro Nacional; II - os títulos de emissão de estados e municípios considerados, pela entidade, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; III - os certificados e os recibos de depósito bancário e os demais títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil considerada, pela entidade, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; IV - os depósitos de poupança em instituição financeira enquadrável na condição referida no inciso III; V - as debêntures, as cédulas de crédito bancário, as cédulas de crédito imobiliário, os certificados de recebíveis imobiliários, os certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de mercadorias e de serviços que atendam às condições estabelecidas na Resolução 2.801, de 7 de dezembro de 2000, e os demais valores mobiliários de renda fixa de emissão de sociedades anônimas, inclusive as de objeto exclusivo, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, considerados, pela entidade, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; VI - as quotas de fundos de investimento no exterior, de que trata a Resolução 2.111, de 22 de setembro de 1994, e regulamentação complementar; VII - as quotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as quotas de fundos de investimento em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios considerados, pela entidade, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito. 10

Art. 11. Incluem-se na carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito: I - os títulos de emissão de estados e municípios que não aqueles referidos no art. 10, incisos I e II; II - os certificados e os recibos de depósito bancário e os demais títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil não considerada como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 10, inciso III, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo; III - os depósitos de poupança efetuados em instituição financeira não considerada como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 10, inciso III, ou que não tenha sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo; IV - as debêntures, as cédulas de crédito bancário, as cédulas de crédito imobiliário, os certificados de recebíveis imobiliários, os certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de mercadorias e de serviços que atendam às condições estabelecidas na Resolução 2.801, de 2000, e os demais valores mobiliários de renda fixa de emissão de sociedades anônimas, inclusive as de objeto exclusivo, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários, não consideradas como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 10, inciso V, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo; V - as quotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as quotas de fundos de investimento em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios não considerados como de baixo risco de crédito, nos termos do art. 10, inciso VII, ou que não tenham sido objeto da classificação mencionada no mesmo dispositivo. Art. 12. Equiparam-se às aplicações realizadas diretamente pelas entidades fechadas de previdência complementar aquelas efetuadas por meio de fundos de investimento ou de carteiras administradas. Art. 13. As aplicações em operações compromissadas devem ser classificadas nas carteiras de renda fixa com baixo risco de crédito ou com médio e alto risco de crédito conforme o lastro correspondente satisfizer as condições estabelecidas nos arts. 10 ou 11. Art. 14. Consideram-se como operações de renda fixa aquelas com derivativos que, ainda que referenciados em ativos de renda variável, resultem em rendimentos predeterminados. Art. 15. É facultada às entidades fechadas de previdência complementar a realização de operações com derivativos de renda fixa em bolsa de valores ou em bolsa de mercadorias e de futuros exclusivamente na modalidade "com garantia", observado que: I - a atuação da entidade com derivativos de renda fixa subordina-se ao limite referido no art. 16, inciso II; II - para fins da verificação do enquadramento da entidade no limite referido no inciso I, devem ser considerados: 11

a) o valor nominal dos contratos, no caso de operações de swap, com contratos a termo e com contratos futuros; b) o valor do prêmio pago ou recebido acrescido do correspondente preço de exercício, no caso de operações com opções; III - exceto quando se tratar de operações com derivativos destinadas exclusivamente à diminuição do risco a que estão expostas as carteiras integrantes do segmento de renda fixa, a diferença entre o valor total das operações apurado nos termos do inciso II e o valor efetivamente despendido com a manutenção das correspondentes posições deve estar aplicada em títulos e valores mobiliários de renda fixa passíveis de inclusão na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito (art. 10); IV - é obrigatória a prévia existência de procedimentos de controle e de avaliação do risco de mercado e dos demais riscos inerentes às operações com derivativos; V - é vedada a realização de operações de venda de opções de compra a descoberto. Dos Limites Art. 16. Os recursos dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar aplicados nas carteiras que compõem o segmento de renda fixa subordinam-se aos seguintes limites: I - até 100% (cem por cento) nos investimentos de que trata o art. 10, inciso I, incluídos na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito; II - até 80% (oitenta por cento) nos investimentos de que trata o art. 10, incisos II, III, IV, V e VII, incluídos na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito; III - até 10% (dez por cento) nos investimentos em quotas de fundos de investimento no exterior (art. 10, inciso VI); IV - até 20% (vinte por cento) nos investimentos incluídos na carteira de renda fixa com médio e alto risco de crédito (art. 11); V - relativamente aos investimentos em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios e em quotas de fundos de investimento em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios: a) até 10% (dez por cento), no caso de fundos classificados como de baixo risco de crédito (art. 10, inciso VII), observado que mencionados investimentos devem ser computados para fins da verificação do cumprimento do limite estabelecido no inciso II; b) até 5% (cinco por cento), no caso de fundos classificados como de médio e alto risco de crédito (art. 11, inciso V), observado que mencionados investimentos devem ser computados para fins da verificação do cumprimento dos limites estabelecidos no inciso IV. Art. 17. Os recursos dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar aplicados no segmento de renda fixa subordinam-se aos seguintes requisitos de diversificação, exceto no caso dos títulos de emissão do Tesouro Nacional, dos títulos de emissão do Banco Central do Brasil e dos créditos securitizados pelo Tesouro Nacional: I - o total de títulos e valores mobiliários de emissão e/ou coobrigação de um mesmo estado ou município, de uma mesma pessoa jurídica não-financeira, de seu controlador, de 12

sociedades por ela direta ou indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum não pode exceder 20% (vinte por cento); II - no caso dos investimentos em títulos e valores mobiliários de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou de outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil (art. 10, inciso III, e art. 11, inciso II) e dos depósitos de poupança (art. 10, inciso IV, e art. 11, inciso III), o total de emissão, coobrigação ou responsabilidade de uma mesma instituição não pode exceder: a) 25% (vinte e cinco por cento) do patrimônio líquido da emissora, no caso de instituição considerada como de baixo risco de crédito; b) 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido da emissora, nos demais casos; III - no caso dos investimentos em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios e em quotas de fundos de investimento em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios (art. 10, inciso VII, e art. 11, inciso V), o total das aplicações em um mesmo fundo de investimento não pode exceder 25% (vinte e cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo. 1.5.3. Segmento de Renda Variável das Carteiras (arts. 19 ao 27 do Regulamento Anexo à Resolução) Art. 19. No segmento de renda variável, os investimentos da espécie, segundo a correspondente natureza, devem ser classificados nas seguintes carteiras: I - carteira de ações em mercado; II - carteira de participações; III - carteira de renda variável - outros ativos. Art. 20. Incluem-se na carteira de ações em mercado: I - as ações, os bônus de subscrição de ações, os recibos de subscrição de ações e os certificados de depósito de ações de companhia aberta adquiridos em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado por entidade credenciada na Comissão de Valores Mobiliários; II - as ações subscritas em lançamentos públicos ou em decorrência do exercício do direito de preferência. Art. 21. Incluem-se na carteira de participações as ações e as debêntures de emissão de sociedades de propósito específico constituídas com a finalidade de viabilizar o financiamento de projetos, as quotas de fundos de investimento em empresas emergentes e as quotas de fundos de investimento em participações, nos termos da regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, observado o disposto no art. 25, inciso III. Art. 22. Incluem-se na carteira de renda variável outros ativos: I - os certificados de depósito de valores mobiliários com lastro em ações de emissão de companhia aberta, ou de companhia que tenha características semelhantes às companhias abertas brasileiras, com sede no exterior (Brazilian Depositary Receipts - BDRs), classificados nos Níveis II e III definidos na regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos programas tenham sido registrados naquela Autarquia; 13

II - as ações de emissão de companhias sediadas em países signatários do Mercosul - Mercado Comum do Sul ou os certificados de depósito dessas ações admitidos à negociação em bolsa de valores no País; III - as debêntures com participação nos lucros que não sejam preponderantemente oriundos de aplicações financeiras, cuja distribuição tenha sido registrada na Comissão de Valores Mobiliários; IV - os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de mercadorias e de futuros. Art. 23. Equiparam-se às aplicações realizadas diretamente pelas entidades fechadas de previdência complementar aquelas efetuadas por meio de fundos de investimento que não fundos de investimento em empresas emergentes e fundos de investimento em participações ou por meio de carteiras administradas. Art. 24. É facultada às entidades fechadas de previdência complementar a realização de operações com derivativos de renda variável em bolsa de valores e em bolsa de mercadorias e de futuros exclusivamente na modalidade "com garantia", observado que: I - a atuação da entidade com derivativos de renda variável subordina-se aos limites referidos no art. 25, inciso II, alínea "c"; II - para fins da verificação do enquadramento da entidade nos limites referidos no inciso I, devem ser considerados: a) o valor nominal dos contratos, no caso de operações de swap, com contratos a termo e com contratos futuros; b) o valor do prêmio pago ou recebido acrescido do correspondente preço de exercício, no caso de operações com opções; III - exceto quando se tratar de operações com derivativos destinadas exclusivamente à diminuição do risco a que estão expostas as carteiras integrantes do segmento de renda variável, a diferença entre o valor total das operações apurado nos termos do inciso II e o valor efetivamente despendido com a manutenção das correspondentes posições deve estar aplicada em títulos e valores mobiliários de renda fixa passíveis de inclusão na carteira de renda fixa com baixo risco de crédito (art. 10); IV - é obrigatória a prévia existência de procedimentos de controle e de avaliação do risco de mercado e dos demais riscos inerentes às operações com derivativos; V - é vedada a realização de operações de venda de opções de compra a descoberto. Dos Limites Art. 25. Os recursos dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar aplicados nas diversas carteiras que compõem o segmento de renda variável subordinam-se aos seguintes limites: I - até 50% (cinqüenta por cento), no conjunto dos investimentos; II - relativamente aos investimentos incluídos na carteira de ações em mercado (art. 20): 14

a) até 50% (cinqüenta por cento), no caso de ações de emissão de companhias que, em função de adesão aos padrões de governança societária definidos - conforme Anexos I e II a este regulamento - por bolsa de valores ou entidade mantenedora de mercado de balcão organizado credenciada na Comissão de Valores Mobiliários, sejam admitidas à negociação em segmento especial por essas mantido nos moldes do Novo Mercado e do Nível 2 da Bovespa; b) até 45% (quarenta e cinco por cento), no caso de ações de emissão de companhias que, em função de adesão aos padrões de governança societária definidos - conforme Anexo II a este regulamento - por bolsa de valores ou entidade mantenedora de mercado de balcão organizado credenciada na Comissão de Valores Mobiliários, sejam classificadas nos moldes do Nível 1 da Bovespa; c) até 35% (trinta e cinco por cento), no caso de ações de emissão de companhias que não aquelas referidas nas alíneas "a" e "b"; III - até 20% (vinte por cento), relativamente aos investimentos incluídos na carteira de participações (art. 21), observada a necessidade de que as sociedades de propósito específico e as empresas emissoras dos ativos integrantes das carteiras dessas sociedades, dos fundos de investimento em empresas emergentes e dos fundos de investimento em participações: a) prevejam em seus regulamentos, no que couber, o atendimento aos padrões de governança societária definidos conforme Anexos I e II a este regulamento - para as companhias admitidas à negociação em segmento especial nos moldes do Novo Mercado ou classificadas nos moldes do Nível 2 da Bovespa; b) formalizem perante a Comissão de Valores Mobiliários compromisso de, no caso de abertura de seu capital, aderirem aos padrões de governança societária definidos - conforme Anexos I e II a este regulamento - por bolsa de valores ou entidade mantenedora de mercado de balcão organizado credenciada naquela Autarquia para negociação em segmento especial nos moldes do Novo Mercado ou classificação nos moldes do Nível 2 da Bovespa; IV - até 3% (três por cento) nos investimentos incluídos na carteira de renda variável - outros ativos (art. 22). Art. 26. Adicionalmente aos limites estabelecidos no art. 25: I - o total das aplicações em ações de uma mesma companhia não pode exceder: a) 20% (vinte por cento) do respectivo capital votante; b) 20% (vinte por cento) do respectivo capital total; c) 5% (cinco por cento) do total dos recursos dos planos de benefícios da entidade, podendo esse limite ser majorado para até 10% (dez por cento) no caso de ações representativas de percentual igual ou superior a 2% (dois por cento) do Ibovespa, do IBX, do IBX-50 oudo FGV-100; II - no caso dos investimentos incluídos na carteira de participações (art. 21): a) os limites estabelecidos no inciso I não se aplicam aos investimentos em ações de emissão de sociedades de propósito específico; 15

b) o total da participação da entidade em um mesmo projeto financiado por sociedade de propósito específico ou de suas aplicações em um mesmo fundo de investimento não pode exceder: 1. 25% (vinte e cinco por cento) do projeto ou do patrimônio líquido do fundo, em se tratando das inversões da própria entidade; 2. 40% (quarenta por cento) do projeto ou do patrimônio líquido do fundo, em se tratando das inversões da entidade em conjunto com as inversões da(s) própria(s) patrocinadora(s), de sua(s) controladora(s), de sociedades por ela(s) direta ou indiretamente controladas e de coligadas ou outras sociedades sob controle comum. Art. 27. Para fins de verificação da observância dos limites de que trata o art. 26, inciso I, deve ser adicionado, ao total de ações, o total de bônus de subscrição e de debêntures conversíveis em ações de uma mesma companhia. 1.5.4. Cobrança de Performance para uma EFPP (art. 46 do Regulamento Anexo à Resolução) Art. 46. Relativamente à aplicação de recursos em quotas de fundos de investimento ou por meio de carteiras administradas, pode ser paga taxa de performance, com periodicidade mínima semestral ou no momento do resgate e exclusivamente em espécie, à vista, baseada no desempenho do fundo ou da carteira administrada e obtida segundo critérios estabelecidos de acordo com a regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, devida sempre que o valor dos resultados do fundo ou da carteira excederem a valorização do índice de referência e superarem o valor verificado na data em que tenha havido a última cobrança, corrigido pelo índice de referência, observado o seguinte: I - os índices de referência admitidos para as carteiras de renda fixa são a taxa Selic, a taxa CDI-over e o IRF-M, ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e do Banco Central do Brasil; II - os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o Ibovespa, o IBX, o IBX-50 e o FGV-100, ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários; III - os índices de referência podem ser livremente pactuados no caso dos seguintes investimentos: a) quotas de fundos de investimento em títulos e valores mobiliários em que mais da metade do patrimônio seja constituído por valores mobiliários não pertencentes ao conjunto das ações que representem, em ordem decrescente de participação, até 70% (setenta por cento) de qualquer um dos principais índices do mercado acionário - Ibovespa, IBA, IBX, IBX- 50, FGV-100, MSCI-Brazil ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários; 16

b) quotas de fundos de investimento em empresas emergentes e quotas de fundos de investimento em participações, nos termos da regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários, observado que o pagamento da taxa de performance somente será permitido após ter sido retornado ao quotista seu investimento original, corrigido nos termos do regulamento ou contrato. Parágrafo único. Exceto nos casos de fundos de investimento em empresas emergentes e de fundos de investimento em participações, poderá ser iniciado um novo período de cálculo da taxa de performance a cada cinco anos. 1.5.5. Controle e Avaliação de Riscos e sua Fiscalização (arts. 58 ao 60 do Regulamento Anexo à Resolução) Art. 58. As entidades fechadas de previdência complementar devem, no âmbito de cada plano de benefícios, manter sistema de controle da divergência não planejada entre o valor de uma carteira e o valor projetado para essa mesma carteira, no qual deverá ser considerada a taxa mínima atuarial. 1º A entidade deve efetuar o acompanhamento previsto neste artigo para cada carteira, para cada segmento e para o conjunto dos segmentos de aplicação. 2º A responsabilidade pela manutenção do sistema de controle de que trata este artigo incumbe ao administrador referido no art. 54. 3º O sistema de controle referido neste artigo deve ser implementado no prazo de até sessenta dias contados da data da entrada em vigor desta resolução. 4º Enquanto não implementado o sistema de controle referido neste artigo, deverá ser feito cálculo do valor em risco (VaR) para os segmentos de renda fixa e de renda variável, de acordo com parâmetros definidos pela própria entidade e pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social. Art. 59. As entidades fechadas de previdência complementar devem analisar o risco sistêmico, de crédito e de mercado, e a segregação de funções do gestor e do agente custodiante, bem como observar o potencial conflito de interesses e a concentração operacional, com o objetivo de manter equilibrados os aspectos prudenciais e a gestão de custos. Parágrafo único. A entidade deve observar que a ausência de liquidez de um investimento torna preponderante a avaliação do respectivo risco de crédito. Da Avaliação da Gestão de Risco pelo Conselho Fiscal Art. 60. Cabe aos conselhos fiscais das entidades fechadas de previdência complementar avaliar a aderência da gestão de recursos pela direção da entidade à regulamentação em vigor e à política de investimentos, de acordo com critérios estabelecidos pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 1.5.6. Das Vedações (art. 64, incisos III, VII, VIII e XII, parágrafo único do Regulamento Anexo à Resolução) 17

Art. 64. É vedado às entidades fechadas de previdência complementar: III - aplicar em fundos de investimento cuja atuação em mercados de derivativos gere exposição superior a uma vez o respectivo patrimônio líquido; VII - aplicar recursos na aquisição de ações de emissão de companhias sem registro para negociação tanto em bolsa de valores quanto em mercado de balcão organizado, ressalvados os casos expressamente previstos neste regulamento; VIII - aplicar recursos na aquisição de ações de companhias que não estejam admitidas à negociação em segmento especial nos moldes do Novo Mercado nem classificadas nos moldes do Nível 2 da Bovespa - conforme Anexos I e II a este regulamento -, salvo se tiverem realizado sua primeira distribuição pública de ações anteriormente à data da entrada em vigor desta resolução; XII - aplicar recursos na aquisição de quotas de fundos de investimento em direitos creditórios e de fundos de investimento em quotas de fundos de investimento em direitos creditórios (art. 10, inciso VII, e art. 11, inciso V), cuja carteira contenha, direta ou indiretamente, conforme o caso, direitos creditórios e títulos representativos desses direitos em que sua(s) patrocinadora(s) figure(m) como devedora(s) ou preste(m) fiança, aval aceite ou coobrigação sob qualquer outra forma. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica: I - às aquisições de participações em câmaras e em prestadores de serviços de compensação e de liquidação que operem qualquer um dos sistemas integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, desde que entendidas necessárias ao exercício da atividade de gestão de carteira e autorizadas pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social; II - aos investimentos incluídos na carteira de participações (art. 21), de que trata o inciso VIII, desde que as sociedades de propósito específico e as empresas emissoras dos ativos integrantes das carteiras dessas sociedades, dos fundos de investimento em empresas emergentes e dos fundos de investimento em participações não sejam consideradas companhias abertas. 18

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA (Proporção: de 5% a 10%) 2.1 Conceitos Básicos de Economia 2.1.1 Indicadores Econômicos (Definição): PIB, Índices de Inflação (IPCA e IGP-M), Taxa de Câmbio (PTAX), Taxa SELIC, Taxa DI e TR Indicadores econômicos são medidas de desempenho utilizadas para medir o desenvolvimento de uma economia. Os indicadores mais utilizados são aqueles que medem: o crescimento da produção de uma economia (Produto Interno Bruto PIB); as taxas que medem o aumento de preços e a desvalorização da moeda (Índices de Inflação IPCA, IGP-M, INPC, IPC-FIPE); as taxas de conversão de moedas entre si (Taxa de Câmbio PTAX); as taxas básicas de remuneração do capital utilizadas no mercado financeiro (Taxa de Juros SELIC, DI e TR). Produto Interno Bruto (PIB) O PIB de uma economia representa o valor, a preços de mercado, dos bens e serviços finais produzidos em mercados formais de um país em certo período de tempo, normalmente medido por ano. PIB = Consumo + Investimento + Gastos do Governo + Exportação Importação (Não se consideram bens intermediários.) Para medirmos a produção total da economia de um país, precisamos tomar algumas precauções: primeiro, precisamos segmentar a economia em setores que representam atividades semelhantes; segundo, precisamos considerar que estes setores podem comprar insumos de outros setores e vender sua produção para outros setores também, o que seria caracterizado como insumo e não produto final. No caso da primeira consideração, vamos aceitar a seguinte divisão de setores de produção: setor primário (agricultura em geral): lavoura, pecuária, pesca e extração de recursos naturais; setor secundário (indústria em geral): transformação, construção civil, serviços públicos, extrativa mineral; setor terciário (serviços em geral): transporte, comércio, instituições financeiras (IFs), comunicações, escolas, bares, restaurantes, hospitais, governo etc. Com relação à segunda consideração, se coletarmos os valores de produção de cada setor estaremos computando em duplicidade os valores, uma vez que cada um entraria como produto final do setor ao qual foi vendido (insumo). Para evitar esta duplicidade, deve-se utilizar o valor agregado e não o valor de produção de cada segmento. O produto nacional bruto (PNB) inclui a produção das firmas e pessoas do país localizadas no país ou no estrangeiro. No Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela é enviada ao exterior na forma de lucros, dividendos e juros do capital estrangeiro. Nos Estados Unidos, o PNB é maior do que o PIB porque as rendas obtidas pelas empresas americanas no exterior e enviadas ao país na forma de remessa de lucros e dividendos são consideradas parte do PNB americano. Caso subtraia-se a depreciação do capital, teremos o conceito de produto interno (e produto nacional) líquido. Índices de Inflação (IPCA, IGP s, INPC, IPC-FIPE) Inflação é o aumento consistente e indiscriminado de preços, acompanhado de conseqüente perda do poder aquisitivo da moeda. A taxa de inflação, portanto, mede o acréscimo percentual médio nos preços dos bens e serviços produzidos pela economia. Como temos diversos setores na economia, vários agentes econômicos e momentos distintos de aquisição de bens e serviços, como, por exemplo, atacado e varejo, a tarefa de medir o aumento médio de preços não é simples. 19