O AMBIENTE ECONÔMICO. Boletim n.º 05 1º trimestre de 2013. Taxa de juros - SELIC (fixada pelo Comitê de Política Monetária COPOM)

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Transcrição:

Boletim n.º 05 1º trimestre de O AMBIENTE ECONÔMICO Taxa de juros - SELIC (fixada pelo Comitê de Política Monetária COPOM) Atividade econômica A economia brasileira, medida pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,55% nos primeiros três meses deste ano na comparação com os últimos três meses de. Já em relação ao mesmo período do ano passado o crescimento foi de 1,72%. Taxas de crescimento do PIB e de seus componentes (ótica da demanda) 1º trimestre de Em relação ao 4º trimestre de (trimestre anterior) Em relação ao 1º trimestre de (mesmo trimestre do ano anterior) PIB a preços de mercado 0,55% 1,72% Consumo das famílias -0,17% 2,71% Consumo da administração pública -0,20% 1,80% Formação bruta de capital fixo 5,27% 2,91% Exportações -5,82% -5,75% Importações (-) 6,87% 6,09% Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do IBGE (Contas Nacionais, série com ajuste sazonal). O crescimento de 0,55% PIB entre janeiro e março de foi influenciado, sob a ótica da demanda, pela formação bruta de capital fixo (5,27%) no período, na comparação com o quarto trimestre de. Isto demonstra a transição da economia brasileira para um novo perfil, assumindo status de economia emergente. Na comparação com o primeiro trimestre de, a alta foi de 1,72%. Sob a ótica da oferta, o desempenho da agricultura no primeiro trimestre surpreendeu ao crescer 9,69% no período. O setor de serviços também contribuiu (crescimento de 0,48%) para o crescimento econômico no primeiro trimestre do ano. Por outro lado, a indústria influenciou negativamente o desempenho do PIB no período. Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do IPEADATA. As expectativas de mercado divulgadas pelo Boletim Focus (maio/) indicam que a SELIC deverá encerrar o ano de fixada em 8,5%. Quanto ao PIB, estima-se crescimento de 2,77% em e, em 2014, a expectativa é de 3,5% de expansão. Por fim, cumpre observar que a evolução das vendas do comércio varejista brasileiro tem apresentado uma estagnação, em termos gerais. O volume de vendas caiu -0,1% no 1º trimestre. A análise de segmentos específicos mostra, por exemplo, um maior crescimento das vendas no varejo de produtos móveis e eletrodomésticos frente as vendas no varejo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Índices selecionados de volume de vendas no comércio varejista número índice (base: dezembro de 2004 = 100; com ajuste sazonal) Taxas de crescimento do PIB e de seus componentes (ótica da oferta) 1º trimestre de Em relação ao 4º trimestre de (trimestre anterior) Em relação ao 1º trimestre de (mesmo trimestre do ano anterior) Agropecuária 9,69% 17,29% Indústria -0,27% -1,27% Serviços 0,48% 2,28% Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do IBGE (Contas Nacionais, série com ajuste sazonal). Durante o primeiro trimestre a taxa Selic chegou a seis meses seguidos em 7,25%. Em abril a taxa viria a subir 7,5%, dada, principalmente, a pressão inflacionária. Os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresciam em ritmo lento desde junho de se veem em queda desde janeiro. Ainda assim, houve um aumento de 4,0% de março de para o mesmo mês este ano. 1

Endividamento das famílias O percentual de famílias que relatou possuir dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros diminuiu em março de, alcançando 61,2%, ante 61,5% em fevereiro de. O número de famílias endividadas é maior ao observado em março de, quando 57,8% haviam declarado ter dívidas. Percentual de Famílias Endividadas (% do total) entre Cheque prédatado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoal, prestações de carro e seguros Índices de confiança da indústria e do consumidor O Índice de Confiança da Indústria registrou queda de 1,5% em março em relação ao mês anterior. Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor também recuou entre maio e junho de : 2,8%, ao passar de 127,1 para 113,9 pontos. Tendência que se prolonga desde maio do ano anterior (queda de 10,4%), alcançando patamares de 2010. Índices de confiança da indústria e do consumidor Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados da FGV. Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados da CNC. O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso apresentou leve queda em março. O percentual de famílias inadimplentes alcançou 19,5% em março de, ante 22,1% em fevereiro e 21,8% em março de. Indicadores de endividamento das famílias Total de endividados Dívidas ou contas em atraso Não terão condições de pagar Março de 57,8% 21,8% 6,7% Fevereiro de 61,5% 22,1% 7,0% Março de 61,2% 19,5% 6,3% Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados da CNC. No que tange a confiança da indústria, o resultado geral sinaliza que certamente veremos queda no índice de confiança da indústria ao longo do ano até que medidas substanciais de combate a inflação sejam anunciadas. Utilização da capacidade instalada A utilização da capacidade instalada da indústria de produtos alimentares apresenta queda elevada desde dezembro de, passando de 84,2% em dezembro para 76,0% em março de, ou seja, ociosidade de 24,0%. Utilização media da capacidade instalada (em %) O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso também recuou. Em março de, 6,3% das famílias declararam não ter condições de pagar seus débitos, ante 7,0% em fevereiro de e 6,7% em março de. Estes dados, aliados ao aumento acima da meta de inflação, podem estar denotando o esgotamento da política consumista brasileira dos últimos anos. Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados da FGV. 2

A capacidade ociosa da indústria de produtos alimentares passou a se estabelecer muito abaixo média da indústria de transformação a partir de dezembro de. Em março, a indústria de transformação apresentou índice de ociosidade de 16,3%. Taxa de câmbio Em março de, o dólar médio mensal ficou cotado em R$ 1,98, 0,49% superior ao mês anterior. Com a ressurgimento das bolsas norte-americanas em conjunto com nossa inflação, a tendência é de desvalorização do real perante o dólar nos próximos meses. O AMBIENTE SETORIAL Volume de produção O gráfico abaixo mostra a evolução da produção de cervejas e refrigerantes, de acordo com os dados do SICOBE Sistema de Controle de Produção de Bebidas 1. Produção de refrigerantes e cervejas (em milhões de litros) Taxa de câmbio R$ / US$ (média mensal) Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do IPEADATA. As expectativas divulgadas pelo Boletim Focus (maio/) indicam que a Taxa de câmbio (R$/US$) deverá encerrar o ano de em R$ 2,05, e 2014 em R$ 2,10. Os dados mostram que a produção de refrigerantes decresceu -0,05% neste trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de cervejas, por sua vez, teve queda bem mais expressiva. Em março de, a produção de cerveja caiu 13,1% em relação a março de. Produção de refrigerantes e cervejas (em milhões de litros) 1.º trimestre de 1.º trimestre de Refrigerantes 3.815 3.916 2,64% Cervejas 3.379 3.366-0,39% Março de Março de Refrigerantes 1.405 1.324-5,78% Cervejas 1.113 967-13,10% Fevereiro de Fevereiro de Refrigerantes 1.238 1.201-3,03% Cervejas 1.101 1.072-2,63% O setor de cervejas apresentou uma queda de 0,39% no 1º trimestre de em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de cervejas teve queda expressiva. Em março de, a produção de cerveja caiu 13,1% em relação a março de. Cabe destacar a queda forte de ambos os segmentos. A diferença de vendas entre março do ano passado para este foi decisiva. 1 Importante destacar que os dados disponibilizados pelo SICOBE referem-se à produção de cervejas e refrigerantes controladas pelo Sistema. 3

Ainda com base nas estatísticas do SICOBE, em uma perspectiva regional, observa-se o bom desempenho das regiões Norte, Nordeste, e Centro-Oeste na produção de refrigerantes 1.º trimestre de. Produção de refrigerantes (em litros) 1.º trimestre de 1.º trimestre de Norte 159.508.613 183.331.864 14,94% Nordeste 753.759.046 794.848.217 5,45% Centro-Oeste 305.109.078 321.377.280 5,33% Sudeste 1.915.925.671 1.940.851.964 1,30% Sul 681.015.415 675.583.425-0,80% Total 3.815.317.823 3.915.992.750 2,64% Por outro lado, a região Sul apresentou a pior dinâmica de crescimento da produção de cervejas nos mesmos períodos. Emprego O setor brasileiro de refrigerantes registrou uma queda de -0,68% no número de empregados no 1º trimestre de, em relação ao trimestre anterior. Porém, no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 8,85%. Entre as regiões, de fevereiro para março deste ano, crescimento apenas no Sudeste e Centro-Oeste, ambos com 1,10%, maior que aumento nacional de 0,5%. Os postos de trabalho no setor de refrigerantes da região norte caíram -4,29% no primeiro trimestre de. Evolução do emprego no setor de refrigerantes número índice Produção de cervejas (em litros) 1.º trimestre de 1.º trimestre de Norte 96.761.981 73.798.137-23,73% Nordeste 799.230.248 774.463.291-3,10% Centro-Oeste 250.469.723 294.620.937 17,63% Sudeste 1.868.436.226 1.850.883.753-0,94% Sul 363.780.742 371.866.256 2,22% Total 3.378.678.920 3.365.632.374-0,39% O gráfico na sequência sobretudo as linhas tracejadas que indicam as tendências de crescimento na indústria de bebidas e queda na indústria geral, mesmo que a indústria de bebidas observe um momento mais instável. Produção física mensal número índice (base 2002 = 100; com ajuste sazonal) Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do MTE. O setor brasileiro de cervejas, por sua vez, apresentou uma queda de 0,22% no nível de emprego no acumulado do ano (janeiro a março de ). Quando comparado com o mesmo período do ano anterior (1º trimestre de ) o movimento foi inverso, já que neste período houve aumento de 0,44% no nível de emprego no acumulado do trimestre. Em termos regionais, destaca-se a queda muito acentuada da região norte, onde ocorreram 321 desligamentos em dezembro de, caindo -13,78% na virada de para. As outras regiões permaneceram estagnadas. Na passagem de fevereiro para março, a produção de bebidas aumentou 4,6% ante apenas 0,3% da produção industrial brasileira. Na comparação do acumulado em 12 meses a vantagem permanece, onde a produção de bebidas aumentou 2,1% perante queda de -1,9% da produção industrial brasileira. 4

Evolução do emprego no setor de cervejas número índice Arrecadação de IPI-BEBIDAS (em milhões de R$) Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do MTE. Importante ressaltar que, de março de para março de, a indústria de cervejas tem apresentado desempenho inferior no que tange a geração de postos de trabalho vis-a-vis o setor de refrigerantes (5,85% contra 8,10% respectivamente), mas superior à indústria de transformação (1,13%). O gráfico, na sequencia, demonstra o ritmo constante de crescimento dos empregos gerados na indústria de refrigerantes e da indústria de transformação nacional. A indústria cervejeira apresenta leve queda. Evolução do emprego nos setores de refrigerantes e de cervejas e na indústria de transformação (Brasil) número índice Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados SRF. Nível de preços Os preços ao consumidor final das bebidas (refrigerantes e cervejas) apresentaram maiores taxas de crescimento quando comparados ao índice agregado de preços (IPCA-GERAL) em uma crescente que começa ao início de 2011 e segue até o final de. Em estes índices se estabilizam. O índice geral acumulou alta de 1,93% no 1º trimestre de (janeiro a março), esta mesma porcentagem foi observada na cerveja, já os refrigerantes aumentaram 2,72%, estando acima de ambos. Evolução dos índices de preço geral, refrigerantes e cervejas número índice Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do MTE. Arrecadação de impostos A arrecadação de IPI-Bebidas alcançou o patamar de R$ 439,76 milhões em janeiro de. Em março de, a arrecadação de IPI-Bebidas foi de R$ 282,4 milhões, -18,36% inferior a fevereiro, porém, 12,05% superior em relação a março de. É evidente a tendência de crescimento da arrecadação do imposto, apesar do caráter sazonal do setor. Notas: (*) Média ponderada dos índices IPCA-Refrigerante e Água Mineral Alimentação no Domicílio e IPCA-Refrigerante e Água Mineral Fora do Domicílio ; (**) Média ponderada dos índices IPCA-Cerveja Alimentação no Domicílio e IPCA-Cerveja Fora do Domicílio. Em termos regionais, no 1º trimestre de, a região metropolitana de Salvador tem apresentado os maiores índices de inflação, nos refrigerantes (4,99%). Com relação à cerveja, São Paulo se destaca (3,49%). As únicas regiões em que ambos, refrigerantes e cerveja, estão acima do índice geral são as de Belo Horizonte e São Paulo; e as únicas em que ambos estão abaixo são Fortaleza e Belém. 5

IPCA (em %) acumulado 1º trimestre de IPCA (em %) acumulado últimos doze meses IPCA / Regiões Metropolitanas 1.º Trimestre de acumulado - jan/mar - em % Geral Refrigerante Cerveja IPCA / Regiões Metropolitanas Últimos doze meses acumulado - abr-12/mar-13 - em % Geral Refrigerante Cerveja Brasil 1,93 2,72 1,93 Belém 2,43 0,93-0,00 Salvador 2,03 4,99 0,01 Belo Horizonte 2,20 3,43 2,86 Recife 2,25 1,27 2,77 Porto Alegre 1,68 3,65 1,30 Curitiba 1,49 2,47 0,81 Rio de Janeiro 1,25 2,05 1,42 Fortaleza 2,34 1,78 0,76 São Paulo 2,13 2,81 3,49 Nos últimos doze meses (abr/12-mar/13), o IPCA-Geral acumula alta de 6,56%, acima do limite tolerável de 2% além do centro da meta de inflação (4,5%). No que tange a inflação registrada nos preços de refrigerantes e cervejas, estes tem registrado aumentos significativos de 10,12% e 15,14%, respectivamente. Dentre todas as regiões, apenas Belém contraria a tendência nacional dos últimos 12 meses, onde ambos refrigerantes e cerveja estão acima do índice geral interno, neste caso os refrigerantes em Belém inflacionaram 6,63% contra os 9,64% de seu índice geral. O principal destaque neste quesito é a região de Salvador que mesmo não tendo o maior índice geral (5ª entre as nove regiões analisadas) detém os dois maiores alimentos do IPCA de refrigerantes e cerveja acumulados dos últimos 12 meses (19,75% e 20,03% respectivamente). No caso dos refrigerantes, Salvador tem folga sobre a 2ª maior, Belo Horizonte (14,73%). Na cerveja é seguida de perto por Recife (19,02%). Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, e Porto Alegre são as regiões que mais se aproximam da tendência nacional, em relação a proporção nos aumentos entre IPCA-Geral, IPCA-Refrigerantes e IPCA-Cerveja. Brasil 6,56 10,12 15,14 Belém 9,64 6,69 17,64 Salvador 7,25 19,75 20,03 Belo Horizonte 6,60 14,73 12,77 Recife 7,25 11,85 19,02 Porto Alegre 6,17 9,73 14,46 Curitiba 6,30 8,95 13,66 Rio de Janeiro 6,49 9,03 13,56 Fortaleza 8,11 11,48 10,98 São Paulo 5,89 8,14 14,56 Com relação, ao IPP-Bebidas (Índice de Preços ao Produtor), de acordo com o IBGE, os preços das bebidas na porta da fábrica segue em queda constante desde novembro de, tendo caído 2,23% (acumulado até março ). Só no 1º trimestre de essa queda é de 1,25%, ritmo inverso do IPCA do refrigerante e da cerveja, que aumentaram 2,72% e 1,93% respectivamente. O açúcar, que será explorado posteriormente, é um dos principais determinantes desta tendência, mas tanto a cerveja como os refrigerantes (principalmente dos grandes produtores) seguem a pressão inflacionária do cenário econômico brasileiro. Queda no IPP e aumentos no IPCA implica em aumento de margem do comerciante, ou seja, o produtor está ficando para trás em termos de ganho, sendo a inflação atual um fenômeno varejista. Vale ressaltar, que o IPP pode estar apenas se ajustando a um crescimento exagerado e desproporcional de setembro de (4,6%). Sua progressão é mais elástica, mas sua média tende a seguir as variações do IPCA dos refrigerantes. Evolução dos índices IPP-Bebidas*, IPCA-Refrigerantes e IPCA- Cervejas número índice Notas: (*) O IPP (Índice de Preços ao Produtor) mede a evolução dos preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes. Os produtos cervejas e refrigerantes representam 86,61% do índice IPP-Bebidas. 6

Açúcar O Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) teve queda de 6,09% em março de em relação ao mês anterior, registrando média mensal de R$ 45,04/saca de 50 kg, 21,45% abaixo da média de março de. Dados da ÚNICA mostram que, até a moagem da canade-açúcar da safra /13 totalizou 532,7 milhões de toneladas na região Centro-Sul, 8,01% superior à safra passada. A produção de açúcar atingiu a marca de 34,1 milhões de toneladas, crescendo em proporção parecida com a cana, 8,21% a mais que a do mesmo período da safra anterior. Evolução dos preços do açúcar (em R$ e em U$$) Indicador Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ - São Paulo (média mensal; saca de 50 kg) Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados do CEPEA. Importações de pré-formas O MERCOSUL continua responsável pela quase totalidade das importações brasileiras de pré-formas (97,13%). Somente o Uruguai responde por 69,32% (dados de 1º trimestre). No 1º trimestre de, o Brasil importou 570 mil de milheiros de pré-formas, totalizando cerca de US$ 66,4 milhões. O preço médio importado do milheiro, neste período, foi de US$ 116,46, porém, se consideramos apenas o preço médio dos países do MERCOSUL este valor passa para US$ 106,99. No acumulado do ano (janeiro a março), foram importados mais 570 mil de milheiros de pré-formas, totalizando cerca de US$ 66,4 milhões. Origem das importações de pré-formas (dados acumulados de janeiro a março) Importação (em US$ FOB) Quantidade Importada Em Kg Em milheiros Participação Preço US$ FOB (por milheiro) Uruguai 42.061.374 18.981.525 395.448,44 69,32% 106,36 Paraguai 9.076.844 4.046.429 84.300,60 14,78% 107,67 Argentina 8.140.296 3.567.138 74.315,37 13,03% 109,54 China 2.114.741 375.810 7.829,37 1,37% 270,10 Demais países 5.042.164 411.161 8.565,85 1,50% 588,64 Total 66.435.419 27.382.063 570.460 100,00% 116,46 PM U.P.A. 106,99 Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base nos dados do SECEX. O Uruguai mantém o status de maior exportador de préformas para o Brasil, exercendo a maior influencia no preço médio. O Paraguai segue as tendências de preço, porém, seu ritmo ficou abaixo da média a partir de 2009 e intensificou uma queda em 2011. A Argentina, por sua vez, aumentou seus preços muito acima dos vizinhos no 1º trimestre de. Após ver sua participação diminuir gradativamente de 19,58% no 3T de, para 15,92% no 4T de, e para 13,03% no 1T, retorna ao patamar anterior, mais próximo do ritmo da média dos países do MERCOSUL. no Preço Médio das Pré-formas dos países do MERCOSUL (base: jan/2008 = 100) Quantidade importada de pré-formas* e preço US$ FOB (em milheiros) Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base nos dados do SECEX. Fonte: Elaborado pela AFREBRAS, com base em dados da SECEX. Notas: * NCM 3923.30.00: Garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes. 7