ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC julho 2012

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1 ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC julho 2012 Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2012

2 SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR julho de 2012 ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de julho apresentou variação de 0,43%, maior do que a taxa de taxa de 0,08% registrada no mês de junho. Com o resultado de julho o ano fechou em 2,76% e ficou abaixo dos 4,04% registrados em igual período do ano anterior. Mas, considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,20%, acima dos 4,92% relativos aos doze meses imediatamente anteriores, invertendo o movimento decrescente que vinha sendo observado desde setembro de 2011, quando o índice foi de 7,31% para 6,97% em outubro. Em julho de 2011 a taxa havia ficado em 0,16%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 27 de julho de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho de 2012 (base). As despesas pessoais e as despesas com alimentos, ambos com 0,91% de variação, foram as que mais subiram em julho, sendo que os alimentos, pela importância que têm no orçamento das famílias, foram responsáveis por 49% do índice do mês, detendo 0,21 ponto percentual. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços. 1

3 Grupo Variação (%) Impacto (P.P) Junho Julho Junho Julho Índice Geral 0,08 0,43 0,08 0,43 Alimentação e Bebidas 0,68 0,91 0,16 0,21 Habitação 0,28 0,54 0,04 0,08 Artigos de Residência -0,03-0,01 0,00 0,00 Vestuário 0,39 0,04 0,03 0,00 Transportes -1,18-0,03-0,24-0,01 Saúde e Cuidados Pessoais 0,38 0,36 0,04 0,04 Despesas Pessoais 0,47 0,91 0,05 0,09 Educação 0,06 0,12 0,00 0,01 Comunicação -0,01 0,15 0,00 0,01 No grupo Alimentação e Bebidas (de 0,68% em junho para 0,91% em julho), a região metropolitana de Salvador se destacou por apresentar aumento de 1,45%, bem acima da média. A seguir veio a região do Rio de Janeiro, onde o aumento foi de 1,08%. O tomate, com redução de oferta, após ter subido 11,45% em junho, chegou a ficar 50,33% mais caro em julho e, com isto, ganhou o primeiro lugar no ranking dos principais impactos, com 0,10 ponto percentual. Na região metropolitana do Rio de Janeiro o preço do tomate quase dobrou de um mês para o outro, atingindo variação de 94,18%, chegando a haver registro da ordem de R$ 8,00 no preço do quilo do produto. O segundo maior aumento foi o de Porto Alegre, atingindo 83,32%, onde o preço do quilo chegou a R$ 7,00. tabela a seguir. Além do tomate, vários alimentos se mostraram em alta no mês, conforme a 2

4 Item Variação (%) Junho Julho Ano 12 meses Tomate 11,45 50,33 48,33 43,29 Cenoura 5,80 17,81 46,83 36,88 Alho 5,92 12,27 32,75-20,42 Feijão-preto 3,48 6,12 38,33 41,58 Hortaliças 2,92 4,68 24,18 19,05 Feijão-mulatinho 7,90 4,38 81,40 84,38 Ovo 0,80 2,63 8,47 7,91 Lanche 0,63 2,62 5,95 10,90 Pão francês 0,94 1,78 4,09 7,02 Café da manhã 0,41 1,61 5,85 8,90 Cerveja fora 0,98 1,50 4,95 11,65 Refrigerante fora 0,55 1,36 4,71 10,22 Refrigerante 1,02 1,19 4,44 8,25 Óleo de soja 2,31 1,02 13,40 15,02 Queijo 0,43 0,79 4,78 8,92 Cerveja 1,12 0,78 6,30 12,07 Refeição 0,67 0,58 4,56 8,68 Frutas -0,08 0,49 6,00 16,39 Macarrão -0,94 0,47-3,56-2,58 Por outro lado, alguns itens do grupo Alimentação e Bebidas apresentaram redução de preços de junho para julho, a exemplo das carnes, que, com variação de 1,13% e impacto de 0,03 ponto percentual constituiu-se no principal impacto para baixo. Outros destaques em queda, encontram-se a seguir. Item Variação (%) Junho Julho Ano 12 meses Batata inglesa 17,67-7,68 17,46-0,37 Açaí 0,56-6,92 15,08 3,40 Feijão-carioca -3,07-6,78 43,09 61,68 Feijão-fradinho -6,22-5,18 1,41 3,63 Cebola 1,87-1,44 29,37 14,57 Carnes 0,17-1,13-6,38 3,80 Leite longa vida 0,33-0,57-0,91-0,07 Açúcar cristal -0,55-0,41-6,38-4,33 Nas despesas pessoais, cuja variação em junho havia sido de 0,47%, assim como os alimentos apresentaram alta de 0,91% em julho, a principal pressão foi exercida pelo item empregado doméstico, com 1,37% em julho ante 0,61% no mês anterior. Em 3

5 alta, também se destacaram no grupo, os itens hotel (1,28%), excursão (3,46%) e manicure (1,10%). O aluguel residencial, que passou de 0,68% em junho para 1,16% em julho, condomínio (de 0,54% para 0,96%) e artigos de limpeza (de 0,23% para 0,50%) elevaram as despesas com habitação em 0,54%, enquanto, em junho, haviam registrado 0,28%. Com saúde e cuidados pessoais, a despesa aumentou 0,36% em julho, bem próxima da variação de 0,38% registrada em junho. Apesar do aumento nos preços dos remédios, que foram de 0,05% em junho para 0,21% em julho, os artigos de higiene pessoal tiveram redução na taxa de crescimento, ficando em 0,17%, ao passo que, em junho haviam subido 0,44%. O grupo transporte se manteve em queda, porém com resultado muito próximo de zero, situando-se em 0,03% contra 1,18%. Isto porque os automóveis novos, que haviam caído 5,48%, deixaram no IPCA do mês anterior a maior parte do efeito do IPI reduzido em 21 de maio. Já em julho mostraram relativa estabilidade, com 0,01% de variação. Além disso, sob influência dos novos, os preços dos automóveis usados chegaram a cair 4,12% em junho, enquanto em julho a queda ficou em 0,91%. Os combustíveis também continuaram em queda, até com mais força do que no mês anterior. O preço do litro do etanol ficou 2,00% mais barato em julho, quando já havia diminuído 1,24% em junho. No litro da gasolina a queda foi de 0,43% após já ter caído 0,41% no mês anterior. Quanto aos ônibus urbanos, passaram de 0,87% em junho para 0,17% em julho, sob influência, apenas, da parcela complementar de 2,19% na região metropolitana de Salvador, onde o reajuste de 12,00% entrou em vigor a partir de 04 de junho. 4

6 Nos eletrodomésticos houve aumento em julho, de 0,22%, ao passo que em junho a queda foi significativa, de 1,02%. Ao contrário, os preços dos artigos de mobiliário caíram 0,14% em julho, tendo registrado aumento de 0,51% em junho. Com estes destaques o grupo artigos de residência foi de 0,03% para 0,01%. Nos artigos de vestuário a variação foi de 0,04% em julho contra os 0,39% de junho, quando a liquidação da estação estava se iniciando. Assim, o agrupamento dos produtos não alimentícios ficou em 0,28% em julho contra -0,10% em junho. Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,61%), sob influência da energia elétrica (9,12%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90% a partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém (0,22%) em razão do resultado moderado dos alimentos (0,23%). A seguir, tabela com resultados mensais por região pesquisada. Peso Variação (%) Região Regional Mensal Acumulada (%) Junho Julho Ano 12 Meses Goiania 4,44 0,17 0,61 2,15 4,58 Porto Alegre 8,40 0,06 0,60 2,87 5,37 Salvador 7,35 0,18 0,56 2,90 5,79 Rio de Janeiro 12,46 0,23 0,54 3,72 6,28 Fortaleza 3,49-0,26 0,54 2,35 4,87 Brasilia 3,46 0,04 0,50 2,30 5,40 Belo Horizonte 11,23 0,07 0,39 3,35 5,75 Curitiba 7,79 0,06 0,36 2,42 4,81 São Paulo 31,68 0,00 0,36 2,19 4,46 Recife 5,05 0,15 0,30 3,44 5,76 Belém 4,65 0,23 0,22 3,31 5,24 Brasil 100,00 0,08 0,43 2,76 5,20 5

7 O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR INPC O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,43% em julho, acima do resultado de 0,26% de junho. Com isto, o acumulado do ano fechou em 3,00%, abaixo da taxa de 3,70% relativa a igual período de Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,36%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,90%). Em julho de 2011 o INPC não mostrou variação ficando em zero. Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,89% em julho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,29%. Em junho, os resultados ficaram em 0,67% e 0,11%, respectivamente. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 27 de julho de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho de 2012 (base). Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,70%) sob influência da energia elétrica (9,01%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90 % a partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém (0,21%) em razão do resultado moderado dos alimentos (0,15%). A seguir, a tabela com os resultados por região. 6

8 Peso Variação (%) Região Regional Mensal Acumulada (%) Junho Julho Ano 12 Meses Goiania 5,27 0,45 0,70 2,84 5,44 Salvador 10,67 0,82 0,69 3,58 6,29 Porto Alegre 7,38 0,12 0,55 3,13 5,22 Fortaleza 6,61-0,13 0,47 2,36 4,86 Belo Horizonte 11,04 0,10 0,45 3,44 5,45 Rio de Janeiro 9,91 0,43 0,40 4,16 6,69 Brasilia 2,39 0,26 0,38 2,11 4,58 Curitiba 7,29 0,30 0,37 2,87 4,83 Recife 7,17 0,28 0,33 3,41 5,78 São Paulo 25,24 0,15 0,32 2,21 4,73 Belém 7,03 0,18 0,21 3,17 5,06 Brasil 100,00 0,26 0,43 3,00 5,36 O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Comunicação Social 08 de agosto de