BIOFIBER. Farinha da casca da banana verde



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Transcrição:

Informações Técnicas BIOFIBER Farinha da casca da banana verde Nome Científico: Musa spp. Parte Utilizada: Casca do fruto. INTRODUÇÃO A banana é produzida na maioria dos países tropicais e é uma das frutas mais consumidas no mundo, tendo o Brasil como o segundo maior produtor e o primeiro consumidor mundial. É uma das principais fontes de amido na dieta. Mas além de sua concentração de carboidratos e energia, também apresenta elevadas proporções de vitaminas e minerais. A banana ainda verde é considerada um alimento funcional, pois, quando cozida, apresenta alto conteúdo de amido resistente presente na polpa da fruta. O benefício do amido resistente é similar ao da fibra alimentar, sendo que este não é digerido e absorvido no intestino delgado, podendo ser fermentado no intestino grosso, produzindo substâncias que servem como fonte de energia para a produção das bactérias benéficas do nosso intestino, além de manter a integridade da mucosa do nosso intestino, que é responsável pela absorção adequada dos nutrientes e pela barreira da entrada de substâncias maléficas. Desta forma, o consumo de banana verde auxilia no trânsito intestinal adequado, atuando na prevenção e tratamento de quadros como diarréia e constipação, além de prevenir o desenvolvimento de doenças como o câncer de intestino. DESCRIÇÃO Biofiber é elaborado a partir de bananas verdes que são desidratadas e moídas, através de moderno processo tecnológico, a banana verde tem mais de 80% de amido resistente. O amido resistente é um tipo de carboidrato que possui propriedades fisiologias semelhantes às das fibras.

PROPRIEDADES A banana é uma fruta rica em vitaminas A e C. Além disso, tem boas quantidades de triptofano, uma substância que aumenta a secreção de serotonina (mesmo hormônio liberado quando consumimos chocolate), que aumenta a sensação de prazer e de bem-estar. Quando o fruto ainda está verde, tem a vantagem de não apresentar sacarose (açúcar presente no fruto maduro). A casca verde é rica em amido resistente, a substância associada à redução dos níveis de glicemia no sangue. Ao entrar no organismo, o amido passa direto pelo intestino delgado e, quando chega ao intestino grosso, vira alimento das bactérias que naturalmente vivem ali. É nesse momento que os benefícios começam, pois essas bactérias, depois de digerir o amido resistente, produzem substâncias que são benéficas para o organismo, ajudando, por exemplo, na prevenção de várias doenças, como o câncer e a diabetes. Foi observado que o seu uso diminui os valores da glicose significativamente, inclusive em pessoas que já são diabéticas. Fonte rica de potássio, fósforo, magnésio, cobre, manganês e zinco, a farinha de banana verde pode substituir outros carboidratos por oferecer maior conteúdo nutricional que os demais tipos de farinhas existentes no mercado. É uma alternativa mais saudável ao consumo de pães e bolos ou, no mínimo, pode substituir a farinha branca em diversas preparações, garantindo mais fibras e nutrientes às refeições. Além de contribuir para a saúde do intestino, a banana verde exerce outros efeitos benéficos ao organismo. A banana verde é considerada um alimento de baixo índice glicêmico, ou seja, sua digestão e absorção são mais lentas, e assim a quantidade de glicose liberada no sangue ocorre gradativamente, mantendo os níveis de glicose no sangue controlados, e reduzindo a necessidade de liberação de insulina para que esta glicose entre na célula, contribuindo então para a prevenção do desenvolvimento de diabetes, além do acúmulo de gordura corporal, devido ao aumento da saciedade promovido pelo amido resistente. Os estudos indicam que o consumo de amido resistente também atua na redução do colesterol, pela redução de sua produção pelo fígado, e pelo aumento da sua eliminação pelos ácidos biliares. Desta forma, a banana verde pode também ter uma importante função na prevenção do desenvolvimento de doenças do coração. Biofiber - Retarda a absorção de glicose. - Reduz o colesterol e o triglicérides sanguíneo. - Melhora a prisão de ventre. - Promove a sensação de saciedade e diminui a fome. - Estimula a vitalidade da mucosa intestinal. - Protege a mucosa intestinal contra o câncer.

Estudos A casca de banana verde é a farinha da vez Resumo: Pessoas com alteração metabólica são mais beneficiadas pelo consumo deste composto que pode reduzir a pressão arterial, segundo estudo da Universidade Federal de Viçosa (MG). Os cientistas, no entanto, não conseguiram comprovar o poder de emagrecimento do produto (JACINTO, Vanessa). No estudo, foram avaliados quesitos como perda de peso, melhoria na composição corporal e do perfil bioquímico em mulheres adultas com excesso de peso. De 40 voluntárias inicialmente recrutadas, 25 concluíram a pesquisa. Os resultados serão publicados na revista científica Diabetology and metabolic syndrome. Depois de 45 dias de consumo, as voluntárias foram reavaliadas e os pesquisadores constataram que a ingestão diária da farinha de banana verde não provocou alteração no peso e na composição corporal das mulheres. Foi observado, entretanto, a redução do perímetro do quadril e, consequentemente, o aumento da relação cintura/quadril. Considerando que a resposta ao consumo pudesse ser variável em função do estado metabólico das voluntárias, elas foram divididas em dois grupos: com e sem síndrome metabólica caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes. Segundo Luís, no grupo com síndrome, além de redução no perímetro do quadril e aumento da relação cintura/quadril, observou-se redução da pressão arterial sistólica (aquela que tem o maior valor verificado durante a aferição de pressão arterial. Exemplo: 120x80; onde 120 se refere à pressão arterial sistólica e 80 se refere à pressão arterial diastólica, ambas medidas em milímetros de mercúrio mmhg).

Já no grupo sem síndrome metabólica, nenhum parâmetro antropométrico e de composição corporal apresentou alteração significativa depois do período de intervenção. Isso sugere que mulheres com anormalidades metabólicas apresentam resposta mais acentuada ao consumo da farinha de banana verde quando comparadas a mulheres que, embora com excesso de peso, ainda não desenvolveram a síndrome. Possivelmente, um maior benefício do consumo da farinha de banana verde é esperado no primeiro grupo, ressalta Luís. Em relação aos parâmetros bioquímicos, o grupo com a síndrome apresentou uma redução significativa nos níveis de glicose quando comparado a mulheres sem problemas metabólicos. Mesmo sem interferir diretamente na perda de peso e na melhoria da composição corporal, a análise nutricional da farinha de banana verde permite afirmar que seu consumo pode ser um aliado da boa saúde. Alguns dos benefícios estão relacionados ao elevado teor de amido total (73,45%), amido resistente (17,5%) e conteúdo de fibras (cerca de 14,5%) do produto. Segundo a nutricionista Fabiane Quintino Campos, as fibras são um componente funcional e estão relacionadas ao aumento da saciedade, ao melhor funcionamento do intestino e à menor absorção de gordura pelo organismo. Segundo Luís Fernando, quando utilizada em substituição parcial à farinha de trigo para a produção de biscoitos, a farinha de banana verde não altera as características sensoriais desse alimento, que tem boa aceitação em diferentes faixas etárias. Isso sugere que ela pode ser usada como matéria-prima de enriquecimento nutricional de alimentos, contribuindo para reduzir o índice glicêmico (IG) das refeições e melhorando a diversidade das preparações para pacientes que necessitam excluir a farinha de trigo da alimentação, como, por exemplo, os portadores da doença celíaca. PRODUTOS DERIVADOS DE BANANA VERDE (MUSA SPP) E SUA INFLUÊNCIA NA TOLERÂNCIA À GLICOSE E NA FERMENTAÇÃO COLÔNICA CARDENETTE, GISELLI HELENA LIMA. Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental Faculdade de Ciências. Farmacêuticas Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006. Endereço Eletrônico: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-21112006-110917. Produtos derivados de banana verde são ricos em Amido Resistente (AR) e Fibra Alimentar (FA). Sua ingestão acarreta em aumento da glicemia pós-prandial (após a refeição) e quando ingeridos antes de alimentos com alto índice glicêmico também são capazes de diminuir a quantidade de glicose circulante. Em estudos laboratoriais mostrou-se que houve uma redução da insulinêmica em relação à glicemia, o que significa que houve uma menor produção de insulina para a manutenção dos níveis de glicose, fator importante na diminuição de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2. O mesmo estudo demonstrou

que a ingestão da massa de banana verde (MBV), banana verde com casca cozida e processada, aumentou sobremaneira a umidade do conteúdo intestinal, podendo melhorar de forma importante o funcionamento do intestino. Além disso, o processo de fermentação do amido resistente nas porções finais do cólon intestinal colabora para a eliminação de produtos nocivos à saúde intestinal e/ou para a reabsorção indesejável de ácidos biliares. Assim, os produtos derivados de banana verde mostram-se bastante promissores na prevenção de algumas doenças crônicas não transmissíveis. POTENCIAL VITAMÍNICO DA BANANA VERDE E PRODUTOS DERIVADOS BORGES, MARIA TERESA MENDES RIBEIRO. Departamento de Ciência de Alimentos Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2003. Endereço Eletrônico: http://www.fea.unicamp.br/alimentarium/ver_documento.php?did=647 O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial vitamínico da banana verde. Segundo a literatura, a banana verde é rica em flavonóides que agem como protetores da mucosa gástrica (estômago) e em amido resistente que atua como fibras alimentares, favorecendo o funcionamento intestinal. Neste estudo foram encontradas as seguintes vitaminas: vitamina B (B1 e B6), β-caroteno (pró-vitamina A) e vitamina C, existindo assim bom potencial para utilização da banana ainda verde. Além disso, procurou-se também verificar os teores de vitaminas em dois produtos tendo a polpa da banana verde como ingrediente, em substituição à farinha de trigo: pão e nhoque. Tais produtos mostraram-se com teores vitamínicos semelhantes à fruta in natura, além de terem boa aceitação em relação ao paladar. MASSA DE BANANA VERDE: UMA ALTERNATIVA PARA EXCLUSÃO DO GLÚTEN ZANDONADI, RENATA PUPPIN. Departamento de Ciências da Saúde Faculdade de Ciências da Saúde Universidade de Brasília. Brasília, 2009. Endereço Eletrônico: http://biblioteca.universia.net/irarecurso A doença celíaca é conhecida pela impossibilidade que algumas pessoas têm de ingerir alimentos que contenham glúten. A doença causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado, causando prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. Os sintomas podem incluir diarréia, dificuldades no desenvolvimento (em crianças) e fadiga. O glúten é uma proteína encontrada na semente de diversos cereais, entre eles o trigo, a cevada, a aveia e o centeio. O único tratamento para os portadores da doença celíaca é a total restrição do glúten da dieta, o que se torna relativamente difícil pela difícil adaptação aos produtos modificados, mas principalmente pela dificuldade de encontrar produtos isentos de glúten no mercado. Sendo assim, este estudo buscou fórmulas alternativas de massas utilizando farinha de banana verde pura ou associada com outras farinhas livres de glúten, em substituição à farinha de trigo.

Todas as amostras de massas para macarrão tiveram excelente aceitabilidade entre portadores de doença celíaca e não portadores, em comparação com massas convencionais. Além disso, houve uma redução importante (mais de 98%) no teor de lipídeos (gorduras) e a massa preparada com banana verde mostrou-se rica em sais minerais quando comparada com as tradicionais. Portanto, a autora destaca que o desenvolvimento de massa sem glúten, à base de farinha de banana verde pura ou associada, pode ampliar a oferta de produtos para portadores de doença celíaca e auxiliar na promoção de qualidade de vida. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE SORVETE À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE MORAIS, VINICIUS MASCHIO XAVIER DE. Trabalho elaborado através do Projeto Bolsas Bitec IEL SEBRAE FIESP CNPq. Marília, 2008. A biomassa de banana verde é um espessante alimentar, insípido e inodoro, constituída basicamente de água e amido resistente, pode ser uma fonte viável de sólidos totais na fabricação de sorvetes por possuir caráter funcional. O presente trabalho objetivou avaliar a inserção deste ingrediente na formulação de sorvetes, neste caso sabor chocolate, e a aceitabilidade do sorvete de chocolate com biomassa de banana verde comparando-o a um sorvete padrão. Foram pesquisados e consideraram-se os seguintes atributos: cor, sabor, textura e aparência e com base nestes dados avaliou-se a aceitação global. A aceitabilidade do sorvete de chocolate com biomassa foi de 100% para cor, 84% para sabor, 87% para textura e 94% para aparência e para o sorvete padrão e os mesmos atributos tem-se 97, 94, 97 e 97%. A aceitação global de ambos os sorvetes foi de 82%, o que foi considerado bom. Os resultados demonstram que a substituição parcial da sacarose e da água no sorvete pode ser uma alternativa para conferir corpo e maior mastigabilidade ao sorvete em relação ao padrão, além de atribuir valor funcional ao sorvete. A velocidade de derretimento do sorvete de biomassa em relação ao padrão foi menor, o que está relacionado a uma de suas funções que é dar corpo ao sorvete. Conclusão: Considerando as vantagens da biomassa de banana verde como edulcorante em sorvetes e que sua inserção agrega valor funcional a este produto, além de ser uma fonte econômica viável de sólidos para o sorvete pode-se concluir que a elaboração de sorvetes com biomassa é uma alternativa viável e que o mercado atual absorveria este produto. FIBRA DE BANANEIRA PODE TRATAR PACIENTES COM A DOENÇA DE CROHN Pesquisadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, afirmam que fibras de bananeira podem tratar a doença de Crohn, uma inflamação intestinal crônica que causa dor, sangramento e diarreia. Um produto com base nesta fruta está sendo desenvolvido em conjunto com a empresa de biotecnologia Provexis.

Anteriormente, pesquisadores demonstraram que pessoas com a doença de Crohn têm níveis mais altos de um tipo de E.coli adesiva e capacidade menor de combater as bactérias que invadem o intestino. A equipe então quis saber se a alimentação poderia influenciar as infecções. As E.coli adesivas são capazes de penetrar na parede do intestino por meio de células especiais, chamadas de células M. Elas agem como guardiãs do sistema linfático. Em pacientes com a doença de Crohn, isso leva a inflamações crônicas no intestino. O que os cientistas descobriram é que fibras solúveis de bananeira previnem o transporte de E. coli pelas células M. Os pesquisadores estão agora realizando ensaios clínicos para testar se um alimento medicinal contendo fibras de bananeira realmente pode manter pacientes com a doença em remissão. A doença de Crohn afeta pessoas no mundo todo, mas é muito mais prevalente em países desenvolvidos, onde uma dieta de baixo consumo de fibras e consumo elevado de alimentos processados é comum, explica Jon Rhodes, membro do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (NIHR). Fatores dietéticos e o aumento do número de E.coli no intestino dos doentes de Crohn sugeriram que poderia haver uma ligação entre os alimentos que ingerimos e o transporte de bactérias no intestino, ressalta o pesquisador. Referência Disponível em: http://cienciadiaria.com.br/2010/08/26/so-engorda-e-faz-crescer-fibra-de-bananeira-podetratar-pacientes-com-a-doenca-de-crohn/. Acessado 13/02/2013 AMIDO RESISTENTE E CÂNCER COLO-RETAL Young GP; Le Leu RK. Fonte: J AOAC Int; 87(3): 775-86, 2004 May-Jun. MEDLINE* - Literatura Internacional em Ciências da Saúde PMID: 15287679 Resumo: Existem diversas formas de se verificar a relação entre o amido resistente (AR) e o desenvolvimento de câncer colo-retal (CCR). Entre elas, estudos epidemiológicos que visam testar os efeitos do AR nos seres humanos, mais especificamente em eventos biológicos relacionados ao CCR, e estudos em modelos animais em que mecanismos de defesa podem ser estudados. Nove estudos epidemiológicos estudaram a relação entre o amido e CCR e/ou adenomas. A maioria deles apresentou um significativo efeito protetor. Entretanto, os métodos epidemiológicos para mensurar o consumo de AR são escassos e dessa forma, os benefícios do AR podem somente ser inferidos. Comparativamente, a magnitude da proteção do amido parece ser da ordem de 25-50%. Estudos em humanos examinaram o efeito de vários tipos e quantidades de consumo do AR sobre a microbiota colônica. De um modo geral, nesses estudos, o AR parece amolecer as fezes e aumentar o bolo fecal, reduzindo o ph e aumentando a produção de ácidos graxos de

cadeia curta (AGCC), incluindo o butirato. Esse processo reduz os produtos decorrentes da fermentação de proteínas e diminui a quantidade de sais biliares no líquido fecal. Assim sendo, mudanças podem ser observadas após um período de cerca de 4 semanas a partir do início do consumo de AR. Ao se examinar os efeitos do AR sobre a microbiota colônica e biomarcadores para CCR, em animais, é possível confirmar e estender os resultados para os humanos. O AR modifica o ambiente da região do cólon, principalmente através de uma melhor fermentação de polissacarídeos e proteínas. O AR também atua em nível da biologia celular através do aumento da apoptose (destruição) de células geneticamente danificadas. Mais trabalhos se mostram necessários para definir quais tipos e quais combinações de AR, talvez com prebióticos, exerceriam maiores efeitos sobre o ambiente colônico e a biologia celular, para então realizar testes em modelos de câncer buscando seu efeito protetor. Conclusão: O consumo de AR afeta positivamente a microbiota do cólon e facilita a apoptose de células geneticamente danificadas no cólon, considerados como sendo alguns dos biomarcadores associados ao risco de CCR. Esses efeitos podem ser interpretados como um reflexo da melhoria da saúde do cólon, que podem auxiliar na proteção contra o CCR. INDICAÇÕES Biofiber auxilia no emagrecimento, promovendo sensação de saciedade e diminuição da fome, rico em fibras o que promove redução do colesterol e triglicérides sanguíneo, estimula o trânsito intestinal e protege a mucosa intestinal contra o câncer. CONCENTRAÇÃO RECOMENDADA Indicado 20g, uma ou duas vezes ao dia, uma hora antes das principais refeições. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FAISANT N, GALLANT DJ, BOUCHET B, CHAMP M. Banana starch breakdown in the human small intestine studied by electron microscopy. Eur J Clin Nutr. 1995 Feb;49(2):98-104. JENKINS DJ, VUKSAN V, KENDALL CW, WURSCH P, JEFFCOAT R, WARING S, MEHLING CC, VIDGEN E, AUGUSTIN LS, WONG E. Physiological effects of resistant starches on fecal bulk, short chain fatty acids, blood lipids and glycemic index. J Am Coll Nutr. 1998 Dec;17(6):609-16. LEHMANN U, JACOBASCH G, SCHMIEDL D. Characterization of resistant starch type III from banana (Musa acuminata). J Agric Food Chem. 2002 Aug 28;50(18):5236-40. MCJ FREITAS. Dietas ricas em amido resistente de banana verde promovem alterações na função intestinal, no metabolismo lipídico e glicídico e na microbiota intestinal. Tese de mestrado Universidade Estadual de Campinas, 2000.

SM SALGADO, ZP DE FARO, NB GUERRA, AVS LIVERA. Aspectos físico químicos e fisiológicos do amido resistente B. CEPPA, Curitiba, v.23, n.1, p 109-122, jan/ jun 2005. http://farinhadebananaverde.net/. Acesso em 19/09/2012. Revisão nº: 01 Data: 04/02/2013 Elaborado por: Priscila Sandmann Conferido por: Jéssica Coslovich Guerra