A SUSTENTAÇÃO LOGÍSTICA NO US ARMY EM 2020 UMA SÍNTESE DA ESTRATÉGIA FORMULADA Cor Tir ADMIL Rui M. Rodrigues Lopes INTRODUÇÃO O acompanhamento da evolução das denominadas fontes de referência doutrinária na área do saber da logística, faz parte integrante das nossas rotinas profissionais, desde há já alguns anos, quando em jovem Capitão tivemos a oportunidade de frequentar em Fort Lee, no US Army Logistics Management College 1, o Combined Logistics Officer Advanced Course e mais tarde o Logistics Executive Development Course. Na realidade, a influência norte-americana na produção doutrinária tem tido um peso determinante nos Exércitos da Europa Ocidental e na OTAN, não sendo o Exército Português uma exceção. US Army Logistics University Fort Lee, Virginia De facto, entende-se perfeitamente que assim deva ser, pois as definições de doutrina militar estão muito associadas à existência de um conjunto de valores, de princípios gerais, de conceitos básicos, de normas, de métodos e de processos, que têm por finalidade orientar a organização, o aprontamento, o treino e o emprego das componentes operacionais das Forças Armadas. Nesta medida, de imediato nos apercebemos da necessidade de os países aliados, integrantes de uma aliança militar, partilharem conceitos, métodos e processos, facilitadores do emprego de forças militares em operações combinadas. A questão que muitas das vezes é suscitada está relacionada com a necessidade de adaptar determinados quadros concetuais à nossa realidade, muito marcada por fortes condicionamentos associados aos recursos disponíveis, à inexistência de uma indústria de defesa, à geografia de um território nacional descontínuo, com uma profundidade continental apenas tática e à projeção de Unidades de efetivo não superior a Batalhão, parâmetros que, inequivocamente, terão de ser devidamente ponderados quando se procura pensar logística militar em termos nacionais. 1 Desde 2009 o US Army Logistics University 1
Este enquadramento, que abrange os níveis estratégico, operacional e tático da logística e que procura enfatizar as preocupações de pragmatismo que lhe estão subjacentes, não foi esquecido, quando apresentamos e procuramos refletir neste breve artigo sobre o documento, objeto da nossa análise, o US Army 2020 and beyond sustainment white paper. 2 1. A ESTRUTURA DO DOCUMENTO E OS SEUS ELEMENTOS RELEVANTES No prefácio elaborado pelo Major-General Wiche, Comandante do CASC 3, a ênfase é colocada na necessidade de integrar concetualmente a base industrial, com a geração de forças e o seu emprego. Este Oficial General expressa a intenção de levantar um sistema de sustentação logística que esteja otimizado, integrado e sincronizado, garantindo simultaneamente que é orçamentalmente sustentável e que evita redundâncias desnecessárias. O desafio, no seu entendimento, é repensar o apoio logístico num exército que está em transição de um significativo envolvimento em conflitos de alta intensidade, com a tipologia sobretudo de contra-insurgência/contra-subversão 4, para um outro que deverá de estar preparado para o próximo conflito, num espetro de operações mais diversificado. Nesta transição, tal como referido no capítulo 1 (Introdução), constata-se que o atual ponto de partida se baseia numa logística estruturada de uma forma modular, sustentada por uma centralidade do sistema de distribuição (distribution-focused logistics system) e liderada em Teatro por um único Comandante, responsável por todo o apoio logístico 5. Operação LOTS (logistics over-theshore) As mudanças em curso deverão procurar materializar uma transição entre um Exército a conduzir operações de alta intensidade (army at war) para um Exército em permanente aprontamento (army of preparation),devidamente preparado para intervir em diferentes Teatros de Operações, tornando exigível que a logística seja adaptável, possua uma capacidade de projeção global e que consiga garantir a sustentação das forças por um período de tempo prolongado. Paralelamente, a focalização na região Ásia-Pacífico irá exigir crescentes 2 Publicado pelo Combined Arms Support Command, em Agosto de 2013 3 Combined Arms Support Command 4 Operações Enduring Freedom no Afeganistão e Iraqi Freedom no Iraque 5 Single sustainment commander in theater 2
investimentos em capacidades como a logística conjunta over-the-shore 6, facilitadora de operações de desembarque e de entrada inicial numa área de operações e igualmente no transporte marítimo de equipamentos e abastecimentos (watercraft), através de navios de apoio logístico (logistics support vessel). Esta opção estratégica está muito associada ao facto de sete das maiores forças armadas do mundo se situarem nesta região, caracterizada por conflitos territoriais e inúmeros contenciosos fronteiriços, fatores que poderão desestabilizar os equilíbrios étnicos, políticos e económicos ainda existentes na região. Por outro lado, constata-se que um terço do comércio externo norteamericano se realiza no Pacífico. Navio de Apoio Logístico, do US Army, da classe Frank Besson Neste enquadramento, este documento define a questão central como a necessidade de descrever as capacidades de sustentação logística que o Exército deverá ter, para de uma forma integrada e sincronizada fazer parte de uma força conjunta e multinacional. Assim, a utilização das expressões integração e sincronização, estão associadas à necessidade de garantir a adequada interação entre a componente fixa (institutional Army) e a componente operacional (operating forces), a fim de apoiar uma operação no interior do Território Nacional (home station) ou no exterior, num quadro de emprego conjunto. Deste modo, a definição de sustentação (sustainment), é apresentada como o conjunto de tarefas e sistemas que garantem o apoio necessário para garantir liberdade de ação, profundidade operacional e capacidade de conduzir operações por um período prolongado de tempo, integrando três funções primárias: a logística, os serviços de pessoal e o apoio sanitário. Este documento assume igualmente um conjunto de pressupostos, dos quais se referem os seguintes, que se entende têm alguma relevância para o contexto deste artigo: - O Exército irá manter uma estrutura baseada em Corpos de Exército e Divisões; - O Exército irá tendencialmente reduzir a sua dimensão, sendo exigível que garanta um adequado balanceamento e uma clara definição de prioridades entre a estrutura de forças existente, a sua modernização e o treino operacional; - A assunção de que existem capacidades muito específicas que poderão de estar sediadas numa componente de pessoal na reserva, reduzindo as necessidades das forças no ativo; 6 Operações de descarga de equipamentos junto à costa, face à inexistência de portos adequados à receção de forças, de equipamentos e de abastecimentos 3
- A manutenção de uma base industrial forte e a assunção da ameaça dos ciberataques às redes militares mas também às redes comerciais; - As capacidades militares de sustentação continuarão a ser complementadas com a contratualização de empresas civis; - O Exército irá continuar a depender da existência de capacidades conjuntas, nomeadamente no âmbito da projeção de forças, da entrada inicial em Teatro e da distribuição de abastecimentos. No Capítulo 2 procura-se caraterizar o futuro ambiente estratégico, definindo-o como complexo, atendendo à previsão de que a competição global por recursos irá continuar numa base, na qual a invocação de autoridade política, de legitimidade e por vezes até de soberania irá provocar a emergência de conflitos num mundo muito interligado, mas extremamente competitivo. Assume-se assim que, por vezes, será difícil distinguir as verdadeiras ameaças devido à multiplicidade de atores envolvidos (estatais e não-estatais; convencionais e não convencionais), à sua capacidade de adaptação, sustentadas por crescentes capacidades tecnológicas. Paralelamente, continua a afirmar-se a existência de uma ameaça de proliferação de armas de destruição maciça e que os atores não-estatais e os métodos não convencionais de emprego de forças irão continuar a colocar enormes desafios para a execução de operações militares. Neste contexto, a necessidade das forças militares norte-americanas dependerem de portos e aeroportos para a entrada em Teatro e para instalar bases de apoio, poderá constituir uma vulnerabilidade que poderá ser explorada pelos oponentes e que terá de ser minorada. Assim, ao procurar refletir sobre o contexto envolvente, este documento acentua o desenvolvimento exponencial que a tecnologia irá continuar a manter, designadamente no âmbito da nanotecnologia, que poderá originar verdadeiras ruturas e saltos de desenvolvimento científico em termos do que são hoje as capacidades militares, nas áreas da tecnologia das informações e das comunicações, dos sensores e das redes, da biotecnologia e da capacidade de armazenar e transferir energia, admitindo-se, no entanto, que o acesso às mesmas será determinado num mercado global, dominado por quem tiver os recursos financeiros para tal. Nesta sequência, são identificadas seis competências principais que o Exército Norte-Americano terá de possuir: - Capacidade para moldar 7 o ambiente operacional; - Capacidade para implementar uma estrutura de Teatro; 7 Shape the security environment 4
- Capacidade para conduzir uma manobra de armas combinadas; - Capacidade para projetar Forças Militares; - Capacidade para garantir segurança em toda a área de operações; - Capacidade para conduzir operações ciber (Landcyber). No Capítulo 3 identificam-se as implicações que decorrem para a sustentação, no âmbito dos parâmetros relativos às pessoas, à organização, à estrutura de comando, aos sistemas de informação, à ciência e à tecnologia de suporte e à integração de todos os parceiros/aliados 8, tendo presente o contexto que foi identificado. Neste particular, enfatizamos apenas alguns aspetos mais significativos dos parâmetros mencionados. Relativamente às pessoas, refere-se a necessidade de garantir um conjunto de novas competências para as lideranças do sistema logístico, no âmbito da formação, do ensino e nas experiências que lhes terão de ser proporcionadas ao longo da carreira. Terão de ser líderes com uma enorme capacidade de adaptação a diferentes circunstâncias, de pensar criticamente e criativamente, em face das múltiplas tipologias de missões de apoio que terão de garantir. A título exemplificativo, refere-se a necessidade de compreenderem as capacidades que as empresas poderão disponibilizar, como forma de se obterem as máximas eficiências que for possível, sendo indispensável, para isso, que sejam proficientes em aspetos relacionados com a gestão da base industrial e do ciclo de vida dos materiais, bem como no conhecimento detalhado das várias fases da gestão de uma cadeia de abastecimentos. Na dimensão da organização, reitera-se a opção por uma estrutura modular, que garanta a constituição de forças-tarefa logísticas, com as capacidades necessárias ao cumprimento de uma determinada tipologia de missões. Este quadro concetual, que privilegia a existência de organizações flexíveis, considera no entanto a necessidade de se dispor de unidades logísticas que possuam capacidades específicas, apropriadas para a realização de determinado tipo de tarefas de apoio logístico, que funcionarão como lead-mission tailored organization. Neste âmbito, existem dois tipos de tarefas essenciais: a projeção de forças e a entrada e o apoio inicial em Teatro, com especial enfoque no reabastecimento das classes III (combustíveis), V (munições) e no apoio para a realização de contratos locais. 8 Unified action partners integration 5
Assim, terão de ser garantidas condições para se implementar uma Base Intermédia de Apoio Logístico 9, no mar e/ou terra e para se operacionalizar o conceito de RSOI 10 (receção e estacionamento inicial da força, movimento para a área de operações e integração com a Unidade/força-tarefa que irá realizar a missão. O Exército norte-americano visualiza que a força de entrada inicial terá de possuir todas as capacidades e competências logísticas para, sem constrangimentos, cumprir as missões necessárias, podendo, no entanto, as subsequentes rotações serem originárias da componente de pessoal na reserva. Uma referência, ainda neste âmbito, à função de combate proteção, assumindo-se que as linhas de comunicações e as plataformas logísticas serão vulneráveis a ataques de forças hostis, devendo as Unidades Logísticas garantirem a sua própria proteção Sustainment forces must be capable of self protection and skilled in the employment of weapon systems against an opponent 11. Antevisão do que poderá ser uma ISB no mar Fonte: www.globalsecurity.org Em matéria da estrutura de comando e dos sistemas de informação, subsiste a necessidade de integrar estruturas de comando, tornando-as mais ágeis, garantindo a existência de um único ponto de contacto em Teatro, sendo indispensável implementar processos padronizados para toda a cadeia logística, desejavelmente interoperáveis no âmbito conjunto. Por último, neste ponto enfatizam-se os desenvolvimentos que se procuram atingir em matéria de ciência e tecnologia, traduzindo-se em verdadeiras linhas de ação para a alocação de recursos orçamentais. Assim, neste âmbito, os objetivos identificados são os seguintes: - reduzir os custos de armazenagem, de transporte e de tratamento de desperdícios; - melhorar a eficiência energética; - reduzir os custos associados ao ciclo de vida dos materiais; - garantir crescentes níveis de autonomia logística (menor dependência do fluxo contínuo de abastecimentos). 9 ISB Intermediate Staging Base 10 RSOI Reception, Staging, Onward Movement and Integration 11 Citação extraída da página 18 6
Nesta sequência, e em presença destes objetivos, perspetivam-se um conjunto de desenvolvimentos tecnológicos, alguns deles já em curso, que estarão associados: - à nanotecnologia; - à redução das necessidades em energia e de consumo de água; - à modernização das capacidades de transporte marítimo do Exército, interoperáveis com as plataformas da Marinha e integrando modernos sistemas de proteção e de C4ISR 12 ; - à melhoria das capacidades de apoio logístico através de veículos não tripulados em terra, mar e ar; - à existência de plataformas tecnológicas que garantam a visibilidade permanente dos abastecimentos em trânsito e dos níveis em stock ; - à capacidade de efetuar diagnóstico de avarias à distância; - à possibilidade de manufaturar determinados componentes/sobressalentes no local da avaria, utilizando a tecnologia denominada 3 D printing; - à capacidade de dispor de armas inteligentes acionadas remotamente para proteção dos principais nós existentes nas linhas de comunicações e nas plataformas de apoio logístico. No capítulo IV é abordada de uma forma genérica quais deverão ser as linhas de ação a adotar pela função sustentação em face da caraterização do ambiente operacional efetuada anteriormente e do impacto nos seus vários subsistemas. Deste modo, enquadrado pelo conceito de globally responsive sustainment/ capacidade de sustentação global, são definidas as tarefas a efetuar, os recursos indispensáveis para as realizar e os alicerces sobre os quais deve ser construído este edifício, os quais se encontram perfeitamente ilustrados na figura apresentada de seguida. 12 C4ISR comando, controlo, comunicações, computadores e informações, reconhecimento (reconaissance) e vigilância (surveillance) do campo de batalha 7
Assim, nesta figura que sintetiza todo o conjunto de conceitos anteriormente explanados, permitimo-nos evidenciar o seguinte: - A importância da doutrina, dos princípios e dos processos como fatores basilares para a construção do edifício; - A relevância atribuída aos fatores organizativos, como são o caso já explicitado das pessoas, da ciência e da tecnologia, dos sistemas de informação, da própria capacidade de organização e da adequada interação com as entidades parceiras ; - As métricas que estão associadas a uma quantificada, analítica e objetiva medição do desempenho organizacional. Nesta medida, são definidos como parâmetros de medição: - visibilidade (associada à gestão da sustentação, aos sistemas de acompanhamento dos abastecimentos em trânsito e a uma eficaz gestão do sistema de distribuição); - velocidade (reduzindo os tempos entre pedido e satisfação); - precisão (materializada na capacidade de fornecer serviços e entregar abastecimentos na quantidade certa, no tempo e local adequados, colocando assim muita exigência nas técnicas de previsão e planeamento); 8
- integração (necessidade de coordenar e sincronizar eficazmente, a todos os níveis de planeamento, a sustentação logística com a manobra operacional). 2. SÍNTESE CONCLUSIVA Ao procuramos sintetizar os aspetos mais relevantes a extrair do documento objeto da nossa análise e tendo igualmente presente a preocupação de procurarmos introduzir uma nota de algum pragmatismo, para a realidade do Exército Português, entendemos de enfatizar o seguinte: a. A reorientação estratégica dos Estados Unidos da América (EUA) para a região Ásia-Pacífico introduz novos desafios no âmbito da sustentação logística, por via da indispensabilidade de assegurar portos e aeroportos para desembarque de tropas e equipamentos, existindo, deste modo, a necessidade de operar bases intermédias de apoio logístico (em terra e no mar) e de garantir, a partir do mar interterritorial, uma entrada inicial numa área de operações não preparada logisticamente. Emerge assim, com acrescida importância, o conceito de LOTS (logistics over-the-shore) e a necessidade de reforçar o Exército com navios de transporte logístico. Ao transpormos esta situação para a realidade nacional, aparece com alguma relevância a caracterização do designado triângulo estratégico nacional, dominado pela vastidão do mar interterritorial, o qual acentua a necessidade de se dispor de capacidades de transporte adequadas. Assim, entendemos que terá alguma pertinência o acompanhamento dos desenvolvimentos doutrinários e tecnológicos que os EUA estão a realizar para o emprego de meios na região Ásia-Pacífico. b. No âmbito do corpo concetual e doutrinário que se encontra vertido, nos seus traços gerais, no documento em análise, constata-se que o conceito de modularidade subsiste como fundamental para a organização de forças logísticas, em paralelo com uma centralidade que se procurar garantir para o sistema de distribuição. Ainda neste âmbito, não pode deixar de se referir que, do ponto de vista terminológico, a expressão Apoio de Serviços (combat service support), foi substituída pela expressão Sustentação (sustainment), que inclui as áreas funcionais da logística, dos serviços de pessoal e do apoio sanitário. 9
c. Por outro lado, assume-se a indispensável complementaridade na execução do apoio logístico por parte de empresas civis, em paralelo com o facto de algumas das especialidades menos críticas e não necessárias para a entrada inicial em Teatro poderem residir na componente de pessoal na reserva. d. De igual modo, acentua-se a noção de que os desenvolvimentos científicos e tecnológicos poderão desempenhar um papel determinante, através da utilização de materiais e equipamentos cada vez mais miniaturizados, automatizados, inteligentes e não-tripulados, garantindo menores custos e crescentes níveis de autonomia logística. Nesta matéria, para o Exército Português subsiste o desafio de garantir o acompanhamento destes desenvolvimentos, os quais poderão permitir um eventual salto tecnológico em vez de uma evolução mais gradualista. e. Por último, uma referência muito especial à noção de capacidade militar, verdadeiro alicerce do pensamento militar, uma vez que integra os vetores de desenvolvimento da doutrina, do treino, da liderança, da organização, do material, do pessoal e das infraestruturas e interoperabilidade (DTLOMP II). Nesta matéria é muito importante sublinhar a natureza sistémica destes vetores de desenvolvimento. De facto, não pode existir a ilusão de que efetuando alterações num destes fatores os outros permanecerão imutáveis. Na realidade, existe uma relação de causa-efeito, de natureza sistémica, fruto da necessidade destes fatores interagirem adequadamente (ousamos dizer harmoniosamente), para podermos garantir a existência de uma eficaz e verdadeira capacidade militar. Deste modo, não nos parece coerente e sustentável concetualmente que, por exemplo, se produzam alterações na doutrina de emprego de meios, por via da entrada ao serviço de um novo equipamento, sem garantir que todos os outros vetores de desenvolvimento se adaptam consistentemente. Num tempo de sucessivas mudanças organizacionais, no qual, muitas das vezes, se procura apenas atuar num destes vetores, há que ter bem presente a sua relação sistémica, sem a qual o desempenho organizacional tenderá a ser cada vez menos eficaz. 10