Baseado no Caso Clínico Abaixo Responda as Questões 1 e 2.



Documentos relacionados
URGÊNCIAS VASCULARES TRAUMAS VASCULARES

Sessão Cardiovascular

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior:

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO CIRURGIÃO VASCULAR

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

DISCURSIVA CIRURGIA VASCULAR/ANGIOLOGIA CIRURGIA ENDOVASCULAR

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Cód. 12

Trombofilias. Dr Alexandre Apa

PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS EM RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA E CIRURGIA ENDOVASCULAR

Cardiologia Hemodinâmica

REUNIÃO TEMÁTICA ANGIOGRAFIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PATOLOGIA ISQUÉMICA MEMBROS INFERIORES. Frederico Cavalheiro Março 2011

Portaria nº 451 de 12 de Julho de O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições legais,

5ª Reunião de Casos.

Indicações e Resultados do Tratamento Percutâneo de Obstruções à Via de Saída do VD

PROGRAMAS COM ANOS ADICIONAIS: CIRURGIA VASCULAR

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar:

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

Figura 1 Principais áreas de atuação

APRESENTAÇÃO DE ARTIGO MARCELO TELES R3

Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter. anos, principalmente nos últimos cinqüenta anos. Uma doença antes não tratável, hoje

Protocolo de Procedimentos para Cirurgia Endovascular

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

PROVA ESPECÍFICA Cargo 51

Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta.

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos

MAPEAMENTO ELETROANATOMICO NA ABLAÇÃO. Cristiane Miranda Hospital São Lucas - RJ

TRATAMENTO PERCUTÂNEO DA AORTA TORÁCICA

Conduta no paciente com. isquêmica

TÉCNICA EM RADIOLOGIA

PROTOCOLO DE PROCEDIMENTO PARA CIRURGIA ENDOVASCULAR DA SBACV Estado atual Implantação Nacional

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Trombólise farmacomecânica na TVP: Quando e como

Caderno de Prova. Cirurgia Vascular

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

02 de Agosto de 2015 (Domingo)

EXAME 2014 RESIDÊNCIA COM PRÉ-REQUISITO: CIRURGIA VASCULAR

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada ao Cateter na Prática. Drª Marta Fragoso NGSA Hospitais VITA

03/05/2012. Radiografia simples do abdome

Indicações de intervenção eletiva no aneurisma

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

Estado Atual do Tratamento do AVCI Agudo: Literatura e Experiência Pessoal. Workshop de Intervenção em Ginecologia e Obstetrícia

DICIONÁRIO DE TERMOS DA HEMODINÂMICA

INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC)

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2015

Conheça alguns termos comumente utilizados na Hemodinâmica

TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA CARDIOVASCULAR. Renato Sanchez Antonio Santa Casa RP

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra

Intervenções percutâneas. Tratamento das obstruções da via de saída do Ventrículo Esquerdo

Pós Operatório. Cirurgias Torácicas

Revisão Bibliográfica

DISSECÇÃO AÓRTICA. Eurival Soares Borges Revisão - Ronaldo Ducceschi Fontes DEFINIÇÃO HISTÓRICO ETIOLOGIA CLASSIFICAÇÃO PATOGÊNESE E HISTÓRIA NATURAL

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias

INSTRUÇÕES AOS CANDIDATOS

ARTÉRIAS E VEIAS. Liga Acadêmica de Anatomia Clínica. Hugo Bastos. Aula III

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

Avaliação Semanal Correcção

RESPOSTA RÁPIDA 22/2014. Xarelto

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE

Implante Implante Transcateter Valvar Valvar Aórtico: Curso de Pós Graduação Lato Sensu Hospital Beneficência Portuguesa SP Maio/2010

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra.

Stents farmacológicos e diabetes

Histórico Diagnóstico Indicações Tratamento cirúrgico Resultados e Complicações

Ficha de Identificação do Paciente (Apenas para uso interno. Esta informação não é para ser incluída no CRF)

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES.

cateter de Swan-Ganz

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Doenças Vasculares. Flebite ou Tromboflebite. Conceito:

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

Protocolo de Gerenciamento e Conservação do Sangue em Cirurgias Cardíacas Graves e Complexas. Dr. Antonio Alceu dos Santos

Síndrome de compartimento de perna pós fratura de tornozelo bilateral: Relato de caso

SIMPÓSIO DE ELETROCARDIOGRAMA

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX

RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC


TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)

Terapêutica anticoagulante oral

A IMAGIOLOGIA NA PATOLOGIA PANCREÁTICA 5º ANO

ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DA ASSISTÊNCIA CARDIOVASCULAR TABELAS DE PROCEDIMENTOS DO SIA E SIH/SUS Portaria SAS/MS nº 210/2004

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

INTERVENÇÃO EM PONTES DE SAFENA

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante

A. Patologias vasculares B. Choque C. Hemostasia. 2 Letícia C. L. Moura

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina?

TES TE T S E ER GOMÉTRIC GOMÉTRIC (Te ( ste de esforço ç )

TEMA: Enoxaparina 80mg (Clexane ou Versa) para tratamento de embolia ou trombose venosa profunda

Caso Clínico. Andrea Canelas

Secretaria de Saúde de Pernambuco SES Processo Seletivo à Residência 2006 CONHECIMENTOS EM CIRURGIA VASCULAR

Secretaria de Saúde de Pernambuco SES Processo Seletivo à Residência 2006 CONHECIMENTOS EM CIRURGIA VASCULAR

Curso de Revisão para Enfermagem em Intervenção Cardiovascular 2012

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

Transcrição:

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 1 Baseado no Caso Clínico Abaixo Responda as Questões 1 e 2. Paciente 80 anos, insuficiência cardíaca em tratamento e fibrilação atrial em uso de varfarina. Paciente iniciou com quadro de dor abdominal difusa nas últimas 48 horas. Ao Exame físico há diminuição dos ruídos hidroaéreos, dor à palpação difusa com defesa abdominal. Laboratório geral evidencia leucocitose com desvio, gasometria com acidose metabólica e INR 1,2. ECG com ritmo irregular. Ecografia abdominal total inespecífica e Raio X de Abdômen Agudo com distensão de alças. 01 - Qual o provável diagnóstico etiológico e melhor exame de imagem para confirmar a hipótese? A Oclusão Arterial Embólica Visceral e Tomografia Abdômen com Contraste. B Oclusão Arterial Embólica Visceral e Tomografia Abdômen sem Contraste. C - Oclusão Arterial Trombótica Visceral e Arteriografia Visceral. D - Oclusão Arterial Trombótica Visceral e Tomografia Contrastada de Abdômen. E - Oclusão Arterial Trombótica Visceral e Tomografia Abdômen sem Contraste. 02 Se confirmada a principal hipótese diagnóstica qual o tratamento mais adequado? A Antibioticoterapia de amplo espectro com cobertura para germes anaeróbios por 14 dias. B Laparotomia com resseção de alças intestinais inviáveis e nova laparotomia programada em 48 horas. C - Laparotomia com resseção de alças intestinais inviáveis e revascularização visceral com ponte arterial ou angioplastia visceral retrógada. D Laparotomia com resseção de alças intestinais inviáveis, embolectomia da artéria mesentérica superior e nova laparotomia programada em 48 horas. E - Trombólise direcionada por cateter da artéria mesentérica superior com alteplase e videolaparoscopia para avaliação da viabilidade das alças intestinais se evolução clínica não for favorável. 03 Paciente chega à emergência; e plantonista no processo de diagnóstico diferencial inicia a suspeita clínica de tromboembolia pulmonar. Na avaliação clínica pelo Escore de Wells a pontuação foi 7 e pelo Escore de Genebra revisado foi 11. Qual a conduta inicial para o paciente? A Solicitar D- dímeros e se positivo iniciar anticoagulação. B Iniciar anticoagulação via oral com os novos anticoagulantes e liberar o paciente. C Iniciar anticoagulação se não houver contra- indicação e solicitar exames para confirmar a hipótese diagnóstica. D Solicitar ecodoppler venoso dos membros inferiores e se negativo descartar hipótese, pois 90% das embolias pulmonares tem origem na trombose venosa profunda nos membros inferiores. E Solicitar angiotomografia de tórax e ecodoppler venoso dos membros inferiores. Se um ou ambos exames forem positivos iniciar anticoagulação.

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 2 04 Paciente 60 anos, tabagista, IAM prévio, fibrilação atrial sem anticoagulação, iniciou com dor em membro inferior direito com 12 horas de evolução. Apresenta déficit sensitivo e motor com palidez acentuada do membro, pulso femoral 2/2 bilateral, sem poplíteo e distal bilateralmente. Ecodoppler arterial do membro inferior direito realizado na emergência mostra femoral comum e femoral profunda com placas e sem estenoses significativas, femoral superficial com oclusão a partir da origem e recanalização do fluxo na poplítea supra- condiliana com somente a artéria tibial anterior pérvia na perna. O fluxo na artéria poplítea e tibial anterior é de muito baixa velocidade. A hipótese diagnóstica mais provável e tratamento mais adequado são? A Oclusão arterial crônica agudizada aterosclerótica e o tratamento é com bypass fêmoro- poplíteo. B Oclusão arterial aguda trombótica e o tratamento é com bypass fêmoro- popliteo. C - Oclusão arterial aguda trombótica e o tratamento é com trombólise com alteplase em infusão contínua pelo período mínimo de 24 horas e após lise dos trombos angioplastia da lesão alvo. D Oclusão arterial aguda embólica e o tratamento é com embolectomia. E Oclusão arterial aguda embólica e o tratamento é com trombólise com alteplase em infusão contínua pelo período mínimo de 24 horas. 05 Em relação aos aneurismas periféricos é CORRETO afirmar? A Os aneurismas periféricos apresentam taxas de ruptura maiores que os aneurismas da aorta, por isso está indicado o tratamento a partir dos 2 cm de diâmetro. B Os aneurismas da artéria poplítea apresentam como manifestação clínica principal a isquemia aguda ou crônica devido à embolização e trombose. C O aneurisma verdadeiro periférico mais comum é o da artéria femoral comum. D A correção cirúrgica do aneurisma da artéria poplítea apresenta perviedade duas vezes maior quando comparado ao tratamento endovascular. E O pseudoaneurisma da artéria femoral comum pode ser tratado com injeção de trombina guiada por ecografia e apresenta uma taxa de sucesso em torno de 50%. 06 Em relação à Síndrome do Desfiladeiro Torácico é CORRETO afirmar: A Refere- se à compressão do feixe vásculo- nervoso pelos escalenos anterior e médio. B A Síndrome do Desfiladeiro Torácico Neurogênica é a mais comum e tem como etiologia principal uma costela cervical acessória. C A Síndrome do Desfiladeiro Torácico Arterial é a menos comum (< 5%) e tem como etiologia principal uma costela cervical acessória. D Na trombose venosa axilo- subclávia relacionado à Síndrome do Desfiladeiro Torácico Venosa, após a trombólise do segmento acometido com alteplase deve ser utilizado stent se houver estenose residual. E A Síndrome do Desfiladeiro Torácico Neurogênica tem como tratamento principal a descompressão cirúrgica, sendo a técnica mais indicada a supra- clavicular.

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 3 07 - Assinale a alternativa que melhor representa os resultados obtidos em um eco- Doppler de carótida interna para um paciente com uma estenose de 50% a 69%, segundo critérios de velocidades e relações de velocidades. A - Pico de velocidade sistólica na carótida interna >230 cm/s; razão de velocidades carótida interna/carótida comum > 4,0; velocidade diastólica final na carótida interna >100 cm/s. B - Pico de velocidade sistólica na carótida interna <125cm/s; razão de velocidades carótida interna/carótida comum < 2,0; velocidade diastólica final na carótida interna <40 cm/s. C - Pico de velocidade sistólica na carótida interna 125-230 cm/s; razão de velocidades carótida interna/carótida comum 2,0 a 4,0; velocidade diastólica final na carótida interna 40 a 100 cm/s. D - Pico de velocidade sistólica na carótida interna >230 cm/s; razão de velocidades carótida interna/carótida comum 2,0 a 4,0; velocidade diastólica final na carótida interna <40 cm/s. E - A acurácia dos critérios de velocidades no exame de eco- Doppler da carótida é muito reduzida, não sendo aplicável. 08 Paciente masculino, 60 anos, obeso, em investigação por colelitíase sintomática com episódio prévio de pancreatite. Realizada previamente CPER com papilotomia após o evento da pancreatite. Na ecografia abdominal total há o seguinte achado adicional: Dilatação fusiforme da aorta infra- renal com 3,8 cm no maior diâmetro e saculação focal ( bleb ) de 1 cm. Achado foi confirmado por angiotomografia. Qual a conduta mais adequada frente ao caso? A Colecistectomia videolaparoscópica e acompanhamento do aneurisma com ecografia. B Colecistectomia aberta e acompanhamento do aneurisma com tomografia. C Após colecistectomia videolaparoscópica deve ser realizada eletivamente a correção do aneurisma por técnica endovascular se houver anatomia favorável. D Previamente a colecistectomia videolaparoscópica deve ser realizada a correção do aneurisma por técnica endovascular ou cirurgia aberta, pois a presença de bleb e uma cirurgia abdominal prévia (no caso a colecistectomia) aumentaria muito o risco de ruptura do aneurisma. E Após a colecistectomia videolaparoscópica deve ser realizada eletivamente a correção do aneurisma por cirurgia aberta se o paciente apresentar baixo risco cirúrgico. 09 Em relação ao uso de hemoderivados e hemocomponentes em cirurgia vascular é INCORRETO afirmar: A O limite inferior de tolerância à anemia aguda normovolêmica ainda não foi estabelecido, portanto no processo transfusional do concentrado de hemácias (CHAD) a concentração de hemoglobina deve ser considerada associada a outros fatores, como por exemplo, a velocidade de perda. B Em sangramentos graves, o plasma pode ser utilizado para reposição de volume e para reposição de fatores da coagulação isolados. C O concentrado de hemácias (CHAD) constitui- se nos eritrócitos remanescentes na bolsa coletada, após a centrifugação do sangue total e extração do plasma para uma bolsa satélite. D Na transfusão peri- operatória deve se seguir os mesmos preceitos do sangramento agudo, não havendo indicação de atingir níveis prévios ou considerados normais antes ou depois da cirurgia. E Em cirurgias vasculares está indicada a transfusão de 1 Unidade de Plaquetas para cada 10 kg (média 4-8 Unidades) em pacientes com sangramento e contagem inferior 50 mil.

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 4 10 Paciente dá entrada na emergência de um hospital de trauma com ferimento único por arma branca na fossa cubital direita. Paciente está lúcido, corado e com TA 120/80, apresenta hematoma em expansão na região e ausência de pulsos radial e ulnar no membro superior direito. Qual a melhor conduta frente ao caso: A Realizar arteriografia para confirmar a lesão arterial e proceder a correção. B Realizar arteriografia para confirmar a lesão arterial e ecodoppler para a lesão venosa e proceder a correção. C Realizar a correção da lesão via técnica endovascular com stent recoberto devido ao menor risco de lesão nervosa que é maior na cirurgia aberta. D Realizar correção cirúrgica imediata da artéria através de rafia primária, reconstrução direta ou interposição de segmento venoso dependendo do tipo de lesão. E Se houver lesão venosa associada está deve necessariamente ser reconstruída mesmo que seja necessário uma ponte venosa. 11 - Assinale a alternativa que melhor descreve uma trombose venosa profunda aguda detectada por eco- Doppler. A - Veia de diâmetro reduzido, trombo ecolucente, lúmen incompreensível, parede fina e lisa, fluxo presente e reduzido e colaterais venosas abundantes. B - Veia de diâmetro aumentado (distendida), trombo ecolucente, lúmen incompressível, parede fina e lisa, ausência de fluxo detectável e veias colaterais ausentes. C - Veia de diâmetro aumentado (distendida), trombo ecogênico, recanalização parcial, parede venosa espessada, refluxo, abundantes colaterais venosas. D - Veia de diâmetro reduzido, trombo ecolucente, lúmen parcialmente compreensível, parede espessada, ausência de fluxo detectável e ausência de veias colaterais. E - O eco- Doppler não deve ser utilizado para o diagnóstico de trombose venosa profunda aguda devido às limitações do método, principalmente na avaliação da junção safeno- femoral. 12 - Assinale a alternativa INCORRETA: A - A fístula aortoentérica é definida como uma comunicação entre a aorta e o sistema gastrointestinal, sendo classificada como primária, quando a comunicação se dá com a aorta nativa e o sistema gastrointestinal, ou secundária, quando a comunicação se dá com um segmento reconstruído da aorta e o sistema gastrointestinal. B - As fístulas aortoentéricas secundárias são subdivididas em: fístula, quando a comunicação entre a prótese e o intestino se dá ao nível da linha de sutura da prótese; ou erosão, quando esta comunicação se dá ao nível da prótese, mas não contém a linha de sutura. C - Os mecanismos propostos para a patogênese da fístula aortoentérica secundária são infecção, pressão pulsátil e defeito técnico. D - A fístula aortoentérica primária é mais comum que a secundária. E - O duodeno, em suas terceira e quarta porções, é o local mais frequente de ocorrência das fístulas aortoentéricas primárias.

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 5 13 - Sobre a obstrução crônica venosa cavo- ilíaca, é CORRETO afirmar: A - Pacientes com trombose venosa profunda prévia (TVP), dor no membro inferior (desproporcional aos achados de exame físico), pacientes que não melhoram com o tratamento conservador e pacientes que não apresentam alterações patológicas detectáveis para explicar seus sintomas, devem ser especialmente avaliados para detectar obstrução venosa cavo- ilíaca. B - Ultrassonografia intravascular (IVUS) deve ser utilizado para o diagnóstico desta patologia. C - Obstrução maior que 50%, detectada pelo IVUS, tem sido utilizado como ponto de corte para o implante de stent neste setor. D - Todas as acima (A, B e C) estão corretas. E - Nenhuma das alteranativas está correta. 14 - Assinale a alternativa CORRETA: A - A reestenose pós endarterectomia carotídea ocorre em aproximadamente 30% dos casos. B - A reestenose precoce pós endarterectomia carotídea é geralmente lesão proliferativa (hiperplasia intimal) e é normalmente assintomática por muitos anos. C - A reestenose tardia pós endarterectomia carotídea ou angioplastia carotídea é normalmente o resultado da progressão da doença aterosclerótica e é mais associada a sintomas neurológicos. D - A, B e C estão corretas. E - B e C estão corretas. 15 - Sobre a angioplastia carotídea, assinale a alternativa CORRETA: A - Os filtros distais são o único sistema de proteção embólica que provaram benefício - proteção embólica - na angioplastia carotídea. B - Os filtros distais sempre progridem sobre guias rígidas com alto perfil (0,035 ), para melhor posicionamento e segurança do procedimento. C - A vantagem do sistema de proteção com inversão de fluxo é o perfil mais baixo do sistema, normalmente inferior a 5F. D - A embolização durante o procedimento de angioplastia ocorre somente durante a dilatação da placa de ateroma. E - O acesso transfemoral retrógrado é o mais utilizado para a realização da angioplastia carotídea. 16 - Sobre a síndrome compartimental é CORRETO afirmar: A - Pode ter etiologia vascular ou não- vascular. B - A síndrome compartimental pode ocorrer em até 21% dos casos de isquemia aguda. C - Hemorragia pode causar aumento rápido e severo da pressão compartimental. D - A fratura tibial está entre as causas mais comuns de síndrome compartimental aguda de origem ortopédica. E - Todas as alternativas acima estão corretas.

PROVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015/2016 ÁREA DE ATUAÇÃO: ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA ENDOVASCULAR 6 17 - Sobre os filtros de veia cava, é CORRETO afirmar: A - São indicações de implante de filtro de veia cava: trombose venosa profunda documentada com contra- indicação para anticoagulação; trombose venosa profunda documentada com complicações da anticoagulação; embolia pulmonar recorrente mesmo em níveis adequados de anticoagulação; trombose venosa profunda documentada com impossibilidade de atingir níveis terapêuticos de anticoagulação. B - São contra- indicações para implante de filtro de veia cava: veia cava cronicamente ocluída; anomalias da veia cava; impossibilidade de acessar a veia cava; compressão da veia cava; ausência de segmento adequado para implante na veia cava. C - É indicação relativa: trombo flutuante no segmento ilio- caval. D - A e B são corretas. E - A, B e C são corretas. 18 - Assinale a alternativa INCORRETA. A - Os stents balão- expansíveis são ideais em situações em que a precisão e a alta força radial são necessárias. B - Os stents balão- expansíveis são utilizados com frequência para tratamento de lesões ostiais dos ramos aórticos, como as artérias renais, subclávia e ilíacas comuns. C - O stent VIABAHN é um exemplo de stent recoberto por politetrafluoretileno (PTFE), balão- expansível. D - Os stents auto- expansíveis são mais indicados no tratamento de vasos tortuosos ou com variação de diâmetro. E - Os materiais mais comumente utilizados para produzir os stents são o aço inoxidável, o nitinol (liga de níquel e titânio), liga de cromo e cobalto, e o tântalo. 19 - Sobre segurança radiológica, é CORRETO afirmar que: A - Os efeitos determinísticos são dose- dependente e resultam em morte celular. B - Os efeitos estocásticos (ou probabilísticos) causam danos ao DNA, resultando em mutação celular. C - Raio X e ressonância magnética são exemplos de radiação ionizante. D - A e B estão corretas. E - A, B e C estão corretas. 20 Em relação aos Linfedemas podemos afirmar: A O pico de incidência se situa entre os 12 e 16 anos de idade. B A causa mais comum de linfedemas secundários é o pós- filariótico. C O linfedema tardio é aquele que ocorre principalmente na 5 a e 6 a décadas de vida. D A doença de Milroy é uma das formas de linfedemas precoce. E O padrão- ouro para o diagnóstico de todas as formas de linfedema é a linfografia.