Informe Epidemiológico Mensal



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Transcrição:

Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Superintendência de Vigilância a Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Informe Epidemiológico Mensal Ano V Nº 01 Edição Mensal Janeiro 2012 Nesta Edição Os Sistemas de Informação em Saúde - SIS e a Vigilância Epidemiológica EDITORIAL 01 Os Sistemas de Informação em Saúde - SIS da Vigilância Epidemiológica 01 Regularidade dos SIS de racionalidade epidemiológica 02 Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos SINASC 03 Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue SISFAD 03 Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN 04 Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM 06 EDITORIAL Este informe tem como objetivo fornecer informações mensais sobre a ocorrência de doenças de notificação compulsória, óbitos, nascidos vivos e dos programas de controle de endemias no estado de Alagoas. É de circulação geral e tem como populaçãoalvo qualquer profissional ou cidadão que necessita ter acesso as estas informações, sendo disponibilizado por meio eletrônico na página da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas (www.saude.al.gov.br). As informações aqui disponibilizadas têm como fonte de dados os três sistemas de informação em saúde (SIS) de racionalidade epidemiológica (SINAN, SIM e SINASC) e dos sistemas dos programas de controle de endemias (SISFAD, SISPCP e SISPCE), todos desenvolvidos e regulamentados pelo Ministério da Saúde A alimentação e consolidação desses Sistemas é realizada por intermédio de dados provenientes das Secretarias Municipais de Saúde. O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende de dados que sirvam para subsidiar ao processo de INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO. O SINASC, SINAN e SIM são os sistemas oficiais norteadores das ações, por conter os dados dos eventos vitais (nascimentos e óbitos) e principais morbidades do ponto de vista da intervenção da vigilância (agravos de notificação compulsória). O estado de Alagoas tem 100% dos seus municípios implantados e informatizados com os sistemas de informação de vigilância epidemiológica. O desafio colocado para todos os municípios e o estado é a melhoria da cobertura dos sistemas, da qualidade dos dados e, a transformação desses dados em informação para subsidiar as intervenções em tempo oportuno e ao planejamento das ações. Para isso se faz necessário que os profissionais da vigilância realizem sistematicamente entre outras atividades: Revisão do preenchimento dos instrumentos de coleta e recuperação de dados ignorados ou em branco junto as unidades e profissionais de saúde. Busca ativa em prontuários, comparando os dados informados com os existentes nas unidades de saúde. Cruzamento e resgate de dados junto aos outros sistemas de informação, principalmente com o Sistema de Informação da Atenção Básica- SIAB e Sistema de Informação Hospitalar SIH. Utilização e análise dos Sistemas operacionais complementares das ações de vigilância, principalmente o Sistema de Avaliação d Programa de Imunização - API-PNI, Sistema de Febre Amarela e Dengue -SISFAD e Sistema do Programa de Controle da Esquistossomose SISPCE Supervisão e busca ativa dos dados em cartórios e cemitérios. Produção, Divulgação e Retroalimentação das informações para gestores, profissionais e população. 1

REGULARIDADE DOS SIS DE RACIONALIDADE EPIDEMIOLÓGICA A regularidade e oportunidade na alimentação dos SIS é outro aspecto importante que visa garantir a produção de dados em tempo hábil à intervenção em todos os níveis. A Portaria SVS/MS nº 201/2011 estabelece os parâmetros para o monitoramento dessa regularidade e cabe ao nível estadual o acompanhamento dos seus municípios. Para os sistemas SINASC e SIM a regularidade é mensurada a partir do envio dos dados mensal na data estabelecida e, para o Sinan é medida pelo envio semanal dos dados até a sexta-feira da semana subsequente. Para que a informação tenha melhor oportunidade é fundamental que os municípios encaminhem os dados no máximo até a quarta-feira da semana subsequente. No período janeiro a novembro de 2011, o sistema que proporcionalmente apresentou maior regularidade de envio pelos municípios foi o SINAN 92 municípios (79%), seguido do SINASC 69 municípios (65%) e o SIM - 69 municípios (65%). Analisando a regularidade cumulativa (janeiro a novembro) dos municípios nos 3 sistemas, tendo como parâmetro a meta pactuada de 90% para o SIM e SINASC e 80% para o SINAN, observa-se que apenas 66 (65%) municípios obtido regularidade nos 3 sistemas, 4 (4%) municípios em 2 sistemas, 24 (23%) municípios em apenas 1 Sistema e 8 (8%) municípios em nenhum deles ( Figuras1 a 5). Regular nos 3 Regular em 2 Regular em 1 Irregular nos 3 Figura 2 Regularidade dos 3 Sistemas de Informação de Saúde ( SINASC/SIM e SINAN) segundo município. Alagoas, janeiro a novembr o de Figura 3 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos segundo município. Alagoas, janeiro a novembro de Regularidad e no 1 24 23% Irregular nos 3 8 8% Regularidade nos 3 Figura 4 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade segundo município, Alagoas, janeiro a novembro de Regularidade nos 2 Regularidade no 1 Regularidad e nos 2 4 4% Regularidad e nos 3 66 65% Irregular nos 3 Figura 1 Proporção de Regularidade nos Sistemas de Informação em Saúde (SINASC,SINAN e SIM) dos municípios do estado. Alagoas, janeiro a novembro de FONTE: N_SIVE/DIVEP/SEUVISA/SES/AL *Dados tabulados em 14/12/2011, sujeitos a revisão. Figura 5 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação de Agravos de Notificação segundo município, Alagoas, janeiro a novembro de 2011 2

SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos Sinasc foi implantado em 1990 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional. Um dos indicadores de acesso aos serviços de atenção à saúde materno-infantil, amplamente utilizado na análise dos riscos de morte materna e de morte fetal e infantil que pode ser analisado pelo Sinasc é o número de consultas no pré-natal. Comparando as informações referentes ao período janeiro a novembro dos 2010 e 2011 no estado de Alagoas, observa-se queda percentual no número de gestantes com 4 consultas ou mais e aumento nas gestantes com menos de 4 consultas ou nenhuma (Figura 1). Nos nascidos vivos de janeiro a novembro de 2011, em apenas 12 municípios o percentual de mães com 7 consultas ou mais de pré-natal foi acima de 50%, em 43 municípios este percentual foi de 50% a 37%. O município com maior percentual foi Paulo Jacinto e com menor percentual foi Traipú (Figura 2). Não inform/ign 7 e + 4-6 vezes 1-3 vezes Nenhuma 0 10 20 30 40 50 2011 2010 Figura 1 Percentual de consultas pré-natal segundo informação do Sinasc. Alagoas, janeiro a novembro de 2010 e Figura 2 Distribuição dos municípios (de residência) segundo a proporção de gestantes com 7 consultas ou mais no pré-natal. Alagoas, janeiro a novembro de Tabela 1 Agravos de notificação compulsória e variação (%), Alagoas, janeiro a novembro, 2010 e Not.Compulsoria 2010 2011 Variação (2010-2011) Aids 324 357 10 Atendimento anti-rabico Humano 11957 9900-17 Acidente por animais peçonhentos 5484 4984-9 Botulismo 0 0 - Carbúnculo ou Antraz 0 1 - Cólera 5 0-100,0 Coqueluche 95 167 76 Criança Exposta ao HIV 114 82-28 Dengue 52912 7886-85 Difteria 1 0-100 Doenças de Chagas Aguda 84 99 18 Doença de Creutzfeldt-Jacob 0 0 - Doenças Exantemáticas 370 133-64 Esquistossomose 86 44-49 Eventos Adversos Pós-vacina 41 52 27 Febre Amarela 1 0-100 Febre do Nilo 0 0 - Febre Maculosa 0 0 - Febre Tifóide 34 20-41 Gestantes HIV + 68 86 26 Hanseníase 448 392-13 Hantaviroses 14 0-100 Hepatites Virais 669 752-12 Influenza Hum. por novo subtipo 0 2 0 Intoxicações Exógenas 1453 1229-8 Leish. Tegumentar Americana 38 38 - Leishmaniose Visceral 35 50 43 Leptospirose 145 107-26 Malária 8 6-25 Meningite 155 141-9 Paralisia Flác. Aguda/Poliomielite 6 10 67 Peste 0 0 - Raiva Humana 0 1 Sifilis Adquirida 1 17 160 Sífilis Congênita 201 297 48 Sífilis em Gestante 155 181 17 Sindrome do Corrimento Uretral 121 124 2 Síndrome da Rubéola Congênita 1 0-100 Síndrome Respiratória Aguda Grave por coronavirus 0 0 - Tétano Acidental 6 7 67 Tétano Neonatal 0 1 - Tuberculose 1303 1285-1 Tularemia 0 0 - Varíola 0 0 - Violencia Domestica, Sexual e outras 1145 1583 38 Total 79099 30367-62 FONTE: SES/AL/SINASC *Dados tabulados em 13/12/2011, sujeitos a revisão. FONTE: SES/AL/SINAN *Dados tabulados em 14/12/2011, sujeitos a revisão. 3

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - SINAN O Sinan tem como objetivo a coleta de informação e o processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, fornecendo informações para a análise do perfil da morbidade e contribuindo para a tomada de decisões nas três esferas de governo. A lista de notificação compulsória atual é a que consta na portaria GM/MS Nº 104 de 25/01/2011 e aqueles em que o estado ou município, determinou como compulsório. Comparativamente em 2011, no período analisado o volume de notificação é menor que o mesmo período do ano de 2010, no entanto, considerando o possível atraso de notificação ou inclusão dos dados no sistema, esses dados ainda podem sofrer alterações (Tabela 1). Ressalta-se que esse atraso de notificação causa prejuízos no conhecimento do perfil e na oportunidade de intervenção. O maior volume de notificação foi de atendimento antirrábico humano com (32%), seguido de Dengue (26%). Nas meningites é importante observar que dos casos notificados no período, 21 (14%) estão sob investigação, 105 (87%) tiveram sua etiologia especificada e 15 (10%) não especificada. Entre os agravos que tiveram incremento na notificação, está a Gestante HIV+ (26%) e Sífilis Congênita que apresentou aumento de (48%) em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que o maior número de casos confirmados são residentes na zona da mata e litoral norte do estado. A inserção dos agravos a saúde do trabalhador no Sinan se deu no ano de 2007. No ano de 2011, o volume de notificação é maior que no mesmo período do ano anterior. Neste período em 2011, o maior percentual de notificação foi de acidente de trabalho com exposição a material biológico ( 81%) (Tabela 2). Todas as intoxicações exógenas devem ser notificadas, entretanto para identificar se decorrente de exposição ocupacional, o campo: se a exposição foi decorrente da ocupação/ trabalho tem que está preenchido, esse campo vem apresentando melhoria no seu preenchimento, mas ainda apresenta considerável percentual de incompletitude (jan. a novembro 2010 37% e 2011 18%). A publicação da portaria GM/MS Nº 104 de 25/01/2011, torna universal a notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências interpessoal e todos os casos devem ser notificados pelos profissionais de saúde. Observa-se incremento na notificação (38%) em 2011 em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente no município de Maceió (jan a novembro: 2010 261 e 2011 1089 casos, entretanto continua a observar a diminuição dos dados relativos a notificação de Arapiraca (município com maior freqüência de notificação até 2010) e comparativamente apresentou os seguintes dados- janeiro a novembro: 2010 845 casos e 2011 313 casos (decremento de 62%). Figura 1 Casos confirmados de Sífilis Congênita segundo município de residência, Alagoas, janeiro a novembro de Dos casos notificados em Alagoas, observa-se a predominância do sexo feminino ( 2010 68% e 2011 61%). 4

Na análise do total de casos por faixa etária observase aumento em todas as faixas etárias. Na faixa etária de 60 e mais observa-se que o número de casos foi o mesmo referente ao período do ano anterior.(figura 2). Com relação ao tipo de violência, observa-se aumento da notificação de casos com relato de violência física ( 2010 59% e 2011 75%). O alto grau de incompletitude (>78% ign/branco) inviabiliza análise dos outros tipos de violência (sexual, psicologia/moral, sexual e tortura), assim como o campo ocupação (> 92% ign/branco), que poderiam contribuir bastante no perfil dos casos de violência e alerta para o melhor preenchimento desses campos por parte dos profissionais. Quanto a evolução dos casos, observa-se que apenas 53 casos tem como evolução - óbito por violência, entretanto no SIM o número de óbitos por tipo violência nesse período em 2011 corresponde a 2022 óbitos (Figura 3). Tabela 2 Nº. de casos notificados de agravos de saúde do trabalhador segundo ano. Alagoas, janeiro a novembro, 2010 e Agravos a Saúde Trabalhador 2010 2011 Acid. Trabalho c/exp. a Material Biológico 689 721 Acidente de Trabalho Grave 95 188 Dermatoses Ocupacionais 3 3 Intoxicações Exógenas 90 48 LER DORT 61 39 PAIR 1 6 Transtorno Mental 0 1 Total 939 1006 800 700 600 500 400 300 200 100 0 <1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 19 20a 39 40 a 59 60 e + 2010 2011 Figura 2 Frequência de casos de violência segundo faixa etária. Alagoas, janeiro a novembro, 2010 e Figura 3 Distribuição dos óbitos por violência segundo município de ocorrência e referencia circular nos municípios com notificação de violência com evolução para óbito. Alagoas, janeiro a novembro de FONTE: SES/AL/SINAN *Dados tabulados em 15/12/2011, sujeitos a revisão. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE - SIM O SIM é o mais antigo dos sistemas de informação em saúde de abrangência nacional em funcionamento no Brasil. Sua instituição pelo Ministério da Saúde data de 1975. Analisando as causas de óbitos segundo os capítulos da CID-10, a mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório ocupou o 1º lugar no período analisado nos dois, observado também aumento no nº de óbitos por essas causas, seguido das causas externas e em 3º lugar as neoplasias. O nº total de óbitos teve um decremento de -1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior (Tabela 1). Nos óbitos por causas externas, o maior percentual correspondeu aos homicídios (62%), seguido dos acidentes (34%) (Figura 1). Entre as neoplasias o maior número de óbitos foi de neoplasias malignas dos brônquios e pulmões (152 óbitos), seguido da neoplasia maligna de próstata( 117) e da mama ( 108). 5

Outros 6 0% Homicidio 1920 60% Acidente 1130 36% Ign 50 2% Suicídio 75 2% Acidente Suicídio Homicidio Outros Figura 1 Frequência (absoluta e relativa) dos óbitos por tipo de causas externas Alagoas, janeiro a novembro de Tabela 1 Número de óbitos e variação (%) segundo capítulos da CID 10. Alagoas, janeiro a novembro de 2010 e Variação % (2010- Causa CID10 2010 2011 2011) Alg. doenças infec. e parasitárias 742 696-6,2 Neoplasias (tumores) 1590 1410-11,3 D. endócrinas. nut. e metabólicas 1331 1369 2,9 Doenças do sistema nervoso 149 152 2,0 Doenças do aparelho circulatório 4334 4396 1,4 Doenças do aparelho respiratório 1390 1391 0,1 Doenças do aparelho digestivo 954 908-4,8 Doenças do aparelho geniturinário 242 251 3,7 Gravidez parto e puerpério 28 21-25 Alg. afecorigin.no período perinatal 520 430-17 Malf cong e anom.cromossômicas 172 169-1,7 Causas Mal definidas 1411 1399-0,9 Causas externas de mortalidade 3181 3218 1,2 Outros capitulos 352 282-19,9 Total 16396 16092-1,9 Os óbitos por doenças infecto-parasitárias que são de notificação compulsória apresentou aumento nos óbitos por AIDS (35%) tuberculose (30%)e esquistossomose (20%). As causas mal definidas corresponderam proporcionalmente a 8,7%,dos óbitos, tendo apenas 34 (33%) dos municípios atingido a meta (>95% dos óbitos com causas básicas bem definidas) sendo classificados como excelente (Figura 2). Ign Figura 2 Classificação dos municípios segundo a proporção de óbitos por causas bem definidas. Alagoas, janeiro a novembro de Fonte dos dados: SES/AL/SIM *Dados tabulados em 15/12/2011, sujeitos a revisão. Expediente O Informe Mensal é uma publicação oficial do Núcleo do Sistema de Informação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica ligado a Superintendência de Vigilância a Saúde da Secretária de Estado da Saúde de Alagoas. Governador do Estado: Teotônio Vilela Filho Secretário de Estado da Toledo Saúde: Alexandre Superintendente de Vigilância à Saúde: Sandra T.enório de Accioly Canuto Diretora de Maria da Silva Moreira Vigilância Epidemiológica: Cleide Diagramação : Denise Leão Ciríaco Granja e Laiza Tabulação e análise: Diana do Couto Rebêlo Denise Leão Ciríaco, Dayse Mércia Cavalcante de Oliveira, Laiza Granja e Alessandra Xavier. Endereço para correspondência: sinandados@saude.al.gov Disponibilizado na pagina: www.saude.al.gov.br 6