DESAFIOS PARA O CRESCIMENTO

Documentos relacionados
Carta da Indústria 2014 (PDF 389) (

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

A Mobilização Empresarial pela Inovação: 25/05/2011

Desenvolvimento de Mercado

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

A Mobilização Empresarial pela Inovação: síntese dos trabalhos e principais resultados

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ELEMENTOS PARA O NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação?

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

EDUCAÇÃO BÁSICA E PROFISSIONAL SENAI SESI

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

No Brasil, a Shell contratou a ONG Dialog para desenvolver e operar o Programa, que possui três objetivos principais:

IEL INSTITUTO EUVALDO LODI

Lançamento do relatório - Mercados Inclusivos no Brasil: Desafios e Oportunidades do Ecossistema de Negócios

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

V - promover a cooperação internacional na área de ciência, tecnologia e inovação;

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

Introdução. Conheça mais sobre educação a distância através do programa Mundo EAD. Apresentação:

POLÍTICAS PÚBLICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

Dia de Campo COOPRATA. 15 anos entregando soluções empresariais que constroem resultados.

A construção da. Base Nacional Comum. para garantir. Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento

Carta-Compromisso pela. Garantia do Direito à Educação de Qualidade. Uma convocação aos futuros governantes e parlamentares do Brasil

COMO VENCER ESSES DESAFIOS?

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

PARA O SEU FUTURO O PONTAPÉ INICIAL PARA A CARREIRA DE JOVENS TALENTOS NA SUA EMPRESA. Iniciativa e promoção

O QUE SUA EMPRESA PODE FAZER PARA SER MAIS COMPETITIVA?

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas

MANUAL DE TRANSIÇÃO DE MARCA

MARCO REGULATÓRIO DA ENGENHARIA AMBIENTAL E ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA NO BRASIL

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

EIXO IV QUALIDADE DA EDUCAÇÃO: DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO, PERMANÊNCIA, AVALIAÇÃO, CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO E APRENDIZAGEM

Apresentação Institucional IEL/SC

FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia.

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza

Escola de Políticas Públicas

Minuta do Capítulo 8 do PDI: Políticas de Atendimento aos Discentes

Os objetivos principais do programa

9h: Um retrato da história. Agenda. 9h30: Talk show 10h20: Intervalo 10h40: Best Companies for Leadership h30: A premiação

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

ESF Estratégia de Saúde da Família GESTÃO DE PESSOAS. 40 Relatório de Gestão Copyright. Proibida cópia ou reprodução sem autorização do IABAS.

RH: GESTÃO INOVADORA ORGANIZACIONAL

Desenvolvimento da Agenda da Educação Pós-2015

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. MEMÓRIA: Reunião Preparatória do Comitê Temático de Inovação e Crédito GT Rede de Disseminação, Informação e Capacitação

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina

QI ESCOLAS E FACULDADES POS GRADUAÇÃO GETÃO DE PESSOAS LEIVA POSSAMAI PERFIL DO LÍDER

POR QUE SER ASSOCIADO ABESE? CONHEÇA TODOS OS BENEFÍCIOS

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

Profissionais de Alta Performance

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

PROGRAMA DE INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALOR (ICV)

CARTA DO PARANÁ DE GOVERNANÇA METROPOLITANA

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

O QUE É? Um programa que visa melhorar a Gestão dos CFCs Gaúchos, tendo como base os Critérios de Excelência da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).

PISAC: um modelo de aceleração de inovações na CPIC. Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA CERTIFICAÇÃO INTERMEDIÁRIA POR MÓDULOS. Suzano

PL 8035/2010 UMA POLÍTICA DE ESTADO. Plano Nacional de Educação 2011/2020. Maria de Fátima Bezerra. Deputada Federal PT/RN

Apresentação Institucional

PRIORIDADES E DESAFIOS PARA POLÍTICAS EM NÍVEL SUB-NACIONAL

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Descrição do Sistema de Franquia. Histórico do Setor. O Fórum Setorial de Franquia

Descrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ

Glauco Arbix Observatório da Inovação Instituto de Estudos Avançados - USP. Senado Federal Comissão de infra-estrutura Brasília,

Formação de Recursos Humanos na área de fármacos e medicamentos

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

Alta performance: a base para os nossos clientes, a base para o seu futuro.

Relatório de Sustentabilidade 2014

VISÃO. Nossa visão é agregar valor sustentável ao cliente, desenvolvendo controles e estratégias que façam com que o crescimento seja contínuo.


INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE Vaga

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência

Como motivar Millennials. Gerencie seus benefícios! Faça um teste em convenia.com.br/free

Relatório de comunicação digital da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis Janeiro a Julho/2012

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Resultados da 112ª Pesquisa CNT de Opinião

Desafios da EJA: flexibilidade, diversidade e profissionalização PNLD 2014

A estratégia do PGQP frente aos novos desafios. 40ª Reunião da Qualidade Eduardo Guaragna

Políticas Públicas: Impactos na Formação em Engenharia. Silvia Costa Dutra Unisinos 2014

INFORMATIVO SOBRE ENTIDADES ESTUDANTIS

Gestão Plano de Trabalho. Colaboração, Renovação e Integração. Eduardo Simões de Albuquerque Diretor

Estado de Goiás Secretaria de Ciência e Tecnologia Superintendência de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

O Engenheiro, a Universidade e o Sistema Confea/Crea

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT

Administração de CPD Chief Information Office

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

1 Fórum de Educação a Distância do Poder Judiciário. Gestão de Projetos de EAD Conceber, Desenvolver e Entregar

Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

FUNÇÕES MOTORAS (Produtos e Serviços)

MANUAL DO CANDIDATO - Pós-Graduação em Gestão de Pessoas e Liderança Coach

Transcrição:

educação para o trabalho Equipe Linha Direta DESAFIOS PARA O CRESCIMENTO Evento realizado na CNI apresentou as demandas da indústria brasileira aos principais candidatos à Presidência da República Historicamente ligada ao crescimento econômico do Brasil, a indústria do País foi o motor responsável pelo desenvolvimento em 13 das 22 vezes em que a economia brasileira cresceu acima dos 4% ao ano, desde 1970. Hoje, sabe-se que o bom desempenho desse setor será, cada vez mais, fator primordial para o aumento da competitividade das nações diante do atual mercado globalizado. E essa competitividade só se dará através da formação de mão de obra qualificada para atuar na indústria. Diante desse panorama, e às vésperas de mais uma eleição presidencial, com o objetivo de debater as proposições da indústria para o País, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu, no dia 30 de julho, um diálogo com os candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. Responderam a questionamentos de empresários e expuseram suas propostas os então candidatos Aécio Neves, Dilma Rousseff e Eduardo Campos. O evento foi realizado poucos dias antes do trágico acidente que vitimou Eduardo Campos, ocorrido no dia 13 de agosto. Marina Silva, à época vice na chapa de Campos e atual candidata à Presidência, esteve presente ao evento. O encontro contou com a participação de cerca de 700 pessoas, entre empresários, autoridades, parlamentares, jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre outros. No evento, realizado na sede da CNI, em Brasília, os empresários entregaram o documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014 aos três presidenciáveis.

Propostas O documento da CNI traz 42 estudos e recomendações com os principais temas da agenda da indústria para o desenvolvimento e crescimento do País nos próximos anos. Ao longo de mais de nove meses, a Confederação promoveu debates, reuniões e consolidou propostas em conjunto com centenas de especialistas, empresários e representantes das associações setoriais da indústria e das federações estaduais. O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 norteou a elaboração do documento, que traça iniciativas necessárias para o crescimento da economia nacional nos próximos anos. Assim como o Mapa, as propostas para as eleições 2014 estão agrupadas em dez fatores-chave: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; inovação e produtividade; e tributação. Com a carteira de projetos, a CNI pretende ajudar os novos governantes e congressistas a aumentar a competitividade da indústria e o crescimento do Brasil. Desde 1994, antes das eleições presidenciais e para o Congresso Nacional, a CNI apresenta à sociedade e aos candidatos sugestões para melhorar o desempenho da economia. A apresentação de propostas para o crescimento econômico e social do Brasil é uma tradição. Este ano, além das diretrizes da agenda da competitividade, a CNI trouxe propostas específicas para a implementação dessa agenda. É uma excelente oportunidade para dialogar sobre as grandes questões nacionais. Precisamos urgentemente melhorar as condições para que as empresas concorram no mercado interno e externo. Nosso objetivo é contribuir para a consolidação de um País economicamente desenvolvido. Robson Braga de Andrade, presidente da CNI O público convidado foi composto por empresários, autoridades, parlamentares, jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre outros José Paulo Lacerda José Paulo Lacerda

Hermínio Oliveira Durante o evento, empresários puderam apresentar aos presidenciáveis um panorama do atual cenário da indústria brasileira Educação Para a educação, o documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014 da CNI sugere dois temas principais: a educação para o mundo do trabalho e a formação de engenheiros e tecnólogos. A instituição entende que a educação é a base para a construção de uma indústria inovadora e competitiva. Segundo o documento, equipes educadas e engenheiros bem formados utilizam melhor os equipamentos, criam soluções para os problemas do cotidiano, adaptam processos e produtos, bem como desenvolvem e implementam inovações. Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diz que um dos pontos principais a serem trabalhados é a expansão da educação profissional, que será peça- -chave para as pretensões do País no que diz respeito ao seu crescimento econômico nos próximos anos. Se conseguirmos triplicar as matrículas da educação técnica de nível médio, faremos uma alteração importante da matriz educacional brasileira e prepararemos adequadamente um contingente maior de jovens e adultos para o mercado de trabalho, avalia. Mesmo com os avanços das últimas décadas, que facilitaram o acesso da população à escola, a baixa qualidade da educação básica, a reduzida oferta de educação profissional e as deficiências na educação superior limitam a capacidade de inovar das empresas e a produtividade. A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um gargalo: destaca-se a escassez de engenheiros, cuja atividade possui impacto amplo sobre muitos setores e atividades, sobretudo para a indústria. Recursos humanos para a inovação O documento destaca a importância do capital humano para o desenvolvimento econômico nas próximas décadas, ressaltando que esse conhecimento será ainda mais crucial na era da economia do crescimento, pois requer trabalhadores mais bem preparados para lidar com as novas tecnologias de produção e de organização da produção. Assim, para que as ações propostas obtenham êxito, a formação fragmentada e com pouca interlocução entre os conhecimentos ainda vigente no País deve perder força, sendo substituída por uma educação que valoriza o conjunto de habilidades, qualificações e experiências dos profissionais. De acordo com o estudo, a história econômica do último século mostrou que a educação ajuda a determinar os destinos

das nações. Ao que tudo indica, sua importância aumentará ainda mais na era do conhecimento e da internacionalização dos mercados. Em relação à formação de engenheiros e tecnólogos, o estudo revela que a maioria dos engenheiros brasileiros não atua nas áreas em que se formam de 680.526 engenheiros empregados, apenas 286.302 (42%) trabalham em sua área de formação. Os currículos das engenharias no Brasil devem ser aperfeiçoados para formar pessoas com habilidades de liderança, trabalho em equipe e empreendedorismo. Segundo o documento, uma grande revolução no ensino das engenharias no Brasil é fundamental para que o País aumente sua produtividade e acompanhe as nações mais inovadoras: O Brasil precisa transformar conhecimento em novos produtos e serviços com impacto no desenvolvimento do mercado e na solução dos problemas da população. Além disso, o documento destaca que a boa formação de recursos humanos nas engenharias exige fortalecimento da educação básica no Brasil, com ênfase em matemática, física e química. Para atender a essa demanda, o documento traz ainda a proposta para a educação para o mundo do trabalho. A rota da produtividade A indústria defende a universalização da pré-escola e o fortalecimento do ensino básico como prioridade no orçamento público, por trazer maiores benefícios sociais. O documento contempla, na proposta de educação para o mundo do trabalho, 11 recomendações que são convergentes com 14 das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso Nacional em junho deste ano. Veja a seguir os principais pontos de cada uma das 11 sugestões feitas pelas Propostas da Indústria para as Eleições 2014 para a política de educação para o mundo do trabalho. 1Focar na qualidade da educação básica, adequando os currículos às novas demandas requeridas pelo mercado de trabalho; avaliar professores, distribuir e alocar recursos com base em resultados e meritocracia, melhorando sua gestão; introduzir melhores práticas de gestão, governança e transparência nas unidades de ensino; criar condições adequadas de trabalho para atrair e reter os melhores e mais talentosos profissionais da área de educação. 2Reduzir a desigualdade da educação, criando estratégias que reduzam as disparidades de capital humano. É preciso distribuir recursos financeiros e humanos para que as instituições e os alunos que apresentarem desempenho não satisfatório tenham acesso a mais e melhores recursos, visando a alterar esse quadro; estabelecer currículo em nível nacional, incluindo material didático básico; criar forças-tarefa para apoiar estados e municípios no alcance das metas; desenvolver políticas de educação profissional, levando em conta os setores com mais dificuldade de conseguir profissionais qualificados. 3Desenvolver estratégias voltadas à capacitação de crianças e jovens para as novas configurações relacionadas à era do conhecimento: os currículos devem incorporar atividades e conteúdos que os habilitem a participar ativamente do mundo e do mercado de trabalho. É importante ressaltar que essas atividades deverão ir muito além de puramente oferecer acesso a internet, jogos e outros recursos; elas deverão privilegiar o desenvolvimento cognitivo e de capacidades para encontrar soluções para problemas complexos.

4Educar e treinar melhor, em larga escala e a baixo custo: o Brasil precisa encontrar tecnologias que permitam ensinar e que ofereçam treinamento mais eficiente e em larga escala, aliando a isso rapidez e baixo custo. O ensino a distância é uma alternativa que precisa ser levada em conta, pois adota tecnologias flexíveis e sistemas personalizados, que poderão contribuir para a diminuição no que diz respeito às deficiências da formação profissional. 5Adequar o sistema educacional às mudanças demográficas: estados e municípios que apresentem crescimento da população de crianças e jovens deverão dar prioridade à expansão da rede de ensino, em especial a de ensino médio. Por outro lado, locais que apresentem altos índices de casos de crianças e jovens declinantes deverão priorizar a melhoria do processo educacional, capitalizando benefícios do crescimento do orçamento per capita relativo aos estudantes. 6Aumentar a atratividade dos cursos de educação profissional para os jovens: ter o ensino médio integrado à formação profissional é uma estratégia que precisa ser considerada. Isso pode fazer com que a oferta de jovens capacitados para atuar na indústria aumente. Essa alternativa hoje ganha respaldo pelos animadores resultados já demonstrados por algumas localidades que já adotaram essa opção. É preciso identificar as melhores práticas, nacionais e internacionais, adaptáveis à realidade do País, e dar escala a elas. 7Desenvolver programas de formação profissional para adultos, para que eles sejam mais uma opção de mão de obra qualificada para atuar na indústria, tanto aqueles que desejam ter uma segunda carreira quanto os que demonstram interesse em retornar ao mercado de trabalho. 8Priorizar o setor de serviços, isso porque esses serviços são, cada vez mais, fundamentais para a competitividade econômica do País. Faz-se necessário desenvolver estratégias que aumentem a produtividade desse setor, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de insumos para setores fundamentais à economia nacional, como a agricultura, a mineração e a indústria. 9Desenvolver, nas empresas, competências conjuntas e esquemas ganha-ganha da divisão de riscos e de custos em áreas que gerem externalidades, como é o caso do capital humano. Numa era de rápidas mudanças tecnológicas e de mercado, sistemas colaborativos serão benéficos para todos. 10 Fazer com que a boa educação seja dever de todos. É necessário que se promova a visão de que os resultados virão mais rapidamente quando a agenda da educação for uma preocupação geral. É dever de governos, empresas, família e até da mídia contribuir para a melhoria da escola e para que as crianças e jovens aprendam de maneira mais eficiente e condizente com a contemporaneidade. 11 Desenvolver políticas de recursos humanos em nível de empresa: é preciso atrair e reter talentos e treinar recursos humanos para as condições específicas da empresa e da sua cadeia de valor. Outro desafio importante está no desenvolvimento de estratégias que possibilitem a promoção contínua do conhecimento, inclusive para as pessoas em idade adulta e maduras. Atualizar os profissionais para as novas demandas do mercado, principalmente no que diz respeito às novas tecnologias, é estratégia fundamental para evitar a queda da produtividade.