CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO (1) Ursino Federico Brreto Riquelme (2), Giovn Rossto Snti (3), Jose Miguel Reichert (4), Dlvn Jose Reinert (4) Introdução Muitos ftores fetm retenção de águ em um solo. O principl deles é textur, pois el, diretmente, determin áre de contto entre s prtículs sólids e águ e determin s proporções de poros de diferentes tmnhos. A estrutur tmém fet retenção de águ, pois el determin o rrnjo ds prtículs, que por su vez vi determinr distriuição de poros Reichrdt (199). A cpcidde de penetrção de águ num solo é, em grnde prte, condiciond pel quntidde e pel qulidde de seus poros. Isso signific que distriuição texturl e geometri do espço poroso são de fundmentl importânci pr o movimento d águ no solo (Fernndes et l., 1983). O ojetivo deste trlho foi crcterizr condutividde hidráulic em solo sturdo e curvs de retenção de águ do solo em diferentes mnejos do solo. Mteril e Métodos O solo é clssificdo como Argissolo Vermelho-Amrelo distrófico rênico (EMBRAPA, 1999) (Typic Hpludlf). O delinemento experimentl utilizdo foi o de locos o cso, com os seguintes trtmentos: sistem plntio direto (); prepro convencionl (), plntio direto escrificdo em 22 (Esc.22) e o plntio direto escrificdo em 21 (Esc.21). A condutividde hidráulic do solo sturdo foi determind no cmpo em dus épocs os 23-24 e 66-67 DAE. Utilizou-se o permeâmetro de Guelph, seguindo metodologi descrit em Elrick et l. (1987). A curv de retenção de águ no solo foi determindo trvés de dois prâmetros: o potencil de águ no solo (kp) e umidde volumétric (m3 m-3) d mostr. (1) Prte d dissertção de Mestrdo do primeiro utor, presentd o PPG- Engenhri Agrícol d Universidde Federl de Snt Mri- UFSM Projeto finncido por: CNPq, FAPERGS e UFSM.
(2) Eng. Agr. MSc., doutorndo do Progrm de Pós-grdução em Engenhri Agrícol, Universidde Federl de Snt Mri (UFSM), 9715-9, Snt Mri, RS. E-mil federicorreto@yhoo.com (3) Bolsist de inicição cientific grdundo do curso de Agronomi, Centro de Ciêncis Ruris, UFSM. (3) Eng. Agr. PhD, Profesor Titulr do Deprtmento de Solos, Centro de Ciêncis Ruris, UFSM. Bolsist de CNPq. Form utilizds três técnics pr otenção dos pontos d curv de retenção de águ: mes de tensão, câmr de pressão de Richrds pnels de pressão e o WP4 Dewpoint potentimeter. O modelo de vn Genuchten (198) foi justdo os ddos oservdos de retenção de águ, utilizndo o progrm computcionl Soil Wter Retention Curve SWRC versão 3. et (Dourdo Neto et l., 21). Resultdos e Discussão A curv de retenção de águ n cmd de -,5 m, os 18 DAE (9/1/23), mostr que o trtmento Esc.22 presentou mior umidde do solo em relção os demis trtmentos, desde sturção té o potencil de 6 kp (Figur 1). Isso pode ser tmém triuído o fto que o trtmento Esc.22 presentou mior porosidde totl n profundidde de -,5 m. O mesmo não ocorre nos potenciis de 1 15 kp pr o mesmo trtmento, mntendo vlores menores comprdos com os demis trtmentos. Oservse tmém que, pr os potenciis de 1 e 15 kp, umidde foi mior no trtmento Esc.21. ) Profundidde de -,5 m ) Profundidde de,1 -,15 m Ajuste V. UMIDADE VOLUMÉTRICA, m3 m-3 Ajuste V. Ajuste V. Esc.22 Ajuste V. Esc.22 Esc.21 Ajuste V. Esc.21 UMIDADE VOLUMÉTRICA, m 3 m -3 Ajuste V. Esc.22 Ajuste V. Esc.22 Esc.21 Ajuste V. Esc.21 1 1 1 1 1 POTENCIAL MATRICIAL, kp 1 1 1 1 1 POTENCIAL MATRICIAL, kp Figur 1. Curvs de retenção de águ no solo dos diferentes trtmentos ns profundiddes de -,5 e,1-,15 m os 18 DAE (9/1/23).
N cmd de,1-,15 m, s curvs de retenção de águ presentrm menor conteúdo de águ no solo comprd com cmd de -,5 m de profundidde, d sturção té o potencil de 6 kp, similrmente o verificdo por Streck (23). O trtmento mnteve o mior vlor té os 1 kp, devido os seus miores vlores de porosidde totl, e nos potenciis menores diminui, presentndo vlores similres os outros trtmentos. As curvs os 69 DAE (1/3/23) (Figur 2), n profundidde -,5 m, os trtmentos e Esc.22 presentrm os miores vlores de umidde nos dois primeiros potenciis plicdos, isso é, entre,1 e 1 kp. Nos demis potenciis, não presentrm muits vrições entre os trtmentos, onde os mesmos mostrrm comportmentos e vlores semelhntes nos demis potenciis plicdos, desde 6 15 kp. Nos potenciis de 1 e 15 kp, mior umidde foi verificd no trtmento Esc. 21, similr o d primeir époc ness profundidde. ) Profundidde de -,5 m ) Profundidde de,1 -,15 m UMIDADE VOLUMÉTRICA, m3 m-3 Ajuste V. Ajuste V. Esc.22 Ajuste V. Esc.22 Esc.21 Ajuste V. Esc.21 UMIDADE VOLUMÉTRICA, m 3 m -3 Ajuste V. Ajuste V. Esc.22 Ajuste V. Esc.22 Esc.21 Ajuste V. Esc.21 1 1 1 1 1 POTENCIAL MATRICIAL, kp 1 1 1 1 1 POTENCIAL MATRICIAL, kp Figur 2. Curvs de retenção de águ no solo dos diferentes trtmentos ns profundiddes de -,5 e,1-,15 m os 69 DAE (1/3/23). N profundidde de,1-,15 m, curv presentou conteúdo de águ similr à cmd de -,5 m, onde o mior conteúdo de águ verificou-se pr o trtmento, d sturção té o potencil 1 kp, e nos demis potenciis os vlores presentrm conteúdo de águ semelhntes. O comportmento d curv de retenção pr os diferentes trtmentos é conseqüênci do tmnho de poros. Qulquer lterção n distriuição do
tmnho de poros fet o comportmento d curv de retenção de águ, pois o tmnho dos poros determin o potencil de águ neles retid e, conseqüentemente, tensão necessári pr esvziá-los. Ns profundiddes de -,5 m e,1-,15 m os 18 DAE, ocorrerm lterções mis expressivs ds porosiddes (porosidde totl, micro e mcro) e, conseqüentemente, foi onde ocorreu mior lterção n curv de retenção de águ entre os trtmentos. Anlisndo os vlores d condutividde hidráulic em solo sturdo (K st ) (Figur 3), os 24 DAE, oservou-se que os vlores dos trtmentos com revolvimento do solo, com,57 cm h -1 e Esc. 22 com,67 cm h -1 form significtivmente miores qundo comprdos com os trtmentos sem revolvimento, com,24 cm h -1 e Esc.21 com,28 cm h -1. Esse comportmento é triuído à menor densidde presentds nos trtmentos com revolvimento do solo, que corresponde o e Esc. 22. K SATURADO,cm h -1,8,6,4,2, 24 DAE Esc. Ano 22 Esc. Ano 21 K SATURADO,cm h -1,8,6,4,2, 67 DAE Esc. Ano 22 Esc. Ano 21 Figur 3. Condutividde hidráulic em solo sturdo dos diferentes trtmentos, os 24 e 67 DAE. Médis seguids pel mesm letr não diferem entre si pelo teste DMS (P<5%). No trtmento com, verificou-se um redução d condutividde hidráulic de 2,3 vezes em relção o. A mesm tendênci tmém foi oservd os 67 DAE, com vlores de,15 e,14 cm h -1, pr os trtmentos e Esc. 21, respectivmente, e vlores significtivmente miores pr os trtmentos e Esc.22, com,34 e,38 cm h -1, respectivmente.
DOURADO NETO, D.; NIELSEN, D. R.; HOPMANS, J. W.; REICHARDT, K.; BACCHI, O. O. S.; LOPES, P. P. Progrm pr confecção d curv de retenção de águ no solo, modelo Vn Genuchten. Soil Wter Retention Curve, SWRC (version 3, et).,universidde de São Pulo, Pircic, SP, Brsil, 21. ELRICK,D.; REYNOLDS, W.; BAUMGARTNER, K.; TAN, K.; BRADSHAW, K.1987. In-situ mesurements of hydrulic properties of soils using the Guelph permemeter nd the Guelph infiltrometer. Proceedings Third Interntionl Workshop on Lnd Dringe, Ohio Stte University, pp G13- G23. FERNANDES, B.; GALLOWAY, H. M.; BRONSON, R. D.; MANNERING, J. V. Condutividde hidráulic do solo sturdo, em três sistems de mnejo. Revist Ceres, v.3, p. 232-241.1983. REICHARDT, K. A águ em sistems grícols. Editor Mnole LTDA. São Pulo, Brsil. 188 p, 199. STRECK,C.A. Compctção do solo e seus efeitos no desenvolvimento e produtividde de cultur do feijoeiro e d soj. Snt Mri R.S. 83p. Dissertção (Mestrdo em Agronomi) Universidde Federl de Snt Mri, Snt Mri, 23. VAN GENUCHTEN, M. A closed form eqution for predicting the hydrulic conductivity of unsturted soils. Soil Science Society of Americ Journl, v.44, p. 892-898, 198.