A área destaca condominios residenciais de alto padrão e empreendimentos recentes também de alto padrão, como o Costa Oeste Marina Flat. A situação de abandono do Grande Hotel Itaparica mostra a subutilização do potencial turístico da região. Novas ocupações cresceram de maneira desordenada, prejudicando o meio ambiente (em especial em áreas próximas ao zmangue) e a logística de infra-estrutura e transportes do município. O panorama atual mostra a marcante subutilização da infra-estrutura turística de Itaparica. O exemplo mais emblemático é a situação de total abandono do Grande Hotel de Itaparica. escala analítica: Investimentos recentes como o Programa Baía Azul, a reforma do cais e a construção de um Village e Marina próximos à Fonte da Bica abrem novas possibilidades de crescimento à uma das mais importantes e tradicionais cidades baianas. AMBIENTE URBANO 3.24 A concentração de equipamentos sociais na área - praça, quadra poliesportiva, biblioteca e escola, estádio de futebol afirma uma potencial reestruturação do Grande Hotel Itaparica. Até a década de 1980, a Ilha foi conhecida como estação de veraneio de famílias tradicionais da capital baiana, que vinham desfrutar suas belezas históricas e naturais. Mas a Ilha perdeu atratividade turística para o Litoral Norte ou a Costa do Dendê, e o número cada vez mais reduzido de turistas teve impacto na economia do município cuja base era o turismo. Muitos postos de emprego foram extintos. À população local, restaram o pequeno comércio local e o serviço público. Muitos mantiveram residência na Ilha, mas buscaram emprego em Salvador. Localizado no extremo norte da Ilha de Itaparica, a sede do município ainda guarda a memória de grandes momentos da história em suas ruas e casas. Itaparica foi foco de resistência à dominação de outros povos e marco na luta pela independência do Brasil. Residências, igrejas, praças, casarões e o Forte de São Lourenço são provas materiais do importante papel que o município desempenhou na história nacional.
Área pouco ocupada, fora da malha consolidada da Sede de Itaparica. 3.25 ÁREA COM CARACTERÍSTICAS QUE INDICAM A POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO NA MODELAGEM DE DESENVOLVIMENTO ESPACIAL COMO ZEIS - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL foto:pcl PCL foto: Mangue Área pouco ocupada, fora da malha consolidada da Sede de Itaparica. Apresenta um A nítido contraste de padrões de habitação. Em uma mesma rua, é possível observar uma residência com acabamento externo, de alto padrão e uma residência de taipa. A hachura mostra uma ocupação de habitações de baixo padrão construtivo e carente de infraestrutura, limítrofe a umah área de interesse ambiental: o mangue. O crescimento urbano na área deve ser controlado a fim de se preservar a qualidade ambiental. Área mais densamente ocupada na Sede. Bancos de areia Área utilizada para reforma e construção de barcos. Habitações de alto padrão construtivo em loteamento pouco ocupado. A orla de Itaparica, o conjunto arquitetônico histórico e a cultura local possuem grande atratividade turística. A praia de águas claras, os bancos de areia e o cais fazem parte desse cenário.o turismo foi uma das mais importantes atividades econômicas da Ilha, mas a partir da década de 1980, essa atividade se enfraqueceu devido a concorrência de rotas alternativas. Atualmente, toda a infra-estrutura instalada está subutilizada. O abandono do Grande Hotel Itaparica demonstra claramente esse problema.
Edificações que fazem parte do conjunto arquitetônico da Ilha têm sofrido intervenções que descaracterizam sua historicidade. As fotos demonstram claramente o problema, que ocorre em reformas nas próprias edificações ou em novas construções no seu entorno. Á r e a A Fonte da Bica, cujas águas têm propriedades medicinais, destaca-se por ser utilizada diariamente por moradores locais como fonte de água potável e pelo seu apelo turístico. Mangue Conjunto arquitetônico de interesse histórico preservado. A soma de uma bela paisagem natural e a arquitetura fazem da Ilha um importante ponto turístico. 3.26
Concentração de comércio e serviços próximo à orla, consequência direta do turismo em Ponta de Areia. Uma característica peculiar de Ponta de Areia é a existência de um canal paralelo à Avenida Beira Mar que beira lotes ocupados obrigando a existência de vários pontilhões, inclusive de acesso restrito aos lotes. A configuração resultante é muito pitoresca, embora degradada pelo empobrecimento da área. Este córrego também está sujeito a problemas de salubridade, isso porque recebe chorume do grande volume de lixo deixado às suas margens, além de efluentes domésticos. O córrego dirige a sua água contaminada ao mar. Na Avenida Beira Mar nota-se problemas de manutenção da infra-estrutura existente, o passeio está mal conservado assim como a quadra poli esportiva localizada na orla. LEGENDA: A exemplo do que ocorre nas outras localidades da Meso-Área 2, os maiores problemas causados pela falta de infra-estrutura e baixas condições de habitabilidade localizam-se nas áreas mais afastadas da orla, aí agravados pela elevação significativa da cota de ocupação. A localidade é bastante afetada pela chuva. O transbordamento do córrego e a presença de lama e erosão das ruas não pavimentadas são freqüentes nestes períodos. Área com problemas críticos de drenagem Alta declividade escala analítica: AMBIENTE URBANO Nestas áreas mais elevadas, alguns loteamentos, aparentemente, foram abandonados, e é muito grande o número de lotes vazios, construções e casas com aspecto de abandono. Observou-se também a ocorrência recente de desmembramento irregular de Potencial turístico. 3.27 Mangue AA orla de Ponta de Areia faz parte de uma extensa faixa de praia, de Amoreiras a Itaparica. Freqüentada por moradores de toda ilha, veranistas e visitantes, é uma das praias mais movimentadas do município. Ao longo da Avenida Beira Mar ( única via pavimentada ) concentram-se bares, restaurantes, pousadas e residências de veranistas. Neste conjunto existem barracas que ocupam a praia sem nenhum ordenamento e um grande número delas apresenta aspecto degradado, prejudicando a paisagem praieira. lote com construções de residências de baixo padrão e tipologia e área reduzidas. Isso ocorre principalmente na via que daria acesso à BA-881, em estágio avançado de degradação e empobrecimento. As habitações são notadamente precárias, e a infraestrutura pública não beneficia os moradores da área. AU - PONTA DE AREIRA
LEGENDA: foto:pcl PCL foto: Área com problemas críticos de drenagem Poluição do mangue próximo à orla de Ponta de Areia. A ocorrência de loteamentos infra-estruturados com rede de água e energia elétrica e pouco ocupados é bastante comum em Itaparica. O loteamento de Ponta de Areia também apresenta as características descritas, mas nele foi observada a ocorrência recente de desmembramento irregular de lote: construção de residências de baixo padrão construtivo ( tipo kitnet ). Avançado estágio de degradação da via. ÁREA COM CARACTERÍSTICAS QUE INDICAM A POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO NA MODELAGEM DE DESENVOLVIMENTO ESPACIAL COMO ZEIS - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL A área mais carente de Ponta de Areia têm habitações de baixo padrão construtivo, com um número significativo de habitações de taipa. É notória a precariedade de infra-estrutura da ocupação, que é agravada pela alta declividade do terreno onde está implantada. Em dias de chuva, o acesso à área fica prejudicado. Os equipamentos sociais concentram-se próximo à orla, então, a má qualidade das vias de acesso à ocupação também significa difícil acesso aos equipamentos sociais. O trecho ocupado às margens do córrego é caracterizado pela ocorrência de habitações de dois pavimentos, sem acesso público a via ( no lado do córrego oposto à orla ). Moradores constroem o acesso as suas residências, de maneira pontual e improvisada. Existe ponte e trechos canalizados, onde até a passagem de autos é possível, mas a transposição do córrego deve ser reestruturada para permitir a total ligação entre um lado e outro. O descaso com o córrego torna-se ainda mais claro pela quantidade de lixo que acumula. Esse cenário traz consequências imediadas aos moradores, do mal cheiro do lixo a doenças. Área com problemas críticos de drenagem 3.28
No trecho destacado da Avenida Beira Mar há um conflito frequente entre pedestres e autos. Estudantes e funcionários das escolas José M. Figueredo e Desembargador Antônio de Oliveira transitam sem nenhuma segurança na avenida, mal sinalizada e sem acostamento. Concentração de comércio de pequeno porte próximo à praça. Edificações de três pavimentos são comuns na área. O comércio ocorre no pavimento térreo, e os demais pavimentos têm uso habitacional. As escolas municipais José M. Figueiredo e Antônio O. Martins estão localizadas à margem da " Via Beira Mar " e fora do traçado urbano consolidado. Nesse trecho há um conflito frequente entre pedestres e via expressa. A via, que não possui acostamento e é mal sinalizada, é tomada por estudantes e funcionários dessas escolas em determinados horários. ÁREA COM CARACTERÍSTICAS QUE INDICAM A POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO NA MODELAGEM DE DESENVOLVIMENTO ESPACIAL COMO ZEIS - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL A área destaca-se pela carência de infra-estrutura e equipamentos sociais. Em vermelho, a área mais crítica em Amoreiras, onde o déficit urbano descrito soma-se a habitações de baixo padrão construtivo e a um terreno de alta declividade. escala analítica: AMBIENTE URBANO 3.29 Há uma grande área não edificada em frente a " Via Beira Mar " em que o lixo doméstico é deixado sem qualquer cuidado referente à sua disposição. O lixo se acumula próximo à residências e próximo a um canal que corta a ocupação e segue para o mar. Disposição inadequada de lixo doméstico e contaminação do córrego. Como é comum na Meso-Área 02, Amoreiras mostra na região mais afastada da orla uma ocupação carente de infra-estrutura urbana e de habitações de baixo padrão com uma alta incidência de habitações de taipa. A ocupação é dada parcialmente em área de alta declividade. As ruas não pavimentadas já apresentam sinais claros de erosões causadas pelas chuvas, com grandes ravinas que revelam um solo de origem arenosa e pouco compacto. O quadro é muito problemático porque, embora não haja nenhum caso de deslizamento, o crescimento desenfreado da ocupação está retirando a cobertura vegetal do morro e potencializando o risco de erosões mais graves. Barracos utilizados como depósito por pescadores locais. A análise comparativa entre os tipos de ocupação urbana e habitacional do Município de Itaparica aponta Amoreiras como uma localidade regida por contrastes. Na área mais próxima à orla marítima há uma significativa concentração de infra-estrutura urbana e social. Neste compartimento, concentramse escolas e uma biblioteca, posto policial e posto médico-odontológico. O comércio é diversificado e de mercado abrangente. AU - AMOREIRAS