Slide 1 Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA PROF. DR. SILVANO HIGINO 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 1
Slide 2 Pneumonia Enzoótica dos Suínos 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 2
Slide 3 Etiologia A Pneumonia Enzoótica ou Micoplásmica Suína (MPS) é uma doença crônica, muito contagiosa, caracterizada por uma broncopneumonia catarral que, clinicamente, se manifesta por tosse seca, atraso no ganho de peso, alta morbidade, baixa mortalidade e geralmente, cursa com complicações purulentas. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 3
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Slide 5 Etiologia É a mais comum pneumonia dos suínos, sendo causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae; Tem como habitat o trato respiratório dos suínos. Geralmente, ocorrem complicações secundárias com a Pasteurella multocida que agrava o quadro de pneumonia; De 40% a 80% dos pulmões nos abatedouros apresentam lesões. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 5
Slide 6 Mecanismo de ação Destrói o principal mecanismo de defesa inespecífico do trato respiratório, o elevador mucociliar, pré-dispondo os suínos a patógenos secundários; Ainda não está claro como este microrganismo invade o sistema imune e estabelece uma infecção crônica. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 6
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Slide 8 Epidemiologia As perdas econômicas podem chegar a cerca 30% sobre o ganho de peso, dependendo da gravidade das lesões; A infecção por Micoplasma é frequente em todas as regiões do mundo onde a suinicultura é desenvolvida. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 8
Slide 9 Epidemiologia No Brasil, as áreas mais infectadas são as regiões do Sul e Sudeste, devido ao desenvolvimento da suinocultura; A infecção restringe-se ao sistema respiratório e o agente não sobrevive por mais de 12 horas fora do mesmo, sendo muito sensível ao calor, frio, dessecação e desinfetantes comuns. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 9
Slide 10 Perdas econômicas Estudo do CNPSA EMBRAPA Concórdia, SC, ao avaliar 3.788 suínos de granjas da região sul, estimou perdas de 2,52kg de peso/suíno devido a lesões, desde o nascimento ao abate, o que leva a uma estimativa de perda de aproximadamente 80 milhões de reais por ano. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 10
Slide 11 Transmissão Ocorre por contato direto com as secreções e através de aerossóis; A fonte de infecção mais importante é a porca que transmite a doença à sua leitegada; Leitões, quando misturados com outros, no desmame ou no início do crescimento, também transmitem a doença; A transmissão passiva da infecção pode ocorrer com utensílios usados nas granjas infectadas; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 11
Slide 12 Transmissão Suínos de todas as idades são susceptíveis à doença; Pode afetar leitões já a partir de duas semanas de idade, bem como em animais em fase de reprodução. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 12
Slide 13 Transmissão Os animais adultos têm maior resistência e muitos são portadores inaparentes; São necessárias condições predisponentes para o desenvolvimento da enfermidade, tais como: manejo inadequado, superpopulação de animais, condições ambientais adversas, verminose pulmonar, infecções por vírus e o estresse do desmame. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 13
Slide 14 Sinais Clínicos Apresenta-se sob duas formas clínicas principais: aguda e crônica; Forma aguda: O surto pode ser muito grave, quando o microrganismo é introduzido pela primeira vez numa criação susceptível; Animais de todas as idades são acometidos com uma morbidade de até 100% e mortalidade ao redor de 25%; O principal sintoma é a tosse seca e repetitiva. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 14
Slide 15 Sinais Clínicos Forma crônica: É a mais comum; A tosse é a principal manifestação; Inicia-se em poucos animais, e logo quase todos estão acometidos por ela. É uma tosse curta, crepitante ou seca, mas sempre contínua; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 15
Slide 16 Sinais Clínicos Entretanto, os animais com esta forma crônica têm retardo no crescimento, e num mesmo lote podem ser encontrados animais de diferentes tamanhos; Alguns suínos podem ter reativação da forma crônica e desenvolvem pneumonias agudas; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 16
Slide 17 Diagnóstico O isolamento do microrganismo por cultivo é muito difícil; O M. hyopneumoniae é muito fastidioso, e outros micoplasmas que crescem mais rapidamente podem mascarar o isolamento; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 17
Slide 18 Diagnóstico A imunofluorescência direta e a indireta são métodos muito eficientes para demonstrar o M. hyopneumoniae nas lesões; Também é muito eficiente o método da imunoperoxidase indireta para detectar o microrganismo em cortes histológicos. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 18
Slide 19 Profilaxia Erradicação se dá por meio da retirada dos leitões por cesariana; Eles são levados para outro local, onde são alimentados artificialmente; Promover o parto isolado das fêmeas; Tratamento dos leitões recém-nascidos com antibiótico (totalmente satisfatória). 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 19
Slide 20 Profilaxia Ao serem introduzidos novos suínos no plantel, eles devem ser tratados com 200 mg/kg de peso, na ração, com tetraciclinas, tilosina ou espiramicina por duas semanas; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 20
Slide 21 Principais medidas de controle Uso de vacinas: atualmente, existem no mercado brasileiro várias marcas de vacinas. Em alguns casos pode ser recomendada a vacinação das leitoas com duas doses e das porcas. Erradicação: somente é possível, através da eliminação total do rebanho, seguida de repovoamento com animais livres ou por um programa de desmame precoce segregado. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 21
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Slide 24 Síndrome reprodutiva e respiratória suína Sinonímia: Aborto Azul; A SRRS é uma doença viral, caracterizada por falhas reprodutivas em porcas e transtornos respiratórios em leitões e suínos em crescimento; Doença de notificação obrigatória pela OIE; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 24
Slide 25 Histórico Descrita nos EUA em 1987; Japão 1988; Europa 1990; Não existem relatos no Brasil. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 25
Slide 26 Importância econômica Surtos de PRRS causam aumentos no número de leitões natimortos e aumento de leitões mortos por porca/ano; Custos indiretos com animais mortos, tratamentos de animais doentes e com infecções paralelas, e perdas com o retardamento do crescimento. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 26
Slide 27 Agente etiológico Ordem: Nidovirales SH1 Família: Arteriviridae Tendência a mutar rapidamente; Provoca imunossupressão. Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/cr/v28n1/a31fig01a.gif 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 27
Slide 28 Epidemiologia Altamente Infeccioso (poucas partículas virais são necessárias); Pouco contagioso (não é transmitido facilmente de uma superfície ou de um suíno infectado para outro); Infecção transplacentária (terceiro trimestre); Existência de portadores (transmissores). 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 28
Slide 29 Epidemiologia O PRRSV pode persistir por vários meses em animais infectados, e ser eliminado através de secreções (saliva, urina e sêmen); O contato direto entre animais é a principal forma de transmissão, seguida de aerossóis; Transmissão pelo sêmen; A alta umidade, baixas temperaturas e ventilação moderada favorecem a disseminação do vírus. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 29
Slide 30 Modificações nas síndromes Em meados dos anos 80, os surtos caracterizavam-se por sérios problemas reprodutivos na forma de abortos (tempestades de abortos); Nos anos 90, o vírus tornou-se enzoótico na população suína, caracterizando-se por uma infecção crônica do rebanho suíno, afetando principalmente o trato respiratório, propiciando infecções concomitantes por outros microrganismos; Em 1996, novos surtos de problemas reprodutivos, desta vez ainda mais graves, foram novamente registrados em diversos estados Americanos. SH3 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 30
Slide 31 Modificações nas síndromes Sugeriu-se que a vacinação e/ou o vírus vacinal poderia agravar surtos de PRRS ou causar super PRRS; A partir dessa observação iniciaram-se pesquisas em busca de vacinas mais seguras e estratégias de imunização mais eficientes; Imunidade colostral é insuficiente para gerar proteção. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 31
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Slide 33 Patogenia Vírus RNA (mutações) Infecção oro - nasal Replicação macrófagos alveolares Endocitose mediada por receptor específicos da membrana celular exocitose Replicação no citoplasma Infecção transplacentaria Partículas virais se acumulam em vesículas intracitoplasmáticas Viremia 2 dias PI Infecção das células germinativas testiculares Complexo respiratório suíno 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 33
Slide 34 Sinais Clínicos Sinais respiratórios mais frequentes são espirros, tosse e respiração forçada; Os reprodutivos são parto precoce ou aborto no final da gestação; na mesma leitegada pode-se encontrar tanto leitões normais, como leitões fracos, natimortos, em decomposição e mumificados; No macho, além dos sinais sistêmicos e respiratórios, pode-se observar libido diminuído e diminuição no volume de sêmen. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 34
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Slide 36 Na infecção por PRRSV, pode ser observada a morte fetal progressiva numa ninhada. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 36
Slide 37 Diagnóstico Sorologia (IFD, ELISA); Isolamento do vírus (cultivo do vírus SRRS a partir de soro ou de tecidos); Imunohistoquímica; PCR. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 37
Slide 38 Controle e profilaxia O uso de antibióticos é recomendado para evitar infecções secundárias; Vit. E; A introdução de animais no rebanho deve ser precedida de testes sorológicos e quarentena; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 38
Slide 39 Controle e profilaxia Práticas de manejo tais como a eliminação de fetos e placentas abortadas, desinfecção das instalações; A utilização de vacinas contribuiu para reduzir o impacto da infecção. No entanto, a proteção conferida pela vacina tem se mostrado apenas parcial; 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 39
Slide 40 Prevenção das alterações respiratórias; 2 ml/porco, a partir das 4 semanas de vida, independentemente do peso. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 40
Slide 41 Para reduzir as perturbações reprodutivas; 2 ml/porco; Nulíparas: Administrar uma dose por animal, 4 semanas antes da cobertura; Multíparas: Administrar uma dose por animal, aproximadamente a 60 dias de gestação. 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 41
Slide 42 Obrigado!!! www.profhigino.webnode.com 13/06/2017 PNEUMONIA ENZOÓTICA E SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA 42