Construção de Matrizes

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1 Construção de Matrizes Luís Gustavo Corbellini Laboratório de Epidemiologia Veterinária (EPILAB, UFRGS)

2 Objetivo O objetivo dessa aula é ilustrar, passo a passo, a estimativa de riscos através da utilização de matrizes qualitativas utilizando o modelo adotado pela OIE. 2

3 ou Quantitativa (escalas): Expressa em escalas como alto, moderado e baixo. Conforme MacDiarmid & Pharo (2003) as AvR devem começar pelas avaliações qualitativas Depende do problema e da disponibilidade de dados (opinião do Professor). Quantitativa (numérica): Número de casos ou incidência por ano (AvR Microbiológica); Introdução da doença a cada 100 anos de importação; Falha e detectar um animal verdadeiramente infectado a cada 100; 3

4 Brainstorming 4

5 Vantagens e desvantagens Mais rápida; Não exige conhecimentos avançados em probabilidade e estatística; Mais subjetiva para a tomada de decisões; Quantitativa Pode demorar muito; Exige conhecimentos avançados em probabilidade e estatística; Mais objetiva para a tomada de decisões; 5

6 Relembrando Risco = f probabilidade, consequencia Probabilidade de um evento adverso ocorrer e as consequências associadas. Duas dimensões: 1. Probabilidade não podemos prever exatamente o que vai ocorrer (incertezas) 2. Consequências deste evento 6

7 Quantitativa 7

8 Exemplo hipotético Sobre um determinado produto de origem animal: Em média 5% estão contaminados; Os produtos contaminados terão uma dose x de um determinado patógeno; Por ano, 1 milhão de refeições são feitas em uma região que possui 500 mil habitantes; O gestor está querendo avaliar o impacto dos diferentes tipos de processamento do produto sobre o risco. 8

9 Em AvR microbiológica a sequencia de eventos que levam ao risco é: Exposição Infecção Doença 1. A probabilidade de ocorrer infecção depende do produto estar contaminado (prevalência) e da distribuição de ocorrência da dose de bactérias. 2. Consequência é a ocorrência doença. 3. Produto 1.2 = Risco. 9

10 OutPut em termos de risco médio 10

11 OutPut em termos incidência anual 11

12 12

13 Relembrando o esquema geral de uma AvR (OIE) Introdução [P. Introdução] Exposição [P. Exposição] P. Doença/Infecção [Matriz de Ocorrência] Consequências Risco [Matriz de Risco] 13

14 Níveis qualitativos de probabilidade* Nível Descritor Exemplo de descrição A Alto Altamente provável que o evento ocorra B Moderado Provável que o evento ocorra a uma probabilidade alta C Baixo Improvável que o evento ocorra D Muito Baixo Muito improvável que o evento ocorra E Insignificante O evento teoricamente não ocorreria *Adaptado OIE (2006) 14

15 Exposição Matriz qualitativa de ocorrência da doença ou de um evento Introdução Insignificante Muito Baixo Baixo Moderado Alto Alto I MB B M A Moderado I MB B M M Baixo I I I B B Muito Baixo I I I MB MB Insignificante I I I I I 15

16 Níveis qualitativos da magnitude das consequências* Nível Descritor Exemplo de descrição 1 Insignificante As consequências derivadas da introdução do agente são insignificantes 2 Muito Baixa As consequências derivadas da introdução do agente são mínimas 3 Baixa As consequências derivadas da introdução do agente são baixas 4 Moderada As consequências derivadas da introdução do agente são intermediárias 5 Alta As consequências derivadas da introdução do agente são severas *Adaptado OIE (2006) 16

17 Ocorrência Matriz qualitativa de nível de risco Magnitude das conseqüências 1 Insignificante 2 Muito Baixo 3 Baixo 4 Moderado 5 Alto A (Alto) B (Moderado) C (Baixo) D (Muito Baixo) E (Insignificante) I MB B M A I MB B M A I I MB B M I I I MB B I I I I I 17

18 Limitações das matrizes qualitativas Subjetividade As escalas combinadas, que representam probabilidades condicionais, são mal distribuídas: 50% da matriz é composta por risco insignificante; Pode produzir uma falsa sensação de que não representa risco para um gestor; O contrário também pode ocorrer, estimar riscos altos quando na verdade são baixos; 18

19 Algumas soluções Em algumas situações as estimativas qualitativas podem ser uteis para tomada de decisão; Alguns autores sugerem a utilização de modelos quantitativos, que em muitas situações não são necessariamente complexos; Estimativa de risco através da análise de multicritérios; 19

20 Exemplo 20

21 Voltando ao exemplo da AvR de PRRS Produto: sêmen suíno. Pergunta: Existe risco de introdução de patógenos através da importação de sêmen suíno? Quais seriam as consequências da exposição? 21

22 Exemplo PRRS (hipotético) Importação de palhetas/ampolas por ano. A ser utilizado numa integração com 5000 matrizes em 100 propriedades. Não Introdução sêmen contam. Não Refrigeração elimina? Sim Centrais de IA tem controle? Sim Lote Importado PRRS endêmico Sim Não Prevalência no país. Informações sobre o controle. Informações sobre a sobrevivência do vírus (t/t). 22

23 Probabilidade de introdução: Alta De acordo com a literatura (dados hipotéticos), estima-se 10% do sêmen dos cachaços daquele país estão contaminados com PRRS. As centrais de I.A. não possuem programa de controle específico, então, há uma probabilidade alta de um lote contaminado entrar no país. Estudos sugerem que o vírus podem sobreviver por até 60 dias em temperaturas de congelamento e por até 6 dias em refrigeração (Guarino et al., 2014). Le Potier et al., (1997) sugere que 20% das transmissões ocorre por sêmen contaminado. 23

24 Exposição Sim Infecção IA porcas Sêmen contaminado Sim Dose capaz infectar Não Não Informações sobre dose infectante. 24

25 Probabilidade de exposição: Alta I.A. das porcas com sêmen contaminado resulta em alta probabilidade de exposição. Sêmen tem sido implicado como fonte de infecção para porcas em unidades produtoras de leitões, e um autor já demonstrou soroconversão em leitoas inseminadas com sêmen contaminado (Christopher- Hennings, 1996). 25

26 Exposição Matriz de ocorrência Introdução Insignificante Muito Baixo Baixo Moderado Alto Alto I MB B M A Moderado I MB B M M Baixo I I I B B Muito Baixo I I I MB MB Insignificante I I I I I 26

27 Consequências Diretas Biológicas: morbidade, mortalidade, animais podem se tornar portadores, etc. Saúde pública; Econômica direta: perda de produtividade, perda com a doença, tratamento, etc. Indiretas Custo de controle e erradicação; Indenizações; Mudanças no consumo doméstico de produtos; Embargos na exportação; 27

28 Consequências Sim Conseqüência para a região Sim Difusão dentro da granja Sim Difusão outras granjas Não Conseqüência restrita à granja Infecção de uma porca Não Conseqüência restrita ao caso índice Não Informações sobre características da doença, imunidade. Informações sobre características da doença, densidade de granjas, controle oficial. 28

29 Consequências Cenário Probabilidade Conseqüências Magnitude* Uma porca infectada Baixa Biológicas Econômica direta Difusão Granja Alta Biológica Econômica direta Difusão outras Granjas Moderada** Biológica Econômica direta Baixa Baixa Moderada Moderado Alta Alta * Magnitude em relação a um cenário Macro. ** Considerado que existe um plano de controle oficial. 29

30 Ocorrência Estimativas de risco Magnitude das conseqüências 1 Insignificante 2 Muito Baixo 3 Baixo 4 Moderado 5 Alto A (Alto) I MB B M A B (Moderado) I MB B M A C (Baixo) I I MB B M D (Muito Baixo) I I I MB B E (Insignificante) I I I I I 30

31 Conclusões Em um ano haveria uma probabilidade alta de entrar um lote contaminado e infectar várias porcas. A doença poderia se espalhar dentro das granjas e se não for detectada rapidamente, para outras granjas da região. Assim, o risco estimado é moderado e medidas restritivas a importação poderiam ser impostas. Manejo dos riscos: Importar sêmen de país livre; Importar sêmen de animais testados negativos para PRRS; Importar sêmen de C.I. livres de doenças; 31

32 Incertezas do modelo Falta de conhecimento sobre um determinado parâmetro; relacionada com a falta de informação; Importante descrever as incertezas do modelo num documento; Na avaliação qualitativa, as incertezas podem seguir critério e ser informada textualmente no documento, para cada etapa do modelo (ou seja, probabilidade e consequência). 32

33 No caso de escalas qualitativas* Categorias de Incertezas Descrição Subsídios técnicos provido por evidências científicas oriundas Baixa de diversas fontes e com conclusões similares obtidas entre os autores. Subsídios técnicos provido por evidências científicas oriundas Média Alta de poucas fontes e conclusões com algum grau de divergência entre os autores. Dados escassos ou ausência de informações científicas ou evidências oriundas de observações ou comunicação pessoal. * Adaptado de Pfeiffer,

34 No exemplo anterior, você pode não ter a informação da quantidade de partículas virais que poderiam estar no sêmen e quantas seriam necessárias para causar um infecção. Nesse caso, essa parte do modelo poderia ter uma incerteza alta por ausência de dados disponíveis. 34

35 Retomando 1. O processo de AvR inicia com a definição da pergunta e objetivos; 2. A segunda etapa consiste em identificar o(s) perigo(s); 3. A seguir, estrutura-se o problema através da construção de diagramas e/ou árvores de cenários que auxiliam na visualização do problema e tornam a análise mais transparente Esses diagramas são fundamentais para auxiliar na coleta de informação ao longo dos caminhos de risco. 4. Avaliação da introdução/exposição e consequências através utilizando as matrizes de risco; 5. Risco estimado, confecção de um relatório; 35

36 Importante O modelo de risco apresentado é o modelo adotado pela OIE (Covello Merkhofer, 1993). Ele é muito aplicável para ARI; Porém, a chave de uma AvR é a transparência, o que significa que o modelo tem que ter lógica em seus caminhos, estar claro, ser simples e de fácil comunicação; Deve apresentar clara e objetivamente os conceitos de risco, ou seja, introdução e/ou exposição a um perigo, infecção/doença e consequências. Não precisa estar preso a um modelo adotado, desde que siga os preceitos acima. 36

37 37

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