Indicador de Uso do Crédito e de Propensão ao Consumo

Documentos relacionados
Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Uso do Crédito e Propensão ao Consumo

Indicador de Reserva Financeira

Indicador de Reserva Financeira

Indicador de Reserva Financeira

Indicador de Reserva Financeira

Indicador de Reserva Financeira

Indicador de Reserva Financeira

O CENÁRIO ECÔNOMICO ATUAL NA VISÃO DOS CONSUMIDORES

VILÕES DA INADIMPLÊNCIA: Dívidas que levam ao nome sujo Setembro/17

Quatro em cada dez brasileiros que tiveram nome sujo atribuem negativação ao desemprego, mostra SPC Brasil e CNDL

PESQUISA USO DO CRÉDITO

PESQUISA USO DO CRÉDITO

Indicador de Confiança do Consumidor

57% dos usuários de cartão de crédito não fazem controle efetivo dos gastos, aponta estudo do SPC Brasil e CNDL

ENDIVIDAMENTO E IMPACTOS NAS FINANÇAS DO CONSUMIDOR FEVEREIRO 2018

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS DIA DAS CRIANÇAS

Inadimplentes Brasileiros 2016 Habilidades Financeiras e Restrições ao Consumo. Agosto de 2016

46% dos inadimplentes não têm condições financeiras de pagar as dívidas em atraso nos próximos três meses, mostra SPC Brasil

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário. Abril 2017

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário

USOS DO CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO, CARNÊ E CHEQUE PRÉ-DATADO JULHO 2017

Indicador de Confiança do Consumidor

USO DO FINANCIAMENTO JUNHO 2018

CRÉDITO PARA NEGATIVADOS MARÇO 2017

Vilões da Inadimplência Agosto de 2017

Pelo terceiro ano seguido, desemprego é a principal causa da inadimplência, mostra levantamento do SPC Brasil e CNDL

Indicador de Confiança do Consumidor

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS - DIA DOS PAIS

USO DO CARTÃO DE CRÉDITO JUNHO 2017

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário

ENDIVIDAMENTO E IMPACTOS NAS FINANCAS DO CONSUMIDOR

A CRISE ECONÔMICA NA VISÃO DOS CONSUMIDORES

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS DIA DAS MÃES

Para limpar o nome, 36% dos inadimplentes recorrem a acordo com credor, aponta pesquisa do SPC Brasil e CNDL

PERFILINADIMPLENTE BELOHORIZONTE

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Outubro/15

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS DIA DOS NAMORADOS

Usos do Crédito Crediário e Cartão de loja. Junho de 2016

O CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL NA VISÃO DOS CONSUMIDORES

Indicador de Confiança do Consumidor

Principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho, mostra SPC Brasil

USO DO NOME DE TERCEIROS JUNHO 2017

COBRANÇA E NOTIFICAÇÃO DE DÍVIDAS EM ATRASO MARÇO 2017

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário

COBRANÇA E NOTIFICAÇÃO DE DÍVIDAS EM ATRASO

O USO DO CRÉDITO NAS COMPRAS

AVALIAÇÃO DOS CONSUMIDORES SOBRE O PRIMEIRO SEMESTRE E EXPECTATIVAS PARA 2017 JULHO 2017

CENÁRIO DO EMPRÉSTIMO NO BRASIL: Aquisição, Finalidade e Critérios de Escolha

O CONCEITO DO ENDIVIDAMENTO E AS CONSEQUÊNCIAS DA INADIMPLÊNCIA

Consumidor escolhe modalidade de crédito considerando a menor taxa de juros disponível

Pesquisa Dia das Mães 2017 EXPECTATIVA DOS LOJISTAS

EMPRÉSTIMO DE NOME A TERCEIROS MAIO 2018

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Novembro/16

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Outubro/16

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Dezembro/16

INTENÇÃO DE COMPRA DIA DOS PAIS

PESQUISA DO PERFIL DO INADIMPLENTE

USO DO CHEQUE ESPECIAL JULHO 2017

Pesquisa de Final de Ano

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS PÁSCOA ABRIL 2017

PERFIL DO INADIMPLENTE E DAS DÍVIDAS NO BRASIL

Pesquisa sobre o Dia dos Namorados Expectativa dos lojistas

Setor de Economia, Pesquisa e Mercado

Uso do Cartão de Crédito 2015

Percepção de Consumidores e Micro e Pequenos Empresários sobre a regulamentação de descontos para compras à vista ou em dinheiro

Usos do nome de terceiros. Abril de 2016

USO DO CHEQUE ESPECIAL JUNHO 2018

Expectativa de Vendas NATAL 2016 IPA - Instituto de Pesquisa ACIR ACIR - Associação Comercial, Industrial Empresarial de Rondonópolis

VIDA FINANCEIRA DAS PESSOAS QUE MORAM SOZINHAS MAIO 2017

SONDAGEM DATAS COMEMORATIVAS DIA DAS CRIANÇAS

93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por presente deve cair 22%, aponta SPC Brasil

INTENÇÃO DE COMPRAS PARA O DIA DAS MÃES 2017

Vivendo Além dos Padrões de Vida: ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA

Perfil do Inadimplente 2º trimestre de 2016

Dia das Mães Consumidor vai comprar apenas um presente no valor médio de R$ 104 e pagamento será à vista

Usos do Crediário e Cheque Pré-datado

IMPACTO DAS COMPRAS DE FIM DE ANO NO ORÇAMENTO NOVEMBRO 2017

Usos do Cartão de Crédito

O perfil do endividamento das famílias brasileiras em 2016

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Set/16

VILÕES DA INADIMPLÊNCIA Setembro/15

COMPRAS DE PRODUTOS DE LUXO NO EXTERIOR

108 milhões de consumidores vão às compras no Natal, mas gasto médio deve cair 5,3%, apontam SPC Brasil e CNDL

Pesquisa com Empresários

PESQUISA PERFIL DO CONSUMIDOR INADIMPLENTE

Indicador de Confiança do Consumidor

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

Pesquisa sobre o DIA NAMORADOS 2017 EXPECTATIVA CONSUMIDORES

HABILIDADES FINANCEIRAS E RESTRIÇÕES AO CONSUMO DOS INADIMPLENTES NO BRASIL

INTENÇÃO DE COMPRAS PARA O DIA DAS MÃES. Maio de 2016

COPA DO MUNDO 2018: UMA EM CADA QUATRO FAMÍLIAS PRETENDE CONSUMIR MAIS

METODOLOGIA. Objetivo da pesquisa. Informações técnicas: Pesquisa quantitativa entrevistas via telefone. Público-alvo: Empresários de Belo Horizonte

PESQUISA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Análise de Endividamento do Consumidor Junho

Quatro em cada dez inadimplentes não pretendem pagar dívida nos próximos três meses, revela SPC Brasil

Transcrição:

Indicador de Uso do Crédito e de Propensão ao Consumo Fevereiro/2018

Um em cada quatro consumidores utilizou alguma modalidade de crédito em janeiro O crédito pode ser um aliado do consumidor. Mas também pode ser a porta de entrada para o descontrole financeiro. Os anos 2000 foram marcados pela sua expansão. Nos anos mais recentes, marcados por severa recessão da economia brasileira, o que se destacou foi a inadimplência, isto é, o crédito não honrado. O Indicador de Uso do Crédito, apurado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, busca medir a procura do consumidor brasileiro pelas modalidades de crédito mais utilizadas e investigar a forma como esses consumidores lidam com esses instrumentos, bem como a sua capacidade de solvência. Os números são apurados desde fevereiro de 2017. Em janeiro de 2018, o indicador marcou 28,1 pontos, numa escala de zero a 100 pontos. Quanto mais próximo de 100, maior o uso do crédito; quanto mais distante, menor o uso. O resultado ficou abaixo do observado em dezembro, mês que concentra as compras de final de ano. Como nos meses anteriores, o cartão de crédito apareceu com destaque: 36,0% dos entrevistados afirmaram ter feito alguma compra com a modalidade em janeiro. Em seguida, aparecem o crediário, com 12,1% das citações; os empréstimos (8,1%), o uso do cheque especial (6,9%); e financiamentos (5,8%). No total, 42,4% dos consumidores recorreram a pelo menos uma das modalidades acima listadas. Complementarmente, 57,6% não utilizaram nenhuma dessas modalidades em janeiro. No quadro de acesso ao crédito, 43,4% disseram possuir cartão de crédito e 19,4% mencionaram o crediário. Além dessas modalidades, os

financiamentos ativos, isto é, com parcelas a pagar, foram citados por 16,3%; o cheque especial à disposição, por 15,1%; e os empréstimos em instituições financeiras, por 13,9%. A sondagem ainda mostra que, para a metade dos consumidores (50,9%), a contratação de empréstimos e financiamentos é considerada difícil. Apenas 13,7% consideram a contratação de crédito fácil e 21,9% consideraram nem fácil nem difícil. Nas lojas, 22,3% tiveram o crédito negado ao tentar fazer uma compra parcelada. Os principais motivos, segundo esses entrevistados, foram a falta de comprovação ou insuficiência de renda, mencionada por 8,0%; e a negativação do nome (7,0%). Além dos que tiveram crédito negado, 57,5% não tentaram fazer compras parceladas e 20,3% tentaram e conseguiram. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a dificuldade relatada pelos consumidores foi reflexo da queda nas concessões de crédito ocorrida no período mais agudo da crise. Em razão das incertezas deflagradas pela crise, a análise de crédito tornou-se mais criteriosa e as concessões caíram ao longo de 2015 e 2016. Somente agora o crédito começa a recuperar-se, mas é prudente que haja controle e critérios sobre as concessões por parte das instituições. O consumidor também deve ser cauteloso, avaliando previamente se terá condições de arcar com os compromissos assumidos e evitando, no caso do cartão de crédito, aceitar um limite de crédito que vai muito além de sua renda. Caso contrário, corre o risco de descontrolar suas finanças e a saída dessa situação pode demorar pois, a depender do tamanho da dívida e dos juros, a renegociação pode envolver prazos longos, diz. Um dado reflete as dificuldades que podem decorrer do mau uso do crédito. Entre aqueles que tomaram empréstimos e financiamentos em algum momento, 48,1% relatam atrasos, sendo que, para 14,9% ainda existem parcelas em atraso.

Cartão de crédito Para 41% dos consumidores, valor fatura do cartão aumentou. 23% entraram no rotativo As propostas de cartão de crédito vindas de bancos, lojas de varejo e outras instituições são frequentes. Fácil de obter e cômodo para usar, esses cartões foram lembrados por quase quatro em cada dez consumidores. De acordo com a sondagem, entre os que utilizaram o cartão, 40,6% notaram aumento do valor da fatura, enquanto 34,7% notaram estabilidade e 20,8% notaram diminuição. Questionados sobre o gasto total da fatura, o valor médio foi de R$ 848,59. Ainda de acordo com a sondagem, em janeiro, 76,0% dos consumidores pagaram o valor integral da fatura, ante 22,6% que entraram no rotativo, sendo que 8,3% pagaram um valor entre o mínimo e o total; 5,2% ainda não tinham pagado no período da sondagem; 4,5% pagaram somente o mínimo e 3,8% pagaram um valor abaixo do mínimo (3,8%). Cartão de crédito e cheque especial são as modalidades com as quais o consumidor mais deve estar atento. Uma vez aprovadas, essas modalidades de crédito ficam à disposição do cliente e pode ser usadas com facilidade. Nos dois casos, porém, as taxas de juros são bastante pesadas, o que pode criar uma bola de neve, alerta Kawauti. A lista de itens comprados com o cartão de crédito é ampla e variada. Os Alimentos no supermercado foram os itens mais citados, lembrados por 59,0% desses consumidores. Em seguida, vieram os Remédios (45,5%), as Roupas, Calçados e Acessórios (33,7%) e Combustível (32,3%). Itens comprados com cartão de crédito Alimentos 59,0% Remédios 45,5% Roupas, Calçados, Acessórios 33,7% Combustível 32,3% Bares e restaurantes 25,0% Recarga para telefone celular 21,2% Maquiagem, perfumes, cremes, loções, etc. 14,6% Eletrônicos 10,8% Acessórios para automóveis 10,8% Salão de beleza 9,7% Eletrodomésticos 9,4% Materiais de construção 9,0% Livros 9,0% Viagens 8,3% Artigos de cama, mesa e banho 6,9%

Crediário Gasto médio com crediário foi de R$ 400,53 em janeiro O crediário, ou carnê, pode ser uma opção para quem não dispõe de cartão de crédito nem de dinheiro para o pagamento à vista. Em alguns casos, implica o pagamento de juros, o que o torna desvantajoso na comparação com o cartão de crédito pago em dia, já que boa parte das lojas oferece parcelamento sem juros no cartão. Pela sondagem, o gasto médio no crediário foi de R$ 400,53. Já os itens mais comprados com essa modalidade foram as Roupas (43,3%), alimentos no supermercado (27,8%), e Eletrônicos (26,8%). Móveis e eletrodomésticos, frequentemente oferecidos via crediário, foram citados por 18,6%. Itens comprados no crediário Roupas, Calçados, Acessórios 43,3% Alimentos 27,8% Eletrônicos 26,8% Eletrodomésticos 18,6% Artigos de cama, mesa e banho 17,5% Móveis 9,3% Recarga para telefone celular 7,2% Maquiagem, perfumes, cremes, loções, etc. 4,1% Não sei 5,2% Outros 3,1% Propensão ao consumo e situação das finanças Ainda no aperto: 78% dos consumidores dizem estar no vermelho ou sem sobra de dinheiro Em fevereiro de 2017, permaneceu elevado o percentual de consumidores que intencionavam cortar gastos no mês: quase a metade (49,4%) manifestaram essa intenção. Além desses, 40,4% pretendiam manter o mesmo nível e 8,4% pretendiam aumentar. Entre os que pretediam cortar, as principais razões foram os preços elevados (37,2%); a busca constante por economizar (24,8%); o desemprego (19,5%); a redução dos ganhos (18,2%); o endividamento (14,7%); e a pretensão de formar reserva financeira (13,7%). Refletindo sobre o estado das finanças, a maior parte dos consumidores ainda disseram estar no zero a zero (40,1%) ou mêsmo no vermelho (37,9%). Apenas 18,4% afirmaram estar com sobra de dinheiro. As principais razões para estar no vermelho, segundo esses entrevistados, foram os preços altos e

a dificuldade de pagar as contas (53,8%); a redução da renda (26,7%); a perda do emprego (18,2%); e a perda de controle dos gastos (12,2%) Situação Financeira No zero a zero 40,1% No vermelho 37,9% No azul 18,40% Entre os produtos que os consumidores pretendem comprar em março, excetuando-se os itens de supermercado, os remédios lideram a lista, citados por 27,6%. Em seguida, aparecem as roupas, calçados e acessórios (18,9%); a recarga para celular (18,4%), entre outros, conforme a tabela abaixo. Produtos que pretende comprar em março Remédios 27,6% Roupas, Calçados, Acessórios 18,9% Recarga para telefone celular 18,4% Perfumes, cremes, loções, maquiagem, etc. 15,3% Livros 10,4% Salão de beleza 8,3% Eletrônicos 8,0% Artigos de cama, mesa e banho 7,5% Materiais de construção 7,5% Eletrodomésticos 7,3% Móveis 7,1% Viagens 5,5% Outros 3,6% Carro/moto 2,3% Brinquedos 2,3% Casa 1,9% Não sei 11,1% Nenhum 30,0%

Em síntese, os dados acerca da situação financeira dos consumidores são bastante claros ao mostrar que, apesar de a economia ter iniciado um processo de recuperação, muitas famílias ainda estão em situação de aperto. Justamente esses casos demandam mais cuidado no uso do crédito, pois o acesso irrestrito e o uso irrefletido das modalidades disponíveis pode agravar ainda mais a situação. À medida que a renda se recupere e o desemprego caia de maneira mais expressiva, o quadro da situação financeira das famílias deve melhorar, alimentando o consumo de maneira geral e, em particular, o uso do crédito. Metodologia A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileira, a saber: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. Os dados foram coletados via web e presencialmente no mês de junho. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.