RELATÓRIO DE AUDITORÍA, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO DA TELEFONICA, S.A. CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2009



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RELATÓRIO DE AUDITORÍA, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO DA TELEFONICA, S.A. CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2009

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2009

TELEFÓNICA, S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS DE ENCERRAMENTO DOS EXERCÍCIOS (Milhões de euros) ATIVO Notas 2009 2008 ATIVO NÃO CIRCULANTE 75.589 76.768 Imobilizado intangível 5 129 81 Marcas, patentes e licenças 45 4 Software 19 15 Outros intangíveis 65 62 Imobilizado tangível 6 411 404 Terrenos e construções 178 178 Instalações técnicas e outros imobilizados tangíveis 179 207 Imobilizado em andamento e adiantamentos 54 19 Investimentos imobiliários 7 328 336 Terrenos 65 65 Construções 263 271 Participações em empresas do Grupo e coligadas 8 70.565 69.889 Investimentos 66.542 63.795 Créditos com empresas do grupo e coligadas 4.000 6.070 Outros ativos financeiros 23 24 Investimentos financeiros a longo prazo 9 3.059 4.253 Investimentos 544 383 Créditos a terceiros 59 25 Ganhos com operações de derivativos 16 2.358 3.458 Outros ativos financeiros 98 387 Imposto de renda diferido ativo 17 1.097 1.805 ATIVO CIRCULANTE 9.549 11.673 Contas a receber 10 844 546 Participações em empresas do grupo e coligadas de Curto Prazo 8 3.199 9.512 Créditos com empresas do Grupo e coligadas 3.141 9.383 Ganhos com operações de derivativos 29 101 Outros ativos financeiros 29 28 Investimentos financeiros de curto prazo 9 522 1.002 Créditos a empresas 5 46 Ganhos com operações de derivativos 16 517 956 Despesas do período seguinte 13 8 Disponibilidades 4.971 605 Caixa e equivalentes 4.971 605 TOTAL ATIVO 85.138 88.441 As Notas 1 a 22 e o Anexo I são parte integrante destes balanços patrimoniais 1

TELEFÓNICA, S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS DE ENCERRAMENTO DOS EXERCÍCIOS (Milhões de euros) PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Notas 2009 2008 PATRIMONIO LÍQUIDO 28.290 27.326 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 28.617 27.477 Capital social 11 4.564 4.705 Ágio na emissão de ações 11 460 460 Reservas 11 20.145 24.087 Reserva Legal 984 984 Outras reservas 19.161 23.103 Ações em tesouraria 11 (527) (2.179) Resultado do exercício 3 6.252 2.700 Dividendos declarados 3 (2.277) (2.296) AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 11 (327) (151) Ativos financeiros disponíveis para a venda (91) (229) Operações de cobertura ( hedge ) (236) 78 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 40.642 41.317 Provisões 42 42 Outras provisões 42 42 Dívidas de longo prazo 12 8.579 9.761 Obrigações e outros valores negociáveis 13 192 288 Empréstimos e financiamentos 14 6.833 7.225 Perdas com operações de derivativos 16 1.488 2.241 Outras Obrigações Financeiras 66 7 Obrigações com empresas do grupo e coligadas de Longo Prazo 15 31.984 30.955 Imposto de renda diferido passivo 17 37 559 PASSIVO CIRCULANTE 16.206 19.798 Provisões de Curto Prazo 4 5 Dívidas de curto prazo 12 2.121 3.059 Obrigações e outros valores negociáveis 13 335 1.567 Empréstimos e financiamentos 14 481 788 Perdas com operações de derivativos 16 1.305 704 Obrigações com empresas do grupo e coligadas 15 13.829 16.568 Fornecedores e outras contas a pagar 12 244 164 Receitas diferidas 8 2 TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO E PASSIVO 85.138 88.441 As Notas 1 a 22 e o Anexo I são parte integrante destes balanços patrimoniais 2

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO (Milhões de euros) Notas 2009 2008 Receita operacional líquida 18.1 6.863 8.367 Prestações de serviços empresas do Grupo e coligadas 433 357 Prestações de serviços empresas fora do Grupo 5 6 Dividendos de empresas do Grupo e coligadas 5.763 7.135 Receita de juros de empréstimos concedidos a empresas do Grupo e coligadas 662 869 Desvalorização e resultado por alienações de instrumentos financeiros 18.9 1.080 (4.219) Desvalorização e Perdas 8.2 1.087 (4.182) Resultado de alienações e outros (7) (37) Outras receitas operacionais 18.2 145 109 Receitas acessórias e outras com empresas do Grupo e coligadas 88 93 Receitas acessórias e outras com empresas fora do Grupo 57 16 Despesas com pessoal 18.3 (169) (167) Salários, remunerações e semelhantes (140) (150) Encargos sociais (29) (17) Outras despesas operacionais (375) (384) Serviços de terceiros a empresas do Grupo e coligadas 18.5 (74) (78) Serviços de terceiros a empresas fora do Grupo 18.5 (290) (290) Tributos (11) (16) Depreciação / Amortização 5, 6 e 7 (68) (72) RESULTADO OPERACIONAL 7.476 3.634 Receitas financeiras 18.6 104 223 De participações em instrumentos patrimoniais 16 41 De valores negociáveis e outros instrumentos financeiros: 88 182 De empresas do Grupo e coligadas - 22 De terceiros 88 160 Despesas financeiras 18.7 (1.888) (3.027) Por obrigações com empresas do Grupo e coligadas (1.717) (2.652) Por obrigações com terceiros (171) (342) Por atualização de provisões - (33) Variação do valor justo de instrumentos financeiros (11) 5 Carteira de negociação e outros 23 (6) Apropriação ao resultado do exercício por ativos financeiros disponíveis para a venda 11.2 (34) 11 Variação cambial 18.8 (75) (57) RESULTADO FINANCEIRO (1.870) (2.856) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 20 5.606 778 Imposto de renda 17.2 646 1.922 RESULTADO DO EXERCÍCIO 6.252 2.700 As Notas 1 a 22 e o Anexo I são parte integrante destas demonstrações de resultados 3

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO A) DEMONSTRAÇÕES DAS RECEITAS E DESPESAS RECONHECIDAS (RESULTADOS ABRANGENTES) (Milhões de euros) Notas 2009 2008 Resultado do exercício (das demonstrações de resultados) 6.252 2.700 Receitas e despesas registradas diretamente ao patrimônio 11.2 (146) (405) líquido Por avaliação de instrumentos financeiros: 164 (390) Ativos financeiros disponíveis para a venda 164 (390) Por hedges de fluxos de caixa (371) (189) Efeitos fiscais 61 174 Transferências às demonstrações de resultados 11.2 (30) 27 Por avaliação de instrumentos financeiros: 34 (11) Ativos financeiros disponíveis para a venda 34 (11) Por hedges de fluxos de caixa (76) 50 Efeitos fiscais 12 (12) TOTAL DE RECEITAS E DESPESAS RECONHECIDAS 6.076 2.322 As Notas 1 a 22 e o Anexo I são parte integrante das Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido. 4

TELEFÓNICA, S.A. B) DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO (Milhões de euros) Capital social Ágio na emissão de ações Reservas Ações em tesouraria Resultados de exercícios anteriores Resultado do exercício Dividendos declarados Ajustes de avaliação patrimonial TOTAL Saldo Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2007 4.773 521 7.991-6.620 - (1.652) - 18.253 Efeito da primeira aplicação do PGC 2007-1.075 12.962 (1.074) - - - 227 13.190 Saldo em 1º de janeiro de 2008 4.773 1.596 20.953 (1.074) 6.620 - (1.652) 227 31.443 Total receitas e despesas reconhecidas - - - - - 2.700 - (378) 2.322 Operações com sócios ou proprietários (68) (1.136) (1.875) (1.105) - - (2.296) - (6.480) Reduções de capital (68) (1.136) - 1.204 - - - - - Distribuição de dividendos - - (1.869) - - - (2.296) - (4.165) Operações com ações em tesouraria (líquidas) - - (6) (2.309) - - - - (2.315) Destinação de resultados de exercícios anteriores - - 4.968 - (6.620) - 1.652 - - Outras variações do patrimônio líquido - - 41 - - - - - 41 Saldo em 31 de dezembro de 2008 4.705 460 24.087 (2.179) - 2.700 (2.296) (151) 27.326 Total receitas e despesas reconhecidas - - - - - 6.252 - (176) 6.076 Operações com sócios ou proprietários (141) - (4.346) 1.652 - - (2.277) - (5.112) Reduções de capital (141) - (2.167) 2.308 - - - - - Distribuição de dividendos - - (2.280) - - - (2.277) - (4.557) Operações com ações em tesouraria (líquidas) - - 101 (656) - - - - (555) Destinação de resultados de exercícios anteriores - - 404 - - (2.700) 2.296 - - Saldo em 31 de dezembro de 2009 4.564 460 20.145 (527) - 6.252 (2.277) (327) 28.290 As Notas 1 a 22 e o Anexo I são parte integrante destas demonstrações das mutações do patrimônio líquido. 5

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO (Milhões de euros) Notas 2009 2008 A) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 8.437 8.068 Resultado do exercício antes dos impostos 5.606 778 Ajustes do resultado: (5.567) (857) Depreciação do Imobilizado 5,6, e 7 68 72 Lucro na alienação de sociedades consolidadas 8.1 - (3) Provisão para desvalorização de participações em empresas do Grupo e associadas 8.2 (1.087) 4.182 Provisão para desvalorização de participações em empresas fora do Grupo 7 1 Perdas procedentes do imobilizado financeiro, carteira de controle - 39 Dividendos de empresas do Grupo e coligadas 18.1 (5.763) (7.135) Receita de juros de empréstimos concedidos a empresas do Grupo e coligadas 18.1 (662) (869) Resultado financeiro líquido 18.6 e 18.7 1.870 2.856 Variações no capital circulante: 16 (301) Contas a receber e outras contas a receber 86 (250) Outros ativos circulantes (51) (16) Fornecedores e outras contas a pagar 47 (96) Outros passivos circulantes 1 (4) Outros ativos e passivos não circulantes (67) 65 Outros fluxos de caixa das atividades operacionais 20 8.382 8.448 Pagamento líquido de juros (974) (2.644) Recebimento de dividendos 7.784 8.248 Recebimento/(pagamento) de imposto de renda 20 1.572 2.844 B) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 804 (762) Pagamentos de investimentos 20 (1.403) (2.983) Recebimento de alienações de investimentos 20 2.207 2.221 C) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (4.790) (8.935) Recebimentos / (Pagamentos) de instrumentos de patrimônio 11.a (311) (2.224) Recebimentos / (Pagamentos) de instrumentos de passivo financeiro 20 78 (2.546) Pagamentos de dividendos 11.d (4.557) (4.165) D) EFEITO DAS VARIAÇÕES DAS TAXAS DE CÂMBIO (85) 321 E) AUMENTO/(DIMINUIÇÃO) LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTES 4.366 (1.308) Caixa e Equivalentes no início do período 605 1.913 Caixa e Equivalentes no final do período 4.971 605 As Notas 1 a 22 e o Anexos I são parte integrante destas demonstrações de fluxos de caixa 6

TELEFÓNICA, S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (1) INTRODUÇÃO E INFORMAÇÕES GERAIS Telefónica, S.A. (doravante, indistintamente, Telefónica, a Sociedade ou a Companhia) é uma sociedade anônima mercantil, constituída por tempo indeterminado no dia 19 de abril de 1924, com a denominação social de Compañía Telefónica Nacional de España, S.A., sendo que a atual denominação social da Telefónica, S.A. vigora desde o mês de abril de 1998. A Companhia tem seu domicílio social em Madri (Espanha), Rua Gran Vía número 28, e é titular do Código de Identificação Fiscal (CIF) número A-28/015865. De acordo com o artigo 4º de seu Estatuto Social, o objeto social básico da Telefónica é a prestação de todo tipo de serviços públicos ou privados de telecomunicações, bem como dos serviços auxiliares ou complementares ou derivados dos de telecomunicações. Todas as atividades integrantes desse objeto social poderão ser desenvolvidas tanto na Espanha como no exterior, podendo ser realizadas diretamente de forma total ou parcial pela Sociedade, ou pela titularidade de ações ou participações em sociedades ou outras entidades jurídicas com objeto social idêntico ou análogo. Em consonância com isto, a Telefónica é atualmente a controladora de um grupo de empresas que desenvolvem sua atividade principalmente nos setores de telecomunicações, mídia e entretenimento, fornecendo uma ampla gama de serviços com uma visão internacional. A Companhia está submetida ao regime tributário geral estabelecido pelo Estado Espanhol, pelas comunidades autônomas e pelas corporações locais, sendo tributada, em conjunto com a maior parte das empresas controladas de seu Grupo sediadas na Espanha, de acordo com o Regime de Tributação Consolidada dos Grupos de Sociedades. (2) BASES DE APRESENTAÇÃO a) Imagem fiel As demonstrações financeiras anexas foram preparadas a partir dos registros contábeis da Telefónica S.A. e foram elaboradas pelos Administradores da Sociedade de acordo com os princípios e normas contábeis emanados do Código Comercial descritos no Plano Geral de Contabilidade em vigor na data de encerramento das presentes demonstrações financeiras, de forma a refletir a imagem fiel do patrimônio, da situação financeira, dos resultados e dos fluxos de caixa gerados durante o exercício de 2009. 7

Os valores constantes nos documentos que compõem as demonstrações financeiras anexas estão expressos em milhões de euros, e, portanto, são suscetíveis de arredondamento, salvo indicação em contrário, sendo o euro a moeda funcional. b) Informações comparativas Em virtude do estabelecido na disposição final primeira da Lei 16/2007, de 4 de julho, de alteração e adaptação da legislação mercantil em matéria contábil para sua harmonização internacional com base na normativa da União Europeia, o Plano Geral de Contabilidade foi objeto de uma profunda alteração, e foi aprovado mediante o Real Decreto 1514/2007, de 16 de novembro. A Telefónica está obrigada a aplicar o novo Plano Geral de Contabilidade (PGC 2007), para preparar e apresentar suas informações financeiras individuais a partir de 1º de janeiro de 2008. Consequentemente, as demonstrações financeiras correspondentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (que foram aprovados pela Junta Geral de Acionistas celebrada em 23 de junho de 2009) foram preparadas de acordo com os critérios de registro e avaliação contidos nesse plano. A Sociedade considerou como data de transição 1º de janeiro de 2008. Por ocasião da publicação de 30 de Setembro de 2009 do Boletim Oficial do Instituto de Contabilidade e Auditoria número 79, na qual trata a consulta número 2 sobre a classificação contábil das contas individuais na Demonstração de resultados de uma holding e sobre a determinação de montante líquido do volume de negócios, foi modificado a apresentação da demonstração de resultado em relação à conta de Receitas de dividendos e receitas de financiamento concedido para as empresas beneficiárias por reclassificação da receita de Dividendos de empresas do Grupo e associadas", e "Receitas de Juros de empréstimos a empresas do grupo e associadas", sob o título de receita líquida operacional no ano de 2009. Do mesmo modo, procedeu à reclassificação da conta de Desvalorização e resultado de alienação de instrumentos financeiros de empresas do grupo e associadas", bem como os lucros da venda de investimentos, apresentando-os no resultado operacional da demonstração de resultado da Companhia. Da mesma forma, em conformidade com as disposições da regulamentação no Plano Geral de Contabilidade, especificamente em sua norma de registro e avaliação 22ª e 5ª para a preparação das contas anuais foram reclassificados os valores de 2008 para as mesmas linhas mencionadas no parágrafo anterior, a fim de preservar a comparação das informações apresentadas na Demonstração de Resultados. Além disso, foram apresentadas as demonstrações de fluxos de caixa para os dois exercícios financeiros, de 2009 e 2008, com base nos mesmos critérios. Amortização fiscal do ágio Em dezembro de 2007 deu início a um processo da Comissão Europeia ao Reino da Espanha, motivados pela consideração possível da dedução dos auxílios estatais para a amortização fiscal do ágio gerado no investimento estrangeiro determinados nos termos das disposições artigo 12.5 do texto revisto da Lei de Imposto (TRLIS a seguir). A abertura do processo citado criou incertezas significativas, à medida que a decisão da Comissão pode afetar o futuro, entre outros, o Grupo Telefónica. 8

No caso do Grupo Telefónica, dada a incerteza mencionada acima, a empresa considerou necessário registrar um passivo nas demonstrações financeiras consolidadas, à medida que ia aplicando o incentivo fiscal, até que esta questão permaneça sem esclarecimento. Em dezembro de 2009 foi publicado o texto da Decisão tomada pela Comissão Europeia a respeito desse processo, que considera a dedução como um auxílio estatal, apesar de que os investimentos efetuados anteriormente a 21 de dezembro de 2007 (caso dos investimentos realizados pelo Grupo Telefónica nas companhias do grupo O2, operadoras adquiridas junto a BellSouth, Colômbia Telecomunicaciones, S.A., ESP e Telefónica O2 República Tcheca) não foram afetados por essa decisão. Como consequência dessa decisão, e levando em conta a estrutura societária desses investimentos, a conta de resultados da Telefónica, S.A. reflete, no final do exercício de 2009, uma menor despesa de imposto de renda pela reversão de tal passivo, no valor de 584 milhões de euros. c) Uso de estimativas Na preparação das Demonstrações financeiras da Sociedade, foram realizados estimativas que estão baseadas na experiência histórica e em outros fatores que são considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias atuais e que constituem a base para estabelecer o valor contábil dos ativos e passivos cujo valor não é facilmente determinável mediante outras fontes. A sociedade revisa suas estimativas de forma contínua. As principais hipóteses de futuro assumidas e outras fontes relevantes de incerteza nas estimativas na data de encerramento, que poderiam ter um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras do próximo exercício, são apresentadas a seguir. Se houver uma mudança significativa nos fatos e circunstâncias em que as estimativas são baseadas poderia gerar um impacto material sobre os resultados e na posição financeira da Companhia. Provisões para desvalorização de investimentos em empresas do Grupo, multigrupo e coligadas O tratamento contábil dos investimentos em empresas do grupo, controladas e coligadas implica na realização de estimativas em cada encerramento de exercício para determinar se existe uma desvalorização no valor dos investimentos e, consequentemente, a necessidade de registrar um débito no resultado do período ou, então, de reverter uma provisão previamente registrada. A determinação da necessidade de registrar uma perda por desvalorização, ou, se for caso, sua reversão, envolve a realização de estimativas incluem, entre outras, a análise das causas da possível desvalorização (valorização ou, se for o caso) do valor, assim como a data prevista e o respectivo montante. Para os investimentos nas empresas do Grupo, controladas e coligadas, o valor recuperável é calculado de acordo com o indicado na Nota 4 e. As incertezas inerentes às estimativas necessárias para determinar o montante do valor recuperável e os pressupostos sobre o desenvolvimento futuro de investimentos envolvem um grau significativo de julgamento, na medida em que o momento e a natureza das mudanças futuras no negócio são difíceis de prever. 9

Impostos diferidos A Companhia avalia a recuperabilidade dos ativos de impostos diferidos com base em estimativas de resultados futuros. A recuperação depende, em última instância, da capacidade de gerar lucro tributável no período em que os ativos de impostos diferidos são dedutíveis. A análise leva em consideração o cronograma da reversão de passivos de impostos diferidos, assim como as estimativas de lucro tributável com base em projeções internas, que são atualizados para refletir as tendências mais recentes. A determinação da classificação adequada dos lançamentos de caráter fiscal depende de vários fatores, incluindo a estimativa de tempo e realização de ativos de impostos diferidos e do momento previsto de pagamento de impostos. Os fluxos reais de recebimentos e pagamentos do imposto de renda podem diferir dessas estimativas, devido a alterações na legislação tributária, ou de transações futuras imprevistas que possam afetar os saldos fiscais. (3) PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS O resultado obtido pela Telefónica, S.A. no exercício de 2009 foi um lucro de 6.252 milhões de euros. Consequentemente, a proposta de distribuição do resultado do exercício de 2009, formulada pelo Conselho de Administração da Sociedade para ser submetida à aprovação da Assembleia Geral de Acionistas, é a seguinte: Milhões de euros Base de distribuição: Saldo da demonstração do resultado (Lucro) 6.252 Destinação: Dividendos declarados (pago em maio de 2009) 2.277 Para reserva de ágio 2 Para reserva voluntária 3.973 O Conselho de Administração da Telefónica, S.A., em sua reunião celebrada no dia 29 de abril de 2009, decidiu o pagamento de um dividendo intermediário com base nos lucros do exercício de 2009, de um valor fixo de 0,5 euros brutos para cada uma das ações existentes e em circulação da Companhia com direito a recebê-lo. O pagamento do mencionado dividendo ocorreu no último dia 12 de maio de 2009. O valor total foi de 2.277 milhões de euros, tendo sido totalmente pago (veja Nota 11.1 d). 10

A demonstração financeira provisória preparada pela Companhia de acordo com os requisitos legais, demonstrando a existência de liquidez suficiente no momento da aprovação do mencionado dividendo intermediário, foi a seguinte. Milhões de euros Demonstração financeira de 29 de abril de 2009 Resultados obtidos desde 1º de janeiro até 31 de março de 2009 3.024 Apropriações obrigatórias para reservas - Lucro distribuível 3.024 Dividendo intermediário proposto (valor máximo) 2.352 Situação da tesouraria em 29 de abril de 2009 Recursos disponíveis para distribuição: Caixa e equivalentes de caixa 2.218 Créditos disponíveis 4.667 Dividendo intermediário proposto (valor máximo) (2.352) Diferença 4.533 Para garantir as necessidades de liquidez para o próximo ano, a Companhia mantém uma gestão efetiva dos riscos de liquidez conforme indicado na Nota 16. 11

(4) NORMAS DE REGISTRO E AVALIAÇÃO As principais normas de avaliação utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício de 2009 foram as seguintes: a) Imobilizado intangível Os ativos intangíveis são registrados por seu custo de aquisição ou produção, deduzidos da amortização acumulada e eventuais perdas acumuladas por deterioração de seu valor. Em cada caso se analisa e determina se a vida econômica útil de um ativo intangível é definida ou indefinida. Os ativos intangíveis que têm uma vida útil definida são amortizados sistematicamente ao longo da vida útil estimada e sua recuperabilidade é analisada quando eventos ou mudanças que indicam que o valor líquido contábil pode não ser recuperável. Os métodos e os períodos de amortização aplicados são revisados ao final do exercício e, se necessário, ajustados de forma prospectiva. Dentro do imobilizado intangível se incluem fundamentalmente: 1. Os softwares, que são contabilizados pelo custo de aquisição e são amortizados linearmente ao longo de sua vida útil, que é estimada em termos gerais em três anos. 2. Propriedade industrial, registrada pelos valores pagos para a aquisição de terceiros da propriedade ou do direito de uso de marcas e patentes. É amortizada linearmente em um período entre 3 e 10 anos conforme a vida útil estimada da marca ou patente. 3. O ágio gerado na fusão da Telefónica, S.A. e da Terra Networks, S.A., que ocorreu no exercício de 2005, está incluído no item Outro imobilizado intangível e encontra-se registrado pelo seu valor contábil em 1º de janeiro de 2008, no valor de 33 milhões de euros, determinado conforme a normativa contábil anterior, diminuído de qualquer prejuízo acumulado por deterioração de seu valor. O ágio não é amortizado, mas é revisto para determinar sua recuperabilidade mínima anualmente, ou com maior freqüência caso ocorram determinados eventos ou mudanças que indiquem que o valor líquido contábil pode não ser integralmente recuperável (vide Nota 4 c). b) Imobilizado tangível e Investimentos Imobiliários Os elementos do imobilizado tangível são avaliados ao custo de aquisição, deduzidos da depreciação acumulada e as possíveis perdas por redução no seu valor. Os terrenos não são depreciados. 12

O custo de aquisição inclui os custos externos e internos, conforme o caso, os custos internos formados por consumos de materiais de armazém, custos de mão-de-obra direta empregada no trabalho de instalação e uma alocação dos custos indiretos necessários para a conclusão do investimento. O custo de aquisição inclui, se aplicável, a estimativa inicial dos custos associados à desmontagem ou retirada do elemento e à restauração de sua localização, quando, como conseqüência do uso do elemento, a Sociedade estiver obrigada a realizar essas ações. Os custos de ampliação, modernização ou melhorias, que refletem um aumento de produtividade, capacidade ou eficiência, ou prolonga a vida útil dos ativos, são capitalizados quando o custo de projetos são elegíveis para tal. Os juros e outros encargos financeiros incorridos, diretamente atribuíveis à aquisição ou construção do imobilizado material que necessite um período de tempo superior a um ano para estar em condições de exploração ou venda, são considerados como acréscimo ao custo dos mesmos. As despesas de conservação e manutenção são lançadas no resultado do exercício em que são incorridas. A Companhia analisa a conveniência de efetuar, conforme o caso, os ajustes necessários com a finalidade de atribuir a cada elemento do imobilizado tangível o menor valor recuperável ao final de cada exercício, sempre que ocorram circunstâncias ou alterações que indiquem que o valor líquido contábil do imobilizado possa não ser integralmente recuperável pela geração de receitas suficientes para cobrir todos os custos e despesas. Nesse caso, o ajuste realizado pode ser revisto se as causas que motivaram a sua adoção tenham deixado de existir (ver Nota 4 c). O imobilizado tangível é depreciado a partir do momento em que está em condições de uso, distribuindo pelo método linear os custos dos ativos entre os anos de vida útil estimada, que é calculada de acordo com estudos técnicos revistos periodicamente em função dos avanços tecnológicos e do ritmo das substituições, conforme demonstrado a seguir: Vida útil estimada Anos Construções 40 Instalações técnicas e maquinaria 3-25 Outras instalações, utensílios e mobiliário 10 Outros imobilizados tangíveis 4-10 Os valores residuais estimados e os métodos e períodos de depreciação aplicados são reavaliados no encerramento de cada exercício e, se necessário, ajustados de forma prospectiva. Os investimentos imobiliários são avaliados usando os mesmos critérios utilizados para as contas de terrenos e edifícios de imobilizações. Os edifícios listados sob o título de propriedade de investimento são amortizados em 40 anos. c) Desvalorização de ativos não-circulantes 13

No encerramento de cada exercício é avaliada a presença ou não de indícios de possível desvalorização dos ativos fixos não circulantes, incluindo ágios e outros intangíveis. Se forem encontrados esses indícios, ou quando se trata de ativos cuja natureza exija uma análise anual de desvalorização, a Companhia estima o valor recuperável do ativo, definido como o maior entre o valor justo, após a dedução dos custos de alienação, e o valor em uso. O valor em uso é determinado mediante desconto dos fluxos de caixa futuros estimados, aplicando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o valor da moeda no tempo e considerando os riscos específicos associados ao ativo. Quando o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor líquido contábil, considera-se que tenha ocorrido desvalorização. Neste caso, o valor contábil é ajustado para o valor recuperável e a perda é lançada na demonstração do resultado. A depreciação para períodos futuros é ajustada ao novo valor contábil durante a vida útil restante. A Companhia analisa a perda de valor de cada ativo individualmente, exceto quando se trata de ativos que geram fluxos de caixa interdependentes com os gerados por outros ativos (unidades geradoras de caixa). Para determinar os cálculos de desvalorização, a Sociedade utiliza os planos estratégicos das distintas unidades geradoras de caixa às quais estão atribuídos os ativos. Esses planos estratégicos geralmente abrangem um período de cinco anos. Para períodos superiores, a partir do quinto ano são utilizadas projeções baseadas nesses planos estratégicos aplicando uma taxa de crescimento esperada constante ou decrescente. Quando ocorrem novos eventos, ou alterações em circunstâncias já existentes, que evidenciem que uma perda por desvalorização registrada em um período anterior possa ter desaparecido ou ter sido reduzida, é realizada uma nova estimativa do valor recuperável do ativo correspondente. As perdas por desvalorização registradas anteriormente só são revertidas se as hipóteses aplicadas no cálculo do valor recuperável tenham mudado desde o reconhecimento da perda por desvalorização mais recente. Em tal caso, o valor contábil do ativo é aumentado até seu novo valor recuperável, limitado ao valor líquido contábil que o ativo teria caso não tivessem ocorrido perdas por desvalorização em períodos anteriores. A reversão é refletida na demonstração do resultado e a depreciação para períodos futuros é ajustada ao novo valor contábil. As perdas por desvalorização de ágio não são objeto de reversão em períodos posteriores. d) Arrendamentos A determinação se um contrato é ou contém um arrendamento baseia-se na análise da natureza do contrato, e requer a avaliação de se o cumprimento do contrato refere-se ao uso de um ativo específico e se o acordo atribui à Companhia o direito de uso do ativo. Os arrendamentos nos quais o arrendador conserva uma parte significativa dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo arrendado são considerados arrendamentos operacionais. Os pagamentos realizados segundo os contratos de arrendamento desta natureza são lançados na demonstração do resultado de forma linear ao longo do período de aluguel. 14

Os contratos de arrendamento que transferem para a Companhia os riscos e benefícios significativos característicos da propriedade dos bens recebem o tratamento de contratos de arrendamento financeiro, registrando-se um ativo no início do período de arrendamento, classificado de acordo com sua natureza, e a dívida associada, pelo montante do valor justo do bem arrendado, ou ao valor presente das parcelas mínimas acordadas, se for inferior. O montante das parcelas pagas é distribuído proporcionalmente entre redução do principal da dívida por arrendamento e custo financeiro, de forma a obter uma taxa de juros constante no saldo remanescente do passivo. Os custos financeiros são contabilizados na demonstração do resultado ao longo da vigência do contrato. e) Ativos e passivos financeiros Investimentos financeiros Todas as compras e vendas convencionais de aplicações financeiras são reconhecidas no balanço patrimonial na data de negociação, que é a data na qual o compromisso de comprar ou vender o ativo é assumido. No momento do reconhecimento inicial, a Sociedade classifica seus ativos financeiros de acordo com as seguintes categorias: ativos financeiros mantidos para negociação, outros ativos financeiros pelo valor justo com mudanças no resultado, empréstimos e contas a receber, investimentos mantidos até o vencimento, investimentos no patrimônio de empresas do Grupo, controladas em conjunto e coligadas, e ativos financeiros disponíveis para a venda. No encerramento de cada exercício a classificação é revista, se necessário. Os ativos financeiros negociáveis, ou seja, os investimentos realizados para obter rendimentos em curto prazo por variações nos preços, são classificados na categoria de ativos financeiros mantidos para negociação e são apresentados como ativos circulantes ou não circulantes em função de seu vencimento. Todos os derivativos são classificados nesta categoria, exceto quando reunirem todos os requisitos para serem considerados instrumentos de cobertura. Os investimentos no patrimônio de empresas do Grupo, controladas em conjunto e coligadas são classificados na categoria do mesmo nome e são avaliados pelo seu custo, menos qualquer possível ajuste de valor por desvalorização. As sociedades do Grupo são aquelas sobre as quais há controle, seja por domínio efetivo ou pela existência de acordos com os outros acionistas. As sociedades controladas em conjunto são aquelas administradas em conjunto com terceiros (joint ventures). As sociedades coligadas são aquelas sobre as quais se exerce influência significativa, sem exercer o controle e sem que haja gestão conjunta com terceiros. As aplicações financeiras detidas pela sociedade com intenção de manter por um prazo indeterminado, suscetíveis de alienação para atender a necessidades pontuais de liquidez ou alterações nas taxas de juros, que não tenham sido classificadas em nenhuma das outras categorias definidas, são classificadas na categoria disponíveis para venda. Esses investimentos são classificados como ativos não circulantes, salvo quando a sua liquidação em um prazo de doze meses estiver prevista e for viável. Os ativos financeiros incluídos nesta categoria são avaliados pelo valor justo. Os lucros ou perdas resultantes de variações nos valores justos em cada encerramento são reconhecidos no 15

patrimônio, acumulando-se até o momento da liquidação ou ajuste por desvalorização, momento em que são lançados na demonstração do resultado. Os dividendos das participações acionárias disponíveis para venda são lançados na demonstração do resultado no momento em que fica estabelecido o direito da Sociedade de receber seu valor. O valor justo é determinado de acordo com os seguintes critérios: 1. Títulos com cotação oficial em um mercado ativo: Como valor justo é considerado o valor da cotação na data de encerramento. 2. Títulos sem cotação oficial em um mercado ativo: O valor justo é obtido usando técnicas de avaliação, que incluem o desconto de fluxos de caixa, modelos de avaliação de opções ou por referência a transações comparáveis. Excepcionalmente, quando não é possível determinar o valor justo de forma confiável, esses investimentos são contabilizados pelo custo. A categoria de empréstimos e contas a receber inclui os ativos financeiros que não sejam derivativos nem ações em tesouraria, com origem comercial ou não, cujo recebimento seja de quantia determinada ou determinável e que não tem cotação em mercados organizados e que não são classificados nas categorias anteriores. No momento inicial, são registrados pelo seu valor justo, que, salvo prova em contrário, é o preço da transação, que equivale ao valor justo da contraprestação entregue mais os custos da transação que lhes sejam diretamente atribuíveis. As contas dessa natureza são registradas posteriormente pelo seu custo amortizado pelo método da taxa de juros efetiva. Os lucros e prejuízos são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da liquidação ou provisão por desvalorização, bem como através do processo de amortização. As contas comerciais a receber são reconhecidas pelo valor da fatura, registrando a correspondente provisão caso exista prova objetiva de risco de nãopagamento por parte do devedor. O valor da provisão é calculado pela diferença entre o valor contábil das contas comerciais de créditos com liquidação duvidosa e seu valor recuperável. Por regra geral, as contas comerciais de curto prazo não são descontadas. No encerramento de cada exercício é avaliada a possível desvalorização dos ativos financeiros com o objetivo de registrar o ajuste oportuno, se for o caso. Se houver evidência objetiva de desvalorização de um ativo financeiro avaliado pelo custo amortizado, o valor da perda a ser refletido na demonstração do resultado é determinado pela diferença entre o valor líquido contábil e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (sem considerar perdas futuras), descontados à taxa de juros efetiva original do ativo (quando o valor do mercado for suficientemente confiável, é utilizado este). Se, em um período subsequente, o valor da perda por desvalorização diminui em consequência de um fato ocorrido posteriormente, o prejuízo é revertido até o limite do custo amortizado que deveria não ter sido reconhecida a desvalorização do valor no momento da reversão. O valor revertido é registrado na demonstração do resultado do período correspondente. Nos ativos financeiros disponíveis para a venda de instrumentos de capital, a prova objetiva da desvalorização é determinada, para cada título, em função de que ocorra um evento ou produza o efeito combinado de vários eventos que suponham que não será recuperado o valor contábil do título. Em caso de evidência objetiva de desvalorização de um ativo financeiro disponível para venda, a perda registrada no patrimônio é reconhecida na demonstração do resultado, por um montante igual à diferença entre o custo original (líquido de eventuais reembolsos e amortizações de principal realizados) e 16

seu valor justo na data, deduzida qualquer perda lançada nos resultados em períodos anteriores. Se, em um período subsequente, o valor justo do ativo financeiro aumenta e este aumento é consequência de um fato ocorrido posteriormente, a perda é revertida contra o resultado do período se o ativo for um instrumento de dívida. Caso se trate de um instrumento de capital, a perda não é revertida contra o resultado do período, mas será revertido contra o patrimônio por ocasião da avaliação do instrumento pelo seu valor justo e lançado no patrimônio as alterações desse valor, de acordo com critério geral. Para os investimentos em empresas do Grupo, controladas em conjunto e coligadas, o valor recuperável para efeitos de estimativa da desvalorização será a diferença entre seu valor justo líquido de custos de venda e o valor atual dos fluxos de caixa futuros derivados do investimento, calculados mediante a estimativa do que se espera receber como consequência da distribuição de dividendos e da alienação ou baixa, ou mediante a estimativa da participação nos fluxos de caixa que se espera que seja gerado pelo investimento (tanto pelo desenvolvimento de suas atividades, como por sua alienação ou baixa). As baixas de ativos financeiros ocorrem, de forma total ou parcial, exclusivamente em alguma das circunstâncias a seguir: 1. Os direitos de recebimento de fluxos de caixa associados ao ativo tiverem vencido. 2. A sociedade tiver assumido a obrigação de pagar a um terceiro a totalidade dos fluxos de caixa que receberá do ativo. 3. A sociedade tiver cedido a um terceiro os direitos a receber os fluxos de caixa do ativo, com a transferência de praticamente todos os riscos e benefícios associados ao ativo. Caixa e outros ativos líquidos equivalentes O caixa e equivalentes reconhecidos no balanço patrimonial compreendem o dinheiro em caixa e contas bancárias, depósitos à vista e outros investimentos de grande liquidez com vencimentos com um prazo inferior a três meses. Essas contas são registradas pelo seu custo histórico, que não difere significativamente de seu valor de realização. Para fins da demonstração de fluxos de caixa, o saldo de caixa e equivalentes definido no parágrafo anterior, é apresentado líquido de eventuais saldos bancários a descoberto, se houver. Emissões e dívidas com instituições de crédito Estas dívidas são registradas inicialmente pelo valor justo da contraprestação recebida, sendo deduzidos os custos atribuíveis diretamente à transação. Em períodos posteriores, os passivos financeiros são avaliados ao custo amortizado pelo método de taxa de juros efetiva. Qualquer diferença entre o valor recebido (líquido de custos de transação) e o valor do reembolso é lançada na demonstração do resultado ao longo do período do contrato. As dívidas financeiras são apresentadas como passivos não circulantes quando seu prazo de vencimento for superior a doze meses ou a Companhia tiver o direito 17

incondicional de adiar a liquidação durante ao menos doze meses após a data de encerramento. Os passivos financeiros são baixados do balanço quando a obrigação correspondente vence, é liquidada ou cancelada. Quando um passivo financeiro é substituído por outro com termos substancialmente distintos, a alteração é tratada como baixa do passivo original e a inclusão de um novo passivo, sendo a diferença dos respectivos valores contábeis lançada na demonstração do resultado. Produtos financeiros derivativos e registro de coberturas Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo, que normalmente coincide com o custo. Em encerramentos posteriores, o valor contábil é ajustado pelo valor justo, sendo apresentado como ativo financeiro ou como passivo financeiro, conforme o valor justo seja positivo ou negativo, respectivamente. São classificados como circulantes ou não circulantes em função de seu vencimento ser menor ou maior do que doze meses. Da mesma forma, os derivativos que cumprirem todos os requisitos para serem tratados como instrumentos de cobertura de itens de longo prazo são apresentados como ativos ou passivos não circulantes, conforme sejam positivos ou negativos. O critério de registro contábil de qualquer ganho ou perda que resulte em alterações no valor justo de um derivativo depende deste reunir os requisitos para o tratamento como cobertura e, neste caso, da natureza da relação de cobertura. Assim, a Companhia pode designar determinados derivativos como: 1. Instrumentos destinados a cobrir o risco associado ao valor justo de um ativo ou passivo contabilizado ou de uma transação com compromisso firme (cobertura de valor justo), ou 2. Instrumentos destinados a cobrir variações nos fluxos de caixa por riscos associados com um ativo ou passivo contabilizado ou com uma transação prevista (cobertura de fluxos de caixa), ou 3. Instrumentos de hedge do investimento líquido em uma entidade estrangeira A cobertura do risco associado à variação das taxas de câmbio em uma transação com compromisso firme pode receber o tratamento de uma cobertura de valor justo ou de cobertura de fluxos de caixa, indistintamente. As variações no valor justo dos derivativos que foram atribuídos e reúnem os requisitos para serem tratados como instrumentos de cobertura de valor justo são reconhecidas na demonstração do resultado, junto com as alterações no valor justo do item coberto e atribuíveis ao risco coberto. As variações no valor justo dos derivativos que reúnem os requisitos e foram atribuídos para cobrir fluxos de caixa, sendo altamente efetivas, são reconhecidas no patrimônio. A parte considerada ineficaz é lançada diretamente nos resultados. Quando a transação prevista ou o compromisso firme resultam no registro contábil de um ativo ou passivo não financeiro, os ganhos e perdas acumulados no patrimônio passam a fazer parte do 18

custo inicial do ativo ou passivo correspondente. Caso contrário, os ganhos e perdas reconhecidos anteriormente no patrimônio são lançados nos resultados no mesmo período em que a transação coberta afetar o resultado líquido. A cobertura do risco associado à variação da taxa de câmbio em um investimento líquido em uma entidade estrangeira recebe um tratamento semelhante ao das coberturas do valor justo pelo componente da taxa de câmbio, descrito no parágrafo anterior. Para estes efeitos, é considerado que o investimento líquido em um negócio no exterior é composto, além da participação no patrimônio líquido, por qualquer item monetário a receber ou a pagar, cuja liquidação não está contemplada nem é provável que ocorra em um futuro previsível, excluídos os itens de caráter comercial. Pode ocorrer que determinadas coberturas para cobrir riscos financeiros de acordo com as políticas corporativas de gestão de riscos, que tenham sentido econômico e, porém, não cumpram os requisitos e provas de efetividade exigidos pelas normas contábeis para receber o tratamento de coberturas contábeis. Assim, pode ocorrer que a Companhia opte por não aplicar os critérios de contabilidade de cobertura em determinadas situações. Nesses casos, de acordo com o critério geral, o eventual ganho ou perda resultante de alterações no valor justo dos derivativos é lançado diretamente na demonstração do resultado. No momento inicial, a Companhia documenta formalmente a relação de cobertura entre o derivativo e o item que se cobre, assim como os objetivos e estratégias de gestão do risco que se busca ao estabelecer a cobertura. Essa documentação inclui a identificação do instrumento de cobertura, o item ou operação que esta sendo coberto e a natureza do risco coberto. Além disso, contempla a forma de avaliação do grau de eficácia ao compensar a exposição às alterações do elemento coberto, seja em seu valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco que é objeto de cobertura. A avaliação da eficácia é realizada de forma prospectiva e retroativa, tanto no início da relação de cobertura, como sistematicamente ao longo de todo o período para o qual foi designada. Os critérios de cobertura contábil deixam de ser aplicados quando o instrumento de cobertura vence ou é alienado, cancelado ou liquidado, ou caso a relação de cobertura deixe de cumprir os requisitos estabelecidos para ser tratada como tal, ou que a designação seja revogada. Nesses casos, os ganhos ou perdas acumulados no patrimônio somente são lançados nos resultados no momento em que a operação prevista ou comprometida afete o resultado. Porém, se a ocorrência da transação deixar de ser provável, os ganhos e perdas acumulados no patrimônio são lançados no resultado imediatamente. O valor justo da carteira de derivativos reflete estimativas baseadas em cálculos realizados a partir de dados observáveis no mercado, usando ferramentas específicas para avaliação e gestão de riscos dos derivativos, de uso abrangente por diversas entidades financeiras. f) Ações em tesouraria As ações em tesouraria são avaliadas ao custo de aquisição e apresentadas como dedução do patrimônio líquido. Os eventuais ganhos ou perdas na compra, venda, emissão ou amortização de ações em tesouraria são reconhecidos diretamente no patrimônio. 19

g) Transações em moeda estrangeira A conversão para moeda nacional dos itens monetários denominados em moeda estrangeira é realizada aplicando a taxa de câmbio vigente no momento da realização da correspondente operação, avaliando-se no encerramento do exercício de acordo com a taxa de câmbio vigente nesse momento. Todas as diferenças de câmbio positivas ou negativas, realizadas ou não, são imputadas na demonstração do resultado do exercício, salvo as resultantes de itens não monetários avaliados pelo valor justo, sempre e quando sejam reconhecidos diretamente no patrimônio líquido os prejuízos ou lucros derivados de mudanças na avaliação (como ocorre com os investimentos em instrumentos de patrimônio classificados como ativos financeiros disponíveis para a venda). Nesses casos, qualquer diferença de câmbio incluída no resultado reconhecidas no patrimônio líquido, derivadas de mudanças na avaliação desses itens não monetários avaliados pelo valor justo, também será reconhecida diretamente no patrimônio líquido. h) Provisões Pensões e outras obrigações com o pessoal A Sociedade concede a seus empregados um plano de pensões de contribuição definida, de forma que as obrigações estão limitadas ao pagamento periódico das contribuições, que são lançadas na demonstração dos resultados na medida em que são incorridas. Outras provisões As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou tácita) como conseqüência de um evento passado, cuja liquidação requer uma saída de recursos que é considerada provável e que pode ser estimada com confiabilidade. Caso seja estimado que é praticamente certo que uma parte, ou a totalidade, de um montante provisionado será reembolsada por um terceiro, por exemplo em virtude de um contrato de seguro, é reconhecido um ativo no balanço e a despesa relacionada com a provisão é apresentado na demonstração do resultado, líquido do reembolso. Se o efeito do valor da moeda no tempo for significativo, o montante da provisão será descontado, e o aumento da provisão ao longo do tempo é contabilizado como custo financeiro. i) Sistemas de remuneração referenciados à cotação da ação Para os planos de opções com liquidação em ações, o valor justo é determinado na data de concessão aplicando modelos de avaliação estatísticos, ou ainda utilizando valores de referência de mercado, e reconhecido como despesa na demonstração do resultado ao longo do período de aperfeiçoamento, em contrapartida ao patrimônio líquido. Em cada data de encerramento posterior, a sociedade revisa as estimativas quanto ao número de opções que estima que poderão ser exercidas, e ajusta o valor do patrimônio, se necessário. j) Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 20

A despesa de imposto de renda de cada exercício inclui tanto o imposto corrente como os impostos diferidos, quando aplicável. O valor contábil dos ativos e passivos relativos ao imposto corrente do período em andamento e de períodos anteriores representa o valor que se espera receber ou pagar às autoridades fiscais. O valor dos impostos diferidos é obtido a partir da análise do balanço patrimonial, considerando as diferenças temporárias, que são as geradas por diferença entre os valores fiscais de ativos e passivos e seus respectivos valores contábeis. As principais diferenças temporárias surgem por diferenças entre os valores fiscais e contábeis dos investimentos em empresas do Grupo e coligadas. Além disso, uma parte dos impostos diferidos resulta de créditos fiscais com aplicação pendente e bases tributárias negativas com compensação pendente. A Companhia calcula os ativos e passivos fiscais diferidos usando as alíquotas que estima sejam aplicáveis no momento em que o ativo correspondente for realizado ou o passivo for liquidado, com base nas alíquotas e legislação vigentes (ou praticamente promulgadas) na data do encerramento. Os ativos e passivos fiscais diferidos não são descontados a valor presente e são classificados como não-circulantes, independentemente da data da reversão. Em cada encerramento é analisado o valor contábil dos ativos de impostos diferidos contabilizados, e são realizados os ajustes necessários quando existam dúvidas sobre sua recuperabilidade futura. Da mesma forma, em cada encerramento são avaliados os ativos fiscais diferidos não contabilizados no balanço e estes são reconhecidos na medida em que a sua recuperação com lucros tributáveis futuros passar a ser provável. Os passivos fiscais diferidos associados a investimentos em controladas, sucursais, coligadas e negócios conjuntos, não são contabilizados quando a controladora tem a capacidade de controlar o momento da reversão e não é provável que esta ocorra em um futuro previsível. O efeito fiscal dos lançamentos reconhecidos no patrimônio também é reconhecido diretamente no patrimônio. k) Receitas e despesas As receitas e despesas são reconhecidas no período de competência, isto é, quando ocorre o fluxo real dos respectivos bens e serviços que representam, independentemente do momento em que ocorra o fluxo monetário ou financeiro correspondente. As receitas obtidas pela Companhia provenientes dos dividendos recebidos de empresas do Grupo e coligadas, assim como, as receitas de juros de empréstimos e créditos concedidos a subsidiárias, são apresentadas como parte do resultado líquido operacional. l) Transações com partes relacionadas 21