LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ANALITICO

Documentos relacionados
LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. ANALITICO

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. ANALITICO

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. ANALITICO. Edição Análise Crítica Aprovação. FUNÇÃO/CARGO: Gerência da Qualidade

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE APOIO

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DTApEP / FMUSP. Faculdade de Medicina da USP. Divisão Técnica de Apoio ao Ensino e Pesquisa POP

PROCEDIMENTOS DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS PARA EXAME MICOLÓGICO 2ª

LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE APOIO

LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE APOIO. Código: POA.GQL.05 Versão: 05 Data da Revisão: 14/05/2018 Página 1 de 11

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA EXAMES DE MICROBIOLOGIA. Colher o material o mais diretamente possível da lesão.

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO.

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FERIDAS E CURATIVOS. Aula 7. Profª. Tatianeda Silva Campos

- ROTEIRO DE LABORATÓRIO -

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Laboratório FOB: (31)

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE ENFERMAGEM POP CDC Nº041 DATA: 28/07/2014. Revisão: 00 PÁG: 1

Qual material adequado para sua suspeita?

MANUAL DE COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRA PARA EXAMES VETERINÁRIOS

Procedimentos Técnicos. NOME FUNÇÃO ASSINATURA DATA Dr. Renato de Lacerda Barra Filho Dr. Ivo Fernandes. Gerente da Qualidade Biomédico

LABORATÓRIO ANÁLISE. PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE APOIO

1 AMOSTRA/HEMOCULTURA = 1 PUNÇÃO VENOSA DISTRIBUÍDA EM 2 FRASCOS DE HEMOCULTURA

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

Diagnóstico laboratorial das infecções fúngicas

PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

Procedimento que requer Técnica Asséptica. Glicosímetro: Aparelho manual utilizado para determinar os níveis de glicemia.

Procedimento Operacional Padrão - POP

Manual de coleta, conservação e transporte de amostras para exames microbiológicos. Infecto&micro

COLETA DE MATERIAIS PARA EXAMES

PROTOCOLO PARA COLETA DE HEMOCULTURA

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

Coleta de Amostras Biológicas. Enf Karin

COLETA DE URINA PARA ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTOS ( EAS) Enfª( s): Sandra Chaves e Andreia Paz, Cilene Bisagni, Elisabeth Novello

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

COLETA E COLETA CONSERVAÇÃO E DAS FEZES CONSERVAÇÃO DAS FEZES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS PROFESSOR: REGINALDO DOS SANTOS PEDROSO PLANO DE ENSINO

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Código: ILMD-SLM-POP.011 Revisão/Ano: 00/2018 Classificação SIGDA:

Metodologias de Diagnóstico em Parasitologia

Microbiologia aula práticas

Cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição. Disciplina Mecanismos Básicos de Saúde e Doença MCW 240. Aula Prática 3 Módulo Microbiologia

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE

CONTEÚDO. A não observância dos critérios constantes deste manual implicarão na recusa da amostra para o exame solicitado.

Procedimentos Técnicos. NOME FUNÇÃO ASSINATURA DATA Renato de. Coordenador da Qualidade

COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Célia Fagundes da Cruz

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

LABORATÓRIO ANÁLISE PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE APOIO

2. Aplicabilidade: Coletadores, técnicos, bioquímicos, biomédicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos

FLUXOGRAMA PARA COLETA DE H1N1 E COQUELUCHE COQUELUCHE. A coleta deverá ser realizada pelo corpo técnico de enfermagem da unidade do HU/UFSC;

MANUAL DE ORIENTAÇÃO COLETA, ACONDICIONAMENTO E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Isolamento de patógenos fúngicos e bacterianos

BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS de ZOONOSES e SAÚDE PÚBLICA

5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno de Açúcar. Ensaio de Óxido-Redução com Resazurina

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

COLETA DE ÁGUA DE DIÁLISE

CONCEITO Consiste na coleta de uma amostra de urina com técnica asséptica em um coletor de plástico estéril.

Biossegurança no Laboratório de Microbiologia

TIPO DE MATERIAL PERIODICIDADE DE TROCA OBSERVAÇÃO. - Não há troca programada.

COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA ÀS DOENÇAS E AGRAVOS NOTA TÉCNICA 02/2017. Assunto: Orientação sobre conduta diante dos casos ou surto de conjuntivite

DIVISÃO DE LABORATÓRIO CENTRAL HC FMUSP PARAMETRIZAÇÃO DE COLETA

CONTROLE DE QUALIDADE EM MICOLOGIA MÉDICA PAULO MURILLO NEUFELD FACULDADE DE FARMÁCIA-UFRJ

1ª. Prova Prática 25, 26 e 27 de abril de 2018

TIAPLEX. Instituto Terapêutico Delta Ltda Pomada 50 mg/g

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE TRATO VASCULAR

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Coleta de Amostras Swab, Água e Alimentos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR

FALCEMIA - FALCIZAÇÃO DE HEMÁCIAS

SANGUE. Jejum não obrigatório. Jejum não obrigatório. Jejum de 8 a 12 horas Evitar dieta calórica 2 dias antes da realização do exame

MANUAL DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA - IPCS

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP ASSUNTO: Assistência de Enfermagem a Pacientes em Uso de Drenos: Laminares, de Sucção e Tubulares

O LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

FUNGIROX UCI-FARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA. ESMALTE PARA UNHAS. 80 mg/g

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Plano de Trabalho Docente

7. SEÇÃO DE MICOLOGIA

MANUAL DE COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRA PARA EXAMES VETERINÁRIOS

Procedimentos Técnicos. NOME FUNÇÃO ASSINATURA DATA Dr. Renato de Lacerda Barra Filho Dr. Ivo Fernandes. Gerente da Qualidade Biomédico

Boletim Informativo Estamos disponibilizando uma matéria muito importante a respeito da colheita de material

CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)¹ MANUAL DA CCIH. POP nº 10. Versão: 01

PROCEDIMENTO OPERACIONAL. Coleta de Amostras. 1. OBJETIVOS Descrever o procedimento para a coleta de amostras destinadas às análises microbiológicas.

THIABENA UCI-FARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA. POMADA DERMATOLÓGICA. 50 mg/g

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO TÍTULO: TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLOGICO

1 OBJETIVO: Administrar medicamentos que irritam o tecido muscular. Obter efeito sistêmico mais rápido.

Preferencialmente deve ser colhida a primeira urina da manhã, caso isso não ocorra, ficar sem urinar por pelo menos duas horas que antecedem a coleta.

Identificação UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL LCMEC - PA 025. Página COLETA DE AMOSTRA 01 de 07. Procedimento Para Coleta de Amostras

Diagnóstico Genético Pré-Implantacional PGD-FISH

ATIVIDADES 2016 COLÉGIO ESTADUAL INDEPENDÊNCIA PRIMEIRA ATIVIDADE REVITALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

0. Situação de revisão: Situação Data Alteração Versão inicial Alterações no item 8.1 Gerar Folha de Trabalho

INSTRUÇÕES DE USO LIQUIBAND

AVALIAÇÃO DA BIODIVERSIDADE FÚNGICA EM MAMÃO ATRAVÉS DO MICROCULTIVO *

Cuidados com a amostra de líquor para fazer o VDRL

Produtos não passíveis de regulamentação na ANVISA.

ARBOVIROSES - FLUXOGRAMA DA LOGÍSTICA LABORATORIAL E DE NOTIFICAÇÃO - CAP 3.1 ZIKA DENGUE

BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE

MANUAL DE COLETA, ACONDICIONAMENTO, PRESERVAÇÃO, RECEBIMENTO E REJEIÇÃO DE AMOSTRAS.

Coletas Microbiológicas. Prof. Me. Alessandro Vieira Ferreira

Transcrição:

Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 1 de 5 Elaboração Análise Crítica Aprovação NOME: Patrícia Freitas NOME: Marcelo Villar NOME: Marcelo Villar FUNÇÃO/CARGO: Bioquímica FUNÇÃO/CARGO: Conselho Diretor FUNÇÃO/CARGO: Conselho Diretor É proibida a reprodução parcial ou total deste documento. Cópias extras, quando necessárias, devem ser solicitadas ao Setor da Qualidade.

Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 2 de 5 1.0 Princípio Consiste na identificação dos agentes etiológicos de micoses superficiais e profundas em espécimes clínicos, através de inspeção microscópica direta com identificação de fungos filamentosos e leveduriformes. 2.0 Aplicação clinica Elucidar o diagnóstico de micoses pela verificação da presença de esporos e/ou hifas de espécimes fúngicas. 3.0 Amostra 3.1 Preparo do paciente - O uso prévio de antifúngicos de uso tópico ou sistêmico pode ocasionar resultados falsonegativos. Caso não possa suspender o tratamento, necessário anotar na solicitação as medicações usadas nos últimos 6 dias; - Orientar o paciente para evitar uso de medicação tópica por 15 dias e oral pelo menos 30 dias antes da coleta de escamas; - Limpar a área a ser coletada com álcool a 70%, água destilada ou soro estéril para diminuir a microbiota bacteriana e aumentar a sensibilidade; - Retirar o esmalte 3 dias antes da coleta; - Evitar a coleta das amostras em swabs, excetos para locais que não é possível fazer raspados. Esses devem confeccionar a lâmina e colocar em tubos contendo salina estéril; 3.2 Tipo de Amostra Raspado de pele, unhas, pêlo, couro cabeludo, urina, fezes, escarro e secreções diversas. 3.3 Coleta da amostra 3.3.1 Pele - Realizar o raspado com lâmina de vidro; - Colher o máximo de fragmentos de tecido epidérmico das bordas das lesões; - Em caso de lesões com pontos de pus, limpar com soro fisiológico e coletar com swab seco; - Quando lesão vesiculosa, colher o teto da vesícula, com auxílio de agulha descartável, e colher um raspado, se existir pele em descamação ou com swab.

Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 3 de 5 - No caso de lesões (manchas) hiper ou hipopigmentadas, tipo pano branco, que não descamam, coletar utilizando fita adesiva transparente (colar na lesão e escarificar com a unha), em seguida colar a fita durex na lâmina de vidro e proceder a leitura (esse tipo de coleta só pode ser realizada para o micológico direto). 3.3.2 Pêlo (couro cabeludo) - Realizar raspado nas bordas da lesão se houver zona de alopecia, bem como retirar fios de cabelo com auxílio de uma pinça (bordas da lesão); - Pacientes com reações inflamatórias presentes, realizar limpeza com soro fisiológico, esperar secar e em seguida coletar com swab seco. 3.3.3 Unhas - Se a unha apresentar partes frágeis, descoloridas ou distróficas, raspar esses locais com o auxílio da lâmina de bisturi; - Unhas com lesões subungueais coletar embaixo da unha com uma lâmina de bisturi (no limite entre a unha integra e a lesão, se necessário cortar a unha apenas para atingir o local da lesão); - Unhas com lesões inflamatórias, fazer assepsia com soro fisiológico, enxugar com gaze e coletar com swab. - Colher sempre o máximo possível de material. 3.3.4 Urina - Colher urina jato médio ou conforme solicitação médica, em frasco estéril; - Volume mínimo recomendado de 5 ml; - Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 5 minutos e fazer análise do sedimento. 3.3.5 Secreções diversas -Colher com swab a secreção da região afetada e colocar em um tubo contendo salina estéril (material suficiente para turvar o meio). 3.2 Armazenamento e estabilidade da amostra A amostra deve ser preparada logo após a coleta. 4.0 Insumos Solução KOH a 20% ou 40%.

Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 4 de 5 5.0 Equipamento Microscópio. 6.0 Procedimento detalhado 6.1 Material necessário - Lâmina; - Lamínula; - Solução KOH a 20% ou 40%. 6.2 Procedimento - Após a coleta do material com o auxilio de instrumento adequado esterilizado, transferir parte do material colhido para lâmina; - Adicionar 1 gota de solução de KOH a 20 ou 40% ao material e sobrepor com lamínula; - Identificar o horário da confecção da lâmina bem como numero da ordem de serviço; - Realizar a visualização em microscópio, ideal 1 a 2 horas após confecção da lâmina; - Observar a presença ou ausência de esporos e /ou hifas de fungos em aumento de 40x. Nota: utilizar solução KOH a 20% para raspados de pele, cabelo e KOH a 40% para raspado de unha. 6.3 Metodo Clarificação direta. 7.0 Cálculo N.A 8.0 Controle de Qualidade 8.1 Controle Interno Realizado controle duplo observador no início da rotina do dia, em que dois observadores fazem a análise da lâmina observando a presença ou ausência de esporos e/ou hifas de fungos, registrando os resultados encontrados em planilha controle (FOR.035). Se houver concordância dos resultados entre os microscopistas de positividade ou negatividade, o resultado é liberado. Em caso de discordância nos valores encontrados fazer reanálise da amostra e registrar na própria planilha as ações tomadas e possíveis causas. 8.2 Controle Externo Trimestralmente é realizado o Controle Interlaboratorial em um laboratório de apoio e feita a comparação dos resultados. Se houver concordância dos resultados de positividade ou negatividade, o ensaio encontra-se conforme. Caso tenha inadequação dos analitos avaliados, é realizada uma investigação de inadequação e após detectar o erro realiza-se ação corretiva.

Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 5 de 5 9.0 Resultados 9.1 Interpretação POSITIVO: Presença de hifas e/ou esporos de fungos. NEGATIVO: Ausência de hifas e/ou esporos de fungos. 10.0 Desempenho do teste N.A 11.0 Fontes potenciais de variabilidade Material colhido sem preparo adequado 12.0 Referências BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 4: Procedimentos Laboratoriais: da requisição do exame à análise microbiológica e laudo final. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília: Anvisa, 2013. BARBERINO, M.; ARRAES, A.; NUNES, T.. Micologia Clínica e Laboratorial. Guia rápido de coleta, processamento e identificação das principais micoses, 2016. 13.0 Natureza das Alterações NATUREZA DAS ALTERAÇÕES REVISÃO NATUREZA DAS ALTERAÇÕES 01 Adequação ao PALC 02 Inclusão dos procedimentos detalhados do PCIQ e PAEQ. 03 Reavaliação do documento. 04 Revisão do documento.