Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 1 de 5 Elaboração Análise Crítica Aprovação NOME: Patrícia Freitas NOME: Marcelo Villar NOME: Marcelo Villar FUNÇÃO/CARGO: Bioquímica FUNÇÃO/CARGO: Conselho Diretor FUNÇÃO/CARGO: Conselho Diretor É proibida a reprodução parcial ou total deste documento. Cópias extras, quando necessárias, devem ser solicitadas ao Setor da Qualidade.
Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 2 de 5 1.0 Princípio Consiste na identificação dos agentes etiológicos de micoses superficiais e profundas em espécimes clínicos, através de inspeção microscópica direta com identificação de fungos filamentosos e leveduriformes. 2.0 Aplicação clinica Elucidar o diagnóstico de micoses pela verificação da presença de esporos e/ou hifas de espécimes fúngicas. 3.0 Amostra 3.1 Preparo do paciente - O uso prévio de antifúngicos de uso tópico ou sistêmico pode ocasionar resultados falsonegativos. Caso não possa suspender o tratamento, necessário anotar na solicitação as medicações usadas nos últimos 6 dias; - Orientar o paciente para evitar uso de medicação tópica por 15 dias e oral pelo menos 30 dias antes da coleta de escamas; - Limpar a área a ser coletada com álcool a 70%, água destilada ou soro estéril para diminuir a microbiota bacteriana e aumentar a sensibilidade; - Retirar o esmalte 3 dias antes da coleta; - Evitar a coleta das amostras em swabs, excetos para locais que não é possível fazer raspados. Esses devem confeccionar a lâmina e colocar em tubos contendo salina estéril; 3.2 Tipo de Amostra Raspado de pele, unhas, pêlo, couro cabeludo, urina, fezes, escarro e secreções diversas. 3.3 Coleta da amostra 3.3.1 Pele - Realizar o raspado com lâmina de vidro; - Colher o máximo de fragmentos de tecido epidérmico das bordas das lesões; - Em caso de lesões com pontos de pus, limpar com soro fisiológico e coletar com swab seco; - Quando lesão vesiculosa, colher o teto da vesícula, com auxílio de agulha descartável, e colher um raspado, se existir pele em descamação ou com swab.
Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 3 de 5 - No caso de lesões (manchas) hiper ou hipopigmentadas, tipo pano branco, que não descamam, coletar utilizando fita adesiva transparente (colar na lesão e escarificar com a unha), em seguida colar a fita durex na lâmina de vidro e proceder a leitura (esse tipo de coleta só pode ser realizada para o micológico direto). 3.3.2 Pêlo (couro cabeludo) - Realizar raspado nas bordas da lesão se houver zona de alopecia, bem como retirar fios de cabelo com auxílio de uma pinça (bordas da lesão); - Pacientes com reações inflamatórias presentes, realizar limpeza com soro fisiológico, esperar secar e em seguida coletar com swab seco. 3.3.3 Unhas - Se a unha apresentar partes frágeis, descoloridas ou distróficas, raspar esses locais com o auxílio da lâmina de bisturi; - Unhas com lesões subungueais coletar embaixo da unha com uma lâmina de bisturi (no limite entre a unha integra e a lesão, se necessário cortar a unha apenas para atingir o local da lesão); - Unhas com lesões inflamatórias, fazer assepsia com soro fisiológico, enxugar com gaze e coletar com swab. - Colher sempre o máximo possível de material. 3.3.4 Urina - Colher urina jato médio ou conforme solicitação médica, em frasco estéril; - Volume mínimo recomendado de 5 ml; - Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 5 minutos e fazer análise do sedimento. 3.3.5 Secreções diversas -Colher com swab a secreção da região afetada e colocar em um tubo contendo salina estéril (material suficiente para turvar o meio). 3.2 Armazenamento e estabilidade da amostra A amostra deve ser preparada logo após a coleta. 4.0 Insumos Solução KOH a 20% ou 40%.
Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 4 de 5 5.0 Equipamento Microscópio. 6.0 Procedimento detalhado 6.1 Material necessário - Lâmina; - Lamínula; - Solução KOH a 20% ou 40%. 6.2 Procedimento - Após a coleta do material com o auxilio de instrumento adequado esterilizado, transferir parte do material colhido para lâmina; - Adicionar 1 gota de solução de KOH a 20 ou 40% ao material e sobrepor com lamínula; - Identificar o horário da confecção da lâmina bem como numero da ordem de serviço; - Realizar a visualização em microscópio, ideal 1 a 2 horas após confecção da lâmina; - Observar a presença ou ausência de esporos e /ou hifas de fungos em aumento de 40x. Nota: utilizar solução KOH a 20% para raspados de pele, cabelo e KOH a 40% para raspado de unha. 6.3 Metodo Clarificação direta. 7.0 Cálculo N.A 8.0 Controle de Qualidade 8.1 Controle Interno Realizado controle duplo observador no início da rotina do dia, em que dois observadores fazem a análise da lâmina observando a presença ou ausência de esporos e/ou hifas de fungos, registrando os resultados encontrados em planilha controle (FOR.035). Se houver concordância dos resultados entre os microscopistas de positividade ou negatividade, o resultado é liberado. Em caso de discordância nos valores encontrados fazer reanálise da amostra e registrar na própria planilha as ações tomadas e possíveis causas. 8.2 Controle Externo Trimestralmente é realizado o Controle Interlaboratorial em um laboratório de apoio e feita a comparação dos resultados. Se houver concordância dos resultados de positividade ou negatividade, o ensaio encontra-se conforme. Caso tenha inadequação dos analitos avaliados, é realizada uma investigação de inadequação e após detectar o erro realiza-se ação corretiva.
Código: POP.MIC.01 Versão: 04 Data da Revisão: 08/06/2018 Página 5 de 5 9.0 Resultados 9.1 Interpretação POSITIVO: Presença de hifas e/ou esporos de fungos. NEGATIVO: Ausência de hifas e/ou esporos de fungos. 10.0 Desempenho do teste N.A 11.0 Fontes potenciais de variabilidade Material colhido sem preparo adequado 12.0 Referências BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 4: Procedimentos Laboratoriais: da requisição do exame à análise microbiológica e laudo final. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília: Anvisa, 2013. BARBERINO, M.; ARRAES, A.; NUNES, T.. Micologia Clínica e Laboratorial. Guia rápido de coleta, processamento e identificação das principais micoses, 2016. 13.0 Natureza das Alterações NATUREZA DAS ALTERAÇÕES REVISÃO NATUREZA DAS ALTERAÇÕES 01 Adequação ao PALC 02 Inclusão dos procedimentos detalhados do PCIQ e PAEQ. 03 Reavaliação do documento. 04 Revisão do documento.