HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE

Documentos relacionados
Servico de Acolhimento em Familia acolhedora ISABEL BITTENCOURT ASSISTENTE SOCIAL PODER JUDICIÁRIO SÃO BENTO DO SUL/SC

Planejamento Estratégico

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

POLÍTICA NACIONAL DE REGULAÇÃO Portaria GM /08/08

FORUM PERMANENTE DA AGENDA 21 LOCAL DE SAQUAREMA REGIMENTO INTERNO. CAPITULO 1-Da natureza, sede, finalidade, princípios e atribuições:

I Fórum Paulista de Humanização nas Práticas de Saúde: 25 anos SUS

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria da Saúde Complexo Regulador Estadual Central de Regulação das Urgências/SAMU. Nota Técnica nº 10

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

d) Programa de Formação na Área da Cultura. ( ) Sim ( ) Não

ANTONIO CARLOS NARDI

CÂMARA MUNICIPAL DE HORTOLÂNDIA

Política de humanização no estado de São Paulo

AGENDA - A Ouvidoria nas Empresas - Sistema de controle Exceller Ouvidoria - Resolução Bacen Principais pontos

RESOLUÇÃO SESA nº 331/2009

Comitê de Articulação Federativa Regimento Interno

O COMITÊ GESTOR DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL é composto por membros permanentes, por membros temporários e por convidados.

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Campus Osasco REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DE GRADUAÇÃO DO CAMPUS OSASCO DA UNIFESP

REGULAMENTO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA FACULDADE FRUTAL FAF TÍTULO I DO REGULAMENTO E DO ÓRGÃO

SAÚDE MENTAL NA RODA :A SENSIBILIZAÇÃO DOS TRABALHADORES DA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA

REGIMENTO. Capítulo I - DAS FINALIDADES E OBJETIVOS. Capítulo II - DA ORGANIZAÇÃO

EDITAL N.º01/ APRESENTAÇÃO

ETEC Prof. Horácio Augusto da ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL DA ETEC HORÁCIO

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, Morumbi - CEP Fone: Nº DOE de 10/10/09 - Seção 1 - p.95

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA

Estado do Rio de Janeiro MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS Fundação de Turismo de Angra dos Reis Conselho Municipal de Turismo

ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

Universidade Federal de São Paulo PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

1º. SIMPÓSIO DE HOTELARIA WOLF COMERCIAL. HOTELARIA HOSPITALAR O olhar do profissional de saúde

Curso de Aperfeiçoamento em Medicina Oral e Odontologia Hospitalar

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÂO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) DO HU/UFJF

Procuradoria da República em Rondônia MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS. Suporte operacional de TIC

FACULDADE IBMEC-MG COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA REGIMENTO INTERNO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS

REGIMENTO INTERNO DO FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL CAPÍTULO I DA FINALIDADE

PARTICIPAÇÃO DO USUÁRIO NO CUIDADO

JOSÉ SERRA ANEXO NORMAS PARA CADASTRAMENTO CENTROS DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA VASCULAR INTRALUMINAL EXTRACARDÍACA

REGIMENTO INTERNO DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL PRESIDENTE VARGAS. Capítulo I Da denominação e sede

PROGRESSÃO NA CARREIRA

COLEGIADO GESTOR COMO DISPOSITIVO DE COGESTÃO. Aline Costa

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, NATUREZA, SEDE E DURAÇÃO

ANÁLISE DAS PROPOSTAS APRESENTADAS NO PLANO DE GESTÃO E AVANÇOS REALIZADOS

REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DE CURSO CAPITULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

RESOLUÇÃO CSA N.º 05, DE 14 DE ABRIL DE 2015

Elinar Maria Stracke

Manuais ISGH Centro de Estudos (CE) Página 1

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DA FAPERN

CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃOADÃO

FAP Faculdade de Apucarana CESUAP Centro de Ensino Superior de Apucarana CNPJ / NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

IV FÓRUM ÉTICO LEGAL EM ANÁLISES CLÍNICAS

DELIBERAÇÃO CONSEP Nº 368/2002

Estruturação dos Projetos SERVIÇOS CANAL DE SUPORTE JURÍDICO Problema / Oportunidade

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Anexo 10 Diretrizes de Governança

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIAS TÉCNICAS EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS CONVERSANDO SOBRE A PSICOLOGIA E O SUAS

Termo de Referência. Grupo Interministerial de Monitoramento e Avaliação do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

CONSELHO DE GESTORES MUNICIPAIS DE CULTURA DE SANTA CATARINA CONGESC

II Encontro de Disfagia: a utilização de protocolos na prática fonoaudiológica

Claudilene Fernandes da Silva

Melhor em Casa Curitiba-PR

RESOLUÇÃO Nº. 888/2015

Novas Regras Básicas para Estrutura e Funcionamento do FBEI

MARATONA DO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO DESCRITIVO TÉCNICO DA OCUPAÇÃO DE: GESTÃO HOSPITALAR

LEI Nº. 430 DE 15 DE ABRIL DE 2010

Política do Programa de Voluntariado do Grupo Telefônica

REGIMENTO DA DIRETORIA DE ENFERMAGEM HOSPITAL SÃO PAULO/ HU da UNIFESP. Subseção I. Subseção II. Subseção III. Subseção IV. Subseção V.

Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS

PERFIL E COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO DE CENTRO CIRÚRGICO. Maria da Conceição Muniz Ribeiro

A experiência do IRSSL com o Contrato de Gestão do HMIMJ

REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DOS CURSOS SUPERIORES DO IF BAIANO CAMPUS SANTA INÊS

Enf.ª Danielle Perdigão

Experiência Do Município De Cascavel PR Na Atenção Domiciliar ABRASAD

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Atenção de Média e Alta Complexidade Hospitalar: Financiamento, Informação e Qualidade. Experiência da Contratualização no Município de Curitiba

PLANO DE AÇÕES SINDICAIS 2012 anexo ata de 03 de fevereiro de 2012 DEMANDA AÇÃO QUANDO FAZER COMO FAZER

PROPOSTA DE PROJETO DE LEI

REGULAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADES

PREFEITURA MUNICIPAL DE VOLTA REDONDA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO DEPARTAMENTO DE ORÇAMENTO E CONTROLE SERVIÇO AUTÔNOMO HOSPITALAR

Regulamento da CPA Comissão Própria de Avaliação DA FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE VISCONDE DO RIO BRANCO CAPÍTULO I

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 OUVIDORIA

1. COMPETÊNCIAS DAS DIRETORIAS

Regimento do Comitê de Tecnologia da Informação

SICONV UM NOVO PARADIGMA NAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS DA UNIÃO: TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL DOS GASTOS PÚBLICOS

COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA COREME REGIMENTO INTERNO DA RESIDÊNCIA MÉDICA

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte - RS/UFSM Departamento de Enfermagem

PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital?

PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

V Encontro dos Aprimorandos do Estado de São Paulo. O SUS no Estado de São Paulo: Contexto Atual

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPROVAÇÃO DOS ITENS DE VERIFICAÇÃO - UPA

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato. Mesa da Assembleia-geral. Não Aplicável. Conselho de Administração

RESOLUÇÃO CSA N.º 03, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2015

Como a Tecnologia pode democratizar o acesso à saúde

II Seminário de Hospitais de Ensino do Estado de São Paulo

Temas Simultâneos: Acolhimento da Demanda. A Experiência do Centro de Saúde da Vila Ipê. Haydée Lima Julho/ Agosto 2012

Regimento Interno da Comissão de Avaliação e Gestão de Projetos de Pesquisa e Inovação - CAGPPI

Transcrição:

HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE

Localização Município de Américo Brasiliense, situado no Centro Oeste Paulista; DRS III Araraquara; Abrangência: 24 municípios.

Contexto Político Institucional Prestador de serviços SUS: média complexidade; 1958: Hospital Nestor Goulart Reis - 672 leitos; 2008: Hospital Estadual Américo Brasiliense (HEAB)/ Ambulatório Médico de Especialidades (AME) - Gestão UNESP/FAMESP; 2010: Gestão HCFMRP/USP - FAEPA: 104 leitos;

Complexo HCFMRP- USP/FAEPA/FMRP-USP

Contexto Político Institucional 2011: Eleito o melhor hospital do interior e o segundo melhor do Estado de São Paulo, segundo avaliação do usuário; 2012: Projeto Hospitais Referência em Humanização.

Gestão Participativa

Alinhamento Teórico A indissocialibidade entre os modos de produzir saúde e os modos de gerir os processos de trabalho, entre atenção e gestão. A ampliação do grau de transversalidade entre os sujeitos envolvidos no processo de cuidado em saúde. Modelo de gestão: centrado no trabalho em equipe, com construção e espaços coletivos de poder compartilhado. Diretrizes de Gestão Participativa e Valorização do Trabalhador. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Gestão participativa e cogestão Brasília : Ministério da Saúde, 2009.

Interdependência; Justificativas Participação no processo de tomadas de decisão (resistência e entendimentos); Aumentar a qualidade das conversas; Valorização do trabalhador/gestão participativa;

Objetivos Operar através de um modo de co-gestão, baseado na democracia e compartilhamento de saberes; Discutir e analisar problemas que dificultam o funcionamento do serviço com vistas à manutenção e melhoria da qualidade na prestação dos serviços e no ambiente de trabalho; Desenvolver a co-responsabilização na execução de planos para melhorias no atendimento prestado pela Instituição.

Histórico do Grupo de Trabalho 2009: Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERP); 2010/2013: 03 GTs; 2013/2014: 02 GTs.

Composição Presidente Vice-Presidente Tempo de mandato: 01 ano Titular Suplente Diretoria: participação livre

Desenvolvimento Pautado no Regimento dos GTs; Duração: 01 hora e 30 minutos; Local: Sala de Reuniões da Diretoria.

Problemas enviados ao GT. Sugestões apontadas pelo grupo que necessitam do parecer da Diretoria: discutidas na reunião com os presidentes e vices e o Diretor Geral Presidente envia os assuntos recebidos e a ata anterior, com antecedência, lembrando do dia do GT, para todos os membros do GT. Sugestões apontadas pelo grupo e que não necessitam de parecer da Diretoria: implementação das ações pela área. Presidente e Vice redigem a ata e enviam para aprovação a todos os membros Reunião: leitura da ata anterior; informes e discussão dos assuntos e consensos.

Origem dos Assuntos Demandas das próprias equipes; Situações do contexto vivenciado pela equipe; Gestores/Diretoria; Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU); Canal Aberto ao Colaborador (C.A.Co.).

Forma de Encaminhamento dos Assuntos Por e-mail; Pessoalmente (antecipadamente ou no início da reunião).

120 Distribuição dos problemas discutidos no GT Enfermaria/UTI - 2010/2013 100 80 60 2010/2011* 2011/2012* 2012/2013** 40 20 0 2010/2011* 2011/2012* 2012/2013** *Observação 1: início e final da gestão em setembro de cada ano; reuniões quinzenais; **Observação 2: dados referentes à setembro 2012 à agosto 2013; reuniões mensais.

Principal Resultado Construção, modificação e implantação dos processos de trabalho a partir da discussão entre os colaboradores.

Exemplos Direito a Acompanhante Folder de orientação (inexistente); Refeição oferecida no quarto; Atendimento médico emergencial aos acompanhantes; Ausência de local adequado para higiene pessoal dos acompanhantes; Guarda dos pertences dos acompanhantes. Confecção conjunta do folder (Recepção de internação, Chefe de Seção, Equipe Multiprofissional); Construção do refeitório para acompanhantes; Construção do Acolhimento com classificação de risco (Coord. Médica, Coord. Enfermagem e Qualidade); Adaptação do banheiro com chuveiro; Instalação de armários na recepção de internação, com chave.

Exemplos Visita de crianças e adolescentes Não permitida; Ausência de fluxo para entrada; Conflitos familiares com a equipe. Permitida a visita deste público via decisão da Diretoria; Criação e reformulação do fluxo, através de reuniões entre recepção de internação e equipe multiprofissional, com apresentações sobre as propostas ao GT; Última reformulação: liberação de acordo com a ala e a idade/ avaliação psicológica para menores de 14 anos, mediante agendamento prévio.

Exemplos Transfusão de sangue para usuários Testemunhas de Jeová Insegurança da equipe; Barreira de acesso ao tratamento: convicções religiosas. Encaminhamentos dos casos para o SAU abertura de processos administrativos; Discussão com o jurídico da Fundação; Envolvimento do SAU, equipes cirúrgicas, anestésicas, hematologia, Comissão de Ligação com Hospitais para Testemunhas de Jeová, Diretoria. Criação de um Protocolo Institucional de preparo préoperatório para usuários que se recusam a receber sangue. Criação de Termo de Consentimento e Termo de Recusa em linguagem de fácil compreensão.

Marcadores de Intervenção de Humanização Índice de resolutividade do GT Nº de problemas resolvidos Total de problemas encaminhados X 100 Índice de resolutividade do GT frente a Diretoria Nº de sugestões aceitas pela Diretoria Total de sugestões encaminhadas para Diretoria X 100 Caracterização do encaminhamento das demandas do GT Setor de identificação dos problemas e de destino das sugestões.

Indicadores de Intervenção de Humanização Índice de resolutividade do GT 25 29 = 86% Índice de resolutividade do GT frente a Diretoria 4 4 = 100%

Distribuição dos setores que identificaram os problemas nos diferentes processos envolvendo Enfermaria/UTI Gestão GT 2012/2013* 6 5 4 3 2 1 0 *Observação: dados referentes a setembro 2012 a agosto 2013, com reuniões mensais.

Distribuição dos setores para os quais as sugestões do GT Enfermaria/UTI foram encaminhadas para resolutividade Gestão GT 2012/2013* 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 *Observação: dados referentes a setembro 2012 à agosto 2013, com reuniões mensais.

Resultados Esperados Democratização das relações de trabalho; Valorização dos trabalhadores; Exercício da grupalidade e o saber ouvir o outro; Disseminação das decisões tomadas em grupo e alterações dos processos de trabalho.

Desafios... Propósito atrativo a todos os participantes. Práticas de inclusão. Envolvimento e Engajamento dos participantes. Participação do usuário.

Contato Cleice Levorato E-mail: diretoria@heab.fmrp.usp.br Fone: (16) 3393-7865

É necessário se espantar, se indignar e se contagiar. Só assim é possível mudar a realidade. Nise da Silveira