O MERCADO BRASILEIRO PARA PAPEL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DE PAPEL HIGIÊNICO/TOUCADOR EQUATORIANO



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Transcrição:

O MERCADO BRASILEIRO PARA PAPEL UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DE PAPEL HIGIÊNICO/TOUCADOR EQUATORIANO Identificação do produto Como definido na Tarifa Externa Comum (TEC) 1, o papel utilizado na fabricação de papel higiênico/toucador compreende os seguintes códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM): 4803.00.10 - pasta de celulose e mantas de fibras de celulose; e 4803.00.90 - outros. No grupo de papel utilizado na fabricação de papel higiênico/toucador, incluem-se lenços de maquilagem, toalhas e de outros artigos semelhantes para uso doméstico. Incluem-se, ainda, pasta de celulose e mantas de fibras de celulose, mesmo encrespados, plissados, gofrados, estampados, perfurados, coloridos à superfície, decorados ou impressos, em rolos ou em folhas. O item abrange duas categorias de produtos: Os papéis dos tipos utilizados para fabricação de papéis higiênicos e de toucador, lenços de maquilagem, toalhas (inclusive de mãos), e de outros artigos semelhantes para uso doméstico, de higiene ou de toucador; e A pasta ( ouate ) de celulose e as mantas de fibras de celulose. A pasta ( ouate ) de celulose é constituída por uma manta de fibras de celulose de formação aberta, com uma frisagem superior a 35%, em que o peso anterior à frisagem pode atingir 20 g/m2 (por camada); é constituída por uma ou várias camadas. As mantas de fibras de celulose, designadas tissues, são formadas por uma manta de fibras de celulose, de formação fechada, com uma frisagem máxima de 35%, em que o peso anterior à frisagem pode atingir 20 g/m2 (por camada). O tissue pode ser constituído por uma ou várias camadas. 2 Características gerais do mercado Conforme estudo elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Papéis para Fins Sanitários 3, cerca de 6% do volume de papéis produzidos no mundo são do tipo tissue, utilizados para fins sanitários. São apresentados em folhas ou rolos e empregados nos domicílios, empresas e instituições para a absorção ou remoção de umidade, matérias graxas e sujeira. Ainda, segundo o estudo do BNDES, a taxa de aumento no consumo de papel tissue foi superior àquelas apresentadas para o papel-cartão e para o papel de imprensa, atrás somente daqueles destinados à embalagem e à escrita/impressão. Do total do papel tissue produzido no mundo, 76% são utilizados para a fabricação de papel higiênico; 18% para toalhas; 4% para guardanapos; e 2% para fabricação de lenços.

A produção mundial de papel para uso doméstico e sanitário foi da ordem de 23,1 milhões de toneladas métricas em 2004. Desse montante, os Estados Unidos foram responsáveis por 28,1%, seguidos pela China (16,0%); Japão (7,4%); Itália (6,1%); e Alemanha (4,8%) 4. O Brasil garantiu o 10º lugar entre os principais produtores, com aproximadamente 3% do total mundial. A produção equatoriana foi de cerca de 13 toneladas métricas, correspondendo a 0,04% da produção mundial. No ranking dos principais produtores, o Equador ocupou a 58ª posição. 5 País Produção mundial de papel para uso doméstico e sanitário, 2004 Milhões de toneladas métricas Part.% Estados Unidos 6,5 28,1% China 3,7 16,0% Japão 1,7 7,4% Itália 1,4 6,1% Alemanha 1,1 4,8% Subtotal 14,4 62,3% Outros países 8,7 37,7% Total 23,1 100,0% Fonte: FAO/Faostat. No que se refere ao comércio mundial do produto, de acordo com estatísticas da UNCTAD/ITC/Trademap 6, observa-se significativo crescimento médio entre 2000 e 2004, da ordem de 9% ao ano. Os mercados norteamericano e europeu dominaram o setor, tanto nas exportações como nas importações, totalizando, em conjunto, mais de 65% do volume comercializado. As exportações mundiais 7 apresentaram crescimento significativo, atingindo US$ 2,1 bilhões em 2004. Regionalmente, os principais exportadores, em 2004, foram os países europeus, responsáveis por cerca de 64% das vendas. Em seguida, posicionaram-se: América (22%); Ásia (12%); e Oceania (2%). Nesse ano, foram listados 102 países exportadores, porém somente 22 apresentaram participação no total igual ou maior do que 1%. Os principais mercados vendedores foram: Alemanha (13,8% do total); Itália (12,5%); Suécia (7,6%); Estados Unidos (7,5%); Canadá (7,2%); França (6,7%); Luxemburgo (3,6%) e Espanha (3,0%). O Brasil posicionou-se como o 16º principal exportador, com fatia de mercado em torno de 1,5%, na frente do Equador, que ocupou, nesse mesmo ano, o 45º lugar, com 0,3% do mercado. Pelo lado das importações mundiais 8, o incremento médio ocorrido no volume comercializado entre 2000 e 2004 foi da ordem de 7,9% ao ano passando de 1,4 milhão de toneladas para 1,9 milhão de toneladas. Já em valores, no mesmo período, verifica-se que o crescimento foi mais expressivo, de 10,7% ao ano, em média, quando as compras passaram de US$ 1,4 bilhão para US$ 2,1 bilhões. Os países europeus são também os maiores importadores mundiais, absorvendo cerca de 58% das vendas globais em 2004. Destacaram-se em 2

seguida a América (23%), a Ásia (12%) e a Oceania (5%). Individualmente a Alemanha, que é a principal exportadora, também figurou como principal vendedora do produto, abastecendo mais de 11% do mercado. Em 2004, os principais países compradores foram: Alemanha (11,4% do total); Estados Unidos (11,2%); Reino Unido (8,9%); França (7,3%); Espanha (6,8%); Itália (4,1%); Canadá (3,7%); México (3,5%); e Austrália (3,2%). O Brasil absorveu cerca de 0,2% do total importado pelo mundo, posicionando-se no 53º lugar entre os maiores importadores. 9 Exportadores mundiais, 2004 Importadores mundiais, 2004 Países Part.% Países Part.% Alemanha 13,8% Alemanha 11,4% Itália 12,5% Estados Unidos 11,2% Suécia 7,6% Reino Unido 8,9% Estados Unidos 7,5% França 7,3% Canadá 7,2% Espanha 6,8% França 6,7% Itália 4,1% Luxemburgo 3,6% Canadá 3,7% Espanha 3,0% México 3,5% México 2,8% Austrália 3,2% Reino Unido 2,6% Bélgica 2,7% Indonésia 2,5% Polônia 2,3% Finlândia 2,4% Hungria 2,0% Subtotal 72,1% Subtotal 66,9% Outros países 27,9% Outros países 33,1% Total 100,0% Total 100,0% Fonte: UNCTAD/ITC/Trademap. Perfil do mercado brasileiro A produção brasileira de papel de uso doméstico e sanitário ( tissue ), em 2004, segundo a FAO 10, foi em torno de 732 mil toneladas métricas, das quais cerca de 5,9% foram exportadas 11. O consumo aparente da posição 4803.00, (medido pela contabilização da produção + importação exportação) foi de aproximadamente 690 mil toneladas, em 2004. O consumidor doméstico é responsável por 85% das vendas totais, ficando as empresas e instituições com 15%. No entanto, essa demanda de empresas/instituições vem apresentando crescimento superior àquele apresentado na demanda doméstica ao longo dos anos. As principais regiões consumidoras de papel tissue são as zonas urbanas, destacando-se a grande São Paulo e a grande Rio de Janeiro, que, juntas, absorvem cerca de 27% do total. No que se refere ao consumo brasileiro por tipo de papel, nota-se que o tissue responde por 7% e detém o quinto lugar, conforme discriminado a seguir: 12 embalagem (35%); escrita/impressão (30%); cartão (13%); imprensa (12%); sanitários tissue (7%); e 3

outros (3%). Quanto ao comércio exterior brasileiro 13 do produto, constata-se o movimento, nos últimos 10 anos, de aproximadamente US$ 21,7 milhões, em média, conferindo crescimento da ordem de 8,4% ao ano. Em valores, as transações comerciais passaram de US$ 19,1 milhões em 1996, para US$ 39,5 milhões em 2005. O Brasil é exportador líquido de papel para fabricação de papel higiênico ou de toucador e papel tissue. As exportações brasileiras mostraram crescimento médio da ordem de 5,4% ao ano, evoluindo de US$ 20,6 milhões, em 1996, para US$ 33,1 milhões, em 2005. No intervalo de 1996 a 2000, as vendas brasileiras foram marcadas por oscilações, sendo que, a partir de 2001, experimentaram expressivo crescimento, de até 82% por ano. Comércio exterior brasileiro de papel para fabricação de papel higiênico e de toucador, 1996-2005 (US$ mil) Ano Exportações Importações Saldo 1996 20.641 4.644 15.997 1997 17.769 1.281 16.488 1998 10.615 563 10.052 1999 11.201 1.193 10.008 2000 8.361 4.238 4.123 2001 15.869 2.264 13.605 2002 28.948 2.490 26.458 2003 32.334 3.068 29.266 2004 32.881 3.992 28.889 2005 33.059 6.470 26.589 Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. Ainda de acordo com as estatísticas do AliceWeb 14, o saldo da balança comercial do produto, no decênio de 1996-2005, apresentou-se superavitário em todo o intervalo. Entre 2003 e 2005, houve uma diminuição gradativa do saldo, face à expansão ocorrida nos valores importados. Em 2005, foi contabilizado superávit da ordem de US$ 26,6 milhões. Perfil das importações 15 As importações brasileiras do produto, nos últimos 10 anos, mostraram crescimento médio anual de 3,9% e, em valores, passaram de US$ 4,6 milhões, em 1996, para US$ 6,5 milhões, em 2005. Nota-se que, nesse período, as compras brasileiras apresentaram-se instáveis, com altas taxas de decréscimo, mas a partir de 2001, foram verificados crescimentos gradativos, chegando a 2005 com expansão de 62,1%. Em volume, os desembarques do produto no Brasil cresceram, em média, 6,5% ao ano, passando de 4,1 mil toneladas em 1996, para 7,2 mil toneladas, em 2005. 4

Principais países fornecedores 16 O universo dos fornecedores ao mercado brasileiro de papel para fabricação de papel higiênico ou de toucador e de papel tissue tem-se limitado a poucos países. Em 2005, por exemplo, 11 mercados foram responsáveis pela totalidade importada, destacando-se, dentre esses, os países da América do Sul e os Estados Unidos, que, juntos, foram responsáveis por mais de 90% das compras brasileiras do produto. Quanto ao comportamento da origem da importação brasileira, a análise das estatísticas demonstra o processo de instabilidade apresentado no mercado fornecedor nos últimos dez anos. Até 1996, os países da América do Sul respondiam por mais de 90% das compras. Entretanto, foi iniciada a partir daí uma tendência declinante dos valores comercializados, atingindo em 2003 apenas 0,9% do total. No biênio de 2004-2005, as compras brasileiras provenientes dos países sul-americanos voltaram a experimentar aumentos, cujas participações no total foram elevadas para 5% e 6%, respectivamente. Comportamento oposto apresentaram as importações originárias do mercado norte-americano. A participação do país no total das compras brasileiras passou de 0,8% em 1996, para 92,2% em 2003. Contudo, entre 2004 e 2005, foi verificada forte redução nas importações provenientes daquele país, e a participação no total diminuiu gradativamente, atingindo 59%, em 2005. Vale salientar a redução ocorrida nas compras da Argentina e da Venezuela. No caso argentino, a participação no total das compras em 1996 foi da ordem de 54,3%, caindo para 2,4% em 2005. A Venezuela, por sua vez, após registrar participação de 39,9% no total importado pelo Brasil em 1996, não apresentou números significativos no resto do período. Em 2004, os principais mercados exportadores ao Brasil foram: Estados Unidos (59% do total); Chile (27%); Países Baixos (5,8%); Paraguai (3,7%); Argentina (2,4%); Espanha (1,2%); e Japão (0,7%). Não foram contabilizadas, nos últimos 10 anos, importações brasileiras originárias do Equador. Importações brasileiras de papel para fabricação de papel higiênico e de toucador, por país, 2003-2005 (US$ mil) País 2003 2004 2005 Valor Part.% Valor Part.% Valor Part.% Estados Unidos 2.828 92,2 3.562 89,2 3.818 59,0 Chile 0 0,0 159 4,0 1.745 27,0 Países Baixos 0 0,0 155 3,9 378 5,8 Paraguai 0 0,0 23 0,6 242 3,7 Argentina 27 0,9 20 0,5 155 2,4 Espanha 2 0,1 27 0,7 80 1,2 Japão 30 1,0 20 0,5 47 0,7 Subtotal 2.887 94,1 3.965 99,3 6.465 99,9 Outros países 181 5,9 27 0,7 5 0,1 Total 3.068 100,0 3.992 100,0 6.470 100,0 Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. 5

Questões logísticas 17 Os modais de transporte utilizados na importação brasileira de papel para fabricação de papel higiênico ou de toucador e de papel tissue, em 2005, foram os seguintes: marítimo (93,1% do total); rodoviário (6,1%) e aéreo (0,8%). A carga marítima foi desembarcada nos portos de Santos-SP (71% do total) e de Manaus (29%). As mercadorias transportadas por via rodoviária utilizaram as rodovias de Foz do Iguaçu (61% do total) e de São Borja-RS (39%). Por último, o desembarque via aérea no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-RJ foi de cerca de 92% do total e o restante distribuído entre o Aeroporto Internacional de São Paulo-SP, o Internacional de Campinas-SP, o de Manuas-AM, o de Curitiba- PR e o de Belém-PA. Tratamento tarifário 18 O Imposto de Importação (II) incidente nas compras brasileiras de papel para a fabricação de papel higiênico ou de toucador é de 12%. O produto é tributado, também, pelo Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto de competência estadual, cuja alíquota varia, normalmente, de 0 a 25%, em função da essencialidade ou seletividade do produto, podendo ultrapassar esse percentual em alguns casos, por exemplo, de serviços de telecomunicação (30%). Incidem, ainda, sobre a mercadoria, as tarifas referentes aos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP - (1,65%) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins - (7,6%), além do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI (5%). No âmbito do MERCOSUL, o Brasil concede preferências tarifárias a alguns países da América do Sul. É o caso, por exemplo, do Equador com margem de preferência de 61% na subposição 4803.00.10. Ou seja, o produto equatoriano entra no Brasil com Imposto de Importação de 4,7%. Na subposição 4803.00.90, a preferência concedida ao Equador é de 80%, ou seja, o II incidente no subitem é de 2,4%. Tratamento administrativo 19 A importação brasileira de papel para fabricação de papel higiênico e de toucador não está sujeita a controle prévio ou ao cumprimento de condições especiais e terão a dispensa do licenciamento pelo SISCOMEX, quando do preenchimento da Declaração de Importação. Empresas equatorianas exportadoras Empresários brasileiros interessadas em fazer negócios com o Equador poderão ter acesso a informações no sítio de promoção comercial desse país, Corporación de Promoción de Exportaciones e Inversiones del Ecuador CORPEI (http://www.ecuadorexporta.org). 6

Empresas brasileiras importadoras 20 Ciente da importância de apresentar diretório importador para produtos da demanda brasileira, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), lançou em 2006, no âmbito do Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI), o Catálogo de Importadores Brasileiros (CIB). O catálogo foi produzido a partir de informações obtidas diretamente das empresas importadoras, em atendimento a consulta específica da Funcex. Trata-se de uma iniciativa pioneira e que vem ao encontro das tradicionais demandas da comunidade empresarial sul-americana. O CIB, disponível em formato eletrônico e na BrazilTradeNet ( PSCI ), traz dados completos de 5.307 empresas importadoras e permite consulta tanto por código quanto por nome da empresa importadora. É possível, ainda, realizar a consulta por faixas de valor importado. Tendo em vista a necessidade de facilitar as consultas, foi adotada a nomenclatura do Sistema Harmonizado (SH), em nível de seis dígitos (SH 6). As empresas relacionadas no catálogo representaram mais de 80% do volume importado pelo País anualmente. O CIB está disponível em português, espanhol e inglês. Entretanto, conforme salientado, as listagens do CIB não são exaustivas. Compreendem apenas as empresas que se dispuseram a responder questionário encaminhado pela Funcex, a respeito do perfil importador das firmas brasileiras. No que tange ao papel para fabricação de papel higiênico ou de toucador e pastas de celulose, o CIB apresenta quatro empresas brasileiras importadoras, cujos dados completos poderão ser obtidos diretamente no Catálogo: Fouad Center Exportadora de Manufaturados Ltda. fouad@foznet.com.br Fax: 55 45 523-2727 Kimberly Clark Kenko Ind. e Com. Ltda. Fax: 55 11 3289-0538 Procter e Gamble do Brasil S.A. gabriel.mi@pg.com Fax: 55 11 3748-0174 Santher Fábrica de Papel Santa Therezinha S.A. vendas@santher.com.br Fax: 55 11 870-6132 Ainda com referência ao universo de empresas importadoras do produto em questão, cumpre esclarecer que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC) dispõe de relação completa das empresas brasileiras importadoras do Equador. Tal relação, contudo, não permite realizar as consultas utilizando como variável o código dos produtos. O endereço eletrônico da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC é: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/deppladescomexterior/indestati sticas/empexpimp_importadoras.php 7

Endereços úteis Dentre outros, poderão ser de interesse os seguintes endereços das representações diplomáticas do Equador no Brasil e das brasileiras no Equador, cujos dados completos encontram-se disponíveis no sítio do Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br): Embaixada do Equador em Brasília - DF SHIS - QL 10 - Conjunto 8 - Casa 01 71630-085 Brasília - DF Telefones: (061) 3248-5560 / 5660 / 3480 Fax: (061) 3248-1290 E-mail: embeq@solar.com.br Expediente: segunda a sexta-feira de 9h00 às 15h00 Consulado do Equador em Recife - PE Av. Boa Viagem 4298, Sala 01 Boa Viagem 51021-000 - Recife - PE Tel.: (81) 3465-8489 Embaixada do Brasil em Quito Edifício España Av. Amazonas 1429 Y Colon - Pisos 9º y 10º Caixa postal 17-01-231 Quito - Equador Telefones: (5932) 256-3086 / 3115 / 3141 / 3142 Fax: (5932) 222-1972 Sítio: www.embajadadelbrasil.org.ec Outros endereços Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) (http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php) Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br/) BrazilTradeNet (http://www.braziltradenet.gov.br/) Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br) 8

1 Tarifa Externa Comum TecWin 2006 Acesso em 20/06/06. A Tarifa Externa Comum (TEC) foi implantada no Brasil pelo Decreto 1343/94. A TecWin é a versão eletrônica da TEC, que contempla o tratamento tarifário e administrativo aplicado às importações brasileiras. É atualizada diariamente via internet e está disponível em www.aduaneiras.com.br. 2 Idem. 3 http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/tissue99.pdf Acesso em 23/06/06. 4 http://faostat.fao.org Banco de dados da FAO. Acesso em 23/06/06. 5 Idem. 6 O Trademap é uma ferramenta de análise de mercados, cobrindo 5.300 produtos e 180 países. É desenvolvido pela Seção de Análise de Mercados do International Trade Centre (ITC), da UNCTAD/OMC. Disponível na BrazilTradeNet (www.braziltradenet.gov.br) Acesso em 21/06/06. O Trademap também está disponível, em inglês, no sítio do ITC (www.intracen.org). 7 Idem. 8 www.desenvolvimento.gov.br Acesso em 23/06/06. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mantém o sistema AliceWeb. O AliceWeb disponibiliza estatísticas, em meio eletrônico, das importações e exportações brasileiras, por produtos e países de destino. Para tanto, utiliza o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH). 8 Idem. 9 Idem. 10 Idem. 11 www.desenvolvimento.gov.br Acesso em 23/06/06. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mantém o sistema AliceWeb. O AliceWeb disponibiliza estatísticas, em meio eletrônico, das importações e exportações brasileiras, por produtos e países de destino. Para tanto, utiliza o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH). 12 http://www.santher.com.br - Estudo Mercado do Papel Acesso em 23/06/06. 13 AliceWeb Acesso em 26/06/06. 14 Idem. 15 Idem. 16 Idem. 17 Idem. 18 TecWin Acesso em 26/06/06 19 Idem. 20 Catálogo de Importadores Brasileiros CIB. Disponível na BrazilTradeNet/PSCI. Acesso em 27/06/06. Brasília, junho de 2006. 9