A Indústria Portuguesa de Moldes
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- Oswaldo Silveira Salazar
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1 A Indústria Portuguesa de Moldes
2 A Indústria Portuguesa de Moldes tem vindo a crescer e a consolidar a sua notoriedade no mercado internacional, impulsionada, quer pela procura externa, quer pelo conjunto de competências e capacidades produtivas que oferece aos seus clientes. Atualmente, o Sector Português de Moldes possui cerca de 450 empresas, com dimensão de PME, dedicadas à conceção, desenvolvimento e fabrico de moldes e ferramentas especiais, empregando cerca de trabalhadores, com uma distribuição geográfica bipolar, designadamente nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis. Portugal encontra-se entre os principais fabricantes mundiais de moldes, nomeadamente, na área dos moldes para injeção de plásticos (8º a nível global, 4º a nível europeu), exportando atualmente mais de 85% da produção total. Em 2014, a exportação atingiu um valor superior a 560 milhões de euros o melhor ano de sempre da Indústria em termos de produção e exportação pela terceira vez consecutiva sendo o valor total de produção estimado em cerca de 660 milhões de Euros, facto representativo de que Portugal, ao longo dos anos, tem demonstrado uma elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e às evoluções, quer dos mercados, quer das tecnologias. É um Sector inovador e de alta intensidade tecnológica que exporta a larga maioria da sua produção, tendo em 2014 como principais mercados a Espanha, Alemanha, França, Republica Checa, Unido, Polónia e Estados Unidos. 2
3 600 Balança Comercial Exportação Importação Saldo Fonte: AICEP Unidade: milhões de Euros. A análise da evolução da balança comercial ao longo dos últimos anos demonstra a forte vocação exportadora do Sector. O saldo da balança comercial registou uma tendência de crescimento nos anos considerados, tendo passado de 284,41 milhões de euros em 2004 para 405,15 milhões de euros em
4 Produção vs Exportação (milhões de euros) Produção Exportação Fonte: AICEP e CEFAMOL Evolução do Mercado de Exportação 100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% * Mercado de Exportação (%) Valores Estimativos para o ano de 2014 Fonte: AICEP e CEFAMOL 4
5 A análise do gráfico anterior sublinha a forte orientação exportadora do Sector (a exportação nunca é inferior a 75% da produção), tendo o valor mais baixo sido registado nos anos associados à crise conjuntural registada nos últimos anos. Por outro lado, esta situação, que se verifica com maior intensidade desde 2004, também deriva do crescimento assinalável que a Indústria nacional, nomeadamente de plásticos, tem tido ao longo dos últimos anos, muitas vezes impulsionada pelo alargamento da cadeia de valor das empresas de moldes. O valor total das exportações portuguesas atingiu, em 2014, os 561 milhões de euros, sendo que as vendas foram efectuadas para 89 mercados (países) distintos, o que demonstra a dimensão internacional e global desta Indústria. Apresenta-se em seguida um quadro que melhor pode ilustrar a evolução dos mercados clientes, ao longo dos últimos anos. Evolução dos Principais Mercados Clientes º França França Alemanha Alemanha Alemanha Alemanha Alemanha Alemanha Espanha Espanha 2º Alemanha Alemanha França Espanha Espanha Espanha França Espanha Alemanha Alemanha 3º Espanha Espanha Espanha França França França Espanha França França França 4º EUA EUA EUA Polónia Suécia 5º Unido Unido Unido Unido EUA México Polónia República Checa Brasil Brasil Polónia República Checa Estados Unidos República Checa Unido Fonte: CEFAMOL 5
6 90% Exportações por Zona Económica (%) 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% U.E. E.U.A./Canadá Europa (outros) África América Latina Outros 0% Fonte: AICEP Em termos de importância das regiões económicas, mantém-se a preponderância do mercado europeu, principalmente comunitário, representando nos últimos anos, em média, 78% do total de exportações. Importa salientar o decréscimo de exportações para a América do Norte nos últimos anos. Esta diminuição é explicada essencialmente pela deslocalização de empresas clientes existentes neste mercado para países com baixos custos de mão-de-obra e pela forte depreciação do Dólar Americano face ao Euro. Espera-se ao longo dos próximos anos uma alteração neste contexto, tendo em conta a reindustrialização da economia norte americana, a diminuição dos custos de produção locais, muito por força das redução dos custos de energia e, por último, a aproximação verificada em 2014 na relação Euro Dólar, que torna o nosso Sector mais competitivo nesta região. 6
7 Unido 4% EUA 3% Suécia 3% Polónia 3% Principais Mercados 2014 México 2% Outros 18% Republica Checa 7% Espanha 23% França 15% Alemanha 22% Fonte: AICEP/CEFAMOL Da análise dos dados do comércio externo português, relativos ao ano de 2014, salienta-se que os cinco principais destinos das exportações portuguesas foram: Espanha (23%), Alemanha (22%), França (15%), Republica Checa (7%) e Unido (4%). Este grupo é seguido de um conjunto de mercados que representam individualmente 3% das exportações nacionais Polónia, EUA e Suécia. O top ten dos mercados destino é completado pelo México e Bélgica, ambos com 2% do total das exportações. Fonte: CEFAMOL 7
8 Principais Clientes 2014 Electrónica 2% Aeronáutica 1% Dispositivos Médicos 1% Outros 8% Electrodomésticos 4% Embalagem 10% Automóvel 74% A informação estatística, referente às principais indústrias servidas pelo Sector de Moldes, faz sobressair a ideia de que a indústria automóvel tem vindo a consolidar o seu crescimento e importância no desenvolvimento do Sector, tendo evoluído de um peso relativo de apenas 14%, em 1991, para 74% em Outra indústria em destaque é a da embalagem, que tem vindo a crescer de uma forma sustentada, representando neste momento 10% da produção nacional de moldes. No entanto, regista-se a presença do Sector em outros sectores industriais de grande importância para o desenvolvimento de novos produtos na economia mundial, assim como a procura por novas áreas e nichos, tais como a indústria aeronáutica e de dispositivos médicos. 8
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