O QUE QUEREMOS DA AVIAÇÃO BRASILEIRA SE NÃO TEMOS SEQUER UM PROJETO DE ENSINO AERONÁUTICO?
NÃO HÁ SETOR ECONÔMICO O COMPETITIVO QUE QUEREMOS NO MUNDO DA AVIAÇÃO QUE BRASILEIRA NÃO CONTE QUANDO COM ENSINO DECIDIRMOS AMADURECER? QUALIDADE.
FATO: OS USUÁRIOS NÃO ENXERGAM UM CLARO MODELO DE FORMAÇÃO AERONÁUTICA NO BRASIL.
AO INVÉS DE SE VALORIZAR, APOIAR E ESTIMULAR, O ENSINO AERONÁUTICO TEM SIDO OBJETO DE ATAQUE
(INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA QUE INCLUA AEROCLUBES E ESCOLAS DE AVIAÇÃO) Aeródromos são infraestruturas elementares (pré-requisitos) para a existência de Instituições de Ensino Aeronáutico. Sem aeródromos, como se espera que existam Instituições de Ensino? Qual a política da ANAC, a autoridade máxima da regulação da aviação brasileira, para garantir acesso de Aeroclubes e Escolas de Voo a aeródromos brasileiros? Como em todo o mundo, as atividades aeronáuticas de ensino e fomento são contempladas com proteções tarifárias para o acesso e uso de infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea. Qual a política do Estado brasileiro para garantir que o mesmo ocorra em nosso país? Observa-se exatamente o contrário: Aeroclubes e Escolas são expulsos ou impedidos de entrar em Aeródromos (ataques recentes contra o Ensino Aeronáutico pela via da Infraestrutura: Estado do Rio de Janeiro (que inclui fechamento arbitrário de Aeroportos e Aeroclubes), Pernambuco, São Paulo (Capital, Jundiaí - 043/DAESP/2014 Itu, entre outros), Paraíba, dentre vários outros, em todo País.
(ACESSO E USO DE ESPAÇO AÉREO PARA TREINAMENTO) Não é aceitável mais conviver com tanta dificuldade para usar o espaço aéreo brasileiro para treinamento: Em países com tráfego aéreo infinitamente mais volumoso e heterogêneo o espaço aéreo e serviços de controle de tráfego aéreo simplesmente funcionam. Por que no Brasil não se consegue coordenar harmonicamente diversos tipos de usuários sem criar burocracia ou ineficiências? Em praticamente todas as Terminais do país, neste momento, há restrições para voos de instrução (prévia autorização com órgãos ATC para a realização de simples procedimentos de treinamento IFR ou complexidades incompreensíveis para voos VFR). Como se quer mais aviadores proficientes se não lhes são garantidos espaços aéreos para treinamento?
(O BRASIL ESTÁ FICANDO CADA VEZ MAIS DEFASADO TECNOLOGICAMENTE NA FORMAÇÃO DE AERONAUTAS) O planeta terra inteiro vêm adotando e disseminando, há muito tempo, novas tecnologias de navegação aérea, que já vem embarcada em pequenos monomotores até grandes jatos intercontinentais. Por que no Brasil isso ainda é um tabu? Navegação IFR baseada em GPS sequer faz parte do currículo oficial no Brasil. Já se sabe que a navegação VFR pode ter grande aumento de segurança com a disseminação de tecnologias embarcadas (por exemplo: instalação de GPSs, Pilotos Automáticos, Indicadores de Ângulo de Ataque, etc) Tecnologias totalmente disseminadas como ADS-B jáfazem parte do dia-a-dia de Escolas de Voo em países desenvolvidos. Por que é tão complicado estimular o mesmo no Brasil? Até poucas semanas atrás o uso de ipads a bordo estava proibido no Brasil. Esse assunto está superado mas não se tem ideia de quando os usuários poderão passar a transmitir simples notificações ou planos de voo pela internet ou mesmo ser desobrigados de uma burocracia que tira instrutores de Aeroclubes e Escolas e os mantém em filas inúteis em Salas AIS, em todo país
(A MODERNIZAÇÃO DA FROTA E DAS AERONAVES É OUTRO TABU: QUANDO VAMOS RESOLVER ISSO?) É um fato que Aeroclubes e Escolas de Voo (em todo o mundo) se viabilizam com o uso intenso de aeronaves monomotoras e bimotoras leves, já depreciadas, com uniformização de frotas. Logo, o estimulo à modernização da frota (seja com a importação de aeronaves ou de equipamentos) não deveria ser fator de complexidade mas uma meta nacional, estimulada pelas autoridades aeronáuticas: Facilitação para importação de aeronaves para uso em instrução Facilitação e Estímulo para Modernização de Painéis Os Simuladores de Voo de Pequeno Porte passaram por uma Revolução nos últimos 15 anos. Hoje reduzem dramaticamente a exposição a risco e custos de treinamento inicial e recorrente inclusive para aeronaves de maior porte (Jatos Entry Level e Turboélices de Grande Porte). Qual o papel que os Simuladores de voo devem ter no sistema de ensino aeronáutico brasileiro?
(AS INSTITUIÇÕES DEENSINO AERONÁUTICO TÊM DESAFIOS GERENCIAIS: COMO APOIAR QUEM PRETENDE EMPREENDER E DESENVOLVER?) Um país como o Brasil, tão grande e heterogêneo, não terá seu desafio de modernizar o ensino aeronáutico atendido por um único modelo: Bons Aeroclubes com certeza continuarão a ser referências indispensáveis no modelo de ensino aeronáutico no Brasil, como são desde 1920, 1930, 1940 Novas Escolas, Privadas, com certeza também tem e terão espaço nesse mercado, seja na formação básica, como avançada e especializada Escolas Especializadas precisam ser estimuladas e disseminadas (IFR Avançado, CRM, Single Pilot Resource Management, Recuperação de Atitudes Anormais, Novas Tecnologias de Navegação e Painéis, etc) A boa gestão de um Aeroclube ou de uma Escola será produto do equilíbrio entre resultados econômicos, regulação apropriada e bem calibrada e demanda. Como as autoridades apoiarão aqueles que pretendem empreender e se desenvolver, provendo o mercado com as soluções que são demandas? Só com ações que incidam diretamente no preço dos combustíveis se poderia atacar fonte de + de 40% dos custos dessas Instituições!
(REGULAÇÃO PARA DAR RESPOSTAS RÁPIDAS ÀS DEMANDAS DOS USUÁRIOS) Dentro desse contexto, a Regulação precisa ser a mola propulsora da modernização do Ensino, não seu entrave: Alunos hoje enfrentam filas para o agendamento de cheques iniciais porque o recredenciamento de checadores nas Escolas e Aeroclubes não tem funcionado de forma apropriada. Atribuir a responsabilidade dessa situação às Escolas e Aeroclubes não é aceitável. O Regulador tem no usuário final seu principal foco. Qual o plano para alavancar imediatamente as opções para a realização de voos de check no país, inclusive para aeronaves Tipo? Aeronautas enfrentam problemas permanentes para solicitar a revalidação das suas licenças, seja por dificuldades no uso dos Sistemas da ANAC, desconhecimento, má orientação ou falta de checadores. Isso tudo apesar dos esforços conhecidos e louváveis das equipes da GPEL e mesmo da gerência de Escalas. O Brasil desperdiça a sua óbvia liderança regional (América do Sul): Por que não transformar nossas Instituições de Ensino competitivas internacionalmente, viabilizando avaliações em língua inglesa? A manutenção de proficiência ou adição de novos conhecimentos, nesse contexto, é desestimulada. Quem pode busca esse tipo de conhecimento fora do Brasil ou simplesmente aprende fazendo, o que é a pior formula de ensino para uma atividade como a aviação.
DESAFIO: IMPLANTAR FORÇA TAREFA PARA REPENSAR O ENSINO AERONÁUTICO NO BRASIL: RESULTADOS DE CURTO PRAZO E RENOVAÇÃO DE MÉDIO PRAZO.