E-BOOK I - RESILIÊNCIA VIVER COM EQUILÍBRIO
ORIGEM DO TERMO RESILIÊNCIA O termo resiliência é proveniente da Física e em síntese designava a capacidade de comprimir ou esticar uma mola sem que ela perdesse suas propriedades. Foi adaptado às ciências humanas com o sentido de reconhecermos o quanto conseguimos passar por situações de stress e sairmos ilesos ou até mesmo fortalecidos.
RESILIÊNCIA ENVOLVE SITUAÇÕES DE STRESS Tal capacidade de aprender a equilibrar as emoções diante de situações de stress sem negá-las, enfrentando com serenidade resultados inesperados ao recorrer de modo sábio a recursos de modo a apresentar um comportamento compatível com o esperado.
RESILIÊNCIA ENVOLVE SOBREVIVÊNCIA Buscamos, inicialmente, a sobrevivência.
COMO SURGIU O INTERESSE PELO TEMA RESILIÊNCIA Aos meus pais, professores, analistas, coaches, amigos e colegas, enfim, a todos aqueles que me ensinaram que o sentido da vida está em costurar-se nela. Meu interesse pela resiliência teve início na faculdade de Psicologia, quando estudei os sobreviventes dos campos de concentração nazistas. Sofria só de ler sobre o assunto. E me questionava: como aquelas pessoas que passaram por catástrofes e violências daquela ordem conseguiram retomar suas vidas e ainda escrever sobre sua experiência traumática?
LITERATURA DE TESTEMUNHO A catástrofe é vivida como inacessível diante da irrepresentabilidade (pluridimensionalidade do real versus unidimensionalidade da linguagem) Bruno Bettelheim Primo Levi Sobreviventes-testemunha: passaram pela experiência de quase morte e, pela expressão da escrita, tentavam justificar sua sobrevivência na tentativa desesperada de elaborar o trauma e livrar-se da culpa de terem sobrevivido.
FATORES DE RESILIÊNCIA OBSERVADOS NOS RELATOS DOS ENTREVISTADOS AGRUPAM-SE EM PADRÕES Padrões disposicionais (atributos físicos, herdados e influenciados pelo meio ambiente e atributos psicossociais): saúde, inteligência, autoestima. Padrões relacionais (características dos papéis individuais frente aos relacionamentos): suporte social, solidariedade, múltiplos interesses, aprendizagem, capacidade de comunicação. Padrões situacionais (características que se manifestam nas diversas situações comuns ou frente a estressores): humor, criatividade, adaptabilidade, coragem, determinação, força de vontade, autonomia. Padrões filosóficos e religiosos: sentido para viver, fé, esperança.
TAIS SOBREVIVENTES ERAM RESILIENTES Mesmo tendo sofrido privações e situações limítrofes do Holocausto e, após este, tendo se readaptado à vida, a vasta maioria da população de sobreviventes não desenvolveu doenças mentais. Assim, foi possível reconhecer que os sobreviventes do holocausto foram resilientes.
O QUE TEMOS A APRENDER COM ISSO? É por meio da construção narrativa exercitava pelo trabalho terapêutico e de coaching em resiliência que eu promovo assistência àqueles que desejam reestruturar suas histórias e dar um novo sentido às suas vidas.
COACHING EM RESILIÊNCIA No caso do Coaching em Resiliência, termos dois importantes polos: o coach e o coachee (aquele que procura auxílio em um processo de coaching). O coach então auxiliará o coachee a desenhar os degraus e impulsioná-lo para que este chegue aonde quer.
PASSADO, PRESENTE E FUTURO
O COMPROMISSO É A SUA PALAVRA Meta Expectativa Medo do fracasso Frustração Método Caminho Construção contínua Compromisso
PANO DE FUNDO: PSICOLOGIA POSITIVA Direcionada para o futuro Caminho para a saúde sem passar pelo sofrimento Felicidade está ligada aos domínios de crenças do indivíduo Mobiliza recursos positivos e potencialidades Reatribuição positiva de significados independentemente dos fatos
TEORIA COGNITIVA Aaron Beck Crenças e valores estruturantes (profundos) Crenças intermediárias Esquemas básicos de crenças: como as experiências na vida são percebidas e conceituadas
MODELOS DE CRENÇAS DETERMINANTES (MCD S) Estrutura cognitiva comportamento Conhecido se repete traz segurança Presente Passado
TENDÊNCIA À REPETIÇÃO DE COMPORTAMENTOS Você consegue reconhecer que tendemos a reagir sempre do mesmo modo ao que nos acontece?
GIRAMOS EM CÍRCULO Agimos baseados em nossos Modelos de Crenças Determinantes (MCDs), segundo a teoria da Terapia Cognitiva. Tais modelos são esquemas mentais (agrupamentos de crenças em relação a uma área da vida) que organizam nossas atitudes e comportamentos desde nossa infância e nos possibilitaram lidar de forma simples e flexível com nossas convicções face às adversidades. No entanto, com a formação da personalidade, na fase adulta, tendemos a reagir sempre da mesma forma às situações, ou seja, giramos em círculo, aprisionados por nossas crenças e convicções.
TOMADA DE CONSCIÊNCIA Tomaremos consciência dessas crenças e convicções que dominam nossas ações e podemos então ter a escolha em determinar se o comportamento expresso terá maior ou menor resiliência. Devemos buscar um equilíbrio (resiliência) entre nossas emoções e atitudes, que então deixam de tender à intolerância ou à passividade.
O BARALHO DA RESILIÊNCIA Para explicar com clareza e de forma lúdica como funcionava o meu trabalho com coaching em resiliência, desenvolvi um baralho da resiliência, em que as cartas mostravam os principais aspectos a serem considerados.
08 MODELOS DE CRENÇAS DETERMINANTES (MCD S) Autoconfiança Autocontrole Leitura Corporal Conquistar e Manter Pessoas Empatia Análise de Contexto Otimismo com a Vida Sentido da Vida
AUTOCONTROLE AUTOCONFIANÇA LEITURA CORPORAL É a capacidade de administrarse emocionalmente diante do inesperado, aprimorando e amadurecendo o comportamento social. É a capacidade de ter convicção, de ser eficaz e sentir-se seguro diante de situações inesperadas. É a capacidade de perceber-se e organizar-se internamente ao perceber reações corporais em situações de tensão.
EMPATIA CONQUISTAR E MANTER PESSOAS É a capacidade de se aproximar das pessoas, com conectividade, interação e reciprocidade. É a capacidade de se vincular a outros, no intuito de formar fortes redes de apoio e proteção.
ANÁLISE DE CONTEXTO OTIMISMO PARA A VIDA SENTIDO DE VIDA É a capacidade de identificar com precisão as causas, relações e implicações dos problemas, conflitos e adversidades presentes no ambiente. É a capacidade de ter esperança na vida, nutrindo com alegria e sonhos, mesmo quando o poder de decisão está fora de suas mãos. É a capacidade de entendimento de um propósito maior para a vida, de modo a reconhecer seu real valor.
ESCALA DE RESILIÊNCIA GRADIENTES DE RESILIÊNCIA INTOLERÂNCIA RAIVA EXPOSIÇÃO RESILIÊNCIA EQUILÍBRIO PASSIVIDADE TRISTEZA RETRAÇÃO
ESCALA DE RESILIÊNCIA MEIO DA ESCALA = EQUILÍBRIO PASSIVIDADE X INTOLERÂNCIA
DESCONTROLE DAS EMOÇÕES: DEFORMAÇÃO DA REALIDADE Pender para um dos lados da escala: deformação de realidade recursos não são acionados resposta incoerente com a situação
RESILIÊNCIA TAMBÉM ENVOLVE FLEXIBILIDADE Devemos buscar efetivamente a flexibilidade e o equilíbrio para termos qualidade de vida.
EM BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA: O SENTIDO DA VIDA ESTÁ NO EQUILÍBRIO Somos vítimas ou donos de nossas emoções? Controlar as emoções, sendo resiliente, é poder percebê-las e fazer escolhas
RESILIÊNCIA EQUILÍBRIO ESCOLHA Escolher é estar em constante vigilância de nossas emoções Aprendido X Escolhido vida digna, qualidade e responsabilidade
ENTÃO RESILIÊNCIA PODE SER TRANSCENDÊNCIA Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Fernando Pessoa
É preciso transcender a própria consciência para compreender o real significado da vida... E, para isso, é preciso ter coragem para enfrentar todas as barreiras que nos fazem nos manter fiéis àquilo que somos e criar um novo modo de ser. Nessa dura jornada, é importante ter um apoio, uma assistência, para criar, pela linguagem, uma trajetória de sucesso.
CONTE COMIGO! Cristina Monteiro contato@pontodepalestras.com.br www.resilienciaevida.wordpress.com _ Psicóloga (PUC-SP) CRP 06/89206, Psicopedagoga (Instituto Sedes Sapientiae), Orientadora Profissional (Colmeia) e certificada em Coach em Resiliência pela SOBRARE Sociedade Brasileira de Resiliência. Escritora de diversas crônicas literárias em duas coletâneas, de artigos acadêmicos e semanalmente em seu blog. Desde 2006, trabalha com palestras e treinamentos para desenvolvimento de pessoas e empresas a partir da aprendizagem de adultos (Andragogia). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e com treino e desenvolvimento em resiliência, além de desenvolver e ministrar palestras e treinamentos comportamentais por meio de sua empresa Ponto de Palestras e Treinamentos.