O BARALHO É COMPOSTO POR:

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2 O BARALHO É COMPOSTO POR: BARALHO 1: Habilidades Sociais Conjugais 15 cartas Assertividade 15 cartas Autocontrole e Automonitoria 15 cartas Comunicação 15 cartas Empatia 15 cartas Expressividade Emocional 15 cartas Habilidades Sexuais 15 cartas Habilidades Sociais Educativas 15 cartas Resolução de Problemas BARALHO 2: Perspectivas Futuras 15 cartas BARALHO 3: Planejamento Financeiro 15 cartas BARALHO 4: Planos de Ações Conjugais 25 cartas TOTAL: 175 cartas

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4 Sinopsys Editora e Sistemas Ltda., 2019 Baralho das Habilidades Sociais Conjugais: avaliando e treinando habilidades com casais Bruno Luiz Avelino Cardoso Capa: Vinícius Ludwig Strack Supervisão editorial: Mônica Ballejo Canto Editoração e arte-finalização: Vinícius Ludwig Strack C268b Cardoso, Bruno Luiz Avelino Baralho das habilidades sociais conjugais: avaliando e treinando habilidades com casais / Bruno Luiz Avelino Cardoso. Novo Hamburgo: Sinopsys, p. ISBN Psicologia Habilidades sociais Casais. I. Título. CDU Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto CRB 10/1023 Todos direitos reservados à Sinopsys Editora Telefone: atendimento@sinopsyseditora.com.br Site:

5 AUTOR Bruno Luiz Avelino Cardoso Psicólogo, vice-delegado da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) no Maranhão. Doutorando em Psicologia (Comportamento Social e Processos Cognitivos) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Mestre em Psicologia (Processos Clínicos e Saúde) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com estágio de pesquisa sobre violência e habilidades sociais na UFSCar. Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto WP (IWP/FACCAT). Sócio-fundador do Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC). Membro do Grupo de Pesquisa Relações Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS, UFSCar), do Grupo de Trabalho Relações Interpessoais e Competência Social da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), e do Grupo de Estudos em Prevenção e Promoção da Saúde no Ciclo de Vida (GEPPS- Vida, Universidade de Brasília). Supervisor da prática clínica em Terapia Cognitivo-Comportamental e Professor convidado de cursos de Especialização. brunolacardoso@gmail.com.

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7 SUMÁRIO Prefácio... 7 Apresentação... 9 Fundamentação Teórica Habilidades Sociais Conjugais e Competência Social Demandas para o Treinamento de Habilidades Sociais Conjugais O Uso de Métodos Multimodais para a Avaliação e Treinamento de Habilidades Sociais Conjugais Aplicações práticas do Baralho das Habilidades Sociais Conjugais Como utilizar o Baralho das Habilidades Sociais Conjugais Baralho 1: Habilidades Sociais Conjugais Baralho 2: Perspectivas Futuras Baralho 3: Planejamento Financeiro Baralho 4: Planos de Ações Conjugais Baralho 5: Cartas Personalizáveis... 35

8 Referências Apêndices Apêndice A: Fichas Habilidades Sociais Conjugais Apêndice B: Fichas Perspectivas Futuras Apêndice C: Fichas Planejamento Financeiro Apêndice D: Fichas Planos de Ações Conjugais (PACs) Apêndice E: Avaliando déficits e recursos em habilidades sociais conjugais Apêndice F: Ciclo dos valores Apêndice G: Avaliação dos critérios de um desempenho socialmente competente Apêndice H: Turnê do Conhecimento e do Autoconhecimento.. 54 Apêndice I: Calculadora do Planejamento Financeiro na Relação Apêndice J: Registro de Plano de Ação Conjugal (RePAC) Apêndice K: Carta Personalizável... 59

9 PREFÁCIO O casamento, ou qualquer das configurações possíveis de parcerias romântico-sexuais que formam a base das famílias, são o pilar fundamental da organização social. A manutenção da conjugalidade, aqui entendida de maneira ampla como uma parceria estável e consensual entre pessoas, se entremeia com questões fundamentais como parentalidade, desenvolvimento de novos cidadãos e a prevenção de danos e conflitos sociais. Assim, ainda no século XX, a psicologia compreendeu a importância de atuar junto aos processos familiares e conjugais como uma forma de promover resultados terapêuticos e sociais onde as intervenções em nível individual não eram suficientes. As terapias cognitivo-comportamentais, contudo, muito provavelmente em função do seu curto percurso histórico, traz contribuições ainda insipientes para o campo das terapias de família e casal. No Brasil, este cenário é ainda mais gritante, com poucos autores e grupos de pesquisa trabalhando especificamente no desenvolvimento de teorias, técnicas, métodos e instrumentos de avaliação e intervenção que respondam às demandas da nossa população. Por isso, foi com muita alegria que eu recebi o convite de prefaciar esta obra do Prof. Bruno Cardoso. Produzir tecnologia brasileira de qualidade é o desafio dos nossos pesquisadores e é muito gratificante poder apresentar à comunidade essa ferramenta. O Baralho das habilidades sociais conjugais é uma proposta de instrumento que pode ser usada com diferentes fins, no contexto das intervenções conjugais. Baseado em aspectos apontados pela literatura corrente como relevantes para as interações entre casais, o baralho pode

10 ser utilizado criativamente pelo profissional para avaliar diversos aspectos do relacionamento, bem como para promover reflexão, consciência e mudança de comportamento entre os membros da parceria. A proposta de desenvolver habilidades de interação que melhorem a qualidade do relacionamento conjugal, apesar de aqui inserida em um contexto neocomportamental, é consenso entre as diferentes perspectivas teóricas em psicoterapia de família e casal, além de ser apontada pela literatura científica como um fator crítico na prevenção de divórcios e na promoção de satisfação conjugal. Dessa forma, a ferramenta que temos em mãos pode ser útil não apenas no contexto das terapias cognitivo-comportamentais, mas se articula teoricamente com diferentes propostas de intervenção terapêutica e de prevenção com casais e famílias. Além disso, pode ser uma proposta interessante de sistematização dos aspectos importantes a serem observados na abordagem dos casais também por terapeutas em formação, funcionando como um norteador dos aspectos relevantes que precisam ser observados pelo terapeuta iniciante nas fases de avaliação e na psicoterapia de casais. Aline Sardinha Psicóloga clínica. Doutora em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/ UFRJ). Especialista em Psicoterapia de Família e Casal pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Terapeuta Cognitivo-Comportamental certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC). Professora do Programa de Pós-Graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

11 APRESENTAÇÃO Trabalhar com casais envolve um manejo terapêutico de diversas habilidades. Ouvir as demandas apresentadas, compreender o que cada parceiro está falando, traçar relações sobre o que eles fazem que auxiliam a resolver problemas ou os mantêm em conflito, são algumas delas. Para avaliar esses e outros comportamentos, além da expertise clínica do terapeuta, em identificar os componentes das dificuldades conjugais, o uso de métodos diversos facilita a avaliação da motivação para a mudança que cada parceiro têm durante o processo psicoterápico. De acordo com a literatura sobre os relacionamentos conjugais, os casais com dificuldades na comunicação, resolução de problemas e em outros comportamentos, tendem a encerrar a relação ou ter prejuízos graves. Isso ocorre pela dificuldade em desempenhar comportamentos que favorecem a qualidade do relacionamento (como é o caso dos déficits nas habilidades sociais conjugais). Deste modo, o terapeuta precisa estar atento aos comportamentos que os parceiros emitem durante a sessão, para fornecer modelos de como eles podem desempenhar comportamentos que os auxiliarão a manter uma relação agradável. Levando em consideração esses aspectos, este Baralho tem por objetivo fornecer um conjunto de habilidades sociais conjugais que podem ser avaliadas criativamente, por meio de perguntas, no setting clínico e treinadas com o foco na competência social. O uso de técnicas como esta facilita a avaliação multimodal das habilidades sociais conjugais e favorece uma compreensão mais abrangente do repertório comportamental

12 10 Bruno Luiz Avelino Cardoso dos casais, por meio de questões sobre as diversas classes de comportamentos fundamentais na relação entre parceiros íntimos. Este Baralho contém cinco conjuntos de cartas. O primeiro é nomeado Habilidades Sociais Conjugais, com oito classes de comportamentos, contendo, cada uma, quinze cartas e questões específicas sobre as habilidades sociais conjugais. O segundo, chamado Perspectivas Futuras, permite a avaliação do grau de comprometimento à mudança e os sonhos que o casal planeja para o futuro da relação, com 15 cartas. O terceiro, Planejamento Financeiro, favorece a promoção da discussão sobre as formas de gerenciamento de renda que os parceiros utilizam na relação, por meio de 15 cartas. O quatro, Planos de Ações Conjugais (PACs), com 25 cartas, corresponde a atividades simples que os casais podem fazer entre as sessões de terapia, com a finalidade de aperfeiçoar e generalizar o repertório de habilidade sociais conjugais aprendidas durante o treinamento. Ao final deste Baralho, também podem ser acessados cartas personalizáveis, para que o terapeuta adeque conforme o atendimento que esteja realizando, e um conjunto de atividades para auxiliar na avaliação e no treinamento das habilidades sociais conjugais. O uso criativo deste instrumento ajuda o terapeuta na identificação dos déficits e recursos que os parceiros apresentam na relação conjugal e no planejamento de intervenções. Espera-se que este Baralho auxilie na sua prática clínica com casais ou indivíduos com demandas afetivo- -sexuais e forneça subsídios para a identificação e o treinamento dos comportamentos que podem melhorar a relação entre os parceiros íntimos.

13 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA HABILIDADES SOCIAIS CONJUGAIS E COMPETÊNCIA SOCIAL O campo teórico-prático das habilidades sociais teve seus primeiros estudos em meados da década de 1930 (Caballo, 1987). A partir desse período, diversas pesquisas foram desenvolvidas quanto à sua aplicação aos variados contextos, incluindo o âmbito clínico, organizacional e educacional (Del Prette & Del Prette, 2017). Dentre os públicos, os quais o treinamento de habilidades sociais alcançou notoriedade, encontra-se o contexto dos relacionamentos conjugais (Cardoso & Del Prette, 2017; Del Prette & Del Prette, 2017; Villa & Del Prette, 2013). A partir de 2001, Del Prette e Del Prette cunharam o termo habilidades sociais conjugais para caracterizar o conjunto de comportamentos que ocorrem dentro de um relacionamento afetivo-sexual que tem alta probabilidade de evitar prejuízos na relação. Os estudos desenvolvidos no Brasil evidenciaram que o uso destas habilidades, pelos casais, facilita a satisfação conjugal e traz melhorias para a relação (Cardoso & Del Prette, 2017; Sardinha, 2018; Sardinha, Falcone & Ferreira, 2009; Villa & Del Prette, 2013). Contudo, não obstante ter um vasto repertório dessas habilidades seja fundamental para um bom relacionamento (como as classes descritas neste Baralho), compreende-se que o desempenho delas sem o compromisso em equilibrar o relacionamento pode resultar em dificuldades e rupturas entre os parceiros. Deste modo, em intervenções com