INGLÊS LÍNGUA FRANCA E IDENTIDADE SOCIAL DE GÊNERO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Documentos relacionados
GT: 7 - DESENVOLVIMENTO E CIDADANIA INGLÊS LÍNGUA FRANCA E IDENTIDADE SOCIAL DE GÊNERO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade C: Apresentação de pesquisas advindas da extensão universitária

PALAVRAS-CHAVE Inglês como Língua Franca. World English. Ensino/Aprendizagem.

e-scrita ISSN

GEPLIS GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM LINGUAGEM E IDENTIDADES SOCIAIS

AGÊNCIA E ENSINO DE LÍNGUA: PARA DISCUSSÃO ENTRE PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

NUREGS NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, DE GÊNERO E SEXUALIDADE

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN

IDENTIDADES DE RAÇA, GÊNERO E SEXUALIDADE NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA: BUSCA PELA BIBLIOTECA DIGITAL BRASILEIRA DE TESES E DISSERTAÇÕES

ABORDAGENS PRAGMÁTICAS SOBRE LINGUAGEM E ENSINO : RESULTADO DAS AÇÕES

IDENTIDADES DE GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE E O ENSINO- APRENDIZADO DE LÍNGUA INGLESA: REFLEXÕES TEÓRICAS

NUREGS NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, DE GÊNERO E SEXUALIDADE

2 HORÁRIO DAS AULAS DIA DA SEMANA HORÁRIO CRÉDITOS Quarta-Feira 18h10 as 22h30 05 Quinta-Feira 18h10 as 21h40 04

PALAVRAS-CHAVE Línguas estrangeiras. Formação de Professores. Comunidade

GÊNERO E RENDIMENTO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO DA UNIDADE MUNICIPAL DE ENSINO THEREZINHA DE JESUS SIQUEIRA PIMENTEL, SANTOS (SP)

PALAVRAS-CHAVE Identidades. Gênero. Diferença. Sociedade.

COLEÇÃO DE LIVROS DIDÁTICOS DE INGLÊS: O PROCESSO DE SELEÇÃO FEITO PELO CURSO DE LINGUAS PARA COMUNIDADE (CLEC) DA UEPG.

O ENSINO DE ESPANHOL E INGLÊS EM PONTA GROSSA: UMA PARCERIA ENTRE ESCOLAS PÚBLICAS E A UNIVERSIDADE

PALAVRAS-CHAVE Identidade. Representação. Raça. Ensino de História.

PROGRAMA CURRICULAR ANO LECTIVO

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO

PALAVRAS-CHAVE Abordagem complexa. Pedagogia do pós-método. Teoria da complexidade. Estágio supervisionado.

CICLO DE ATIVIDADES DE FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NO ENSINO SUPERIOR 1º. SEMESTRE 2018

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA EM OURO PRETO MG Regina Aparecida Correa Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Resumo

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo

Três décadas de pesquisa sobre a formação de professores de alemão no Brasil

Metodologia Científica. Saiba Mais. Dicas de links úteis

A PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR SOBRE O USO DA REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

Universidade Federal do ABC Pró-Reitoria de Graduação FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E EXTINÇÃO DE DISCIPLINAS

O Sensoriamento Remoto no Ensino Básico: A Comunicação Universidade-Escola quanto à Produção, Divulgação e Uso de Material Didático.

O REFORÇO NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA

PRATICAS PEDAGÓGICAS DO BIBLIOTECÁRIO: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA.

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO.

O ENSINO DE HISTÓRIA E O LIVRO DIDÁTICO EM FONTES DE INFORMAÇÃO DISPONÍVEIS EM MÍDIAS DIGITAIS

BALANÇO DE PRODUÇÃO SOBRE APRENDIZAGEM COOPERATIVA E EDUCAÇÃO SUPERIOR

O sotaque do falante nativo e a aula de inglês como língua estrangeira no contexto universitário

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: ESTRATÉGICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA POPULAÇÃO LGBTT NO IFPE RECIFE E NA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO

Adriane Silva de Oliveira

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NORMAS PARA CREDENCIAMENTO DE PROFESSOR PERMANENTE

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS PROGRAMA DE DISCIPLINA E DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CONSELHO EDITORIAL

O PAPEL DOS ESTUDOS SOBRE CRENÇAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES O PAPEL DO GRUPO DE ESTUDOS

GÊNERO E SINDICALISMO DOCENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PRODUÇÃO PUBLICADA NA CAPES

GRUPO DE PESQUISA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS - GPPEPE: OBJETIVOS, PARCERIAS E PRODUÇÃO ACADÊMICA

O ESTADO DO CONHECIMENTO DAS PESQUISAS SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

7. Referências bibliográficas

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Licenciatura em Matemática. Ênfase

GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FIOS QUE TECEM AS PESQUISAS

ARTICULAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA DA ABORDAGEM COMPLEXA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS NO ENSINO FUNDAMENTAL/MÉDIO: FOCO NO INGLÊS E FRANCÊS

NUREGS NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, DE GÊNERO E SEXUALIDADE: PROPOSIÇÕES 1

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1505 / Licenciatura em Matemática. Ênfase

SURDOS E OUVINTES EM UMA SALA DE AULA INCLUSIVA: INTERAÇÕES SOCIAIS, REPRESENTAÇÕES E CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES

ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIRECIONADAS A CRIANÇAS NA INTERNET

Identidades sociais de gênero com intersecção de raça e classe no livro didático de língua inglesa: o que as pesquisas recentes revelam

ISSN Online

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS MESTRADO EM CULTURA VISUAL PLANO DE ENSINO DISCIPLINA EMENTA

ELEMENTOS ARTÍSTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SALA DE AULA PARA A INOVAÇÃO DO USO DO LAPTOP EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

ANEXO I MODELO DE PROJETO DE ENSINO

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA EM CENTROS DE FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA NO SUDOESTE DO PARANÁ: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES

CHAMADA 01/2012 PROCESSO SELETIVO PARA DOCENTES

MOOC PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO USO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

TABELA UNIFICADA DE PONTUAÇÃO DA PROVA DE TÍTULOS CCB

Escola de Engenharia de São Carlos - USP

Identidades sociais de gênero em livros didáticos de língua inglesa sob um viés do Inglês como Língua Franca

Alterar a Lista de Oferta de disciplinas do PPGLetras para o semestre letivo de 1º SEMESTRE ESTUDOS LINGUÍSTICOS

A PRODUÇÃO ACADÊMICA EM POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL ( )

O QUE DIZEM AS TESES E DISSERTAÇÕES ( ) SOBRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO PROFESSOR INICIANTE NA REDE ESTADUAL PAULISTA

Silvani dos Santos Valentim 1 Luna Oliveira 2

LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO TEXTO EM CONTEXTOS MÚLTIPLOS: CONEXÕES ENTRE ENSINO SUPERIOR E EDUCAÇÃO BÁSICA

PAINEL TEMÁTICO ANPEd 39ª Reunião Nacional. Regras para Submissão

RELATÓRIO DE ATIVIDADES PERÍODO: SET/2014 A MAR/2017

O PROCESSO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

REVISÃO DE LITERATURA

Revista do Centro de Educação e Letras

7 Referências bibliográficas

O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PARFOR NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA RESUMO

Projeto Gênero e educação: fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais

Pesquisar é realizar uma investigação com a finalidade de descobrir fatos relacionados a um assunto, a um tema. Segundo Gil, (2010), pesquisa é um

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Educação

FACULDADES INTEGRADAS SÃO JUDAS TADEU PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

CONSIDERANDO a solicitação do Departamento de Educação, conforme processo nº 14062/2008;

GÊNERO E EDUCAÇÃO: A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

TÍTULOS LANÇADOS PELA EDUNEB CATÁLOGO 2010 Síntese dos Dados e Resumos referentes a cada Obra XXI BIENAL DO LIVRO EM SÃO PAULO 13/08/2010

Formação docente interdisciplinar como espaço de reflexão coletiva acerca da prática docente

Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales

Bem-vindo à Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG. Esse tutorial vai te auxiliar na navegação do site!

COORDENAÇÃO DE LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS PLANO DE CURSO

EDITAL Nº 03/2018 PPGSOC/UEL

Instituto de Ciências Sociais. Zara Pinto Coelho. Breve Curriculum Vitae

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

Entrevista com a Professora Dra. Juliana Reichert Assunção Tonelli

PALAVRAS-CHAVE formação de professores, multiletramentos, ensino de línguas estrangeiras.

1. A comunicação e a argumentação em sala de aula

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E DA NATUREZA PPGEN Edital Nº 05/ ALUNO EXTERNO

ARRANJOS VOCAIS POLIFÔNICOS E HOMOFÔNICOS: DESAFIOS NO REPERTÓRIO DO CORO EM CORES.

O(A) PROFESSOR(A) MEDIADOR(A) DE LEITURAS

Programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico PLANO DE ENSINO

Transcrição:

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( x ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO INGLÊS LÍNGUA FRANCA E IDENTIDADE SOCIAL DE GÊNERO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Jessica Martins de Araujo (UEPG, jeh09.araujo@gmail.com) (MESTRANDA) Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG, aparecidadejesusferreira@gmail.com) (COORDENADORA DO PROJETO) Resumo: Este trabalho fará um levantamento de teses e dissertações que vêm sendo publicadas na grande área de linguística, letras e artes sobre o tema de inglês língua franca, disponíveis no banco de teses e dissertações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), bem como, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, objetivando recuperar estudos produzidos entre 2013 a 2016, com uma metodologia de revisão bibliográfica, compreendendo se os estudos abarcam a temática da identidade social de gênero. Os resultados mostram que ainda há uma lacuna de pesquisas com esse entrelaçamento de campos de estudos. Esta pesquisa faz parte dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de estudos e pesquisas em linguagem e identidades sociais (GEPLIS) da UEPG e é um recorte de pesquisa de mestrado em andamento que está em fase inicial. Palavras-chave: Inglês língua franca. Identidade de gênero. Mapeamento de estudos. INTRODUÇÃO Abaixo, trazemos algumas definições de inglês língua franca e identidade de gênero, de autores/as que estudam os temas: Crystal (2003) afirma que o Inglês é uma língua global porque para qualquer lugar que se vá, é possível ver um anúncio em Inglês, em qualquer cidade estrangeira entende-se o Inglês, bem como, pontuou Mccrum (2010), de que praticamente não há transações em qualquer cidade do mundo hoje em dia que seja inocente no inglês. Por tornar-se uma língua global, o Inglês passa a não ter mais donos. De acordo com Crystal (2003), uma língua global pode ser assim reconhecida ao adquirir um papel especial reconhecido em qualquer país. Se o Inglês fosse apenas língua-mãe, ele não ganharia esse status de global. Crystal (2003), afirma ainda que, pelas evidências dos últimos anos a posição do inglês como língua global está se tornando mais forte e, portanto, devido a essa expansão, o Inglês não pode ser visto como pertencido a uma única nação, tal questionamento também é feito por Seidlhofer (2001). Jenkins (2006) problematiza o ensino de Inglês que considera apenas o padrão britânico e/ou o norte-americano como correto, pois não se pode ignorar a propagação do uso do inglês

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 2 como uma língua franca. A autora considera necessário que se diferencie o Inglês como língua estrangeira e como língua franca, pois no primeiro caso, aprende-se a língua para usála com falantes nativos, e no segundo caso, ela é aprendida para haver comunicação entre não nativos. Pensa da mesma forma, Sifakis (2007), pois, para ele, o Inglês Língua Franca representa principalmente o inglês que é utilizado na comunicação entre falantes que não são nativos/as. Segundo Auad (2003, p.142), este conjunto gênero corresponderia aos significados, símbolos e atributos que, construídos histórica e socialmente, caracterizam e diferenciam, opondo o feminino e o masculino. Em outras palavras, o gênero é construído ao longo do tempo: ele não pode ser definido somente com o nascimento de um sujeito, mas ao longo de toda a sua vida (LOURO, 2008), para Butler (1988) gênero é uma identidade instável, construída através do tempo e através da repetição de atos, pois a construção do gênero é um processo sempre inacabado, não é ato único, e sim, fruto de construções sociais estabelecidas (AUAD, 2003; LOURO, 2008; PEREIRA, 2013; TÍLIO, 2012), as quais ressaltam as diferenças, fabricando, muitas vezes, identidades de homens e mulheres. OBJETIVO: - Recuperar estudos produzidos entre 2013 a 2016 e disponíveis no banco de teses e dissertações da CAPES e também na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, sobre língua franca, verificando se eles fazem um entrelaçamento com os estudos de identidade de gênero. METODOLOGIA A metodologia adotada é a revisão bibliográfica online, que de acordo com Gil (2008), bibliográfica é aquela que se realiza com base em materiais já existentes, como livros, artigos, teses e dissertações a respeito de um determinado tema, revelando o cenário desse tema, conseguindo mostrar os resultados resumidos a que os/as autores/as dos trabalhos analisados conseguiram chegar. É o que será feito aqui, respondendo se os trabalhos relacionam língua franca e identidade de gênero.

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 3 RESULTADOS No banco de teses e dissertações da CAPES 1, (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ao buscar o termo língua franca, (entre aspas), foram encontrados 38 resultados, ao todo, no período de 2013 a 2016, na grande área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes. Sendo catorze em 2013, com 12 dissertações e 2 teses. Dez em 2014, com 7 dissertações e 3 teses. Quatro em 2015, com 4 dissertações, apenas. Dez em 2016, com 7 dissertações e 3 teses. Desses 38 trabalhos, apenas 2 deles trazem a palavra identidade no título, sendo eles: 1. Políticas Linguísticas no Ensino de Línguas e a Identidade do professor de Língua Estrangeira Inglês, (PRADO, Silvana Aparecida Carvalho do, 2014 UEPG, mestrado) e 2. Questionando o Falante Nativo de Inglês: Representações e Identidades de estudantes em um Instituto Federal de Educação, (SOUZA, Jefferson Adriano de, 2014 UEL, doutorado). Nenhum dos 38 trabalhos traz no título a palavra gênero. Abaixo, trazemos a tabela 1 para melhor visualização: Tabela 1- Banco de teses e dissertações da CAPES Tipo/Ano 2013 2014 2015 2016 Total Dissertações 12 7 4 7 30 Teses 2 3 0 3 8 Total 14 10 4 10 38 Fonte: http://bancodeteses.capes.gov.br/banco-teses/, organização das autoras Ao fazer a mesma pesquisa na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações 2 (BDTD) no site do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), dentro do mesmo período de tempo (2013 a 2016), podemos encontrar 24 resultados, melhor visualizado na tabela 2: Tabela 2 - IBICT Tipo/Ano 2013 2014 2015 2016 Total Dissertações 7 4 2 3 16 Teses 2 2 0 4 8 Total 9 6 2 7 24 Fonte: http://bdtd.ibict.br/vufind/, organização das autoras 1 Busca feita em Abril de 2017 2 Busca feita em Junho de 2017

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 4 Desses 24 trabalhos, apenas 1 deles traz a palavra identidade no título, que é a mesma tese que foi acima referenciada: Questionando o falante nativo de Inglês: Representações e Identidades de estudantes em um Instituto Federal de Educação, (SOUZA, Jefferson Adriano de, 2014 UEL, tese de doutorado) e também, nenhum dos 24 trabalhos encontrados traz no título a palavra gênero. Diante de todos esses resultados, é possível perceber que ainda há uma lacuna de pesquisa sobre os temas de inglês como língua franca e identidade de gênero, de forma interseccionada. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da escassez de trabalhos que fazem o elo entre inglês língua franca e identidade de gênero, um trabalho que faça essa intersecção pode contribuir para a área de conhecimento. Estamos desenvolvendo uma dissertação de mestrado (ainda em fase inicial) dentro dessa temática e acreditamos que o resultado final será importante para pesquisadores/as da área de linguística aplicada que se interessem por tais temas. APOIO: CAPES (bolsa concedida à mestranda em estudos da linguagem - UEPG) REFERÊNCIAS AUAD, Daniela. Educação para a democracia e co-educação: apontamentos a partir da categoria gênero. REVISTA USP, São Paulo, n.56, p. 136-143, 2003 BUTLER, Judith. Performative Acts and Gender Constitution: an essay in Phenomenology and Feminist Theory. Theatre Journal, v. 40, n. 4, dez. 1988, p. 519-531. CRYSTAL, David. English as a global language. 2º edição. Reino unido: Universidade de Cambridge, 2003 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. JENKINS, Jennifer. Points of view and blind spots: ELF and SLA. International Journal of Applied Linguistics, London, n. 2, v. 16, p. 137-162, 2006. LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, v. 19, n. 2, p. 17-23, maio/ago. 2008.

15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 5 McCRUM, Robert. Globish: How English Became the World s Language. New York: Norton, 2010. PEREIRA, Ariovaldo Lopes. Representações de Gênero em livros didáticos de língua estrangeira: Discursos gendrados e suas implicações para o ensino. In: ; GOTTHEIM, L. (org.). Materiais didáticos para o ensino de língua estrangeira: Processos de criação e contextos de uso. v.1.campinas/sp: Mercado de Letras, 2013, p.113-146. PRADO, Silvana Aparecida Carvalho do. Políticas Linguísticas no ensino de Línguas e a Identidade do professor de Língua Estrangeira Inglês. 2014. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem): Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2014. SEIDLHOFER, Barbara. Closing a conceptual gap: the case for a description of english as a lingua franca. International Journal of Applied Linguistics, Oslo, v. 11, n. 2, p. 133-158, 2001. SIFAKIS, Nicos. The education of teachers of English as a lingua franca: a transformative perspective. International Journal of Applied Linguistics, Oslo, v. 17, n. 3, p. 355-375, 2007 SOUZA, Jefferson Adriano de. Questionando o Falante Nativo de Inglês: Representações e Identidades de estudantes em um Instituto Federal de Educação, 2014. Tese. (Doutorado em Estudos da Linguagem) Universidade Estadual De Londrina, Londrina, 2014. TILIO, R. A construção social de gênero e sexualidade em livros didáticos de inglês: que vozes circulam. In: FERREIRA, A. de J. (org.). Identidades sociais de raça, etnia, gênero e sexualidade: práticas pedagógicas em sala de aula de línguas e formação de professores/as. Campinas: Pontes, 2012, p.121-144.