NUPRO Núcleo de Projeto em Arquitetura e Urbanismo: Atuação junto às ações da Fundação Metodista Proposta de Projeto de Extensão



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Transcrição:

Curso de Arquitetura e Urbanismo NUPRO Núcleo de Projeto em Arquitetura e Urbanismo: Atuação junto às ações da Fundação Metodista Proposta de Projeto de Extensão Professora Responsável: Rosamônica Fonseca Lamounier Professor Colaborador: Antônio Ananias de Mendonça Belo Horizonte 19 de dezembro de 2006

Proposta de PROJETO DE EXTENSÃO Criação do _nupro Núcleo de Projeto em Arquitetura e Urbanismo: Atuação junto às ações da Fundação Metodista _Título NUPRO Núcleo de Projeto em Arquitetura e Urbanismo: Atuação junto às ações da Fundação Metodista _Equipe Professores Responsáveis e Proposta de Carga Horária Professora Responsável: Profa. Rosamônica Fonseca Lamounier (Mestre em Teoria e Prática do Projeto) Dedicação: 12 horas semanais Rua Santa Maria de Itabira, 186/201, Sion, Belo Horizonte, MG (31) 8611 8270 * (31) 3024 4168 rosamonicafl@gmail.com Professor Colaborador: Prof. Antônio Ananias de Mendonça (Mestre em Geotecnia) Dedicação: 8 horas semanais geoestruturar@uol.com.br * (31) 9612 0553 Discentes Bolsistas: 02 alunos do Curso Arquitetura e Urbanismo a serem definidos por processo seletivo Dedicação: 20 horas semanais Discentes Voluntários: 02 alunos do Curso Arquitetura e Urbanismo a serem definidos por processo seletivo. Dedicação: 12 horas semanais Obs.: Pretende-se viabilizar a participação na equipe de egressos do curso. _Justificativas 1. O Estado de Arte. Situação do conhecimento sobre o tema Tem sido recorrentemente discutida nos últimos anos, dentro do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, a pretensão da criação de um ambiente propício a atividades de extensão com caráter mais propositivo, ou seja, atividades de planejamento e projeto em arquitetura e urbanismo, que comumente assumem, em muitas universidades brasileiras, o papel dos já conhecidos, escritório modelo, escritório de integração, etc. Pesquisando o estado de arte sobre o assunto foi possível mapear nas escolas de arquitetura e urbanismo brasileiras, tanto em extensão quanto em pesquisa, a existência de vários programas e grupos similares ao que se deseja implantar com o presente Projeto de Extensão. Percebe-se, inclusive, numa mesma escola, especialmente nas universidades, a existência de múltiplos grupos que em alguns casos funcionam de maneira isolado e em outros funcionam de maneira integrada. Tais casos foram mais detalhadamente analisados pela natureza do assunto e realidade vivenciada bem como pela facilidade de acesso aos Programas e visitas realizadas. Para exemplificar segue abaixo uma relação dos grupos pesquisados respectivamente na Escola de Arquitetura da UFMG, no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas e na UNIFACS (Universidade de Salvador). Programas / Grupos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da EAUFMG 1 : 1 Grupos pesquisados e visitados no período de 2004 a 2005 quando a autora lecionou na referida escola e participou de eventos promovidos pelos diversos grupos. Grupos também visitados no período de 2000 a 2002 quando a autora 2

PET Programa de Exercício e Treinamento: trata-se de um programa, um grupo de estudos e de discussão, envolvendo um grupo de 10 discentes, em média, um tutor (professor coordenador) e professores orientadores indicados com objetivos de estudar temas específicos na área de arquitetura e urbanismo, arquitetos e arquiteturas, visando a produção de uma monografia por aluno a ser apresentada em seminários para a graduação. PAD Programa de Aprimoramento Discente: tem como objetivo complementar a formação acadêmica do aluno através do desenvolvimento da capacidade crítica e aproximação com o domínio das sistemáticas de estudo e pesquisa. A temática desenvolvida pelo grupo é a "Construção do Ambiente Urbano através da Interação das Escalas", que visa a estudar o constante intercâmbio existente entre meio urbano, a cidade, e os edifícios. PAE Programa Acadêmico Especial - Integrar a graduação na problemática interdisciplinar da habitação de interesse social, especificamente no que se refere a projetos participativos para mutirões auto geridos e apoiados pelo poder público; integrar a graduação com a pós-graduação através dos projetos de pesquisa e extensão que o Departamento de Projetos desenvolve no campo da habitação de interesse social, dentro das seguintes linhas de pesquisa do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo: Metodologia e tecnologia de projetos de arquitetura e urbanismo; Concepção de projetos de arquitetura e urbanismo; possibilitando ao estudante de arquitetura uma formação consistente em conceituação, concepção, planejamento, projeto, detalhamento, construção e manutenção de moradias populares, uma vez que esse tipo de edificação é predominante no Brasil, dado o nível médio de renda da nossa população. PMDVW Programa de Desenvolvimento de Material Didático para Arquitetura via Web: descrever, caracterizar e avaliar o uso de tecnologia e metodologia para a produção de material didático sobre conteúdo específico de arquitetura, comunicados através da Internet. AIE Ambiente Informatizado de Ensino: visa o desenvolvimento e a consolidação de um ambiente informatizado, de ensino de graduação através do uso da rede local e Internet. Espera-se com isso inovar e renovar práticas pedagógicas e metodologias didáticas em prol da integração e flexibilização das atividades curriculares do Curso de Arquitetura e Urbanismo. MSG Mutirão São Gabriel a partir dos conhecimentos gerados no projeto Finep "Avaliação pósocupação, participação de usuários e melhoria de qualidade dos projetos habitacionais: uma abordagem fenomenológica com o apoio do Estúdio Virtual de Arquitetura EVA" e utilizando como campo de aplicação o Mutirão São Gabriel (Bairro São Gabriel em Belo Horizonte), o grupo desenvolveu procedimentos metodológicos informatizados e disponibilizáveis via Internet, criando a Rede Brasileira de Mutirões RBM, para o aperfeiçoamento do processo de concepção, execução, gestão, registro e disseminação da produção de moradias em sistema de mutirão. PROJETO HABITAR - Identificar e sistematizar o conhecimento existente relativo a materiais, técnicas, processos, elementos e sistemas construtivos aplicáveis a moradias de baixo custo; avaliar os resultados técnicos e econômicos (desempenho em uso) dos materiais, elementos, processos e sistemas que foram desenvolvidos especificamente para o emprego em moradias de baixo custo. EMAU Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo, uma iniciativa do DA Arquitetura Diretório Acadêmico: visa à complementação do ensino acadêmico, a atuação de caráter social e a expansão do mercado de trabalho na área de arquitetura e urbanismo. O meio pelo qual se visa atingir tais objetivos é a realização de trabalhos, sem fins lucrativos, junto à comunidade. PID Programa de Iniciação à Docência visa orientar e regulamentar as atividades de monitoria na Escola de Arquitetura da UFMG, buscando a melhoria da qualidade do ensino de graduação; a contribuição para o processo de formação do estudante e o incentivo ao interesse do estudante pela carreira docente, através do oferecimento da oportunidade da iniciação ao exercício da atividade docente e do apoio financeiro. MOM Morar de outras maneiras é um grupo de pesquisa do CNPq, sediado pelo Departamento de Projetos (PRJ) e pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Escola de Arquitetura da UFMG, com projetos financiados pela FINEP, pelo CNPq e pelo Instituto Libertas. O objetivo principal do MOM é investigar processos de produção de moradias que combinem autonomia dos moradores, economia solidária e tecnologias construtivas de baixo impacto ambiental. As pesquisas do MOM são destinadas, sobretudo, às pessoas que, hoje, ou produzem suas moradias informalmente, com a escassez de recursos financeiros, técnicos e jurídicos nisso implicada, ou se submetem a empreendimentos formais nos quais têm pouco poder de decisão. Em contrapartida, trata-se de desenvolver processos que possibilitem aos usuários, individualmente ou em grupos: - Obter e trocar informações em qualquer fase de produção e uso das moradias. - Estabelecer diretrizes para a ocupação de terrenos urbanos. cursou o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo (Teoria e Prática do Projeto) na referida escola. Material extraído de fontes diversas. Vide Referências. 3

- Projetar seus próprios espaços de moradia. - Obter facilmente modelos, desenhos, listas de materiais e orçamentos. - Lidar com orgãos públicos por procedimentos desburocratizados. - Adquirir componentes construtivos a baixo custo. - Capacitar-se tecnicamente para a (auto) construção. - Fazer projetos e obras de alteração da moradia sempre que necessário. - Reutilizar, reciclar, vender ou comprar componentes construtivos usados. Programas / Grupos do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas 2 : Escritório de Integração Trata-se de uma centralidade que coordena diversos projetos de extensão e pesquisa. Presta serviços técnicos à comunidade e à Prefeitura do Campus, em Belo Horizonte, como projetos sociais (de arquitetura e/ou urbanismo); de formação de mão-de-obra em canteiro de Obras (Curso Construção e Cidadania Alvenaria Estrutural e Instalações Prediais) (fig. 1). Possui infra-estrutura completa de atelier e canteiro de obras (laboratório) em espaço aberto (fig. 2). Participam do escritório, professores, alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo (bolsistas e voluntários), egressos, uma secretária e comunidades diversas. A integração com os demais cursos da PUCMinas acontece de maneira pontual (por projeto). Fig. 1 Convite de formatura da turma de 2006: egressos do sistema penitenciário. Material recebido pela autora em visita realizada em 12 de dezembro de 2006 ao Escritório de Integração. 2 Informações extraídas de visita ao local em 12 de dezembro de 2006. Alfio Conti, Coordenador da Extensão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas. (informação verbal) 4

Fig.2 Imagens do espaço de trabalho / canteiro de obras onde é ministrado o Curso Construção e Cidadania Alvenaria Estrutural e Instalações Prediais, do Escritório de Integração do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas, Arquivo do Escritório, novembro de 2006. Escritório Modelo (EMAU) conduzido pelos alunos do Curso, com orientação de professores. Programas / Grupos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador 3 Escritório Público de Arquitetura e Engenharia (EPAE) Conta com uma equipe de estagiários e professores consultores, que prestam serviços à comunidade carentes fornecendo projetos arquitetônicos que visam à melhoria da habitabilidade de suas moradias. Integra a Rede Latino-americana de Profissionais da Cidade, tem 24 projetos residenciais elaborados e 4 intervenções urbanísticas em andamento para bairros carentes. 3 http://www.unifacs.br 5

Cabe destacar que os grupos PAE, MSG, PROJETO HABITAR e MOM da EAUFMG e o Escritório de Integração da PUCMinas serão bons norteadores para o presente Projeto de Extensão. Importa esclarecer, ainda, que muito embora tanto o EMAU (Escritório Modelo em Arquitetura e Urbanismo) da EAUFMG, quanto o EMAU Escritório Modelo da PUCMinas sejam grupos que lidam diretamente com planejamento e projetos, tornando, portanto, programas similares ao aqui proposto, não se tratam de Projetos de Extensão. Comumente os escritórios modelo são estruturas conduzidas por alunos, de modo geral, criadas pelos DAs (Diretórios Acadêmicos) dos cursos, tendo, é claro, professores convidados como orientadores das atividades desenvolvidas pelo grupo. 2. A Tríade: Ensino, Pesquisa e Extensão e a Formação do Estudante de Arquitetura e Urbanismo Tem sido cada vez mais comum nas universidades brasileiras, a consideração do conceito de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. E isso não é diferente em Arquitetura e Urbanismo, especialmente porque nessa área o vínculo entre teoria e prática também é indissociável. Aliás, é a prática que alimenta a teoria. Ou seja, o avanço do conhecimento em arquitetura e urbanismo se dá mediante a reflexão sobre a prática, e principalmente mediante a reflexão sobre a própria prática. A extensão, nesse caso, como via de interação entre universidade e sociedade, constitui-se em elemento capaz de operacionalizar a relação entre teoria e prática. É nesse sentido, com ensino e extensão apontando para uma formação contextualizada, com vínculos diretos com a realidade que se propõe o presente Projeto de Extensão. Além disso, é inerente à atividade de extensão a prática da pesquisa. Enfim, essa proposta se justifica também pela possibilidade de integração com os demais projetos de pesquisa e de extensão em fase de elaboração dentro do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Entende-se, portanto, que a extensão em arquitetura e urbanismo através de um ambiente propício à prática de projeto e planejamento, dentro da escola, pode contribuir significativamente para a formação do estudante. Além disso, poderia ser previsto no novo Projeto Político Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo o aproveitamento da atividade de extensão na disciplina Estágio Supervisionado, especialmente para os alunos voluntários. 3. Atuação junto à Fundação Metodista de Ação Social e Cultural É constante no Edital para Seleção de Projetos de Extensão e Pesquisa do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, ao qual essa proposta se submete, que o local objeto das atividades dos Projetos de Extensão seja o espaço de atuação da Fundação Metodista. A fundação promove os seguintes programas: A Fundação Metodista de Ação Social e Cultural é uma instituição beneficente e filantrópica instituída pela Igreja Metodista em 1997. Começou suas atividades em parceria com projetos sociais no Espírito Santo, a partir de um escritório-matriz em Vitória. Em 2002, estabeleceu-se uma filial em Belo Horizonte, com o objetivo de apoiar projetos sociais em Minas Gerais. A Fundação Metodista é ecumênica e promove a cidadania tendo como referência os valores cristãos. A Fundação Metodista gerencia projetos próprios e apóia projetos e instituições sociais, priorizando seu fortalecimento, sobretudo as que contribuem para a defesa e promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Folder de divulgação da Fundação (2006) Programa de Apoio Integral à Criança e ao Adolescente PAICA: apoio a projetos de atenção às crianças e aos adolescentes, desenvolvidos, principalmente, por igrejas locais. Programa de Direitos Humanos e Cidadania: apoio a projetos e iniciativas ligadas às Pastorais e Ministérios da Igreja Metodista e outras ações de defesa de direitos. Programa de Desenvolvimento de Líderes: capacitação de agentes/ educadores(as) para o trabalho social e pedagógico em projetos sociais, igrejas locais, ministérios e instituições. Programa de Comunicação e Articulação Política: ações voltadas para a divulgação e visibilidade da Fundação e da Igreja Metodista, bem como contribuição na formulação de Políticas de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente e de Assistência Social. Programa de Captação de Recursos: ações voltadas para a sustentabilidade da Fundação Metodista e viabilização do apoio técnico-financeiro aos projetos e outras iniciativas. Folder de divulgação da Fundação (2006) 6

E apóia as igrejas locais e instituições através de: A Fundação Metodista tem parcerias com: Apoio técnico à execução de projetos sociais pelas igrejas locais. Realização de assessorias e consultorias aos projetos. Repasse de informações e orientações diversas aos projetos. Capacitação de agentes sociais através de encontros, seminários, cursos, oficinas, treinamentos. Estímulo à participação e articulação nos espaços de debates e definições de políticas públicas. Criação de oportunidades para integração de igrejas e projetos e participação em uma rede que luta por justiça social. Apoio ao voluntariado e ações de solidariedade. Captação de recursos junto a pessoas físicas e jurídicas, igrejas cooperantes, organizações governamentais e não governamentais a fim de contribuir para a sustentação dos projetos. Folder de divulgação da Fundação (2006) Igrejas locais para suporte aos projetos, colaborando com acompanhamento sistemático, repasse de recursos financeiros, capacitação de agentes. Prefeituras através de convênios que apóiam a execução da política municipal de assistência social e criam oportunidades concretas para que metodistas possam se envolver em ações solidárias e voluntárias. Folder de divulgação da Fundação (2006) E trabalha com os seguintes projetos na Grande BH, além de Teófilo Otoni e Espírito Santo: 1. Projeto Tio Leon I M Planalto bairro Planalto, Região Nordeste, BH. O Projeto funciona duas vezes por semana, manhã e tarde. Atende a 50 crianças e adolescentes entre 6 a 14 anos com atividades como Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Musicalização, Esporte e Recreação além de Apoio Psicológico. 2. Projeto Quero Viver I, bairro Alto Vera Cruz, BH. Localiza-se numa área de grande pobreza da capital Belo Horizonte. O Projeto foi criado pela Igreja Metodista em Santa Efigênia e atende a 100 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, durante toda a semana, pela manhã e tarde. As atividades desenvolvidas são: Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Oficinas Culturais, Artesanato e Recreação. 3. Projeto Quero Viver II, bairro Taquaril, BH. Localiza-se numa área de grande vulnerabilidade e pobreza da capital Belo Horizonte. O Projeto foi criado pela Igreja Metodista em Santa Efigênia e atende a 50 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, durante toda a semana, pela manhã e tarde. As atividades desenvolvidas são: Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Oficinas Culturais, Artesanato e Recreação. 4. Projeto Amizade, IM Betânia bairro São Paulo, BH. O Projeto foi criado pela Igreja Metodista Betânia e funciona às 4ª e 6ª feiras, pela manhã e tarde, atende a 40 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. As atividades desenvolvidas são: Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Pintura, Artesanato e Recreação. 5. Projeto Criança Feliz, bairro Inconfidentes Contagem, MG. Localiza-se na cidade de Contagem e foi criado pela Igreja Metodista em Inconfidentes. O projeto atende a 60 crianças e adolescentes, três vezes por semana, com atividades como: Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Teatro, Dança, Esporte e Recreação, além de Apoio Psicológico. 6. Projeto Raio de Luz, vila PTO Contagem, MG. Localiza-se numa favela da cidade de Contagem e foi criado pela congregação da Vila PTO. O projeto atende a 30 crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos, três vezes por semana e com as atividades: Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Pintura, Artesanato e Recreação. 7. Projeto Liberdade, bairro Liberdade Ribeirão das Neves, MG. O bairro foi construído em regime de mutirão e teve a iniciativa da Igreja Metodista e Centro Comunitário Metodista. Atualmente atende a 50 crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos, durante a semana, pela manhã e tarde. As atividades desenvolvidas são: Educação Cristã, 7

Acompanhamento Escolar, Musicalização, Teatro, Esporte e Recreação além de Apoio Psicológico. 8. Projeto Renascer IM Santa Betel, Santa Luzia, MG. O projeto atende a 25 crianças e adolescentes com idade de 6 a 14 anos, três vezes por semana. As atividades desenvolvidas são Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Artesanato e Recreação. 9. Projeto Batalhão da Bandeira, IM Betel Santa Luzia, MG. O projeto atende a 50 crianças e adolescentes com idade de 6 a 14 anos, três vezes por semana. As atividades desenvolvidas são Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Coreografia, Artesanato e Recreação. 10. Projeto Viver e Crescer, IM Betim Betim, MG. Localiza-se no bairro Bandeirinhas, Betim, região metropolitana de Belo Horizonte com uma população de 391.718. As atividades são Acompanhamento Escolar, Esporte e Recreação, Trabalhos Manuais, Educação Cristã, Artes Plásticas, Saúde Integral contando com Apoio das Famílias e Escola Local. 11. Projeto União, IM Cachoeirinha, BH. O projeto atende a 60 crianças e adolescentes com idade de 6 a 14 anos. As atividades desenvolvidas são Educação Cristã, Acompanhamento Escolar, Coreografia, Artesanato e Recreação. Material de divulgação concedido pela Fundação Metodista (dezembro 2006) Além dos projetos locais citados acima, a Fundação Metodista também atua, junto à Igreja Metodista, em uma rede nacional de projetos sociais metodista, iniciado em 2000, desenvolvido pelas igrejas local para atender crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. Trata-se do Projeto Sombra e Água Fresca. Sombra e Água Fresca significa espaço para vivência de direitos, lugar de acolhimento, cidadania e educação integral, através de atividades como educação cristã, acompanhamento escolar, esporte e recreação, cultura e expressão artística, saúde e outros. Material de divulgação concedido pela Fundação Metodista (dezembro 2006) Após visita realizada à sede da Fundação Metodista de Ação Social e Cultural em 13 de dezembro de 2006 com realização de entrevista com o Sr. Gordon Greathouse, Presidente da Fundação, e com o Sr. Cleber Lizardo de Assis, Assessor Técnico, percebeu-se a grandeza da demanda por parte das comunidades assistidas pela instituição no que diz respeito a espaço físico (novas edificações ou reestruturação de espaços edificados existentes) bem como à recuperação de áreas urbanas degradadas. Ou seja, as áreas ocupadas pelas comunidades atendidas pela Fundação Metodista integram à grande demanda brasileira por espaços tais como habitação, equipamentos urbanos diversos escolas, centros comunitários, igrejas, infra-estrutura urbana mínima rede de esgoto, abastecimento de água e energia, reassentamento de favelas e requalificação de áreas urbanas degradadas, etc. (fig. 3 a 10). Portanto, entende-se ser essa uma das maiores justificativas de proposição do presente projeto de pesquisa. Além disso, entende-se também tal proposta como uma resposta da escola à sociedade, papel inerente à primeira. Ou seja, se por um lado extensão e pesquisa complementam a formação do estudante, por outro, a relação entre ensino, pesquisa e extensão ocorre quando a produção do conhecimento é capaz de contribuir para a transformação da sociedade. E nesse sentido, a arquitetura e o urbanismo podem contribuir da maneira mais eficaz: transformando a realidade a partir do seu próprio potencial e assim, efetivamente construir. 8

Fig. 3 - Projeto Batalhão da Bandeira, Palmital B, Fig. 4 Comunidade Lírio dos Vales, Medina. Arquivo da Santa Luzia, MG. Arquivo da Fundação, 2006. Fundação, 2006. Fig. 5 Comunidade Lírio dos Vales, Medina. Arquivo da Fig. 6 Projeto Raio de Luz, Contagem, MG. Arquivo Fundação, 2006. da Fundação, 2006. Fig. 7 Criança Feliz, Contagem, MG. Arquivo da Fig. 8 Projeto Lírio dos Vales, Medina, MG. Arquivo da Fundação, 2006. Fundação, 2006. 9

Fig. 9 Projeto Lírio dos Vales, Medina, MG. Arquivo da Fig. 10 Projeto São Gabriel, BH, MG. Arquivo da Fundação, 2006. Fundação, 2006. _Objetivos O Núcleo de Projeto é um ambiente extensionista sediado pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e que realiza projeto(s) de arquitetura e/ ou urbanismo junto às ações da Fundação Metodista. Objetivo Geral Atuar junto às ações da Fundação Metodista por meio da realização de projetos de arquitetura e/ou urbanismo participativos em áreas das comunidades assistidas bem como por meio da capacitação da população para a execução desses projetos. Objetivos Específicos Pesquisar, levantar dados, analisar e diagnosticar necessidades espaciais dentre os projetos de ação da Fundação Metodista, especialmente na Grande BH; Elaborar plano(s) e projeto(s) de arquitetura e/ou urbanismo, de forma participativa, junto à(s) comunidade(s) atendida(s) pela Fundação Metodista de Ação Social e Cultural; Treinar e capacitar a população visando à execução do plano(s) e/ ou projeto(s) desenvolvido(s); Planejar a viabilidade de execução do(s) plano(s) e/ ou projeto(s) desenvolvido(s); Possibilitar ao aluno do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix a oportunidade de participar de projetos de extensão ampliando sua formação e contribuindo para o seu processo ensino-aprendizagem; Oferecer ao aluno espaço, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, para a realização do Estágio Supervisionado; Promover integração da extensão com o ensino, através da seleção de temas de projeto nas disciplinas Estúdio de Arquitetura e Estúdio de Urbanismo vinculados às demandas e realidade das comunidades assistidas pela Fundação Metodista bem como promover a integração da extensão com a pesquisa, através da prática de pesquisa inerente à extensão e da prática integrada desse projeto de extensão com os demais projetos de pesquisa propostos e aprovados pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. _Meta Desenvolver plano(s) / projeto(s) de arquitetura e/ou urbanismo para uma(s) comunidade(s) assistida(s) pela Fundação Metodista, após levantamento de demanda e dimensionamento do plano/ projeto, pesquisando, treinando e capacitando a população para a execução do projeto e planejando sua viabilidade de execução. A definição do número de projetos a ser desenvolvido dependerá do levantamento de demanda e dados, ou seja, da pesquisa a ser desenvolvida na primeira etapa do projeto de extensão. _Descrição do Projeto de Extensão 10

O presente Projeto de Extensão tem duração de 11 meses a contar de 1º de fevereiro de 2007 e consiste basicamente do mapeamento de demandas de planos / projetos de arquitetura e/ ou urbanismo nas comunidades assistidas pela Fundação Metodista seguido da elaboração de plano(s)/ projeto(s) de arquitetura e/ ou urbanismo de forma participativa, do treinamento e capacitação da população para a execução dos mesmos e do planejamento da viabilidade de execução do plano(s)/ projeto(s) visando à continuidade da extensão do Núcleo de Projetos. Esse Projeto de Extensão faz implantar no Curso de Arquitetura e Urbanismo um grupo de extensão e um ambiente propício à prática de projeto (Núcleo de Projeto), nesse momento, de cunho social. Pretende-se dar continuidade e permanência ao grupo visando consolidar a prática de extensão, a assistência às ações da Fundação Metodista e a formação complementar do estudante de Arquitetura e Urbanismo. Essa idéia de permanência do grupo visando sua ampliação permite a possibilidade de agregação, no futuro, de outros professores e alunos, tornando essa proposta caracterizada pela idéia de projeto-piloto, com olhar mais abrangente e menos pontual, podendo abrigar novos subprojetos, sempre com apelo social. A proposta cria espaço para a possibilidade de novos projetos (inclusive de outros cursos) como também pede a participação multidisciplinar na continuação e ampliação do ambiente de extensão: professores das áreas tecnológicas, por exemplo, poderiam propor novos projetos de extensão cooperativos para o presente projeto, dentro do mesmo ambiente de atelier. O presente Projeto de Extensão parte, assim, de uma proposta mais pontual, mais específica, mas com visibilidade para uma ampliação e continuidade. É propositvo, pois implica em planos e projetos de arquitetura e/ ou urbanismo. Cabe salientar, por excelência, que o foco de ação deste Projeto de Extensão são as comunidades nas quais a Fundação Metodista de Ação Social e Cultural tem realizado suas ações, considerando que a simultânea criação do Escritório de Projetos e Planejamento de Ambientes do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e vinculado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, visa essencialmente suprir as demandas de planejamento físico, projeto, obra e manutenção dos Campi. Pretende-se também, paralelamente, tornar extensionista a atividade de ensino-aprendizagem em sala de aula. Isso será proposto, primeiramente, na disciplina Estúdio de Arquitetura III, cuja ementa é Fundamentos de arquitetura bioclimática: clima e arquitetura; métodos de análise climática e recomendações arquitetônicas; implantação e orientação solar; princípios de ventilação natural; princípios de iluminação natural; princípios de drenagem pluvial predial e urbana. Sustentabilidade. Aquecimento solar e reaproveitamento da água. Resolução de problemas projetuais envolvendo: metodologia de projeto, topografia, levantamento topográfico, tratamento de áreas externas, conhecimentos básicos de Cultura Construtiva e de Materiais de Construção. Utilização da perspectiva como instrumento de projeto. Aspectos simbólicos da organização e apropriação do espaço, onde comumente tem sido trabalhado o tema CENTRO COMUNITÁRIO COM IGREJA, num bairro de Belo Horizonte, de forma fictícia. Para o primeiro semestre de 2007 a presente disciplina no turno da tarde será coordenada pela professora Rosamônica Fonseca Lamounier, autora do presente projeto de extensão, o que facilitaria a integração. Além disso, o grupo buscará tornar extensionista outras atividades desenvolvidas dentro das demais disciplinas tanto de Estúdio de Arquitetura quanto Estúdio de Urbanismo, facilitando, no futuro, a participação de outros professores e alunos do curso neste Projeto de Extensão, como apontados anteriormente. Para a elaboração desse projeto observou-se o vínculo necessário com os objetivos e metas do Projeto Político Pedagógico (PPP) do Curso de Arquitetura e Urbanismo, tanto o atual quanto o PPP que está em fase de elaboração, e com as novas diretrizes curriculares do MEC para o curso de Arquitetura e Urbanismo de 02 de fevereiro de 2006. O exercício ilegal da profissão, conforme resoluções do Sistema CONFEA- CREAs, não estaria acontecendo uma vez que os professores envolvidos no Projeto de Extensão proposto são registrados no Sistema, mantendo suas anuidades em dia. Inclusive a professora coordenadora desta proposta é Conselheira do CREA-MG, representando o Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, junto a Câmara de Arquitetura. As etapas deste Projeto de Extensão são: Ação 1: Pesquisa junto à Fundação Metodista de Ação Social e Cultural sobre suas ações e reconhecimento das comunidades envolvidas. Levantamento das demandas existentes nas respectivas comunidades. Ação 2: Escolha da região / bairro; definição do público-alvo, formulação dos problemas, levantamento e análise dos dados. Definição do(s) tema(s) de projeto. Pesquisa. 11

Ação 3: Elaboração do(s) projeto(s) de arquitetura e/ou urbanismo através de processo de projeto participativo que prioriza a capacitação dos usuários em intervir no projeto e construção do próprio espaço. É preciso considerar os moradores / usuários como sujeitos e não como objetos. (MARICATO, 2000:180). Ação 4: Treinamento e capacitação da população para a execução do(s) projeto(s) em fase posterior. Treinamento em atividades que compõem o regime de mutirão. Formação de mão-obra para a construção do(s) projeto(s) e para a autogestão: Práticas de Intervenções Geotécnicas; Técnicas Construtivas (Estrutura, Alvenaria, Instalações e Acabamento). Ação 5: Planejamento da viabilidade de execução da(s) obra(s). Captação de recursos / parcerias. Ação 6: Resultados finais e demandas para novos projetos. OBSERVAÇÃO: Propõe-se a continuação deste Projeto de Extensão com o acompanhamento na execução do(s) projeto(s) / obra(s). Em entrevista com o presidente da Fundação Metodista foi possível verificar algumas possibilidades temáticas de intervenção: 1. Estudo de pós-ocupação de Conjunto Habitacional já construído visando intervenção e ampliação (Bairro Liberdade, Ribeirão das Neves, MG). 2. Habitação Social em outras comunidades / reassentamentos de favelas. 3. Equipamentos urbanos/ coletivos como Escolas, Centros Comunitários, Igrejas, em comunidades diversas. 4. Requalificação de vilas e favelas. 5. Reestruturação de espaços coletivos existentes. 6. Recuperação de áreas urbanas degradadas. _Metodologia, Organização da Equipe e Resultados Esperados A metodologia do Projeto de Extensão proposto será norteada tanto pelas metodologias de pesquisa bibliográfica, de pesquisa de campo, de entrevistas, de observação direta, existentes na literatura, quanto pelas metodologias de projeto arquitetônico e urbanístico trabalhadas no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Será dada ênfase ao processo de projeto participativo. Visitas recorrentes ao(s) local(is) serão realizadas com muitas atividades desenvolvidas in loco. Atividades de sistematização dos dados e de projeto, bem como parte do treinamento e capacitação de mão-de-obra, serão realizadas no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Em linhas gerais, a professora responsável pelo projeto conduzirá as atividades de pesquisa e de projeto, assim como o professor colaborador conduzirá as atividades de treinamento e capacitação de mão-de-obra. O que não significa que não estarão acompanhando regularmente todo o processo. As etapas de pesquisa e de projeto serão também norteadas pelas questões tecnológicas, pelos recursos captáveis e pela mão-deobra existente, o que requer exaustivamente a presença do professor colaborador da área de tecnologia. Da mesma forma a fase de treinamento e capacitação da comunidade com vistas à execução do projeto, implica em vínculo direto com o projeto em desenvolvimento, atividades coordenada pela professora responsável. Os alunos, tanto bolsitas quanto voluntários devem estar imbuídos de todo o processo, sob as duas óticas, a fim de reconhecer a formação plena e o trabalho do arquiteto urbanista. As expectativas quanto aos resultados são as melhores, sobretudo, porque se trata de trabalho de cunho social, e, nesse sentido, são muitos os esforços somados. Seguramente problemas podem acontecer, uma vez que é inerente à atividade de projeto e de obra, a imprevisibilidade, sobretudo, num processo novo, o de implantação de um centro de extensão universitária. _Previsão de Recursos Materiais Para a realização do presente projeto de extensão bem como para o funcionamento do Núcleo de Projetos em Arquitetura e Urbanismo, é necessário ambiente adequado contendo: 1. Sala atelier com 4 computadores de última geração e 4 mesas; 1 impressora; 4 pranchetas de desenho; 1 mesa de reunião; 2 armários; quadro branco ou quadro-giz; ramal de telefonia com mesa; 8 cadeiras. 2. Espaço aberto e descoberto para montagem do Canteiro de Obras, próximo a um espaço coberto e fechado para depósito de materiais / ferramental. 12

3. Sala de aula, em horários programados, para a realização das aulas teóricas a serem ministradas nos cursos de capacitação para a comunidade envolvida no projeto. 4. Materiais de escritório como papel, grafite, grampo, cola, etc. e verba para serviços em copiadoras (impressão de projetos). 5. Materiais de Construção diversos para o Canteiro de Obras / laboratório, a serem utilizados nos cursos de treinamento / capacitação de mão-de-obra. 6. Transporte para alunos e/ ou membros da(s) comunidade(s) assistida(s), sejam nas visitas ao local (alunos), sejam nas aulas / palestras a serem ministradas no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (comunidade). OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 1. O espaço proposto acima poderá ser comum à realização dos demais projetos de pesquisa e de extensão propostos e aprovados dentro do Curso de Arquitetura e Urbanismo, conforme Edital em questão. É sugerida a sala 1405, 4º andar, Prédio 1, Campus Central, para abrigar tal realização onde atualmente é utilizada pelos professores TI dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design. 2. Dentro da estrutura física proposta para a realização de todos os projetos, tanto de pesquisa quanto de extensão, está sendo solicitada a compra de mais 1 computador (existem 3 no local) e o upgrade ou troca de 1 máquina inadequada para a instalação de softwares necessários ao desenvolvimento dos projetos (programas de computação gráfica em novas versões). Caso seja possível, é recomendado o upgrade ou troca de todas as máquinas com reutilização das máquinas existentes em ambientes de trabalho do Centro Universitário que não careçam de máquinas mais potentes. 3. Para a montagem do Canteiro de Obras é sugerido o espaço aberto e descoberto adjacente / contíguo ao laboratório de maquetes / materiais localizado no Prédio 4, Campus Central, tendo um daqueles espaços cobertos destinado a depósito de ferramental. 4. Existe grande possibilidade do item 5 (Materiais de Construção) ser adquirido via patrocínio. _Prazo de Duração ou Cronograma de Execução O presente projeto de extensão visa à implantação de um ambiente propício à prática da extensão universitária dentro do Curso de Arquitetura e Urbanismo com caráter permanente. No entanto, será apresentado um cronograma de realização do primeiro projeto de extensão proposto para o Núcleo de Projeto (NUPRO) que terá a duração de 11 meses. ATIVIDADES / ANO 2007 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1. Pesquisa junto à Fundação Metodista de Ação Social e Cultural sobre suas ações e reconhecimento das comunidades envolvidas. Levantamento das demandas existentes nas comunidades. 2. Escolha da região / bairro; definição do público-alvo, formulação dos problemas, levantamento e análise dos dados. Definição do(s) tema(s) de projeto. Pesquisa. 3. Elaboração do(s) projeto(s) de arquitetura e/ou urbanismo através de processo de projeto participativo que prioriza a capacitação dos usuários em intervir no projeto e construção do próprio espaço. 4. Treinamento e capacitação da população para a execução do projeto em fase posterior. Treinamento em atividades que compõem o regime de mutirão. Formação de mão-obra para a construção do(s) projeto(s) e para a autogestão: Práticas de Intervenções Geotécnicas; Técnicas Construtivas (Estrutura, Alvenaria, Instalações e Acabamento). X X X X X X X X X X X X X X X 5. Planejamento da viabilidade de execução da(s) obra(s). Captação de recursos / parcerias. X X X 6. Resultados finais e demandas para novos projetos. X X 13

_Orçamento ITEM PC* Pentium 4 de 3.2 GHz, 512 Mb de memória Ram, 80 Gb de disco rígido e monitor de 17 polegadas, preparado para receber softwares de computação gráfica e acesso à Internet Banda Larga UNIDADE CUSTO UNITÁRIO QUANTIDADE CUSTO TOTAL VB R$ 2.500,00 1,00 R$ 2.500,00 Upgrade de 1 computador* VB R$ 500,00 1,00 R$ 500,00 Material de Escritório e serviços de Copiadora VB R$ 500,00 1,00 R$ 500,00 Material de Construção para Capacitação no Canteiro de Obras Transporte para 2 alunos Passagem de ônibus R$ 1,85 128 R$ 236,80 PARCERIA Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix Patrocínio de empresas do setor Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix / Parceiras da Fundação Metodista TOTAL R$ 3.736,80 * Os itens assinalados (computadores) acima poderiam ser eliminados, para a viabilidade do projeto, considerando que parte do trabalho dos alunos (desenvolvimento do(s) projeto(s)) poderiam ser realizados em casa, o que não seria muito recomendável. Ou ainda serem utilizados os Laboratórios de Informática do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix que também se encontram na atualidade muito congestionados por estar atendendo a todos os cursos do Campus Central, além das aulas regulares. _Referências 1. AGOSTINI, Flávio; CAJADO, Luciana Miglio; TEIXEIRA, Carlos M. Projeto Baixios de Viadutos da Via Expressa Leste-Oeste. <http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq076/arq076_01.asp> consulta realizada em 17 de dezembro de 2006. 2. ESCRITÓRIO DE INTEGRAÇÃO. Belo Horizonte: Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas. Visita ao local com entrevista concedida pelo Prof. Alfio Conti, Coordenador da Extensão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCMinas, em 12 de dezembro de 2006. (informação verbal) 3. FUNDAÇÃO METODISTA DE AÇÃO SOCIAL E CULTURAL. Belo Horizonte: Bairro São Gabriel, 13 de dezembro de 2006. Visita ao local com entrevista concedida pelo presidente Gordon Greathouse e pelo assessor técnico, Cleber Lizardo de Assis. (informação verbal) 4. FUNDAÇÃO METODISTA DE AÇÃO SOCIAL E CULTURAL. Belo Horizonte: Bairro São Gabriel, 13 de dezembro de 2006. Material impresso e digital de divulgação da Fundação. 5. MARICATO, Ermínia. A cidade do pensamento único. Desmanchando consensos. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000. 6. PROJETO DE PESQUISA GEDAU Grupo de Estudos e Debates em Arquitetura e Urbanismo. Itaúna: Universidade de Itaúna, 2005. 7. www.arq.ufmg.br/mom 14