Comissão Econômica para a América Latina CEPAL

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Transcrição:

Comissão Econômica para a América Latina CEPAL Discute o Subdesenvolvimento da América Latina; Os principais expoentes eram: - Raul Prebisch - Fernando Fajnzylber - Celso Furtado, - Maria da Conceição Tavares - Osvaldo Sunkel - Octavio Rodríguez. 2-17

Método de análise histórico-estruturalista: - Entender a história dos países - Colonização - Estrutura econômica - Estrutura social - Formas de representação política - Tipo de governo 3-17

Objetivos Fundamentais Entender a persistência do Subdesenvolvimento Elaborar uma via alternativa para a teoria de Rostow. Subdesenvolvimento não é uma etapa para o desenvolvimento. 4-17

Primeiras Pesquisas Subdesenvolvimento existe por que faltam : - Políticas de redistribuição da renda; - Diversificação da base produtiva, - De capital humano, - De recursos financeiros internos para financiar os investimentos; - Dificuldade de apropriação das inovações e do progresso técnico; 5-17

Causas Institucionais Subdesenvolvimento permanece por que faltam: - Instituições políticas adequadas; - Elite moderna no comando desses países e; - Organização dos trabalhadores e demais camadas da população. 6-17

Projeto de Desenvolvimento Transformación productiva con equidad. - Autor - Fernando Fajnzylber; - Crescimento econômico com igualdade social e preservação ambiental; - Surge quando a preocupação dos economistas era com inflação, desemprego e dívida do Estado. 7-17

Projeto de Desenvolvimento Ênfase em: - Romper a heterogeneidade estrutural; - Acabar com a convivência de setores industriais e agrícolas modernos e atrasados; - Inserir empresas nacionais nos setores dominados pelas multinacionais; - Promover a distribuição de renda e melhora das condições sociais. 8-17

Projeto de Desenvolvimento Alterar as seguintes características: - Exportação de recursos naturais e alimentos; - Baixos salários; - Más condições de trabalho; - Incentivos fiscais dos governos para proteger a indústria - Acabar com a competitividade espúria ; - Eliminar o discurso de que se deve crescer para depois distribuir a renda. 9-17

Diagnóstico do Desenvolvimento com Equidade nos Países Desenvolvidos O PIB per capta dos países Desenvolvidos cresceu em média 2,4% entre 1965 e 1986, A relação de equidade foi de 0,8. Forma de cálculo Renda dos 40% mais pobres dividida pela renda dos 10% mais ricos) Exemplo: renda per capta dos 10 % mais ricos nos Estados Unidos - de 10 mil dólares por mês. - Renda per capta dos 40% mais - 8 mil dólares 10-17

Diagnóstico do Desenvolvimento com Equidade na América Latina Alguns países cresceram mais de 2,4% entre 1965 e 1986 Brasil, México, entre outros; A relação de equidade foi menor do que 0,4. Exemplo: - Renda mensal dos 10% mais ricos R$10.000,00 - Renda dos 40% mais pobres R$ 4.000,00. 11-17

Diagnóstico do Desenvolvimento com Equidade nos Países Desenvolvidos Argentina e Uruguai cresceram pouco e foram os únicos com índice de equidade maior do que 0,4. A pesquisa não encontrou países com que conciliaram crescimento e equidade. 12-17

Diagnóstico do Desenvolvimento com Equidade no resto do mundo Fajnzylber encontrou países que conciliaram crescimento e equidade em outros continentes; -China; - Egito; -Portugal; - Espanha; 13-17

Diagnóstico do Desenvolvimento com Equidade na América Latina Causas do subdesenvolvimento latino-americano: - exportação de recursos naturais, produtos agrícolas e energia (petróleo) e importação de bens industriais; - estrutura industrial atrasada e protegida; - reprodução do modo de vida dos países avançados tanto no consumo como na produção interna e; - limitada valorização social do empreendedorismo e elevada presença de multinacionais. 14-17

Proposta Busca da Competitividade autêntica: - Progresso técnico - Mudanças nas relações trabalhistas - Distribuição de renda - Novo padrão de consumo - Investimento em educação e tecnologia - Melhora da infraestrutura e do sistema financeiro - Buscar um círculo virtuoso cumulativo, com a equidade apoiando o crescimento viceversa. 15-17

Conclusão e Revisão - Projeto faz um diagnóstico importante; - Governos não seguiram as sugestões; - Desigualdade ainda persiste. 16-17

Professor Conteudista Dr. Carlos Eduardo de Freitas Vian Leitor Crítico Leonel Capetti Editoração Flávia Passarelli Lopes Leandro Cano Sartori Revisor textual Olivo Bedin *Se houver dúvidas, entre em contato com seu professor-orientador. 17-17