CELSO FURTADO E A INTERPRETAÇÃO ESTRUTURALISTA DO SUBDESENVOLVIMENTO

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1 CELSO FURTADO E A INTERPRETAÇÃO ESTRUTURALISTA DO SUBDESENVOLVIMENTO Ricardo Bielschowsky, CEPAL e UFRJ Rio de janeiro, agosto de 2005

2 Contribuições de Furtado ao estruturalismo Inclusão de dimensão histórica à abordagem estruturalista (Formação Econômica do Brasil, Formação Econômica da América Latina) Análise da tendência à continuidade do sub-emprego (Desenvolvimento e Subdesenvolvimento) Integração entre crescimento e distribuição de renda, (Subdesenvolvimento e Estagnação na AL, Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico). Percepção do sub-desenvolvimento como um certo sistema de cultura (material e não-material): um sistema cultural travado (Dialética do Desenvolvimento, Cultura e Desenvolvimento em Época de Crise)

3 Teoria estruturalista inaugural Caracterização das economias periféricas contraste às centrais : por Baixa diversidade produtiva e especialização em bens primários; Forte heterogeneidade tecnológica e oferta ilimitada de mão-de-obra com renda próxima à subsistência; Estrutura institucional pouco favorável à acumulação Análise das relações centro-periferia, com base nesse contraste

4 Atraso institucional há desperdício de parte do excedente, através de investimentos improdutivos e de consumo supérfluo Implicações: a industrialização é a forma de superar a pobreza e de reverter a distância crescente entre a periferia e o centro, mas é problemática: Baixa diversidade necessidade de investimentos simultâneos em muitos setores - processo é muito exigente em matéria de poupança e de divisas; Especialização em bens primários a capacidade de geração de divisas é limitada, e a pressão por divisas é elevada; Heterogeneidade tecnológica a produtividade média é baixa e é pequeno o excedente como proporção da renda;

5 Três tendências perversas: crescentes desequilíbrios estruturais na balança de pagamentos, inflação causada por fatores estruturais, e sub-emprego Como a industrialização espontânea nas estruturas periféricas é altamente problemática, é necessário planejá-la A condição periférica implica um modo próprio de introduzir progresso técnico, crescer, distribuir a renda, e de se relacionar com o resto do mundo ( dependente ), o que implica necessidade de realizar um esforço de teorização autônoma

6 Primeira contribuição: a perspectiva histórica ( o método m histórico estrutural); Formação Econômica do Brasil ( a( obra-prima do estruralismo brasileiro ) Ciclo do açúcar: não cria mercado interno capaz de gerar uma economia diversificada que se auto-propulsiona, e cria vasta economia de subsistência Ciclo do ouro: idem (apesar de um maior fluxo de renda monetária) Ciclo do café: dispersão do escravo liberto reforça vasta economia de subsistência; e formação de massa monetária com trabalho assalariado compõe mercado interno, base para o deslocamento do centro dinâmico para a indústria Industrialização: problemática, devido à formação da estrutura pouco diversificada e heterogênea, etc.

7 Noyola-Vásquez, em 1955, sobre A A Economia Brasileira (precursor de FEB) Em muitos poucos casos poder-se-á apreciar melhor o grau de madureza e de independência alcançado pelo pensamento econômico latino-americano, como nesse livro. A obra de Furtado não é só muito valiosa por sua penetrante análise da história econômica do Brasil, mas, sobretudo, por sua contribuição metodológica. Trata-se de uma síntese feliz de lógica cartesiana e consciência histórica. O afã cartesiano da precisão e clareza leva o autor a reduzir a modelos de grande simplicidade a estrutura e o funcionamento dos sistemas econômicos. Ao mesmo tempo, sua segura visão histórica o conduz a situar esses modelos em sua perspectiva adequada

8 Subproduto do esforço teórico-histórico: Método histórico-estrutural de análise do subdesenvolvimento periférico latino-americano (Prebisch/Furtado) Método essencialmente indutivo, mas que explora interação entre a abordagem indutiva e o marco teórico estruturalista: a análise das estruturas subdesenvolvidas figura como referência teórica genérica para o exame das tendências históricas, compondo um método atento às mudanças de comportamento dos agentes sociais e à trajetória das instituições

9 Segunda contribuição ao estruturalismo: heterogeneidade tecnológica e tendência à continuidade do sub-emprego Livro Desenvolvimento e Subdesenvolvimento três idéias básicas O subdesenvolvimento é uma das linhas históricas de projeção do capitalismo industrial cêntrico a nível global: a que se faz por meio de empresas capitalistas modernas sobre estruturas arcaicas, formando economias híbridas (e profundamente heterogêneas )

10 O subdesenvolvimento é um processo em si mesmo, que tende a se perpetuar, e não uma simples etapa de desenvolvimento pela qual passam todos os países. A estrutura ocupacional com oferta ilimitada de mão-de-obra se altera nas economias subdesenvolvidas de forma lenta, porque o progresso técnico, capital-intensivo, é inadequado à absorção dos trabalhadores ligados à vasta economia de subsistência. O sistema tende à concentração de renda, e a um grau de injustiça social crescente.

11 A interação entre estruturas de demanda e de oferta determina um certo estilo de crescimento. Não se reproduz na periferia o circulo virtuoso entre salários e investimentos, a tendência é à preservação do sub-emprego e à concentração da renda Terceira contribuição ao estruturalismo : Relação entre estruturas de demanda (distribuição de renda) e de oferta (acumulação de capital e progresso técnico) t A composição da demanda, que reflete as estruturas de propriedade e renda concentradas, predetermina a evolução da composição da oferta O investimento, assim determinado, reproduz o padrão tecnológico dos países centrais, exigente em escala e intensivo em capital; lá a elevação da produtividade se transmite a maiores salários, mas aqui a oferta ilimitada de mão de obra impede que isso ocorra.

12 Conclusão nos anos 60: estilo concentrador de renda e pouco dinâmico (tendência à estagnação) A evolução na composição do produto determina uma tendência à estagnação, devido à progressiva elevação na relação capital-produto associada a crescentes exigências de escala e a aumento na relação capital-trabalho nos segmentos produtores de bens de capital e de bens de consumo para as minorias; dinamicamente, o processo é confirmador da concentração da renda (causação circular) e tende à estagnação. Conclusão nos anos 70: há que se admitir que o modelo de crescimento em curso pode levar a crescimento; no entanto, ao mesmo tempo provoca crescente exclusão social

13 Atualidade da contribuição estruturalista (Prebisch-Furtado) Análise do subdesenvolvimento como processo evolutivo específico de estruturas produtivas e sociais heterogêneas da periferia latinoamericana (debilidades da estrutura, produtiva, financeira e social); Análise das causas para o insuficientes crescimento e investimento ; Análise da inserção internacional desfavorável (comercial e financeira) e da vulnerabilidade externa; Análise das barreiras à criação, incorporação e difusão do progresso técnico;

14 Atualidade da contribuição estruturalista (Prebisch-Furtado) Análise do desemprego estrutural e da informalidade Análise das interações perversas entre crescimento e distribuição da renda (estudo do padrão ou estilo de desenvolvimento); Análise dos determinantes não monetários do processo inflacionario; Análise das assimetrías entre o centro e a periferia: produtivas, financeiras e em materia da mobilidade dos fatores

15 Furtado, a questão distributiva, e o circulo virtuoso do crescimento por consumo de massa Aumento da renda das familias trabalhadoras Ampliação do consumo popular? Aumento da produtividade Investiomento produtivo?

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