INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO

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1 INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO UFPE CFCH DCP CP-028 Prof. Dr. Marcelo de Almeida Medeiros Lício Lima, Pedro Fonseca, Vítor Alves

2 Sumário Introdução Vítor Alves A Racionalidade Original Vítor Alves A Lógica dos Anos 60 e 70 Lício Lima Integração como Ferramenta para Superar a Crise dos Anos 80 Lício Lima O Regionalismo Aberto dos Anos 90 Pedro Fonseca Contexto Atual e Expectativas Pedro Fonseca Referências Bibliográficas

3 Introdução O que é a CEPAL? Teoria da Integração Vitor Alves 1/2

4 A Racionalidade Original Mercado Comum Centro-Americano; Reestruturação econômica dos países; Recomendação para uma integração limitada; Riscos da não-orientação do processo de integração. Vitor Alves 2/2

5 A lógica dos Anos 60 e 70 O Tratado de Roma (1957): tem dois objetivos fundamentais. A primeira é de integrar a economia dos países membros com o estabelecimento da união aduaneira e de um mercado comum, e a segunda com o objetivo de fomentar a cooperação no desenvolvimento e utilização da energia nuclear e elevação do nível de vida dos países membros. O Tratado de Montevidéu (1980): que instituiu a ALADI, substituiu o Tratado assinado em 18 de fevereiro de 1960, pelo qual havia sido criada a ALALC (Associação Latino-Americana de Livre-Comércio). Com essa substituição foi estabelecido um novo ordenamento jurídico operacional para dar continuidade ao processo de integração, que foi complementado com as resoluções adotadas na mesma data pelo Conselho de Ministros das Relações Exteriores da ALALC. Lício Lima 1/6

6 As três condições básicas para a Zona de Comércio: a) a zona de preferências comerciais deveria ser construída com um número máximo de países da região e facilidade para a incorporação dos que não participassem desde o início; b) deveria ser buscada a reciprocidade, com: (1) mecanismos para garantir o equilíbrio comercial e (2) equivalência setorial: importações de produtos industriais deveriam poder ser pagas com exportações de produtos industriais; c) tratamento diferenciado de acordo com o grau de desenvolvimento dos países. Seriam aceitáveis como exceções à cláusula de nação mais favorecida o tratamento diferenciado a países menos desenvolvidos e os arranjos de especialização e complementação industrial para o desenvolvimento de novas indústrias integradas. Lício Lima 2/6

7 Os fatores que levaram a ruptura do Processo de integração na América Latina foram: Crise no processo negociador da ALALC. Dispersão de resultados entre países distintos da região, como resultado da primeira crise do petróleo. Liquidez internacional viabilizando projetos de investimento. Inexistência de clima político em favor da integração, uma vez que boa parte dos países da região tinham governos militares (ciosos da preservação da soberania nacional). Lício Lima 3/6

8 Integração como Ferramenta para Superar a Crise dos Anos 80 Saídas que a integração regional ofertava: a) O comércio intra-regional permite no curto prazo a utilização da capacidade instalada; b) O regionalismo permite o crescimento do comércio externo com menor uso de divisas (através da busca de equilíbrio comercial e do uso de mecanismos de pagamento regionais). Lício Lima 4/6

9 Diretrizes estabelecidas pela Cepal em 1994: 1) a necessidade de coordenação de estruturas produtivas: o que fomenta a integração no longo prazo não é a liberalização irrestrita em matéria de barreiras tarifárias, mas o esforço por ampliar e complementar de forma coordenada as estruturas produtivas. 2) a integração como plataforma de lançamento de exportações: o processo de integração através do espaço econômico ampliado deve constituir uma plataforma de lançamento para a exportação de manufaturas latino-americanas aos mercados centrais. 3) a ação concertada no cenário internacional: deveria ser prioridade para os países da região trabalhar juntos para conseguir um novo padrão de desenvolvimento que permitisse maior flexibilidade no trato de alterações na economia internacional. Os países da América Latina deveriam fortalecer a cooperação e a integração, assim como a coordenação e ação concertada ao nível internacional. Lício Lima 5/6

10 Os três tipos de ações necessárias para promover a cooperação entre os países da América Latina a) fazer acordos políticos de alto nível para reverter o declínio do nível de comércio intra-regional; b) reforçar os mecanismos de clearing (É uma prestadora de serviços de compensação e liquidação) e pagamentos bilaterais (inclusive para transações em serviços); c) redirecionar políticas de compras governamentais, em benefício da região. Lício Lima 6/6

11 O Regionalismo Aberto dos Anos 90 Segundo Corazza (2006), a CEPAL (1994) define o regionalismo aberto como: (...) um processo de crescente interdependência no nível regional, promovida por acordos preferenciais de integração e por outras políticas, num contexto de liberalização e desregulação capaz de fortalecer a competitividade dos países da região e, na medida do possível, constituir a formação de blocos para uma economia internacional mais aberta e transparente Pedro Fonseca 1/6

12 Conciliação de dois fenômenos: Processos de Integração Regional; Abertura Multilateral. Os acordos de integração devem prover a liberalização extensiva: dos mercados, na maior parte dos setores; dos países. Pedro Fonseca 2/6

13 Inspirado na visão estruturalista da CEPAL nos anos 50 e nas teorias do novo regionalismo, de matriz neoclássica; Integração como uma etapa no processo de liberalização; Integração deixa de ser o "fim" para ser o "meio"; Papel do Estado muda nessa concepção quando comparado ao seu papel em concepções anteriores; Estado perde seu papel estratégico de promover o desenvolvimento. Pedro Fonseca 3/6

14 Contexto Atual e Expectativas O cenário atual se caracteriza por: Multiplicidade de acordos bilaterais e plurilaterais; Acordos são, em geral, de 2ª geração; Os novos acordos tendem a adaptar-se as barreiras comerciais; Os acordos bilaterais implicam risco de minar a capacidade de operação da OMC. Pedro Fonseca 4/6

15 O que se pode dizer, então, em relação ao pensamento de Furtado, e às perspectivas do cenário atual? "Preocupação quanto à necessidade de planejamento para evitar desencontros nos resultados a serem obtidos por sócios de potencial econômico desigual tem se mostrado procedente." (BAUMANN, 2005, p.10); Pedro Fonseca 5/6

16 Perspectivas com base no cenário atual: Condições limitadas para se conseguir avanços nas áreas que realmente interessa; Acordos com parceiros de fora da região impõe custos geopolíticos; "O fato de ser late-comers entre os signatários de acordos bilaterais tornam os países do Mercosul potencialmente mais vulneráveis a pressões para aceitar negociar temas politicamente indesejáveis" (BAUMANN, 2005, p.10). Pedro Fonseca 6/6

17 Referências Bibliográficas CEPAL (2017), Sobre a CEPAL. Disponível em:< Acesso em 19 mar CORAZZA, G. (2006) O regionalismo aberto da CEPAL e a inserção da América Latina na globalização. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 27, n. 1, p , maio BAUMANN, R. (2005). Integração regional e desenvolvimento econômico com referência a Celso Furtado. Documento do escritório da CEPAL no Brasil (LC/BRS/DT.028). FURTADO, C. (2000), Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 10ª ed., Cap. TRATADO DE ROMA. Disponível em: < Acesso em: 19 mar

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