FONTES DE APOIO FINANCEIRO E GERENCIAL ÀS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO EM PEQUENAS INDÚSTRIAS DO SETOR METAL-MECÂNICO DO NOROESTE DO RS 1

Documentos relacionados
Valquíria Marchezan Colatto Martins 2, Dieter Rugard Siedenberg 3, Marcos Paulo Dhein Griebeler 4.

COMPARATIVO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO ENTRE MICROEMPRESA E GRANDE EMPRESA DO SETOR METAL-MECÂNICO 1

O POTENCIAL DE INOVAÇÃO E A QUESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL NAS INDÚSTRIAS DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1

FONTES DE APOIO FINANCEIRO E GERENCIAL ÀS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO EM PEQUENAS INDÚSTRIAS DO SETOR METAL-MECÂNICO 1

GESTÃO DA INOVAÇÃO EM COOPERATIVA DE GRANDE PORTE DO SETOR DE FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS

IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS

NOÇÕES BÁSICAS DE INOVAÇÃO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. Silvia Manoela Santos de Jesus

DIMENSÕES DA INOVAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE GRANDE PORTE DO SETOR METAL-MECÂNICO DIMENSIONS OF INNOVATION IN A LARGE INDUSTRY OF THE METAL- MECHANIC

PROJETO DE PESQUISA DO PROFESSOR ORIENTADOR. Número do BANPESQ/THALES:

Análise Comparativa dos Fatores de Inovação entre os Setores Metalúrgico e Têxtil

Referencial Teórico. Redes de cooperação produtivas:

A IMPORTÂNCIA DAS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS DO ESTADO DO PARANÁ

Gestão da inovação em empresas que adotam diferentes processos de tomada de decisão

Inovação em Arranjos Produtivos Locais

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E GESTÃO DA INOVAÇÃO EMPREENDEDORISMO. Prof. Dr. Daniel Caetano

Inovações de Tecnologias nas Organizações. Manual de Oslo. Prof. Fabio Uchôas de Lima. MBA Gestão Empresarial

Agenda da MEI :

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: REALIDADE DAS EMPRESAS VAREJISTAS DE SANTA ROSA 1

XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Desbravando campos inovadores, desenvolvendo empreendimentos sustentáveis

ARRANJO PRODUTIVO LOCAL - APL

Dia de Campo APL Maracujá. A cadeia produtiva do maracujá e o desenvolvimento regional

EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO: Uma proposta para aplicação na Educação Básica

Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais no Estado do Rio de Janeiro. A IMPORTÂNCIA DAS MARCAS COLETIVAS NOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS -APLs

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação

Como pensar a questão o do empreendedorismo no Brasil?

Agenda da MEI Pedro Wongtschowski Presidente do Conselho de Administração da Ultrapar e Líder da MEI

UFPE/PROPESQ Diretoria de Inovação e Empreendedorismo

Sumário. Capítulo 1 Desenvolvimento e padrões de financiamento da inovação no Brasil: mudanças necessárias... 1

desenvolver estágios crescentes de inovação, através do aprendizado por interação entre tais empresas e entre elas e o ambiente no qual estão

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL

Como Financiar meu empreendimento?

PELOTAS MELHORA QUANDO A GENTE INOVA

69,8% 53,0% 27,8% 29,9% 22,1% 52,5% das indústrias gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

Inovação tecnológica no Estado do Amazonas: um estudo baseado na PINTEC

Os recursos para o Prime são provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

AS CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Obtendo Recursos... PIPE - FAPESP

70,7% 66,7% 30,8% 40,9% 24,1% 57,7% das empresas gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

O BNDES e as Possibilidades de Apoio à Biotecnologia no Brasil

A evolução e a dinâmica dos Arranjos Produtivos e Inovativos Locais 13 de setembro de 2012

O PROJETO EXTENSÃO PRODUTIVA E INOVAÇÃO NA ÓTICA DOS COORDENADORES DE NÚCLEO ANÁLISES E PROPOSIÇÕES COM FOCO NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL 1

Apoio à Inovação. São Paulo, 03 de Outubro de 2017

O Papel do Fortec V FORTEC NE. Brasil: Desafios e Oportunidades. Prof. Dr. Alexandre Stamford da Silva Coordenação Nacional

Parque Tecnológico de Botucatu Junho / 2015

Edital 001/09 COPE/CP/CTBA/IFPR

REGIMENTO INTERNO DA UniINCUBADORA

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E GESTÃO DA INOVAÇÃO EMPREENDEDORISMO. Prof. Dr. Daniel Caetano

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS PARA A AGENDA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INOVADORAS

carreiras especial: 44 vol.7 nº1 jan/fev > 2008

Avaliação de Programas de Apoio a Empresas no Brasil

Gestão da Inovação Aula 01. Inovação e competitividade empresarial. Profa. Dra. Geciane Porto

O Complexo Industrial da Saúde na Inovação. "Políticas Públicas e Desenvolvimento Industrial do Setor Saúde BRITCHAM

Apoio à Inovação. Novembro 2009

De acordo ao PDI do IFSP, no que se refere às Políticas de Pesquisa, os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia são verdadeiros

INTRODUÇÃO INTERAGIR PARA COMPETIR: PROMOÇÃO DE BRASIL

Inovação no Brasil: Políticas Públicas e Estratégias Empresariais

V FÓRUM REGIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Ambiente Sustentável de Inovação: Estudo de Caso do Centro de Inovação Tecnológica de Marília (CITec-Marília)

77% dos empresários da construção civil apontam a. 100% dos empresários sentem-se prejudicados. 64% das empresas que dispõem de mecanismos para

PROGRAMAS MOBILIZADORES EM ÁREAS ESTRATÉGICAS COMPLEXO INDUSTRIAL DE DEFESA (fortalecimento em setembro de 2008)

Instituição financeira do Governo do Estado de São Paulo, que promove o desenvolvimento sustentável por meio de operações de crédito consciente e de

Ano de julho de 2010

Apoio à Inovação. São Paulo, 03 de Outubro de 2017

O compromisso do Sebrae com a. Rio de Janeiro, 20 de julho de 2005

RESOLUÇÃO N o 60 DE 01/02/ CAS

Lucas Adiel Escher 2, Claudiomiro Reis 3.

Apoio à Inovação Nov/2015

ESTUDO SOBRE AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 1

Estatísticas de inovação tecnológica: a visão da Pintec 2008

FACULDADE EDUCAMAIS COORDENAÇÃO DE PESQUISA E EXTENSÃO PROGRAMA DE PESQUISA - INICIAÇÃO CIENTÍFICA EDITAL Nº 02/2018

PESQUISA INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA

ÁREA: Ciências Contábeis FORMAÇÃO DO PREÇO DO SERVIÇO DE RETÍFICA DE VIRABREQUIM EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Políticas de CT&I para Pesquisa e Inovação: Novo Marco Legal

Deliberação CEETEPS Nº 14, de Artigo 2º - Esta deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

A INOVA Paula Souza:

Promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.

S O N D A G E M I N D U S T R I A L. R S FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS Outubro de 2006.

7 Conclusões 7.1. Introdução

Abordagens para Inovação. Caps4

REPENSANDO A DIMENSÃO ORGANIZAÇÃO: DIFERENCIAL PARA AS EMPRESAS DE ALIMENTAÇÃO EM APARECIDA DE GOIÂNIA

APLs como Estratégia de Desenvolvimento Atuação do Governo Federal nos últimos 12 anos

Empresas e Empreendedores Temos bons Projetos mas não conseguimos nenhum apoio

ESTUDO E PROJETO DE UM ROBÔ ACIONADO PNEUMATICAMENTE PARA APLICAÇÃO INDUSTRIAL 1

APRENDIZAGEM BASEADA NA PROBLEMATIZAÇÃO, CASO PRÁTICO: J A USINAGEM 1. Bianca Dos Santos Mazurkewiez Aluna Do Curso De Administraçã 2.

Metalmecânico. Ter 75% das empresas

Artigo Acadêmico Realizado no Curso de Graduação em Ciências Econômicas, UFSM. 2

O Programa de P&D da ANEEL e o RISE-Mobilidade Elétrica. WS ABINEE: 13 de dezembro 2018

Mais de. Em mais de R$ 2,5 BILHÕES. operações de crédito. em desembolsos. Dados de jun/2017.

O Futuro da Indústria e a Empregabilidade em Engenharia

MEI Agenda de Aprimoramento de Recursos Humanos para Inovação

OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO

PESQUISA INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA

Pioram as condições de financiamento para capital de giro

Política Energética em Minas Gerais e no Brasil - oportunidades para pequenos negócios e municípios

Programa Finep Educação 01 de Agosto de 2018

Acadêmico do Curso de Mestrado em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis da Universidade Federal da Fronteira Sul,

O BNDES e as Possibilidades de Apoio à Biotecnologia no Brasil

P&D para Grandes Projetos Frederico Curado. Agradecimentos à Embraer pela cessão de parte desta apresentação

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária VI ECONOMIA DA TECNOLOGIA. Macroeconomia I Microeconomia II

Especialistas em pequenos negócios / / sebrae.com.br

Transcrição:

FONTES DE APOIO FINANCEIRO E GERENCIAL ÀS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO EM PEQUENAS INDÚSTRIAS DO SETOR METAL-MECÂNICO DO NOROESTE DO RS 1 Valquíria Marchezan Colatto Martins 2, Dieter Rugard Siedenberg 3, Marcos Paulo Dhein Griebeler 4. 1 Projeto de Iniciação Científica vinculado ao GEPITE Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo 2 Aluna do curso de Graduação em Administração da Unijuí, bolsista PROBIC/FAPERGS, val.colatto@gmail.com 3 Professor Dr. do Mestrado em Desenvolvimento da Unijuí, Orientador, dieterrs@unijui.edu.br 4 Docente no Mestrado em Desenvolvimento da Unijuí, marcos.dhein@unijui.edu.br INTRODUÇÃO O cenário atual globalizado traz as organizações desafios e incertezas, sendo a inovação essencial para que possam conquistar vantagem competitiva. Mas para tanto é preciso existir um ambiente favorável à inovação, com agentes capazes de apoiar e proporcionar o financiamento das atividades inovativas, considerando que a inovação pode contribuir para o desenvolvimento socioeconômico local e/ou regional. Conforme exposto no Manual de Oslo (2004), o processo de globalização pode ser visto como uma força poderosa para a inovação. A competição internacional força as empresas a aumentar sua eficiência e desenvolver novos produtos. A globalização pode também mudar a estrutura industrial das economias, impelindo-as a desenvolver novas indústrias e a adaptar suas estruturas institucionais. Lastres e Albagli (1999) destacam a importância da integração de diferentes políticas, assim como do apoio à formação de ambientes capazes de estimular a geração, aquisição e difusão do conhecimento e que estimulem empresas, grupos sociais e países a investirem na capacitação de seus recursos humanos, mobilizarem a habilidade de aprender e incentivarem suas capacidades inovativas. De acordo com Schumpeter (1982), o impulso fundamental que põe e mantém em funcionamento a economia capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção, dos novos mercados e ainda das novas formas de organização industrial criadas pelas empresas. O processo de inovação ocorre desde o surgimento de uma ideia, fazendo uso de tecnologias existentes, até criar o novo produto, processo ou serviço e colocá-lo em disponibilidade para o consumo ou uso. A utilização completa o processo, pela introdução da inovação na economia.

No entendimento de Lemos (1999) o processo de inovação se caracteriza por ser descontínuo e irregular, além de não obedecer a um padrão linear, contínuo e regular, as inovações possuem um considerável grau de incerteza. Além de considerar o fato de que uma empresa não inova sozinha, pois as fontes de informações, conhecimentos e inovação podem se localizar tanto no ambiente interno, como em seu ambiente externo. Para o Manual de Oslo (2004), as atividades de inovação têm como objetivo final a melhoria do desempenho da empresa, sendo o ambiente institucional que determina os parâmetros gerais com os quais as empresas operam. Os elementos que o ambiente institucional inclui são: Sistema educacional; Sistema universitário; Sistema de treinamento técnico especializado; A base de ciência e pesquisa; Reservatórios públicos de conhecimento codificado; Políticas de inovação; Ambiente legislativo; Instituições financeiras; Facilidade de acesso ao mercado e a Estrutura industrial. Ainda conforme o Manual, as pequenas e médias empresas possuem necessidades mais especializadas em suas atividades, aumentando a importância de uma interação eficiente com outras empresas e com instituições públicas de pesquisa. Ainda o manual destaca que o financiamento pode ser um fator determinante para as inovações em PMEs, que não raro carecem de fundos próprios para conduzir projetos de inovação e enfrentam muito mais dificuldades para obter financiamento externo do que as empresas maiores. Com base no exposto a pesquisa teve como objetivo identificar as principais fontes de apoio financeiro e gerencial que foram buscadas pelas empresas para o desenvolvimento das atividades de inovação. METODOLOGIA Os meios de investigação referem-se basicamente a dois tipos: pesquisa de campo (nas pequenas indústrias do setor metal-mecânico da região noroeste do RS) e pesquisa documental e bibliográfica (visando o levantamento de dados secundários e, também, primários). A investigação aqui proposta pode ser classificada como metodológica, aplicada, de campo e documental/bibliográfica. Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência o Manual de Oslo em sua 3ª edição, criado pela OCDE (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento), este manual tem o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de P&D de países industrializados. O questionário foi estruturado de forma a abordar quais as principais fontes de apoio financeiro e as fontes de apoio gerencial que foram buscadas pelas empresas para as atividades de inovação. A análise deste estudo compreende o período de 2010 a 2012, sendo que participaram da pesquisa 15 pequenas indústrias da região noroeste do RS que atuam no setor metal-mecânico. RESULTADOS E DISCUSSÃO Quanto ao número de funcionários 26,7% das empresas analisadas possuem até 10 funcionários, 33,3% possuem 11 a 20 funcionários, onde se concentra a maior parte das empresas. Pode-se observar ainda que 13,3% possuem acima de 60 funcionários, conforme o gráfico 1.

Gráfico 1 - Número de funcionários. Em relação às fontes de apoio financeiro buscadas pelas indústrias para as atividades de inovação desenvolvidas no período analisado, pode-se notar conforme gráfico 2, que 93,3% das empresas usaram fundos próprios para financiar essas atividades, enquanto que 40% buscaram financiamentos em instituições financeiras. Ainda pode-se observar que 13,3% obtiveram aporte financeiro da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e outras 13,3% receberem recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Gráfico 2 - Fontes de apoio financeiro às atividades de inovação.

Quanto às fontes de apoio gerencial, conforme mostra o gráfico 3, verificou-se que pouco mais da metade da empresas pesquisadas (53,3%) buscaram apoio no SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e 33,3% aderiram ao Projeto PEPI (Projeto Extensão Produtiva e Inovação). As Universidades e centro tecnológicos auxiliaram 26,6% das empresas analisadas. O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) apoiou 6,6% das empresas, da mesma forma que 6,6% delas buscaram o apoio gerencial nas Incubadoras. Cabe mencionar aqui que o PEPI é um projeto de extensão universitária da mesma forma que a incubadora tecnológica também mantém um vínculo muito direto com a Universidade. Desta forma, como a questão permitia múltiplas respostas, no seu total, a relação da Universidade com as empresas é maior do que os itens isolados evidenciam. Gráfico 3 - Fontes de apoio gerencial às atividades de inovação. CONCLUSÕES Com base no resultado da pesquisa pode-se notar que a grande maioria das indústrias do setor metal-mecânico da região noroeste utilizam como recurso financeiro para as atividades de inovação os fundos próprios, sendo os bancos utilizados por menos da metade das empresas. Este resultado se justifica por diversos motivos, conforme relato dos proprietários de algumas empresas: no inicio das atividades os recursos são escassos e os bancos não proporcionam investimentos para empresas que não possuem garantias de retorno, visto que são possuem baixo faturamento. Ainda outros proprietários informaram que utilizam recursos próprios pelo receio de endividamento com os bancos, sendo os juros praticados nos financiamentos considerados por eles altos demais.

Relacionado às fontes de apoio gerencial observa-se que um pouco mais da metade das empresas buscou apoio do SEBRAE, outra fonte de destaque seria o Projeto PEPI. Além disso, na pesquisa foi possível identificar ainda que a Universidade e a incubadora tecnológica são apoios significativos para as indústrias em questão. Porém, nenhuma delas mencionou obter apoio de fontes como a FIERGS, FAPERGS, SENAI e Ministério da Ciência e Tecnologia. Palavras-chave: Inovação; Atividades de inovação; Apoio financeiro; Apoio gerencial. AGRADECIMENTOS Esta pesquisa recebeu apoio do Programa de Bolsas PIBIC/UNIJUÍ e, posteriormente, do Programa BIC/FAPERGS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LASTRES, Helena Maria Martins; ALBAGLI, Sarita. Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de janeiro: Campus, 1999. LEMOS, Cristina. Inovação na era do conhecimento in Lastres, H.M.M.; Albagli, S (orgs.), Informação e globalização na era do conhecimento, Rio de Janeiro: Campus, p122-143, 1999. ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE) Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Tradução: Financiadora de Estudos e Projetos FINEP. 3. ed. [S.I.]. 2004. SCHUMPETER, Joseph. Alois. A Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.