INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS FEVEREIRO/2017
Resumo de desempenho Fevereiro 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês do ano anterior ano anterior Receita líquida total 4.862,91 9.111,77 +14,5-17,0-10,1 Receita líquida interna 2.978,31 5.792,79 +5,8-13,7 +3,7 Consumo aparente 6.118,98 13.059,53-11,8-26,3-22,4 Variáveis US$ milhões Mês No ano mês anterior Variação percentual mês do ano anterior ano anterior Exportação 607,23 1.053,01 +36,2 +4,2-3,6 Importação 887,68 2.012,50-21,1-14,0-14,9 Saldo -280,44-959,49-58,7-37,5-24,7 Variáveis Mil pessoas No fim do mês média no ano mês anterior Variação percentual mês do ano anterior ano anterior Emprego 292,578 292,606 0,0-5,9-5,9 DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
Consumo aparente R$ bilhões constantes* Mês / Mês anterior = -11,8% Mês / Mês do ano anterior = -26,3% Acum. ano / Acum. ano anterior = -22,4% 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Receita Líquida Interna (MM3) Consumo aparente mensal Importados (c/ CIF+II) MM3 No mês de fevereiro de 2017 os investimentos em máquinas e equipamentos registraram queda de 11,8% em relação ao mês de eiro de 2017. No 1º bimestre o recuo foi de 22,4% em relação ao mesmo período de 2016. A queda no bimestre foi muito s devida à redução das importações do que das vendas de produção nacional. A queda das importações mostra que ainda é prematuro anunciar uma retomada dos investimentos. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: DCEE/ABIMAQ, Bacen e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
Receita Líquida Total R$ bilhões constantes* Mês / Mês anterior = +14,5% Mês / Mês do ano anterior = -17,0% Acum. ano / Acum. ano anterior = -10,1% 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Exportação (MM3) Receita Líquida Total (mensal) Receita Líquida Interna (MM3) Receita Líquida Interna (mensal) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Apesar do recuo no volume de investimentos no país, as vendas realizadas pela indústria nacional de máquinas e equipamentos se elevaram 14,5% em relação ao mês de eiro de 2017. No ano o or ainda acumula queda devido, principalmente, às exportações. No mercado interno o crescimento das vendas foi de 5,5% em relação a eiro/17 e no ano acumulou crescimento de 3,7% nas suas vendas, o que indica uma relativa estabilidade. Isso elevou a participação no market share nacional para 44%. Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 4
R$ bilhões Curva de comportamento Receita Líquida Média 2010-2013 vs 2016 e 2017 12,0 10,0 8,0 Média 2010-2013 2016 2017 9,65 A ligeira melhora das vendas na ponta é sazonal. Os resultados dos últimos meses refletem oscilações das vendas em torno de R$ 5 bilhões que é metade dos valores mensais no período pré-crise (R$ 10 bilhões ao mês curva azul). 6,0 4,86 5,29 Um nível bastante baixo para manutenção do parque industrial brasileiro, que não garante sequer a taxa de reposição do estoque. 4,0 fev mar jun ago nov dez Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
01-2005 07-2005 01-2006 07-2006 01-2007 07-2007 01-2008 07-2008 01-2009 07-2009 01-2010 07-2010 01-2011 07-2011 01-2012 07-2012 01-2013 07-2013 01-2014 07-2014 01-2015 07-2015 01-2016 07-2016 01-2017 07-2017 Taxa de câmbio real Variação % acumulada base: 2005 = 100 100 Real Euro Dólar Peso Argentino 80 60 40 20 0-20 -40-60 -80 A apreciação do real ocorrida em 2016, continua em 2017 e voltou a prejudicar a competitividade da indústria de transformação brasileira. No último mês a moeda brasileira voltou para a casa dos R$/US$ 3,10. O ganho proporcionado pelo efeito Trump foi completamente devolvido pela apreciação do fim do ano passado e início deste, e taxa de câmbio não foi afetada nem pela subida da taxa de juros nos Estados Unidos. Fonte: BIS Bank for Internacional Settlements. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
Exportação US$ bilhões FOB Mês / Mês anterior = +36,2% Mês / Mês do ano anterior = +4,2% Acum. ano / Acum. ano anterior = -3,6% 1,2 1 0,8 MM3 Mensal O crescimento das exportações no mês de fevereiro de 2017 (36,2%), não compensou a queda observada em eiro (38,7%). 0,6 No bimestre, o or continuou acumulando queda de 3,6% em relação ao mesmo período de 2016. 0,4 0,2 Numa tendência já observada ao longo de todo o ano passado. 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
Exportação por ores Setores com sua participação no total Mês Ano Participação ABIMAQ Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para logística e construção civil Infra-estrutura e indústria de base -18,3-14,5-3,6 36,2 21,0 26,9 15,8 6,9 100% 25,2% 29,2% 11,2% O crescimento observado no mês de fevereiro em relação a eiro do mesmo ano ocorreu em 4 dos 7 segmentos ficantes de máquinas e equipamentos. A or taxa de crescimento foi em Máquinas para agricultura (40,7%). Máquinas para bens de consumo Máquinas para agricultura Máquinas para a indústria de transformação Máquinas para petróleo e energia renovável -44,0-59,6-41,5 6,8 40,7 50,6 37,9-100 -50 0 50 48,7 6,5% 12,6% 9,4% 5,9% Houve crescimento ainda nas exportações de Máquinas para Logística e Construção Civil (26,9%), Componentes para a Indústria de Bens de Capital (21,0%) e Máquinas para Petróleo e Energia Renovável (37,9%). Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
Exportação por destinos US$ milhões Participação % no total exportado América Latina Estados Unidos Europa 44,6 45,2 19,0 15,1 15,9 20,4 50,6 48,1 43,2 44,4 40,1 41,7 42,4 45,6 17,7 18,3 20,9 20,0 21,7 18,7 17,9 18,3 15,2 16,0 18,4 17,318,9 18,2 17,8 17,3 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 Grupos Jan-Fev/2017 Jan-Fev/2016 Var. % TOTAL GERAL 1.053 1.092-3,6 1 América Latina 480 402 19,4 Mercosul 226 189 19,7 2 Europa 193 231-16,5 3 Estados Unidos 182 200-9,1 4 China 19 117-84,0 Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos são, pela ordem, América Latina, Europa e Estados Unidos. Observou-se, no primeiro bimestre de 2017, um aumento das exportações para a América Latina, puxado principalmente pelo Mercosul que aumentou 19,7% suas compras de máquinas no Brasil. Para a Europa e EUA houve queda de 16,5% e 9,1%, respectivamente. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Mercosul Estados Membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
Importação US$ bilhões FOB Mês / Mês anterior = -21,1% Mês / Mês do ano anterior = -14,0% Acum. ano / Acum. ano anterior = -14,9% 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 MM3 Mensal Em fevereiro houve queda de 21,1% nas importações de máquinas e equipamentos. Na comparação interanual (fev-17 contra fev-16) as importações recuaram 14,0%, e no 1º bimestre, a queda foi de 14,9%. A queda do preço dos importados, proporcionado pela valorização de s de 20% da moeda nacional não motivou a aquisição de novas máquinas. Em razão disto o déficit da balança comercial de máquinas recuou para US$ 280 milhões no mês (-59%). No ano o recuou foi de 25%. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
Importação por ores Setores com sua participação* no total Mês Ano Participação ABIMAQ Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para a indústria de transformação Infra-estrutura e indústria de base Máquinas para logística e construção civil Máquinas para bens de consumo Máquinas para agricultura Máquinas para petróleo e energia renovável -21,1-14,9-21,3-13,0-26,6-44,9-37,2-33,3-24,3-0,7-37,7-46,6-20,0 9,4 12,4 25,3 100% 34,9% 19,1% 15,1% 10,1% 16,7% 3,6% 0,5% A queda das importações em fevereiro/17 atingiu 6 dos 7 segmentos da indústria, as variações s expressivas ocorreram nos segmentos de Infra-Estrutura e Indústria de Base, Componentes para a ind. de Bens de Capital e Máquinas para Bens de Consumo. No bimestre, a queda foi verificada em 5 dos e segmentos, destacando os segmentos Indústria de Transformação, Infra- Estrutura e Indústria de Base e Logística e Construção Civil. -80-60 -40-20 0 20 40 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
Principais origens das importações Part. % no total importado (US$) 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 EUA Alemanha Itália 22,4% 19,2% 15,3% Ranking (peso) 2.º 1.º 3.º Houve ligeiro crescimento nas importações de máquinas dos Estados Unidos (+0,8%) que mantiveram a primeira posição no ranking em valores. A China e a Alemanha com participação de 19,2% e 15,3%, respectivamente, reduziram suas vendas para o Brasil. Japão China Coréia do Sul 6,4% 4,9% 2,3% 4º 6º 7.º A Coreia do Sul que foi o grande destaque em 2016 por conta de investimentos para siderurgia, voltou à sua participação histórica. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada % Carteira de Pedidos em meses para o atendimento NUCI Carteira de Pedidos Média Anual 90 80 70 60 86,1 4,4 80,8 82,3 80,8 75,1 75,4 74,5 5,1 4,4 4,0 3,5 68,5 66,5 67,8 6 5 4 3 O NUCI, em fevereiro/17, foi 0,8% superior ao observado no mês imediatamente anterior e 6,1% or que o do mesmo mês de 2016. Assim como pode ser observado na análise de vendas, a utilização da capacidade instalada estabilizou em nível baixo a partir do 1º sem de 2016. 50 40 Carteira de pedidos -7,4% s/ fevereiro de 2016 3,2 2,9 2,7 2,6 2,5 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2 1 A carteira de pedidos, medida em meses, apresentou o pior resultado da série histórica iniciada em 1999, 2,4 meses para atendimento, -6,6% em relação a eiro e -7,4% em relação a fev16. Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 13
Jan Jun Nov Abr Set Fev Jul Dez Mai Out Mar Ago Jan Jun Nov Abr Set Fev Jul Dez Mai Out Mar Ago Pessoal ocupado (em mil pessoas) 390 350 310 270 230 190 150 Mês / Mês anterior = 0,0% Mês / Mês do ano anterior = -5,9% 386,11 380,29 353,94 292,58 A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de fevereiro/17 com 292,6 mil pessoas ocupadas, mesmo número observado em eiro/17, o que poderia sinalizar a estabilidade do emprego no or. Na comparação interanual houve redução de 18,3 mil postos de trabalho, queda de 5,9%. Desde 2013, quando teve início a queda de faturamento da indústria de máquinas, já foram eliminados s de 87 mil postos de trabalho no or. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 14
DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística