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Proc.º n.º R. P. 10/2010 SJC-CT Impugnação judicial da decisão de recusa de conversão do registo de acção após improcedência do recurso hierárquico. Pedido de conversão desse mesmo registo formulado na pendência do recurso hierárquico. Nova recusa. Interposição de recurso hierárquico desta recusa. Suspensão da instância. DELIBERAÇÃO Em / / foi pedido o registo de conversão de uma acção incidente sobre a fracção do prédio descrito sob o n.º, da freguesia de, concelho de O aludido pedido foi recusado por o facto não estar titulado nos documentos apresentados. A requerente, inconformada com a qualificação que recaiu sobre o acto de registo que peticionou, deduziu recurso hierárquico tendo o mesmo, em.../ /, sido julgado improcedente. Neste ínterim, a interessada requereu novamente a conversão do registo de acção apresentando novos documentos para instrução do pedido que foi anotado no Diário, em / /, sob a apresentação... A qualificação do aludido pedido conduziu também à prolação de despacho de recusa por a senhora conservadora ter entendido que o mesmo dependia do desfecho do recurso hierárquico que se encontrava ainda para decisão no Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. Desta segunda decisão foi interposto o presente recurso hierárquico cujos fundamentos aqui damos por integralmente reproduzidos. A senhora conservadora manteve a decisão proferida nos termos que aqui igualmente damos por reproduzidos na íntegra. Entretanto, o interessado impugnou judicialmente a decisão que recusou a elaboração do acto de registo peticionado em primeiro lugar para o tribunal da área da circunscrição a que pertence o serviço de registo, nos termos previstos nos artigos 140.º e 145.º, n.º 1, ambos do CRP. II Questão prévia 1

1 Afigura-se-nos que a situação sumariamente descrita demanda que, antes de mais, apreciemos da possibilidade de sobre o recurso hierárquico ora interposto recair, neste preciso momento, uma decisão hierárquica versando o mérito, sabendo-se que o anterior recurso hierárquico (Proc.º R.P.119/2009 SJC-CT) foi julgado improcedente e que ao interessado assiste, neste caso, o direito de deduzir impugnação judicial da decisão de qualificação do acto de registo em causa, ao abrigo do prescrito no artigo 145.º do CRP. Faculdade legal que, aliás, o recorrente já utilizou em / / A decisão do processo em causa encontra-se ainda pendente, sendo que da sentença que vier a ser proferida cabe recurso para a Relação a interpor, inter alia, pelo recorrente, pelo conservador que sustenta, bem como pelo presidente do IRN, I.P., como decorre do que se encontra estatuído no artigo 147.º do CRP. 1.1 Na redacção anterior às alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, no Código do Registo Predial, o artigo 147.º-B prescrevia que «À impugnação das decisões do conservador, a que se referem os artigos anteriores é aplicável, subsidiariamente e com as necessárias adaptações, o disposto no Código de Processo Civil. Decorrentemente, havendo prejudicialidade ou motivo justificado, a instância podia ser suspensa, designadamente, ao abrigo da aplicação conjugada do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 276.º e do n.º 1, in fine, do artigo 279.º, ambos do CPC 1. Actualmente, o referido artigo 147.º-B do CRP prescreve que «Ao recurso hierárquico é aplicável, subsidiariamente, o disposto no Código do Procedimento Administrativo» 2. O artigo 31.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), sob a epígrafe «Questões prejudiciais», prescreve o seguinte: «1. Se decisão final depender da resolução de uma questão da competência de outro órgão administrativo ou dos tribunais, o procedimento deve ser suspenso até que o órgão ou tribunal competente se 1 Veja-se, adrede, a deliberação do Conselho Técnico constante do proc.º R.P. 106/2008 SJC-CT, homologada em 27 de Novembro de 2008, disponível na Intranet, tomada na vigência do direito pregresso. 2 Com a recente Reforma levada a efeito pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, a matéria atinente à impugnação das decisões do conservador, não obstante mantivesse a mesma implantação sistemática dentro do Código do Registo Predial, sofreu importantes alterações sendo esta a do direito subsidiário aplicável uma das mais significativas. 2

pronunciem, salvo se da não resolução imediata do assunto resultarem graves prejuízos» 3. Cremos, contudo, que o âmbito de aplicação deste normativo se circunscreve apenas às situações de prejudicialidade ou dependência e não às situações em que ocorra outro motivo justificado para a suspensão da instância, como parece ser o caso sub judice e que, por isso, desconsideramos. Da compulsação das restantes normas ínsitas neste Código, designadamente das atinentes, em especial, aos recursos hierárquicos, nada resulta no que concerne à suspensão da instância que tenha por base motivo justificado. Sabe-se, contudo, que a jurisdição administrativa é exercida pelos tribunais administrativos (artigo 1.º do ETAF) e que nestes tribunais é aplicável ao processo, supletivamente, o disposto na lei de processo civil, com as necessárias adaptações, por força do prescrito no artigo 1.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos. Assim, considerando que as causas de suspensão da instância não são objecto de regulamentação específica no CPTA, há então que recorrer ao disposto sobre a matéria no Código de Processo Civil, designadamente à conjugação do preceituado nos artigos 279.º, n.º 1, e 276.º, n.º 1, alínea c), sendo o caso. A previsão do n.º 1 do artigo 279.º do CPC abrange duas realidades distintas que convém, desde já, assinalar. O primeiro segmento do n.º 1 do aludido preceito respeita à prejudicialidade ou dependência, que só existirão quando na primeira causa se discuta, em via principal, uma questão que é essencial para a decisão da segunda e que não pode resolver-se nesta em via incidental 4. 3 Questões prejudiciais são aquelas de que depende a decisão final e que são da competência de outro órgão administrativo ou dos tribunais. O conhecimento da questão principal suspende o procedimento até que aquele órgão ou tribunal competente se pronunciem. O conhecimento, com efeito suspensivo, das questões prejudiciais visa salvaguardar o efeito útil da decisão. A questão prejudicial é, por natureza, uma questão da máxima relevância para a decisão final, pelo que só em casos excepcionalíssimos a lei permite a decisão final sem que aquela esteja decidida cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DE SOUSA, in Código do Procedimento Administrativo Anotado, 2009, pág. 127. 4 Veja-se, sobre esta temática, a jurisprudência do STA vertida, designadamente, nos proc.ºs 047454 e 0558, de 3 de Julho de 2001, e 3 de Junho de 2003, respectivamente, disponíveis em www.dgsi.pt, segundo os quais se entende por causa de prejudicialidade todo o processo que se encontre pendente e de cuja solução depende a decisão de um outro processo, em termos de justificar a suspensão deste. 3

A decisão da primeira causa é condição indispensável para a decisão a proferir na segunda causa 5. Na parte final do norma em apreço, acolhe-se a possibilidade de a suspensão da instância e correspondente paralisação do processo poder decorrer, não da existência de uma causa prejudicial ou dependente, mas de outro motivo justificado do qual resulte utilidade ou conveniência processual na suspensão da instância 6. 2 Na situação configurada nos autos, afigura-se-nos que se verifica a existência de motivo justificado da suspensão da instância por esta visar precisamente o objectivo da primeira, que se traduz, a final, na conversão do registo de acção. Assim, transpondo o exposto para o caso em apreço, verifica-se a existência de razões de conveniência para sobreestar na apreciação da bondade da decisão proferida, conquanto ela se reporta precisamente a matéria em apreciação em sede judicial, embora com pressupostos diversos posto que foi apresentado um novo documento a certidão judicial de aclaração da decisão judicial que deve ser tido em conta na decisão do recurso hierárquico agora em causa, no caso de a decisão a proferir em sede judicial ser no sentido da improcedência da impugnação. Por último, acresce ainda que ninguém, in casu, compreenderia que fosse agora proferida uma decisão hierárquica de mérito sobre matéria que está para decisão no tribunal, sabendo-se, além do mais, que as decisões judiciais prevalecem sobre as decisões das demais autoridades públicas, por força do que se encontra consagrado no n.º 2 do artigo 205.º da Constituição da República Portuguesa. Se, por hipótese, o recorrente obtiver ganho de causa na impugnação judicial que corre seus termos no tribunal de Almada o averbamento de conversão pretendido é, nessa sequência, efectuado, donde decorre que o presente recurso hierárquico deverá 5 Segundo a doutrina expressa por LEBRE DE FREITAS, in Código de Processo Civil Anotado, Volume I, 1999, pág. 501, por causa prejudicial deve entender-se aquela que tenha por objecto pretensão que constitua pressuposto da formulada. Ilustra a sua afirmação com o seguinte exemplo paradigmático: a acção de nulidade de um contrato é prejudicial relativamente à acção de cumprimento das obrigações dele emergentes. 6 O motivo justificado a que se refere o n.º 1, in fine, do artigo 279.º do CPC, e que permite a suspensão da instância, apenas ocorre quando o juiz entenda, no âmbito da liberdade de acção que aquela norma lhe confere, que há utilidade ou conveniência processual em que a instância se suspenda cfr., para mais desenvolvimentos, o acórdão proferido pelo STA, em 31 de Outubro de 2000, no proc.º n.º 046016, disponível em www.dgsi.pt. 4

então ser considerado extinto por inutilidade superveniente da lide 7, sendo que o resultado visado pelo recorrente foi atingido por outra via cfr. o disposto na alínea e) do artigo 287.º do CPC. No entanto, se a decisão judicial for desfavorável ao recorrente o presente recurso ganha toda a pertinência impondo-se a apreciação do mérito da decisão de recusa de conversão da acção ora impugnada. Para os efeitos assinalados, a senhora conservadora deve, em qualquer dos casos, isto é, quer a impugnação judicial seja julgada procedente quer seja julgada improcedente, reportar a este Instituto, de imediato, essa ocorrência e os respectivos termos. III Pronúncia Do que precede resulta que o entendimento deste Conselho vai no sentido de que existe motivo justificado para que seja ordenada, para já, a suspensão da instância até ao momento em que se torne definitiva a decisão proferida sobre o primeiro pedido de conversão do registo da acção anotado no Diário em 5 de Fevereiro de 2009. Lisboa, 28 de Abril de 2010. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 28 de Abril de 2010. Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, relatora. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em 03.05.2010. 7 A impossibilidade ou inutilidade superveniente da lide dá lugar à extinção da instância sem apreciação do mérito da causa cfr., sobre o ponto, LEBRE DE FREITAS, in ob. cit., pág. 512. 5

FICHA Proc.º R.P.10/2010 SJC-CT Súmula das questões abordadas - Pedido de conversão de registo Recusa - Interposição de recurso hierárquico Improcedência. - Novo pedido de conversão do mesmo registo formulado na pendência do recurso hierárquico. - Nova recusa interposição de recurso hierárquico desta decisão de recusa. - Impugnação judicial da primeira decisão de recusa. - Aplicação subsidiária do CPA aos recursos hierárquicos artigo 147.º-B do CRP. - Suspensão da instância aplicação das normas do CPC, supletivamente. - Decisão de mérito do recurso hierárquico no caso de improcedência da referida impugnação judicial. - Extinção da instância por inutilidade superveniente da lide caso a sentença judicial julgue procedente a impugnação em causa alínea e) do artigo 287.º do CPC. ***** 6